Prevenção e atenção às IST/AIDS na saúde - BVS Ministério da ...
Prevenção e atenção às IST/AIDS na saúde - BVS Ministério da ...
Prevenção e atenção às IST/AIDS na saúde - BVS Ministério da ...
You also want an ePaper? Increase the reach of your titles
YUMPU automatically turns print PDFs into web optimized ePapers that Google loves.
dois-quintos <strong>da</strong> amostra (38,8%) completaram o ensino fun<strong>da</strong>mental, 40,8% o ensino<br />
secundário, 9,2% completaram curso universitário, enquanto 11,2% não completaram<br />
ou freqüentaram o ensino fun<strong>da</strong>mental.<br />
Um total de 41,8% <strong>da</strong> amostra relatou ter praticado sexo a<strong>na</strong>l ou vagi<strong>na</strong>l nos<br />
últimos três meses. Os sexualmente ativos eram mais jovens, casados ou estavam em<br />
um relacio<strong>na</strong>mento estável; tinham co-morbi<strong>da</strong>de com o uso de drogas, uma média<br />
de conhecimento de HIV mais alta e história de testagem para HIV. Parceiros do mesmo<br />
sexo foram relatados por 10,4% dos homens e 2,0% <strong>da</strong>s mulheres. Um participante<br />
sexualmente ativo relatou ser HIV positivo. Não houve diferenças <strong>na</strong>s ativi<strong>da</strong>des sexuais<br />
por gênero ou diagnóstico. Quase metade (43,9%) dos que tiveram a<strong>na</strong>l ou vagi<strong>na</strong>l<br />
relataram não ter feito uso de preservativo, nos últimos três meses e 34,2% relataram<br />
seu uso inconstante; somente nove participantes (22,0%) relataram uso de preservativo<br />
em to<strong>da</strong>s as relações. Mais <strong>da</strong> metade (53,0%) relatou ter parceiros cujos status para o<br />
HIV eram desconhecidos e 26,8% relatou ter mais de um parceiro (variando entre 2-12).<br />
Quase dois-quintos (39,0%) relatou uso de álcool e drogas antecedendo o ato sexual<br />
e 19,5% (todos homens) relataram sexo por troca, sendo a maioria dessas ativi<strong>da</strong>des<br />
relacio<strong>na</strong><strong>da</strong>s a sexo em troca de dinheiro. Os comportamentos de risco dos participantes<br />
sexualmente ativos variaram entre 0-6, com 56,1% envolvidos em três ou mais. Somente<br />
4,9% relatara, não ter comportamento de risco.<br />
Como descrito acima, uma sub-amostra desse grupo de 102 pacientes foi<br />
randomiza<strong>da</strong>: 18 em um grupo experimental e 20 em um grupo controle. Os demais<br />
componentes <strong>da</strong> amostra (n=64), somados àqueles randomizados para o grupo<br />
experimental (n=18), participaram de uma intervenção de HIV (n=82). A participação no<br />
estudo não foi remunera<strong>da</strong>, de acordo com as normas brasileiras para pesquisa; valestransporte<br />
e lanches foram oferecidos aos participantes.<br />
RESULTADOS<br />
Como proposto origi<strong>na</strong>lmente, o objetivo do nosso estudo piloto não foi testar<br />
a eficácia, mas sim a viabili<strong>da</strong>de de conduzir uma intervenção. Ele foi elaborado para<br />
investigar se as mu<strong>da</strong>nças <strong>na</strong> freqüência de relações sexuais sem proteção desde a<br />
entrevista de base até as entrevistas de seguimento foram significativas e <strong>na</strong> direção<br />
deseja<strong>da</strong>; e não para mensurar o efeito. Apresentamos, também, <strong>da</strong>dos sobre aceitação<br />
e freqüência à intervenção e <strong>da</strong>dos sobre a viabili<strong>da</strong>de do reforço.<br />
DADOS PRIMÁRIOS<br />
O tamanho <strong>da</strong> amostra não foi determi<strong>na</strong>do com base no poder para identificar<br />
diferenças ou para permitir comparações estatísticas entre as condições de intervenção<br />
117