Revista macroCOSMO.com - Astronomia Amadora.net
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CAPA<br />
maneira pela qual produz luz e calor a partir das<br />
reações nucleares. No processo de reação nuclear<br />
a estrela “queima” hidrogênio (sem <strong>com</strong>bustão)<br />
que se transforma em hélio através de uma fusão<br />
de átomos. A pressão elevada e alta temperatura<br />
faz <strong>com</strong> que reações <strong>com</strong>plexas resultem na fusão<br />
de 4 átomos de hidrogênio em 1 átomo de hélio.<br />
A soma final tem uma massa menor do que os<br />
elementos iniciais. Esta massa que falta se<br />
transforma em energia (radiação gama e partículas<br />
subatômicas menores) segundo a famosa<br />
formulação de Einstein: E = m c2 pressão gravitacional já é<br />
suficiente para fazer a<br />
temperatura elevar-se e<br />
sustentar o processo de fusão<br />
nuclear.<br />
Oposta a gravidade existe o que<br />
poderíamos chamar, de forma<br />
simplificada, de Expansão ou<br />
Pressão do Gás<br />
.<br />
2 que faz <strong>com</strong><br />
que a estrela inche <strong>com</strong>o um<br />
balão de ar quente. Esta é<br />
pressão é devida a temperatura<br />
elevada que faz <strong>com</strong> que a<br />
matéria solar tenda a se<br />
expandir. A forma esférica da<br />
estrela é resultado do equilíbrio<br />
entre estas duas forças e da<br />
1.3. Luz das Estrelas: Intensidade (Magnitude,<br />
Luminosidade, Distância e<br />
Tamanho)<br />
Estas noções que mencionamos sobre a<br />
natureza interna das estrelas advém do estudo<br />
do principal meio de informação que chega até<br />
nós, sua luz.<br />
A primeira coisa que notamos ao observar as<br />
estrelas é que cada uma delas tem um brilho<br />
diferente das demais. Umas são brilhantes, outras<br />
mal se distingue seu débil ponto de luz. O brilho<br />
de uma estrela costuma ser denominado em<br />
<strong>Astronomia</strong> de magnitude. Esta magnitude é<br />
classificada de forma decrescente, isto é, números<br />
grandes significam brilhos pequenos. Assim uma<br />
estrela de 1 ª magnitude (por exemplo: Antares, Alfa<br />
Scorpii) brilha muito mais que uma estrela de 2 ª<br />
revista <strong>macroCOSMO</strong>.<strong>com</strong> | abril de 2005<br />
(Alnilam, Épsilon Orionis). A esta magnitude<br />
chamamos magnitude aparente. Por quê<br />
aparente? Vejamos. O brilho de uma estrela<br />
depende de dois fatores básicos: a luminosidade<br />
(quantidade de luz irradiada por toda a superfície<br />
da estrela para o espaço) e a distância. O termo<br />
“brilho” significa, neste contexto, a luz que chega<br />
aos nossos olhos. A luminosidade depende do<br />
tamanho (quanto maior mais luminosa) e da<br />
energia produzida pelas reações nucleares. Isto<br />
está intimamente ligado a temperatura: mais<br />
energia à mais calor à mais luz. Daí o fato de que<br />
as estrelas mais luminosas serem, em geral, muito<br />
grandes (nem sempre as mais quentes são as<br />
mais luminosas <strong>com</strong>o veremos mais adiante).<br />
Para <strong>com</strong>preender melhor esta relação entre<br />
distância e luminosidade vamos seguir o seguinte<br />
raciocínio. Se uma estrela luminosa fosse uma<br />
fogueira (Betelgeuse, a alfa de Orion serve <strong>com</strong>o<br />
exemplo) e uma outra estrela (o Sol, por exemplo),<br />
menos luminosa, fosse um fósforo aceso qual<br />
brilharia mais? Ora, depende a que distância cada<br />
uma está de nós. Assim o fósforo a poucos<br />
centímetros de nós brilha mais que uma fogueira<br />
a centenas de metros. Se colocarmos tanto o<br />
fósforo <strong>com</strong>o a fogueira a mesma distância<br />
(digamos dez metros) qual terá a menor<br />
magnitude? A este tipo de magnitude, que nos<br />
faz ver a verdadeira diferença de luminosidade<br />
entre duas estrelas, chamamos magnitude<br />
absoluta. Resumindo: a magnitude aparente<br />
mede o brilho e a magnitude absoluta mede a<br />
luminosidade.<br />
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