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Prevenção e atenção às IST/AIDS na saúde - BVS Ministério da ...

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nos diversos níveis de <strong>atenção</strong>, efetivando os mecanismos desse processo de referência<br />

e contra-referência. A garantia do princípio <strong>da</strong> integrali<strong>da</strong>de, em suma, implica dotar o<br />

sistema de condições relacio<strong>na</strong><strong>da</strong>s <strong>às</strong> diversas fases <strong>da</strong> <strong>atenção</strong> à <strong>saúde</strong>, ao processo<br />

de cui<strong>da</strong>r, ao relacio<strong>na</strong>mento do profissio<strong>na</strong>l de <strong>saúde</strong> com os pacientes. Indivíduos e<br />

coletivi<strong>da</strong>des devem dispor de um atendimento organizado, diversificado e humano.<br />

Esse princípio, portanto, não exclui nenhuma <strong>da</strong>s possibili<strong>da</strong>des de se promover,<br />

prevenir, restaurar a <strong>saúde</strong> e reabilitar os indivíduos (CAMPOS, 2003; NUNES; JUCÁ;<br />

VALENTIM, 2007; SILVA et al, 2005).<br />

O PSF vem se mostrando um instrumento do processo de transformação <strong>da</strong><br />

assistência em <strong>saúde</strong> mental, uma vez que possibilita maior aproximação entre usuário,<br />

família e profissio<strong>na</strong>is, to<strong>da</strong> a comuni<strong>da</strong>de enfim. Essa proximi<strong>da</strong>de é um importante<br />

recurso, principalmente no que se refere ao enfrentamento dos agravos vinculados ao<br />

sofrimento psíquico, que se vêm mostrando freqüentes e ain<strong>da</strong> pouco tratados.<br />

CONCLUSÃO<br />

Ao refletirmos sobre o desafio de construir a integrali<strong>da</strong>de <strong>da</strong>s ações em <strong>saúde</strong><br />

mental e <strong>IST</strong>/aids no Sistema Único de Saúde é importante ressaltar o caráter polissêmico<br />

deste conceito, que admite distintas significações. Num contexto mais abrangente,<br />

observa-se atualmente um deslocamento <strong>da</strong> noção clássica <strong>da</strong> integrali<strong>da</strong>de - que<br />

pressupunha o livre acesso de todos os ci<strong>da</strong>dãos a todos os serviços de <strong>saúde</strong>, por meio<br />

de sistemas públicos universais, - para uma “nova integrali<strong>da</strong>de” em que os serviços<br />

ofertados passaram a ser definidos por critérios de efetivi<strong>da</strong>de e aceitabili<strong>da</strong>de social<br />

(BRASIL, 2006). Essa perspectiva, em um plano micro, tem sido contempla<strong>da</strong> pelo<br />

<strong>Ministério</strong> <strong>da</strong> Saúde, por meio do programa HumanizaSUS, que propõe o trabalho<br />

conjunto <strong>da</strong>s equipes de referência do PSF e o apoio matricial de equipes especializa<strong>da</strong>s<br />

para favorecer a criação de vínculos e a responsabilização <strong>da</strong>s equipes que assumem a<br />

<strong>atenção</strong> integral do ci<strong>da</strong>dão, cui<strong>da</strong>ndo de todos os aspectos de sua <strong>saúde</strong>. Isso implica a<br />

elaboração de projetos terapêuticos e a busca de outros recursos terapêuticos, quando<br />

necessário, <strong>na</strong> tentativa de oferecer um tratamento digno, respeitoso, com quali<strong>da</strong>de,<br />

acolhimento e vínculo. Tal proposta está fun<strong>da</strong>menta<strong>da</strong> <strong>na</strong> reforma e ampliação <strong>da</strong><br />

clínica e <strong>da</strong>s práticas de <strong>atenção</strong> integral à <strong>saúde</strong> – como a responsabilização e produção<br />

de vínculos terapêuticos – que dependem, fun<strong>da</strong>mentalmente, <strong>da</strong> instituição de novos<br />

padrões de relacio<strong>na</strong>mento entre os profissio<strong>na</strong>is de <strong>saúde</strong> e os usuários dos serviços<br />

(BRASIL, 2004).<br />

Assim, conclui-se com a consideração de Costa (2004) de que “a integrali<strong>da</strong>de no<br />

SUS não deva ser transforma<strong>da</strong> em um conceito, mas em um ideal regulador, um devir,<br />

impossível de ser ple<strong>na</strong>mente atingido, mas do qual, constantemente, buscamos nos<br />

aproximar. Vê-se, portanto, que, num paradoxo, a integrali<strong>da</strong>de é ao mesmo tempo<br />

i<strong>na</strong>lcançável e indispensável”.<br />

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