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Prevenção e atenção às IST/AIDS na saúde - BVS Ministério da ...

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1 Departamento de Medici<strong>na</strong> Preventiva e Social, Facul<strong>da</strong>de de Medici<strong>na</strong>, Universi<strong>da</strong>de Federal de Mi<strong>na</strong>s Gerais<br />

2 Departamento de Farmácia Social, Facul<strong>da</strong>de de Farmácia, Universi<strong>da</strong>de Federal de Mi<strong>na</strong>s Gerais<br />

3 Instituto Raul Soares, FHEMIG<br />

CAPÍTULO 2<br />

O DESAFIO DE CONSTRUIR A INTEGRALIDADE DAS AÇÕES EM SAÚDE<br />

INTRODUÇÃO<br />

MENTAL E <strong>IST</strong>/<strong>AIDS</strong> NO S<strong>IST</strong>EMA ÚNICO DE SAÚDE<br />

Mariângela Leal Cherchiglia 1 , Francisco de Assis Acurcio 2 , A<strong>na</strong> Paula Souto Melo 3<br />

O fi<strong>na</strong>l dos anos 1970 e o começo dos 1980 constituíram-se como um marco <strong>na</strong><br />

política brasileira em torno do processo de redemocratização do país. Inúmeras forças<br />

sociais, representa<strong>da</strong>s por sindicatos, enti<strong>da</strong>des profissio<strong>na</strong>is, associações de bairros,<br />

movimentos contra a carestia, minorias excluí<strong>da</strong>s e partidos políticos empreenderam<br />

uma luta engaja<strong>da</strong>, formando um bloco expressivo de pressão para exigir do governo<br />

militar mu<strong>da</strong>nças estruturais importantes.<br />

A vitória democrática <strong>da</strong> oposição em 1982, nos principais estados brasileiros, abriu<br />

espaço para que representações <strong>da</strong>s forças sociais, que se fortaleceram ao longo <strong>da</strong><br />

déca<strong>da</strong> de 1970, ocupassem posições estratégicas nos setores decisórios do cenário<br />

político do país, fato que foi fun<strong>da</strong>mental para a discussão e implantação de políticas<br />

públicas reformadoras, ain<strong>da</strong> que em um primeiro momento circunscritas a alguns<br />

estados brasileiros (MARQUES, 2002).<br />

Nesse contexto de combate ao Estado autoritário, emergem críticas à ineficiência<br />

<strong>da</strong> assistência pública em <strong>saúde</strong> e ao caráter privatista <strong>da</strong> política de <strong>saúde</strong> do governo<br />

federal ao mesmo tempo em que se inicia a implantação de programas de <strong>saúde</strong><br />

baseados nos princípios norteadores do projeto delineados pelo movimento sanitário<br />

brasileiro, ou seja, eqüi<strong>da</strong>de, universali<strong>da</strong>de e <strong>saúde</strong> como um direito e dever do Estado<br />

(TENÓRIO, 2002).<br />

Ao se articularem, os crescentes movimentos sociais em defesa desses princípios e<br />

diretrizes, marcando uma mu<strong>da</strong>nça de sistema de <strong>saúde</strong> no Brasil e o início do processo<br />

de redemocratização, formaram o pano de fundo para que os atores dessa história<br />

dessem início à construção de políticas específicas, coerentes com o novo modelo<br />

assistencial proposto, a exemplo <strong>da</strong> política de enfrentamento ao HIV/aids no país, além<br />

de lutar por uma reforma psiquiátrica basea<strong>da</strong> <strong>na</strong> desinstitucio<strong>na</strong>lização <strong>da</strong> <strong>atenção</strong> e<br />

reinserção social dos portadores de sofrimento mental (ALVES, 2006; MARQUES, 2002).<br />

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