Revista macroCOSMO.com - Astronomia Amadora.net
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CAPA<br />
A “anatomia”<br />
das<br />
Estrelas<br />
1.1. Definições: Astrofísica e Estrelas<br />
A ASTROFÍSICA é o ramo da <strong>Astronomia</strong> que<br />
procura <strong>com</strong>preender as características físicas dos<br />
astros (forma, <strong>com</strong>posição, temperatura,<br />
densidade, estrutura interna etc.) e sua<br />
organização no tempo e no espaço. Para isto essa<br />
disciplina utiliza a Física Moderna e em particular<br />
as teorias que descrevem a estrutura íntima da<br />
matéria (Física Nuclear e Quântica) e do espaço<br />
(Relatividade). É uma ciência “nova” que se<br />
desenvolveu muito em menos de um século.<br />
Contudo ainda existe muito a ser descoberto e<br />
explicado.<br />
Procuraremos ver aqui o que as teorias mais<br />
aceitas dizem sobre as estrelas. É claro que esta<br />
área da ciência está em franca evolução e as<br />
informações se atualizam a cada dia. Desta<br />
maneira as idéias aqui descritas de forma sucinta<br />
representam uma visão geral do Universo dentro<br />
do que pensa a maioria dos astrofísicos da<br />
atualidade.<br />
Uma estrela é basicamente uma enorme<br />
esfera de gases aquecidos onde há produção de<br />
energia (luz visível inclusive) a partir de reações<br />
termonucleares. O principal <strong>com</strong>ponente desta<br />
mistura gasosa é o hidrogênio, o elemento mais<br />
abundante do Universo. O segundo gás mais<br />
encontrado é o hélio.<br />
1.2. Estruturas Interna: O Equilíbrio<br />
Dinâmico<br />
Ao estudar o Sol, a estrela mais próxima de<br />
nós, notamos que este é <strong>com</strong>posto de<br />
“atmosfera” 1 , superfície (chamada fotosfera) e<br />
interior. No interior existem camadas de diferentes<br />
temperaturas, pressões e <strong>com</strong>posições químicas.<br />
É no núcleo central que são produzidas as reações<br />
termonucleares que fazem a estrela brilhar. Uma<br />
estrela tem uma massa enorme (milhões ou até<br />
bilhões de toneladas) que faz <strong>com</strong> que as pressões<br />
no núcleo sejam gigantescas.<br />
Podemos <strong>com</strong>preender a maior parte dos<br />
fenômenos estelares a partir de duas forças que<br />
concorrem para o equilíbrio da estrela. A força<br />
que puxa todas as suas partes para o centro é a<br />
mesma que mantém os pla<strong>net</strong>as a girar ao redor<br />
do Sol: a Gravidade que depende da massa e da<br />
distância. Quanto mais próximo do centro mais<br />
intensa é a <strong>com</strong>pressão gravitacional. Tornando<br />
o núcleo altamente <strong>com</strong>pactado. Somente esta<br />
12 revista <strong>macroCOSMO</strong>.<strong>com</strong> | abril de 2005