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Prevenção e atenção às IST/AIDS na saúde - BVS Ministério da ...

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Ademais, a integrali<strong>da</strong>de está intimamente liga<strong>da</strong> à concepção de <strong>saúde</strong> e doença<br />

adota<strong>da</strong> e incorpora o debate sobre a forma de programar a oferta de serviços, exigindo<br />

uma articulação entre os vários profissio<strong>na</strong>is que compõe a equipe de <strong>saúde</strong> e entre os<br />

distintos níveis de hierarquização tecnológica <strong>da</strong> assistência.<br />

Além do caráter completo do cui<strong>da</strong>do, a integrali<strong>da</strong>de envolve a continui<strong>da</strong>de<br />

deste, ou seja, o acompanhamento <strong>da</strong> assistência, que pode ser avalia<strong>da</strong> pela análise <strong>da</strong><br />

referência e contra-referência <strong>na</strong>s ações de <strong>saúde</strong> (PRADO, 2007). Entretanto, admite-se<br />

que os sistemas de <strong>saúde</strong> não devem nem podem ofertar a to<strong>da</strong>s as pessoas a totali<strong>da</strong>de<br />

dos serviços disponíveis.<br />

Conforme propõe Gilson Carvalho, a integrali<strong>da</strong>de regula<strong>da</strong> se impõe no SUS e se expressará <strong>na</strong><br />

definição e oferta, a todos os brasileiros, de um conjunto de serviços, discutido com base técnica<br />

<strong>na</strong> efetivi<strong>da</strong>de e <strong>na</strong> segurança <strong>da</strong>s tecnologias, no seu conteúdo ético, em sua conformi<strong>da</strong>de com<br />

as necessi<strong>da</strong>des de <strong>saúde</strong> <strong>da</strong> população e em sua aceitabili<strong>da</strong>de social. Assim, o SUS deve ofertar,<br />

a todos os brasileiros, um conjunto de serviços sanitária e socialmente necessários (CARVALHO,<br />

2006 apud BRASIL, 2006).<br />

É importante observar, ain<strong>da</strong>, que a complexi<strong>da</strong>de do objeto <strong>da</strong> <strong>saúde</strong> exige<br />

reelaborar a atuação dos profissio<strong>na</strong>is de vários campos do conhecimento que atuam<br />

<strong>na</strong> <strong>saúde</strong>, já que tal complexi<strong>da</strong>de não é redutível à organização <strong>da</strong> <strong>atenção</strong> em<br />

determi<strong>na</strong>do nível. Desta forma, envolve a ação dos distintos profissio<strong>na</strong>is <strong>da</strong>s diversas<br />

discipli<strong>na</strong>s complementares do campo <strong>da</strong> <strong>saúde</strong> (COSTA, 2004).<br />

AS POLÍTICAS DE SAÚDE MENTAL E <strong>IST</strong>/<strong>AIDS</strong> NO SUS:<br />

INTEGRAÇÃO DA ASS<strong>IST</strong>ÊNCIA E INTEGRALIDADE DO CUIDADO<br />

A relativa independência <strong>da</strong> Reforma Psiquiátrica proporcionou um movimento<br />

robusto, com a elaboração, aprovação e implementação de leis, normas e regulamentos<br />

que levaram à construção de uma rede de serviços substitutivos. Este aparato legal e<br />

organizacio<strong>na</strong>l visa, essencialmente, a promoção <strong>da</strong> desinstitucio<strong>na</strong>lização, vista como<br />

um processo sócio-cultural de vasta amplitude, e como uma praxis em contraposição à<br />

lógica manicomial. Por outro lado, pode-se argumentar que, provavelmente, a resposta<br />

gover<strong>na</strong>mental à aids é a que mais se aproxima do princípio <strong>da</strong> integrali<strong>da</strong>de, no sentido<br />

de abarcar tanto a perspectiva preventiva quanto a perspectiva assistencial (MATTOS,<br />

2001).<br />

No entanto, apesar de as políticas de Saúde Mental e de <strong>IST</strong>/aids estimularem práticas<br />

pauta<strong>da</strong>s pelo território e articula<strong>da</strong>s em uma rede amplia<strong>da</strong> de serviços de <strong>saúde</strong>, a<br />

lacu<strong>na</strong> ain<strong>da</strong> parece ser grande entre o que essas diretrizes propõem e o que se observa<br />

<strong>na</strong> reali<strong>da</strong>de concreta. Na prática, funcio<strong>na</strong>m com suas redes específicas, organiza<strong>da</strong>s<br />

com uma lógica própria e virtualmente desvincula<strong>da</strong>s entre si e <strong>da</strong> rede geral de serviços<br />

de <strong>saúde</strong>. Pode-se dizer que essas políticas setoriais têm evoluído, tradicio<strong>na</strong>lmente,<br />

refletindo o importante grau de segregação observado entre as diversas áreas <strong>da</strong> <strong>saúde</strong>.<br />

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