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Prevenção e atenção às IST/AIDS na saúde - BVS Ministério da ...

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As representações, nessa etapa, desvelaram-se pelos julgamentos, opiniões e afirmações<br />

do senso comum, ou ditas científicas, encontra<strong>da</strong>s no corpus a<strong>na</strong>lisado. Informações<br />

objetivas sobre diagnósticos clínicos e tratamentos foram verifica<strong>da</strong>s nos prontuários.<br />

A faixa etária dos participantes variou de 18 a 72 anos. Foram dois entrevistados<br />

com 18 e 19 anos, respectivamente, 11 <strong>na</strong> faixa entre 21 a 30 anos, quatro entre 31 a<br />

40 anos, 13 participantes <strong>na</strong> faixa entre 41 a 50 anos, quatro entre 51 e 60 anos, quatro<br />

<strong>na</strong> faixa entre 61 e 70 anos e uma pessoa de 72 anos de i<strong>da</strong>de. Os homens têm em<br />

média 41,9, e as mulheres, 39,9 anos. São, portanto, pessoas, em sua maioria, em faixas<br />

etárias produtivas, mas com agravos mentais e situações sociais que interferem em<br />

suas capaci<strong>da</strong>des e possibili<strong>da</strong>de de trabalho: somente oito (20%) dos entrevistados<br />

disseram ter um ‘emprego’ ou um ‘serviço’, sendo três com carteira assi<strong>na</strong><strong>da</strong> – funcionário<br />

de escritório, jardineiro e terapeuta ocupacio<strong>na</strong>l (que estão recebendo benefício por<br />

afastamento devido à doença); quatro trabalhadores de rua – catador de papel, sucateira,<br />

vendedor de balas nos si<strong>na</strong>is e prostituta – e um servente de pedreiro. Estes últimos<br />

não auferem nenhum rendimento quando em crise ou hospitalizados. Dos demais,<br />

14 participantes estão aposentados pelo INSS; dentre estes, cinco recebem aju<strong>da</strong> do<br />

Programa “De volta para casa” do Governo do Rio de Janeiro, e 17 estão desempregados,<br />

recebendo algum tipo de aju<strong>da</strong> <strong>da</strong> família (15) ou vivendo <strong>da</strong> cari<strong>da</strong>de alheia (2). Nesse<br />

último caso estão, portanto, 42% dos entrevistados. A escolari<strong>da</strong>de apresenta-se como<br />

mais um indicador <strong>da</strong> situação social de pobreza e falta de oportuni<strong>da</strong>des no grupo<br />

de entrevistados: dez afirmam ser a<strong>na</strong>lfabetos ou ter feito somente o primeiro ano de<br />

escola, mas dois deles dizem que ain<strong>da</strong> estu<strong>da</strong>m, 18 estu<strong>da</strong>ram até, no máximo, quatro<br />

anos, e dez até, no máximo, oito anos. Somente um entrevistado completou o ensino<br />

médio e um tem diploma universitário.<br />

Nesse quadro socioeconômico, há ain<strong>da</strong> diferenças notáveis entre homens e<br />

mulheres, observando-se um maior percentual de mulheres (N=17) com mais baixa<br />

escolari<strong>da</strong>de do que os homens, o que aponta para um maior empobrecimento <strong>da</strong>s<br />

mulheres.<br />

No que se refere à situação conjugal, 14 homens apresentam-se como solteiros,<br />

cinco são separados ou desquitados, três vivem maritalmente e um é viúvo, enquanto<br />

que entre as mulheres, há sete solteiras, cinco separa<strong>da</strong>s e desquita<strong>da</strong>s, quatro vivendo<br />

maritalmente e uma viúva.<br />

Dentre os homens, 15 não têm filhos, sobretudo entre aqueles <strong>na</strong> faixa etária de 18<br />

a 30 anos (todos os oito participantes dessa faixa). Dos sete restantes que os têm, quatro<br />

estão entre aqueles <strong>na</strong> faixa etária de 31 a 50 anos e três têm entre 51 e 70 anos ou mais,<br />

sendo que destes somente dois participantes ain<strong>da</strong> têm contato permanente com os<br />

filhos, mesmo não morando com eles. Tais <strong>da</strong>dos traduzem as dificul<strong>da</strong>des para manter<br />

reuni<strong>da</strong> a família quando há adoecimento por transtornos mentais graves, relatados <strong>na</strong>s<br />

entrevistas.<br />

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