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Prevenção e atenção às IST/AIDS na saúde - BVS Ministério da ...

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A culminância desse processo seria a instituição do Sistema Único de Saúde (SUS)<br />

pela Constituição Federal de 1988 com seus princípios de universalização, integrali<strong>da</strong>de,<br />

descentralização e participação popular. Desde 1990, com a promulgação <strong>da</strong> Lei<br />

Orgânica <strong>da</strong> Saúde, criaram-se condições para a instituição, no <strong>Ministério</strong> <strong>da</strong> Saúde, <strong>da</strong><br />

Coorde<strong>na</strong>ção Nacio<strong>na</strong>l de Saúde Mental, instância inédita no Brasil, responsável pela<br />

formulação e implementação política <strong>na</strong> área. Ao mesmo tempo, inicia-se uma nova<br />

fase no Programa Nacio<strong>na</strong>l de DST e Aids, marca<strong>da</strong> pela implementação de um novo<br />

modelo de gerência <strong>da</strong> epidemia de HIV/aids, respal<strong>da</strong><strong>da</strong> pelos empréstimos do Banco<br />

Mundial ao governo brasileiro.<br />

Tais inflexões vão permitir a institucio<strong>na</strong>lização <strong>da</strong>s duas políticas setoriais aqui<br />

enfoca<strong>da</strong>s. De um lado, uma política de <strong>saúde</strong> mental que visa: i) a reorientação do<br />

modelo assistencial em <strong>saúde</strong> mental; ii) a redução e progressiva desativação de leitos<br />

hospitalares psiquiátricos; iii) a substituição dos hospitais psiquiátricos por uma rede de<br />

serviços comunitários de <strong>atenção</strong> diária articulados com a <strong>atenção</strong> básica; iv) a construção<br />

de uma rede de <strong>atenção</strong> à <strong>saúde</strong> mental: serviços e recursos locais; v) a construção<br />

de projetos de inclusão social baseados <strong>na</strong> intersetoriali<strong>da</strong>de; vi) o entendimento <strong>da</strong>s<br />

questões relativas ao álcool e outras drogas como problema de <strong>saúde</strong> pública (BRASIL,<br />

2008a). De outro lado, a política <strong>na</strong>cio<strong>na</strong>l de infecções sexualmente transmissíveis (<strong>IST</strong>)<br />

e aids, que tem como objetivo: i) promover o acesso universal a insumos de prevenção,<br />

diagnóstico e tratamento <strong>da</strong>s <strong>IST</strong>/aids; ii) fortalecer, implementar e ampliar as ações de<br />

<strong>IST</strong>, HIV e aids <strong>na</strong> rede SUS, de forma integral e equânime; iii) promover a defesa dos<br />

direitos humanos e reduzir o estigma e a discrimi<strong>na</strong>ção <strong>às</strong> pessoas vivendo com HIV/<br />

aids e <strong>às</strong> populações vulneráveis; iv) fortalecer a gover<strong>na</strong>nça <strong>da</strong> resposta <strong>às</strong> <strong>IST</strong> e ao<br />

HIV/aids <strong>na</strong>s três esferas de governo, envolvendo atores e instituições gover<strong>na</strong>mentais<br />

e não gover<strong>na</strong>mentais, visando à sustentabili<strong>da</strong>de <strong>da</strong>s ações <strong>da</strong> socie<strong>da</strong>de civil (BRASIL,<br />

2008b).<br />

Nesses quase 30 anos percorridos no processo de implementação <strong>da</strong> política de<br />

<strong>saúde</strong> vigente, o SUS e as políticas setoriais de <strong>saúde</strong> mental e de <strong>IST</strong>/aids conseguiram<br />

lograr relativo sucesso: Redução <strong>na</strong>s desigual<strong>da</strong>des sociais e geográficas no uso de<br />

serviços de <strong>saúde</strong>; aumento do número de brasileiros que têm acesso a serviço de<br />

<strong>saúde</strong> de uso regular; aumento <strong>da</strong> participação do SUS como fonte de fi<strong>na</strong>nciamento<br />

dos serviços; aumento <strong>da</strong> participação dos postos e centros de <strong>saúde</strong> <strong>na</strong> prestação dos<br />

serviços utilizados; consoli<strong>da</strong>ção do programa de <strong>saúde</strong> <strong>da</strong> família como estratégia de<br />

redefinição do modelo de <strong>atenção</strong> à <strong>saúde</strong> integral, centrado <strong>na</strong> <strong>atenção</strong> básica e <strong>na</strong><br />

família. Observam-se avanços <strong>na</strong> política de <strong>saúde</strong> mental, como a redução do número<br />

de leitos psiquiátricos, aumento significativo dos serviços de <strong>atenção</strong> ambulatorial<br />

denomi<strong>na</strong>dos CAPS (Centros de Atenção Psicossocial), de residências terapêuticas e do<br />

número de famílias recebendo o auxílio-reabilitação do Programa ‘”De volta para casa”,<br />

assim como uma inversão <strong>da</strong> proporção de recursos fi<strong>na</strong>nceiros do SUS desti<strong>na</strong>dos

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