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Revista Brasileira<br />

de Ornitologia<br />

www.ararajuba.org.br/sbo/ararajuba/revbrasorn<br />

Publica<strong>da</strong> pela<br />

Socie<strong>da</strong>de Brasileira de Ornitologia<br />

São Paulo - SP<br />

ISSN 0103-5657<br />

Volume 16<br />

Número 1<br />

Março de 2008


EDITOR<br />

Luís Fábio Silveira, Universi<strong>da</strong>de de São Paulo, São Paulo, SP. E-mail: lfsilvei@usp.br<br />

EDITORES DE ÁREA<br />

Ecologia: James J. Roper, Universi<strong>da</strong>de Federal do Paraná, Curitiba, PR.<br />

Pedro F. Develey, BirdLife/Save Brasil, São Paulo, SP.<br />

Comportamento: Marcos Rodrigues, Universi<strong>da</strong>de Federal de Minas Gerais, Belo Horizonte, MG.<br />

Regina H. F. Macedo, Universi<strong>da</strong>de de Brasília, Brasília, DF.<br />

Sistemática, Taxonomia<br />

e Distribuição:<br />

Revista Brasileira de Ornitologia<br />

Alexandre Aleixo, Museu Paraense Emílio Goeldi, Belém, PA.<br />

Luiz Antônio Pedreira Gonzaga, Universi<strong>da</strong>de Federal do Rio de Janeiro, Rio de Janeiro, RJ.<br />

CONSELHO EDITORIAL<br />

Edwin O. Willis, Universi<strong>da</strong>de Estadual Paulista, Rio Claro, SP.<br />

Enrique Buscher, Universi<strong>da</strong>d Nacional de Córdoba, Argentina.<br />

Jürgen Haffer, Essen, Alemanha.<br />

Richard O. Bierregaard, Jr., University of North Caroline, Estados Unidos.<br />

José Maria Cardoso <strong>da</strong> Silva, Conservação Internacional do Brasil, Belém, PA.<br />

Miguel Ângelo Marini, Universi<strong>da</strong>de de Brasília, Brasília, DF.<br />

Luiz Antônio Pedreira Gonzaga, Universi<strong>da</strong>de Federal do Rio de Janeiro, Rio de Janeiro, RJ.<br />

SOCIEDADE BRASILEIRA DE ORNITOLOGIA<br />

(Fun<strong>da</strong><strong>da</strong> em 1987)<br />

www.ararajuba.org.br<br />

DIRETORIA (2007-2009)<br />

Presidente Iury de Almei<strong>da</strong> Accordi, Comitê Brasileiro de Registros Ornitológicos – presidencia.sbo@ararajuba.org.br<br />

1° Secretário Leonardo Vianna Mohr, Instituto Chico Mendes de Conservação <strong>da</strong> Biodiversi<strong>da</strong>de – secretaria.sbo@ararajuba.org.br<br />

2° Secretário Marcio Amorim Efe – secretaria.sbo@ararajuba.org.br<br />

1° Tesoureiro Jan Karel Félix Mähler Jr. – tesouraria@ararajuba.org.br<br />

2° Tesoureiro Claiton Martins Ferreira – tesouraria@ararajuba.org.br<br />

CONSELHO DELIBERATIVO<br />

2008-2012 Carla Suertegaray Fontana, Pontifícia Universi<strong>da</strong>de Católica do Rio Grande do Sul, Porto Alegre, RS.<br />

Caio Graco Machado, Universi<strong>da</strong>de Estadual de Feira de Santana, Feira de Santana, BA.<br />

2006-2010 Marcos Rodrigues, Universi<strong>da</strong>de Federal de Minas Gerais, Belo Horizonte, BH.<br />

Fábio Olmos, Comitê Brasileiro de Registros Ornitológicos, São Paulo, SP.<br />

Rafael Dias, Universi<strong>da</strong>de Católica de Pelotas, Pelotas, RS.<br />

CONSELHO FISCAL<br />

2008-2009 Eduardo Carrano, Pontifícia Universi<strong>da</strong>de Católica do Paraná, Curitiba, PR.<br />

Paulo Sérgio Moreira <strong>da</strong> Fonseca, Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social, Brasília, DF.<br />

Angélica Uejima, Universi<strong>da</strong>de Federal de Pernambuco, Recife, PE.<br />

A Revista Brasileira de Ornitologia (ISSN 0103-5657) é edita<strong>da</strong> sob a responsabili<strong>da</strong>de <strong>da</strong> Diretoria e do Conselho Deliberativo <strong>da</strong> Socie<strong>da</strong>de<br />

Brasileira de Ornitologia, com periodici<strong>da</strong>de trimestral, e tem por finali<strong>da</strong>de a publicação de artigos, notas curtas, resenhas, comentários, revisões<br />

bibliográficas, notícias e editoriais versando sobre o estudo <strong>da</strong>s aves em geral, com ênfase nas aves neotropicais. A assinatura anual <strong>da</strong> Revista<br />

Brasileira de Ornitologia custa R$ 50,00 (estu<strong>da</strong>ntes de nível médio e de graduação), R$ 75,00 (estu<strong>da</strong>ntes de pós-graduação), R$ 100,00<br />

(individual), R$ 130,00 (institucional), US$ 50,00 (sócio no exterior) e US$ 100,00 (instituição no exterior), pagável em cheque ou depósito<br />

bancário à Socie<strong>da</strong>de Brasileira de Ornitologia (ver www.ararajuba.org.br). Os sócios quites com a <strong>SBO</strong> recebem gratuitamente a Revista Brasileira<br />

de Ornitologia. Correspondência relativa a assinaturas e outras matérias não editoriais deve ser endereça<strong>da</strong> a Leonardo Vianna Mohr através do e-mail<br />

secretaria.sbo@ararajuba.org.br ou pelo telefone (61) 8142-1206.<br />

Projeto Gráfico e Editoração Eletrônica: Airton de Almei<strong>da</strong> Cruz – airtoncruz@hotmail.com<br />

Capa: Fêmea de Merulaxis ater em uma cavi<strong>da</strong>de rochosa (veja Olmos e Silva e Silva, pp. 76-77). Foto: R. Silva e Silva.<br />

Cover: Female Merulaxis ater in a rock cavity near its roost (see Olmos and Silva e Silva, pp. 76-77). Photo: R. Silva e Silva.


Revista Brasileira<br />

de Ornitologia<br />

www.ararajuba.org.br/sbo/ararajuba/revbrasorn<br />

Publica<strong>da</strong> pela<br />

Socie<strong>da</strong>de Brasileira de Ornitologia<br />

São Paulo - SP<br />

ISSN 0103-5657<br />

Volume 16<br />

Número 1<br />

Março de 2008


Revista Brasileira de Ornitologia<br />

Artigos publicados na Revista Brasileira de Ornitologia são indexados por:<br />

Biological Abstract, Scopus (Biobase, Geobase e EMBiology) e Zoological Record.<br />

Revista Brasileira de Ornitologia / Socie<strong>da</strong>de Brasileira de<br />

Ornitologia. Vol. 13, n.2 (2005) -<br />

São Leopoldo, A Socie<strong>da</strong>de, 2005 -<br />

v. : il. ; 30 cm.<br />

Continuação de:. Ararajuba: Vol.1 (1990) - 13(1) (2005).<br />

ISSN: 0103-5657<br />

Tiragem: 400 exemplares<br />

Distribuido em Outubro de 2008<br />

FICHA CATALOGRÁFICA<br />

1. Ornitologia. I. Socie<strong>da</strong>de Brasileira de Ornitologia


Artigos<br />

Comportamento reprodutivo de Aratinga aurea (Psittaci<strong>da</strong>e) no sudoeste de Minas gerais, Brasil<br />

Breeding behavior of Aratinga aurea (Psittaci<strong>da</strong>e) in southwestern Minas gerais, Brazil<br />

Sandra Jammal Paranhos, Carlos Barros de Araújo e Luiz Octavio Marcondes Machado ........................................................................ 1<br />

Molecular sexing: an efficient method to identify individual sex and its implication to differentiate semipalmated sandpiper Calidris<br />

pusilla populations<br />

sexagem molecular: Um eficiente método para identificar o sexo de indivíduos e suas implicações para diferenciar populações do<br />

maçariquinho Calidris pusilla<br />

Antonio Augusto Ferreira Rodrigues, Evonnildo C. Gonçalves, Artur Silva, Ana Tereza Lyra Lopes, Stephen Francis Ferrari and Maria<br />

Paula Cruz Schneider ......................................................................................................................................................................... 8<br />

Migración del Zorzal común Turdus amaurochalinus (turdi<strong>da</strong>e) en Argentina<br />

Migratory patterns of the Creamy-bellied thrush Turdus amaurochalinus in Argentina<br />

Patricia Capllonch, Diego Ortiz y Karina Soria ................................................................................................................................... 12<br />

Periquitos (Aratinga aurea e Brotogeris chiriri, Psittaci<strong>da</strong>e) como potenciais polinizadores de Mabea fistulifera Mart. (Euphorbiaceae)<br />

Parakeets (Aratinga aurea and Brotogeris chiriri, Psittaci<strong>da</strong>e) as potentials pollinators of Mabea fistulifera Mart. (Euphorbiaceae)<br />

Paulo Antonio <strong>da</strong> Silva ....................................................................................................................................................................... 23<br />

influence of temperature on greater rhea Rhea americana activity in restinga habitat, southern Brazil<br />

influência <strong>da</strong> temperatura sobre a ativi<strong>da</strong>de de emas Rhea americana numa restinga do sul do Brasil<br />

Luiz Gustavo Rodrigues Oliveira-Santos and Fernando Augusto Tambelini Tizianel............................................................................... 29<br />

Columba livia e Pitangus sulphuratus como indicadoras de quali<strong>da</strong>de ambiental em área urbana<br />

Columba livia and Pitangus sulphuratus as environmental indicators in urban areas<br />

Suélen Amâncio, Valéria Barbosa de Souza e Celine Melo ..................................................................................................................... 32<br />

NotAs<br />

Revista Brasileira de Ornitologia<br />

Volume 16 – Número 1 – Março 2008<br />

sUMÁrio<br />

Primeira descrição do ninho do mineirinho (Charitospiza eucosma) no cerrado do Brasil Central<br />

First description of the nest of the Coal-crested Finch (Charitospiza eucosma) in the Central Brazilian Cerrado<br />

Fábio Júlio Alves Borges e Miguel Ângelo Marini ................................................................................................................................. 38<br />

Novas ocorrências e registros relevantes de aves no Distrito Federal, Brasil, com comentários sobre distribuição local<br />

New occurrences and relevant bird records in the Distrito Federal, Brazil, with comments on local distribution<br />

Iubatã Paula de Faria ........................................................................................................................................................................ 40<br />

Primeiros registros de Xiphorhynchus chunchotambo (tschudi, 1844) (Dendrocolapti<strong>da</strong>e) no Brasil<br />

on the first records of Xiphorhynchus chunchotambo (tschudi, 1844) (Dendrocolapti<strong>da</strong>e) for Brazil<br />

Edson Guilherme e Alexandre Aleixo ................................................................................................................................................... 44<br />

Novos registros de aves para Pernambuco, Brasil, com notas sobre algumas espécies pouco conheci<strong>da</strong>s no Estado<br />

Noteworthy records of birds from Pernambuco, northeast Brazil, including first state records<br />

Glauco Alves Pereira; Andrew Whittaker; Bret M. Whitney; Kevin J. Zimmer; Sidnei de Melo Dantas; Sônia Aline Ro<strong>da</strong>; Louis R.<br />

Bevier; Galileu Coelho; Richard C. Hoyer e Ciro Albano ...................................................................................................................... 47<br />

ocorrência e sazonali<strong>da</strong>de do guarapirá Fregata magnificens (Fregati<strong>da</strong>e) no litoral de Pernambuco, Brasil<br />

occurrence and seasonality of Magnificent Frigatebird (Fregati<strong>da</strong>e) along the coast of Pernambuco, Brazil<br />

Glauco Alves Pereira, Galileu Coelho, Manoel Toscano de Brito, Gustavo Luíz Pacheco, Gilmar Beserra de Farias, Sidnei de Melo<br />

Dantas, Elisângela Guimarães, Maurício Cabral Periquito e Narciso de Melo Lins Filho ........................................................................ 54<br />

Novos registros de aves raras e/ou ameaça<strong>da</strong>s de extinção na Campanha do sudoeste do rio grande do sul, Brasil<br />

New records of rare and/or threatened birds of Campanha of southwestern rio grande do sul, Brazil<br />

Márcio Repenning e Carla Suertegaray Fontana ................................................................................................................................... 58


Primeiro registro de Puffinus tenuirostris (temminck, 1835) para o oceano Atlântico<br />

First record of the Pacific short-tailed shearwater Puffinus tenuirostris (temminck, 1835) for the Atlantic ocean<br />

Luciano R. Alardo Souto, Rodrigo Maia-Nogueira, Daniel C. Bressan ................................................................................................... 64<br />

registros recentes de Platyrinchus leucoryphus (Wied, 1831) no Estado de santa Catarina, sul do Brasil<br />

recent records of Platyrinchus leucoryphus (Wied, 1831) in santa Catarina state, southern Brazil<br />

Cláudia Sabrine Brandt, Cristiane Crieck, Adrian Eisen Rupp, Daniela Fink, Gregory Thom e Silva e Carlos Eduardo Zimmermann ..... 67<br />

Ataques de Passeriformes a humanos na ilha <strong>da</strong> Marambaia, rJ, Brasil: um registro de ‘mobbing’<br />

Passerine birds attacking humans at the Marambaia island, rio de Janeiro state, Brazil: a record of ‘mobbing’<br />

Carlos Eduardo <strong>da</strong> Silva Garske e Ildemar Ferreira .............................................................................................................................. 70<br />

record of a leucistic rufous-bellied thrush Turdus rufiventris (Passeriformes, turdi<strong>da</strong>e) in são Paulo city, southeastern Brazil<br />

registro de sabiá-laranjeira Turdus rufiventris leucístico (Passeriformes, turdi<strong>da</strong>e) na ci<strong>da</strong>de de são Paulo, sudeste do Brasil<br />

Carlos Campos Gonçalves Junior, Edson Aparecido <strong>da</strong> Silva, André Cordeiro De Luca, Tatiana Pongiluppi and Flavio de Barros Molina .. 72<br />

Cavity roosting in the slaty Bristlefront Merulaxis ater (rhinocrypti<strong>da</strong>e)<br />

o Entufado Merulaxis ater (rhinocrypti<strong>da</strong>e) abrigando-se em cavi<strong>da</strong>de<br />

Fábio Olmos and Robson Silva e Silva ................................................................................................................................................. 76<br />

CoMENtÁrios<br />

the Brazilian species complex Scytalopus speluncae: how many times can a holotype be overlooked?<br />

Marcos A. Raposo and Guy M. Kirwan ............................................................................................................................................... 78<br />

Bibliografia ornitológica do Brasil – dissertações e teses no período de 1970 à 2005<br />

Sérgio Henrique Borges ....................................................................................................................................................................... 82<br />

sEção CBro<br />

A critical look at the alleged Brazilian records of the indian Yellow-nosed Albatross Thalassarche carteri, with comments on mollymawk<br />

identification in Brazil (Procellariiformes: Diomedei<strong>da</strong>e)<br />

Caio J. Carlos .................................................................................................................................................................................... 99<br />

instruções aos Autores<br />

instrucciones a los Autores<br />

instructions to Authors


1.<br />

2.<br />

3.<br />

ARTIGO<br />

Comportamento reprodutivo de Aratinga aurea<br />

(Psittaci<strong>da</strong>e) no sudoeste de Minas Gerais, Brasil<br />

Sandra Jammal Paranhos 1 , Carlos Barros de Araújo 2 e Luiz Octavio Marcondes Machado 3<br />

Aveni<strong>da</strong> Caramuru, 1280, Apartamento 83, Bairro República, 14030‑000, Ribeirão Preto, SP, Brasil.<br />

Programa de Pós‑Graduação em Ecologia, IB, UNICAMP, Caixa Postal, 6109, 13083‑970, Campinas, SP, Brasil.<br />

Departamento de Zoologia, UNICAMP, Caixa Postal, 6109, 13083‑970, Campinas, SP, Brasil. E‑mail: loconde@unicamp.br<br />

Recebido em: 03/10/2003. Aceito em: 14/09/2007.<br />

ABSTRACT: Breeding behavior of Aratinga aurea (Psittaci<strong>da</strong>e) in southwestern Minas Gerais, Brazil. The research was carried<br />

out from August 1995 to August 1998 in order to describe the breeding behavior of the Peach‑fronted Parakeet Aratinga aurea in<br />

southwestern of Minas Gerais, Brazil. Aratinga aurea breeds mainly in terrestrial termitarium, and all nests found during the research<br />

were located in areas of high human disturbances. The eggs were mostly laid every three <strong>da</strong>ys, and the clutch size varied between<br />

two to five eggs. The mean size of the eggs is 21,02 x 26,83 mm (n = 29 eggs). The incubation period varied from 23 to 25 <strong>da</strong>ys<br />

and the hatching was asynchronous, with duration of five or six <strong>da</strong>ys. Nestlings fledged at 45‑51 <strong>da</strong>ys after hatching. During all the<br />

reproductive period the couple visited the nests.<br />

Key-wORdS: Breeding behavior, Psittaci<strong>da</strong>e, termitarium nesting, Aratinga.<br />

ReSuMO: Entre agosto de 1995 e agosto de 1998 o comportamento reprodutivo do periquito‑rei Aratinga aurea foi estu<strong>da</strong>do<br />

no município de São Sebastião do Paraíso, sudoeste de Minas Gerais. Os ninhos de A. aurea estu<strong>da</strong>dos foram construídos em<br />

cupinzeiros epígeos localizados em área de grande perturbação antrópica. Na maioria dos casos observados, os ovos foram postos<br />

a ca<strong>da</strong> três dias (em três ninhos) e o número de ovos variou de dois a cinco. O tamanho médio dos ovos foi de 21,02 x 26,83 mm<br />

(n = 29 ovos). A incubação estendeu‑se por 23 a 25 dias e a eclosão foi assincrônica, com intervalos de um a três dias entre eclosões.<br />

O período de desenvolvimento dos ninhegos variou de 45 a 51 dias e durante todo este período os casais visitavam seu ninho.<br />

PALAvRAS-ChAve: Comportamento reprodutivo, Psittaci<strong>da</strong>e, ninhos em cupinzeiro, Aratinga.<br />

A espécie Aratinga aurea (Gmelin 1789), conheci<strong>da</strong><br />

popularmente como jan<strong>da</strong>ia‑estrela (Frisch, 1981), jan‑<br />

<strong>da</strong>ia‑coroinha (Antas e Cavalcanti, 1988), periquito‑es‑<br />

trela e periquito‑rei (Sick, 1997) vive no cerrado, mata<br />

secundária, campo de cultura e também nos manguezais<br />

(Sick, 1997). É muito avista<strong>da</strong> ain<strong>da</strong> em floresta rala com<br />

vegetação rasteira espessa (Dunning, 1982) e também pe‑<br />

netrando em área antrópicas (Olmos et al. 1997).<br />

Pouco se sabe sobre a reprodução desta espécie em<br />

seu ambiente natural. Os poucos estudos realizados in‑<br />

dicam que ela nidifica em cavi<strong>da</strong>des que constroem em<br />

cupinzeiros arbóreos de árvores de cerrado e que a postura<br />

é de três ovos (Antas e Cavalcanti, 1988). Graham et al.<br />

(1980) observaram um indivíduo de A. aurea deixando<br />

um buraco em um cupinzeiro à 3,5 m do solo, em uma<br />

palmeira, no Peru.<br />

Estudos filogenéticos sugerem que contraste filogené‑<br />

tico indicam que a nidificação em cavi<strong>da</strong>des construí<strong>da</strong>s<br />

em cupinzeiros pode ter evoluído independentemente pelo<br />

menos quatro vezes nos psitacídeos brasileiros dos gêneros<br />

Amazona, Aratinga e Diopsittaca (Brightsmith, 2005a). Este<br />

Revista Brasileira de Ornitologia, 16(1):1-7<br />

março de 2008<br />

número pode ser ain<strong>da</strong> maior uma vez que o gênero Brotogeris<br />

utiliza cupinzeiros para nidificar (Paranhos e Mar‑<br />

condes‑Machado, 2000). A utilização de cavi<strong>da</strong>des novas,<br />

recém escava<strong>da</strong>s, reduz a taxa de pre<strong>da</strong>ção já que cavi<strong>da</strong>des<br />

novas não são facilmente detectáveis, e uma vez detecta<strong>da</strong>s<br />

podem receber visitas periódicas de um mesmo pre<strong>da</strong>dor<br />

(Brightsmith, 2005b). Estudos indicam uma menor taxa<br />

de pre<strong>da</strong>ção em cavi<strong>da</strong>des recém escava<strong>da</strong>s (Brightsmith,<br />

2005a, 2005b) e a diversi<strong>da</strong>de de sítios de nidificação en‑<br />

contra<strong>da</strong> nos psitacídeos pode ser explica<strong>da</strong>, ao menos em<br />

parte, pela aptidão obti<strong>da</strong> ao construir o próprio ninho.<br />

Neste estudo foram investigados os locais de nidi‑<br />

ficação, a duração do período reprodutivo, o número de<br />

ovos postos e de filhotes eclodidos, razão sexual entre os<br />

filhotes, bem como o desenvolvimento dos ninhegos.<br />

MATeRIAL e MéTOdOS<br />

Área de estudo: O estudo foi desenvolvido entre agosto de<br />

1995 e agosto de 1998, em área rural no município de São


2<br />

Comportamento reprodutivo de Aratinga aurea (Aves, Psittaci<strong>da</strong>e) no sudoeste de Minas Gerais, Brasil<br />

Sandra Jammal Paranhos, Carlos Barros de Araújo e Luiz Octavio Marcondes Machado<br />

Sebastião do Paraíso, Sudoeste do Estado de Minas Ge‑<br />

rais, localizado entre 20°54’S e 46°59’W. A região de São<br />

Sebastião do Paraíso é caracteriza<strong>da</strong> pela formação vegetal<br />

denomina<strong>da</strong> de Savana Gramíneo‑lenhosa (cerrado), com<br />

floresta de galeria (Projeto Ra<strong>da</strong>m Brasil, 1983).<br />

A região onde o estudo foi realizado possui clima<br />

tropical com domínio climático subquente úmido. Possui<br />

entre um a dois meses de seca, apresentando temperatura<br />

média anual de 18°C, com máxima absoluta de 36°C e<br />

mínima absoluta de ‑4°C (Nimer, 1989). A precipitação<br />

mensal média em um ano variou de zero a 478 mm em<br />

1995, zero a 361 mm em 1996, zero a 489 mm em 1997,<br />

zero a 476 mm em 1998, sendo julho o mês mais seco em<br />

todos os anos (Cooperativa Regional dos Cafeicultores de<br />

São Sebastião do Paraíso Lt<strong>da</strong>.).<br />

O método de observação para o estudo <strong>da</strong> reprodu‑<br />

ção de A. aurea foi o “ad libitum” (Altmann, 1974). Em<br />

ca<strong>da</strong> ninho, e entre ninhos, o horário de observação foi<br />

variado, no entanto ca<strong>da</strong> sessão de observação teve sem‑<br />

pre a duração de três horas contínuas.<br />

Durante ca<strong>da</strong> sessão de observação registrou‑se o<br />

tempo despendido dentro do ninho e na área do ninho,<br />

por um indivíduo e pelo casal. Foi considera<strong>da</strong> como a<br />

área do ninho as árvores próximas do mesmo utiliza<strong>da</strong>s<br />

como local de pouso pelo casal, e o lado de fora do pró‑<br />

prio cupinzeiro.<br />

Na estação reprodutiva, assim que se detectava um<br />

ninho, as observações passavam a ser realiza<strong>da</strong>s a ca<strong>da</strong> dois<br />

dias, em horários determinados de acordo com as neces‑<br />

si<strong>da</strong>des. Durante as fases de postura e eclosão os ninhos<br />

foram checados diariamente para se determinar as <strong>da</strong>tas e<br />

duração de ca<strong>da</strong> uma destas fases.<br />

Em 1996 foram feitas observações muito esporádi‑<br />

cas e por isso apenas os ninhos observados nas estações<br />

reprodutivas de 1997 e 1998 foram considerados para<br />

análise dos <strong>da</strong>dos e ao todo foram obti<strong>da</strong>s informações so‑<br />

bre oito ninhos. Ca<strong>da</strong> sessão de observação de um ninho<br />

teve a duração de três horas consecutivas, mas a periodi‑<br />

ci<strong>da</strong>de variou em função do número de ninhos a serem<br />

acompanhados.<br />

Foram realiza<strong>da</strong>s marcações dos ovos e ninhegos a<br />

fim de se comparar a seqüência de postura com a seqüên‑<br />

cia de eclosão e desta com a seqüência de saí<strong>da</strong> dos filho‑<br />

tes do ninho. A marcação de ovos só foi feita nos ninhos<br />

em que a fase de postura foi acompanha<strong>da</strong> parcial ou to‑<br />

talmente. Assim que um ovo era encontrado recebia uma<br />

pequena marca feita com caneta esferográfica e, em alguns<br />

casos, era medido com paquímetro digital. A marcação<br />

dos ninhegos era feita com esmalte, que era aplicado em<br />

um de seus pés quando eram encontrados pela primeira<br />

vez. Geralmente ao longo do desenvolvimento dos ninhe‑<br />

gos a marcação precisava ser refeita. Os ninhegos foram<br />

pesados pelo menos a ca<strong>da</strong> dois dias para acompanhar<br />

seu desenvolvimento. A manipulação de ovos e pesagem<br />

dos ninhegos ficou condiciona<strong>da</strong> na maioria <strong>da</strong>s vezes aos<br />

Revista Brasileira de Ornitologia, 16(1), 2008<br />

momentos de ausência do casal do ninho, e nunca eram<br />

realiza<strong>da</strong>s durante uma sessão de observação, por isso não<br />

foram efetua<strong>da</strong>s em horários fixos.<br />

Para efetuar a observação e manipulação de ovos e<br />

ninhegos foi feita uma abertura de observação no cupin‑<br />

zeiros, com o auxílio de uma serra e/ou serrote para retirar<br />

a parte <strong>da</strong> parede do cupinzeiro <strong>da</strong> posição oposta à aber‑<br />

tura feita pelos periquitos. A parte serra<strong>da</strong> do cupinzeiro<br />

era usa<strong>da</strong> como tampa, sendo recoloca<strong>da</strong> após ca<strong>da</strong> checa‑<br />

gem do interior do ninho. Para garantir uma total ve<strong>da</strong>ção<br />

<strong>da</strong> abertura de observação, a mesma era contorna<strong>da</strong> com<br />

uma massa para calafetar (Pulvitec®) mistura<strong>da</strong> à terra de<br />

cupinzeiro, mantendo‑se assim a coloração <strong>da</strong>s paredes.<br />

Uma vez que A. aurea não apresenta diformismo se‑<br />

xual externo, não foi possível discernir to<strong>da</strong>s as tarefas de‑<br />

sempenha<strong>da</strong>s pelo macho e pela fêmea. Na estação repro‑<br />

dutiva de 1995 em um ninho encontrado durante a fase<br />

de incubação dos ovos, foi feita uma tentativa de captura<br />

de um membro do casal a fim de se realizar sua marcação.<br />

Porém, após a liberação do indivíduo capturado o casal<br />

abandonou o ninho. Na estação reprodutiva de 1998 um<br />

novo ninho foi observado por alguns dias, e durante a<br />

fase de incubação, o indivíduo que estava incubando foi<br />

capturado. Desse indivíduo foi feita coleta de amostra de<br />

sangue e o mesmo foi anilhado e recolocado dentro do<br />

ninho. Assim como ocorreu em 1995 o casal abandonou<br />

o ninho com os ovos. Nas duas ocasiões a captura foi feita<br />

colocando‑se um puçá na abertura do ninho quando ha‑<br />

via apenas um indivíduo do casal dentro do mesmo.<br />

A fim de se determinar a razão sexual em ca<strong>da</strong> ninho,<br />

foi realiza<strong>da</strong> a coleta de amostras de sangue com a utiliza‑<br />

ção de seringas descartáveis de 0,5 ml. O sangue (0,1 ml)<br />

coletado <strong>da</strong> região interna <strong>da</strong> asa foi colocado em frascos<br />

plásticos etiquetados contendo 0,5 ml de álcool absoluto<br />

os quais foram enviados para análise. A amostra de sangue<br />

dos ninhegos foi retira<strong>da</strong> de veia <strong>da</strong> asa, sempre após os<br />

mesmos estarem com pelo menos 45 dias de vi<strong>da</strong>.<br />

ReSuLTAdOS<br />

Locais e época de aninhamento: Dos 21 ninhos de A. aurea<br />

encontrados, apenas um localizava‑se em uma cavi‑<br />

<strong>da</strong>de em barranco, enquanto os outros 20 foram cons‑<br />

truídos em cupinzeiros epígeos que estavam localizados<br />

em áreas de pastagem, com vegetação rasteira e tendo<br />

sempre próximo pelo menos uma árvore, que geralmente<br />

servia como local de pouso quando <strong>da</strong> aproximação do<br />

casal reprodutor ao ninho. Dos cupinzeiros utilizados por<br />

A. aurea para reprodução, apenas dois não apresentavam<br />

colônia de cupins na época de sua utilização.<br />

O período <strong>da</strong> reprodução de A. aurea tem início no<br />

mês de maio, quando os casais iniciam a fase de procura e<br />

construção dos ninhos. A fase de construção foi observa‑<br />

<strong>da</strong> nas estações reprodutivas de 1996 a 1998.


Comportamento reprodutivo de Aratinga aurea (Aves, Psittaci<strong>da</strong>e) no sudoeste de Minas Gerais, Brasil<br />

Sandra Jammal Paranhos, Carlos Barros de Araújo e Luiz Octavio Marcondes Machado<br />

Dos oito cupinzeiros observados durante o trabalho<br />

de escavação do ninho, apenas quatro tiveram a constru‑<br />

ção concluí<strong>da</strong>. Os outros quatro foram abandonados pelo<br />

casal de A. aurea antes mesmo de haver uma câmara incu‑<br />

badora pronta. O número de sessões de observação variou<br />

de cinco a 26 entre os ninhos, perfazendo um total de 127<br />

sessões de três horas ca<strong>da</strong>.<br />

Características e construção do ninho: O primeiro ninho<br />

foi concluído no dia 16 de junho e o último dia 06 de<br />

agosto, após esta <strong>da</strong>ta foram observados casais em ativi<strong>da</strong>‑<br />

de de escavação até o dia 11 de setembro, contudo estes<br />

ninhos não chegaram a ser concluídos.<br />

Na estação reprodutiva de 1996, no início do mês<br />

de julho, foi encontrado um cupinzeiro que estava sen‑<br />

do escavado por um casal de A. aurea, mas o ninho não<br />

foi concluído, pois os cupins, identificados como Cornitermes<br />

bequaerti, reparavam a região escava<strong>da</strong> constante‑<br />

mente levando o casal a abandonar o cupinzeiro.<br />

Os indivíduos escavam o cupinzeiro utilizando o<br />

bico para retirar pequenas porções <strong>da</strong> parede de modo a<br />

formar uma entra<strong>da</strong> circular geralmente na porção me‑<br />

diana do cupinzeiro, a partir <strong>da</strong> qual é escavado um túnel<br />

em diagonal que leva à câmara incubadora, que via de<br />

regra fica localiza<strong>da</strong> em um posição inferior à abertura.<br />

No caso de ninhos em barrancos, embora a construção<br />

dos mesmos não tenha sido acompanha<strong>da</strong>, observamos<br />

TABeLA 1: Medi<strong>da</strong>s (cm) dos cupinzeiros e ninhos utilizados por A. aurea.<br />

TABLe 1: Measures (cm) of the termitary and nests used by A. aurea.<br />

que a câmara incubadora encontra‑se a um nível similar<br />

ao <strong>da</strong> abertura, sendo ain<strong>da</strong> bem profun<strong>da</strong>. A tabela 1<br />

mostra as medi<strong>da</strong>s obti<strong>da</strong>s dos ninhos de A. aurea, não<br />

apenas <strong>da</strong>queles que foram concluídos e efetivamente uti‑<br />

lizados ao longo de todo o processo, bem como de todos<br />

em que pelo menos uma fase <strong>da</strong> reprodução tenha sido<br />

acompanha<strong>da</strong>.<br />

Durante a fase de incubação dos ovos foi encontrado<br />

um ninho em um cupinzeiro epígeo, no qual o casal não<br />

realizou escavações, utilizando‑se <strong>da</strong> cavi<strong>da</strong>de pré‑existen‑<br />

te a qual ocupava grande parte do cupinzeiro a partir do<br />

chão. A abertura para a cavi<strong>da</strong>de ficava no nível do chão e<br />

possuía um diâmetro de 15 cm, sendo a maior observa<strong>da</strong><br />

durante as observações.<br />

Durante a fase de construção do ninho, foi comum<br />

a ausência de ativi<strong>da</strong>de do casal durante as três horas de<br />

duração de ca<strong>da</strong> sessão de observação. De um modo ge‑<br />

ral, considerando todos os ninhos juntos, o tempo de<br />

permanência de um indivíduo do casal em ativi<strong>da</strong>de de<br />

construção do ninho variou de zero a 1:47 horas, e o tem‑<br />

po de permanência do casal no ninho variou de zero a<br />

2:25 horas. A permanência do casal junto em ativi<strong>da</strong>de<br />

só ocorreu quando já cabia dentro do cupinzeiro, o que<br />

significa após o início <strong>da</strong> construção <strong>da</strong> câmara incuba‑<br />

dora. Nesta fase <strong>da</strong> reprodução, enquanto um indivíduo<br />

estava ocupado na escavação seu parceiro invariavelmente<br />

permanecia na área do ninho, em silêncio. Em todos os<br />

ABeRTuRA CuPINZeIRO CÂMARA INCuBAdORA<br />

Ninho Ab d A A C T A C L<br />

01/95 09X12 9.0 100.0 125 144.0 27.0 — 24.0 17.5<br />

02/95 10X12 8.0 26.5 97 204.0 21.0 — 40.0 16.0<br />

03/95 10X13 8.5 68.0 121 184.0 18.0 — 22.0 14.0<br />

01/96 12X14 8.0 61.0 95 200.0 30.0 — — —<br />

02/96 09X13 10.0 79.0 112 320.0 21.5 — 21.0 17.0<br />

03/96 10X13 9.5 46.0 87 210.0 38.0 — 21.0 —<br />

04/96* 10X14 12.5 270.0 — — 46.0 — 43.0 44.5<br />

01/97 09X11 10.0 87.0 115 208.0 33.5 13.0 25.0 14.5<br />

02/97 — 7.0 93.0 108 186.5 19.5 — — —<br />

03/97 — 8.0 94.5 127 286.0 33.0 15.0 — —<br />

04/97 — 7.0 63.0 110 225.0 24.0 — — —<br />

05/97 09X10 9.0 — — — 31.0 25.0 — —<br />

06/97 10X13 7.0 56.0 94 204.0 21.0 43.0 75.5 50.0<br />

07/97 12X12 8.0 158.0 208 192.0 14.5 13.0 26.0 23.0<br />

08/97 09X11 10.5 70.0 132 195.0 30.0 19.0 29.0 19.0<br />

09/97 — 8.5 87.0 120 311.0 32.0 — — —<br />

01/98 10X13 9.0 92.0 111 250.0 16.0 13.5 10.0 8.5<br />

02/98 11X13 8.0 118.0 155 198.0 13.5 12.5 26.0 15.5<br />

03/98 14X18 9.0 80.0 110 213.0 19.0 12.0 22.0 20.0<br />

04/98 — 15.0 0.0 94 243.0 0.0 38.0 39.0 63.0<br />

05/98 13X18 9.5 61.0 101 293.0 31.5 16.0 29.0 27.0<br />

Ab = Abertura <strong>da</strong> cavi<strong>da</strong>de; D = Diâmetro; A = Altura; C = Circunferência; T = comprimento do túnel; L = largura.<br />

Ab = Cavity’s entrance size; D = Diameter; A = Height; C = Circumference; T =Tunnel’s length; L = Width.<br />

Revista Brasileira de Ornitologia, 16(1), 2008<br />

3


4<br />

Comportamento reprodutivo de Aratinga aurea (Aves, Psittaci<strong>da</strong>e) no sudoeste de Minas Gerais, Brasil<br />

Sandra Jammal Paranhos, Carlos Barros de Araújo e Luiz Octavio Marcondes Machado<br />

ninhos estu<strong>da</strong>dos houve revezamento de trabalho entre os<br />

membros do casal.<br />

Corte e cópula: A corte segui<strong>da</strong> de cópula foi observa<strong>da</strong><br />

várias vezes entre casais de A. aurea, sempre próxima ao<br />

respectivo ninho na época <strong>da</strong> fase pré‑postura ou durante<br />

a fase de postura dos ovos. A corte tem início com a abor‑<br />

<strong>da</strong>gem do macho, que vai se aproximando <strong>da</strong> fêmea, que<br />

imediatamente se afasta pelos galhos, sendo insistente‑<br />

mente segui<strong>da</strong> pelo macho. Após conseguir aproximar‑se<br />

<strong>da</strong> fêmea o macho passa a alisar‑lhe as penas e em poucos<br />

segundos ocorre a cópula, com o macho mantendo um<br />

pé no poleiro e outro no dorso <strong>da</strong> fêmea, equilibrando‑se<br />

e mantendo as asas ligeiramente afasta<strong>da</strong>s do corpo. Após<br />

a cópula, que não dura mais que alguns segundos, ocorre<br />

a transferência de alimento do macho para a fêmea, e em<br />

segui<strong>da</strong> os dois se afastam um do outro e algumas vezes<br />

deixam a área juntos.<br />

Fase pré-postura e postura dos ovos: Entre o final <strong>da</strong> cons‑<br />

trução do ninho e o início <strong>da</strong> postura dos ovos há um<br />

intervalo de tempo aqui denominado como fase pré‑pos‑<br />

tura. Ao longo deste estudo a fase pré‑postura, ou ao me‑<br />

nos parte dela, foi acompanha<strong>da</strong> em seis ninhos. Ao todo<br />

foram realiza<strong>da</strong>s 55 sessões de três horas de observação,<br />

tendo sido bastante comum não ocorrer nenhuma visita<br />

do casal ao ninho durante ca<strong>da</strong> sessão. O tempo máximo<br />

e mínimo de permanência no ninho em ca<strong>da</strong> sessão de<br />

observação variou para um indivíduo de zero a 38 minu‑<br />

tos, e para o casal de zero a 2:24 horas. A duração <strong>da</strong> fase<br />

pré‑postura variou de 12 a 25 dias.<br />

A época <strong>da</strong> postura de ovos variou de meados de ju‑<br />

lho até o final de agosto e foi acompanha<strong>da</strong> em seis ni‑<br />

nhos. O intervalo entre a postura de dois ovos consecuti‑<br />

vos foi variado. O intervalo foi de três dias em três ninhos<br />

e em dias consecutivos em um ninho, em que a postura<br />

total foi de dois ovos. Nos outros dois ninhos a postura<br />

foi de apenas um ovo e o processo foi interrompido após<br />

os casais abandonarem o local, e em um deles os cupins<br />

fecharem à abertura do mesmo.<br />

Considerando‑se todos os ninhos observados<br />

nesse estudo foram encontrados 48 ovos, dos quais<br />

29 foram medidos, apresentando tamanho médio de<br />

21,02 x 26,89 mm (tabela 2). O número de ovos postos<br />

por ninho variou de um (em ninhos em que o processo<br />

foi interrompido) a cinco.<br />

Durante a fase de postura dos ovos ocorreram visitas<br />

de um indivíduo e do casal ao ninho. De um modo ge‑<br />

ral, o tempo de permanência de um indivíduo no interior<br />

do ninho em ca<strong>da</strong> sessão de observação variou de zero a<br />

2:45 horas (n = 25 sessões de observação), enquanto que<br />

o tempo de permanência do casal junto dentro do ninho<br />

variou de zero a 1:48 horas.<br />

Ao contrário do que ocorreu nas fases anteriores,<br />

durante a fase de postura dos ovos era comum o casal<br />

Revista Brasileira de Ornitologia, 16(1), 2008<br />

aproximar‑se junto do ninho. Após alguns instantes um<br />

indivíduo entrava no mesmo enquanto o outro deixava a<br />

área retornando posteriormente.<br />

Fase de incubação e eclosão: A fase de incubação e eclosão<br />

dos ovos de A. aurea foi observa<strong>da</strong> em 11 ninhos. Entre‑<br />

tanto o acompanhamento de to<strong>da</strong> essa fase desde a <strong>da</strong>ta<br />

<strong>da</strong> postura do último ovo até a eclosão do último ninhego<br />

só foi possível em três ninhos.<br />

No primeiro ninho, onde foram postos três ovos e<br />

três ninhegos eclodiram, a incubação estendeu‑se por 24<br />

dias. No segundo, onde foram postos dois ovos e dois<br />

ninhegos eclodiram, a incubação estendeu‑se por 25 dias.<br />

No terceiro, em que foram postos cinco ovos e todos eclo‑<br />

diram a incubação estendeu‑se por 23 dias.<br />

A fase de incubação dos ovos na maioria dos ninhos<br />

encontrados ocorreu durante meados de agosto e setem‑<br />

bro. Entretanto exceções foram encontra<strong>da</strong>s onde a incu‑<br />

bação teve início em julho em dois dos ninhos.<br />

Durante esta fase do processo reprodutivo, em 94<br />

sessões de observação, o tempo de permanência de um<br />

indivíduo no interior do ninho variou de 17 minutos a 3<br />

horas, e atingiu a maior média de tempo de permanência<br />

(2:25 horas). Para o casal o tempo de permanência no<br />

interior do ninho variou de zero a 1:53 horas.<br />

O indivíduo que permanece no ninho, provavelmen‑<br />

te a fêmea, deixa o ninho em silêncio e pousa na mesma<br />

árvore em que o possível macho está, deslocando‑se até<br />

ficar em posição inferior a dele; em segui<strong>da</strong> a fêmea passa<br />

a solicitar o alimento, movimentando a cabeça para cima<br />

e para baixo (movimento de bombeamento). O macho<br />

inicia a transferência de alimento que dura de dois a sete<br />

segundos e com repetições de três a cinco vezes. Após o<br />

término <strong>da</strong> transferência de alimento, a fêmea geralmente<br />

limpa o bico, esfregando‑o no galho.<br />

A eclosão dos ninhegos de A. aurea foi assincrônica<br />

em todos os ninhos encontrados com exceção de um, onde<br />

TABeLA 2: Medi<strong>da</strong>s (mm) dos ovos de A. aurea encontrados.<br />

TABLe 2: Egg sizes (mm) of A. aurea.<br />

Ninho<br />

1<br />

Medi<strong>da</strong>s dos ovos (mm)<br />

2 3 4 5<br />

01/95 22.7x26.7 23.4x26.6 22.4x28.6<br />

02/95 22.0x27.7 21.3x27.7 20.9x27.8 21.2x27.1<br />

03/95 21.3x26.8 21.6x25.3 21.7x25.8<br />

01/96A 23.0x26.9 22.5x26.8<br />

01/96B 21.1x27.7 21.8x26.9 21.5x26.9<br />

02/96 21.5x26.7<br />

03/96 20.8x26.8 21.1x25.8 20.8x26.7<br />

04/96 21.2x27.7<br />

05/97 20.0x27.1<br />

06/97 22.5x27.0<br />

07/97 21.2x25.4 21.6x26.0<br />

01/98 22.8x26.9 22.3x26.4 22.6x26.1 22.1x28.0 22.1x26.4


Comportamento reprodutivo de Aratinga aurea (Aves, Psittaci<strong>da</strong>e) no sudoeste de Minas Gerais, Brasil<br />

Sandra Jammal Paranhos, Carlos Barros de Araújo e Luiz Octavio Marcondes Machado<br />

apenas dois ovos foram postos (em dias consecutivos) e os<br />

dois ninhegos eclodiram no mesmo dia. Com relação ao<br />

intervalo entre a eclosão de dois ninhegos não foi possível<br />

estabelecer um padrão para A. aurea uma vez que houve<br />

casos de eclosão em dias consecutivos, eclosão de quatro<br />

ninhegos no intervalo de três dias, eclosão de um ninhego<br />

a ca<strong>da</strong> dois dias, eclosão de dois ninhegos em um dia e<br />

de um terceiro no dia seguinte, eclosão de três ninhegos<br />

em três dias consecutivos, eclosão de dois ninhegos em<br />

um dia, do terceiro no dia seguinte e do quarto dois dias<br />

depois. O maior intervalo observado na eclosão de dois<br />

ninhegos ocorreu com os dois primeiros eclodindo em<br />

dias consecutivos e o terceiro apenas 15 dias mais tarde,<br />

causando uma diferença grande no tamanho dos ninhe‑<br />

gos durante todo o seu desenvolvimento.<br />

Nos ninhos em que a postura e a eclosão foram acom‑<br />

panha<strong>da</strong>s foi possível constatar que ambas apresentam a<br />

mesma seqüência, embora o intervalo entre a postura de<br />

dois ovos não tenha sido necessariamente o mesmo <strong>da</strong><br />

eclosão de dois ninhegos.<br />

Desenvolvimento dos ninhegos: O período de desenvol‑<br />

vimento dos ninhegos para ca<strong>da</strong> ninho foi contado <strong>da</strong><br />

<strong>da</strong>ta de eclosão do último ninhego até a <strong>da</strong>ta de saí<strong>da</strong><br />

do ninho do último filhote e foi acompanhado em sete<br />

ninhos. Foram encontrados períodos de desenvolvimento<br />

com duração entre 51 e 45 dias.<br />

A morte de ninhegos devido à pre<strong>da</strong>ção do ninho<br />

foi observa<strong>da</strong> em duas ocasiões. Na primeira os ninhegos<br />

foram mortos quando estavam com 4‑5 dias de vi<strong>da</strong>, após<br />

o cupinzeiro ter sido quebrado com uma pedra por pesso‑<br />

as que provavelmente estavam à procura de filhotes para<br />

criar em gaiola. Na segun<strong>da</strong>, os ninhegos foram pre<strong>da</strong>dos<br />

por algum animal quando estavam com 28‑29 dias de<br />

vi<strong>da</strong>; dos três ninhegos do ninho apenas um indivíduo<br />

morto com vários ferimentos foi encontrado, além de<br />

uma asa de um dos outros ninhegos.<br />

Também ocorreu morte em um terceiro ninho quan‑<br />

do o quarto ninhego a eclodir morreu com 20 dias. Na<br />

véspera de sua morte já apresentava vários ferimentos pelo<br />

corpo. Em um quarto ninho o desaparecimento de um<br />

ninhego foi registrado quando o mesmo estava com 38<br />

dias de vi<strong>da</strong>. No entanto aparentemente neste caso não<br />

ocorreu pre<strong>da</strong>ção do ninho, pois no dia em que se consta‑<br />

tou o desaparecimento do ninhego mais jovem um outro<br />

ninhego foi localizado no chão próximo ao ninho no iní‑<br />

cio <strong>da</strong> manhã. O indivíduo foi recolocado no ninho.<br />

Os ninhegos acompanhados desde seu nascimento<br />

foram marcados e pesados ao longo de todo o seu desen‑<br />

volvimento. Ao nascer os ninhegos pesam entre 4,5 a 5,5<br />

gramas e ao longo do desenvolvimento ocorre um ganho<br />

de peso progressivo até ser atingido o pico por volta de 32<br />

a 40 dias. Em segui<strong>da</strong> ocorre uma pequena per<strong>da</strong> de peso<br />

até os filhotes deixarem o ninho com peso médio de 85 a<br />

93 gramas. Realizamos uma regressão não‑linear seguindo<br />

Revista Brasileira de Ornitologia, 16(1), 2008<br />

TABeLA 3: Peso médio final e máximo dos ninhegos.<br />

TABLe 3: Maximum and final mean weight of the nestlings.<br />

Peso final (g) Peso máximo (g)<br />

Média 86.83 101.16<br />

Desvio padrão 5.45 4.75<br />

Erro padrão 1.93 2.22<br />

Sanches (1997), utilizando a equação y = exp(a+b*x+c*x 2 )<br />

(onde y é o peso e x é o dia). Para ca<strong>da</strong> ninho obteve‑se<br />

um coeficiente de determinação (R 2 ), variando 0,98 a<br />

0,99 para os ninhos de A. aurea estu<strong>da</strong>dos. O peso médio<br />

dos filhotes no momento <strong>da</strong> saí<strong>da</strong> do ninho bem como<br />

seu peso máximo médio está representado na tabela 3.<br />

Foram realiza<strong>da</strong>s pesagens em dois ninhegos, cuja<br />

<strong>da</strong>ta de nascimento não foi observa<strong>da</strong>. Comparando‑se o<br />

peso desses indivíduos com média de peso dos ninhegos de<br />

i<strong>da</strong>de conheci<strong>da</strong>, foi possível estimar a i<strong>da</strong>de desses ninhe‑<br />

gos e, considerando‑se a média, o gráfico do modelo como<br />

encontrado para os demais ninhos teria um R 2 = 0,99,<br />

com um ajuste tão bom quanto os demais encontrados.<br />

Ao longo <strong>da</strong> fase de desenvolvimento dos ninhegos<br />

ocorre uma diminuição no tempo de permanência do ca‑<br />

sal no interior do ninho. O padrão <strong>da</strong>s visitas também<br />

sofre uma alteração, sendo mais comum a entra<strong>da</strong> do ca‑<br />

sal junto no ninho, ou um revezamento entre os parceiros<br />

em to<strong>da</strong>s as visitas. De um modo geral o tempo de per‑<br />

manência de um indivíduo no interior do ninho variou<br />

de zero (no final do desenvolvimento) a três horas (nos<br />

primeiros dias após a eclosão). O tempo de permanência<br />

do casal no ninho variou de zero a 2:55 horas, em sessões<br />

de três horas de observação.<br />

Ao longo do estudo alguns ninhegos tiveram amostra<br />

de sangue coleta<strong>da</strong> para realização de exame de sexagem.<br />

De 20 ninhegos, pertencentes a nove ninhos, 11 (55%)<br />

eram machos e nove (45%) eram fêmeas.<br />

A saí<strong>da</strong> dos filhotes do ninho foi observa<strong>da</strong> em vá‑<br />

rios ninhos, e sempre ocorreu no período <strong>da</strong> manhã e em<br />

companhia dos pais, mantendo a diferença observa<strong>da</strong> na<br />

eclosão. O primeiro vôo de ca<strong>da</strong> filhote é sempre curto,<br />

terminando em alguma árvore próxima ao ninho. O lu‑<br />

gar de pouso do filhote nem sempre é fácil de localizar<br />

porque o mesmo permanece em silêncio após ser deixado<br />

pelos pais, os quais antes de partir sempre alimentaram os<br />

filhotes recém saídos do ninho.<br />

Após deixarem o ninho os filhotes não retornam mais<br />

ao mesmo, e geralmente antes do final do dia <strong>da</strong> saí<strong>da</strong> eles<br />

deixam a área do ninho acompanhados pelos pais e dificil‑<br />

mente são vistos nas proximi<strong>da</strong>des do ninho novamente.<br />

dISCuSSãO<br />

Os <strong>da</strong>dos obtidos indicam que para A. aurea a uti‑<br />

lização de cupinzeiros é maior que o uso de outros locais<br />

5


6<br />

Comportamento reprodutivo de Aratinga aurea (Aves, Psittaci<strong>da</strong>e) no sudoeste de Minas Gerais, Brasil<br />

Sandra Jammal Paranhos, Carlos Barros de Araújo e Luiz Octavio Marcondes Machado<br />

de nidificação. De acordo com Sick (1997) o interior de<br />

cupinzeiros oferece um ambiente favorável (microclima)<br />

considerando temperatura e umi<strong>da</strong>de constantes.<br />

De acordo com Stiles e Skutch (1989), a maioria dos<br />

Psittaci<strong>da</strong>e reproduz em cavi<strong>da</strong>des sem revestimento que<br />

eles algumas vezes aumentam, em árvores, buracos, em<br />

troncos de árvores, ou raramente em paredões e barran‑<br />

cos; os poucos que nidificam em cupinzeiros arborícolas<br />

escavam seus ninhos. O trabalho de escavação do ninho<br />

foi observado em casais de A. aurea e o aproveitamento<br />

de cavi<strong>da</strong>de pré‑existente foi observado apenas uma vez,<br />

em um cupinzeiro epígeo, com uma cavi<strong>da</strong>de totalmente<br />

atípica para o padrão de ninho <strong>da</strong> espécie, uma vez que<br />

sua abertura localizava‑se no nível do chão. Ao escavar a<br />

própria cavi<strong>da</strong>de para a reprodução, a espécie diminui a<br />

probabili<strong>da</strong>de de pre<strong>da</strong>ção do ninho, já que ninhos esca‑<br />

vados tem uma menor probabili<strong>da</strong>de de ser pre<strong>da</strong>do (Bri‑<br />

ghtsmith, 2005a, 2005b).<br />

Na literatura encontram‑se relatos de nidificação<br />

em cupinzeiros. Graham et al. (1980) observaram uma<br />

A. aurea deixando um buraco em um cupinzeiro a 3,5 m<br />

do chão; Sazima (1989) observou um casal de A. aurea<br />

escavando um cupinzeiro arborícola em ativi<strong>da</strong>de, a cerca<br />

de 1,2 m do chão e Antas e Cavalcanti (1988) relatam<br />

que A. aurea nidifica em cupinzeiros arborícolas do cerra‑<br />

do entre 1,5 e 5,0 m de altura.<br />

Os <strong>da</strong>dos deste trabalho apresentam uma dispari‑<br />

<strong>da</strong>de com relação aos relatos apresentados na literatura<br />

no que diz respeito ao tipo de cupinzeiro utilizado por<br />

A. aurea: no primeiro caso, a totali<strong>da</strong>de dos cupinzeiros<br />

eram epígeos, enquanto que nos relatos <strong>da</strong> literatura os<br />

exemplos são todos de cupinzeiros arborícolas. Essa di‑<br />

ferença provavelmente está relaciona<strong>da</strong> ao fato de que na<br />

área de estudo a disponibili<strong>da</strong>de de cupinzeiros arboríco‑<br />

las é muito baixa, enquanto que os cupinzeiros epígeos<br />

são bastante conspícuos, principalmente no meio de áreas<br />

de pastagem.<br />

O comportamento de cortejamento e cópula obser‑<br />

vado entre os periquitos‑rei foi muito semelhante àquele<br />

descrito por Garnetzke‑Stollmann & Franck (1991) para<br />

Forpus conspicillatus (Lafresnaye 1847), com o macho co‑<br />

locando apenas um pé sobre a fêmea, com a diferença de<br />

que observaram o comportamento de cortejamento ali‑<br />

mentar antes <strong>da</strong> cópula, enquanto que em A. aurea este<br />

comportamento foi exibido após a cópula.<br />

De acordo com Skutch (1950), criar uma ninha<strong>da</strong><br />

requer um período de preparação razoavelmente longo,<br />

o qual deve começar quando as condições ambientais es‑<br />

tão longe do ótimo. Esta teoria parece ser razoável para<br />

explicar o fato de os casais de A. aurea terem começado a<br />

procura e preparação dos ninhos em maio, quando a re‑<br />

gião normalmente está passando por um período de seca<br />

e frio intensos.<br />

O tamanho de postura observado neste estudo está<br />

de acordo com as informações de Smith (1975) e de An‑<br />

Revista Brasileira de Ornitologia, 16(1), 2008<br />

tas & Cavalcanti (1988). Högstedt (1980) considera que<br />

a estratégia ótima para aves é ser altamente flexível na sua<br />

escolha de tamanho de ninha<strong>da</strong>, a fim de a<strong>da</strong>ptar‑se aos<br />

recursos disponíveis. A variação no tamanho <strong>da</strong> postu‑<br />

ra entre os ninhos estu<strong>da</strong>dos pode se dever à variação na<br />

época de início <strong>da</strong> postura em ca<strong>da</strong> ninho.<br />

Segundo Bucher (1983), períodos de incubação lon‑<br />

gos é uma característica dos Psittaciformes. O período de<br />

incubação dos ovos de A. aurea variou de 23 a 25 dias. Os<br />

resultados encontrados para o tempo de permanência de<br />

um indivíduo no interior na fase de incubação era espera‑<br />

do, pois nesta fase, a fêmea dificilmente deixa o ninho, in‑<br />

teragindo apenas com seu parceiro (Garnetzke‑Stollmann<br />

e Franck, 1991). Segundo Skutch (1957), os periquitos<br />

estão entre as aves em que a fêmea é tão bem alimenta<strong>da</strong><br />

por seu parceiro, que suas ausências do ninho são infre‑<br />

qüentes e/ou curtas.<br />

As aves têm habili<strong>da</strong>de de influenciar seu padrão de<br />

eclosão variando o início <strong>da</strong> incubação ao longo <strong>da</strong> pos‑<br />

tura (Wiebe et al. 1998). Essa é uma característica muito<br />

comum nos psitacídeos (Paranhos e Marcondes Machado,<br />

2000, Stoleson e Beissinger, 1997, 1999). Skutch (1945)<br />

constatou que a eclosão dos ovos se <strong>da</strong>va sempre na mes‑<br />

ma ordem <strong>da</strong> postura, o que foi observado para A. aurea.<br />

Esta característica é chama<strong>da</strong> assincronia, e é uma conse‑<br />

qüência <strong>da</strong> incubação iniciar antes que a postura dos ovos<br />

esteja <strong>completa</strong>. Esse tipo de estratégia deve ocorrer em<br />

ambientes imprevisíveis, de quanti<strong>da</strong>de de recurso vari‑<br />

ável. As aves que eclodem por último e possuem menor<br />

capaci<strong>da</strong>de de competir com seus irmãos mais velhos,<br />

podem ser seletivamente mortas pela competição com os<br />

irmãos em épocas de escassez de alimento (Howe, 1976).<br />

Stoleson e Beissinger (1997), através <strong>da</strong> realização de<br />

um experimento de manipulação de ovos com Forpus passerinus<br />

mostraram que a massa dos filhotes, no momento<br />

em que abandonam o ninho, é maior em ninhos assincrô‑<br />

nicos que em sincrônicos. De acordo com os autores, esse<br />

fato indica uma melhor aptidão dos filhotes dos ninhos<br />

assincrônicos, uma vez mais pesados teriam uma reserva<br />

energética melhor, melhorando a sobrevivência na fase<br />

pós‑ninho. Apesar de ser uma hipótese difícil de estu<strong>da</strong>r<br />

em campo, parece bem plausível.<br />

Analisando pelo prisma dos pais, a diferença de ta‑<br />

manho entre os ninhegos resultante <strong>da</strong> eclosão assincrô‑<br />

nica, pode levar à necessi<strong>da</strong>de de uma quanti<strong>da</strong>de média<br />

de alimento menor, quando compara<strong>da</strong> a aquela que seria<br />

necessária caso todos os ninhegos tivessem o mesmo ta‑<br />

manho (Siegel et al. 1999). Com a diminuição <strong>da</strong> energia<br />

diária requisita<strong>da</strong> na reprodução, a sobrevivência dos pais,<br />

assim como sua aptidão teriam um incremento, já que<br />

probabili<strong>da</strong>de de reprodução futura é proporcional à so‑<br />

brevivência e esta é maximiza<strong>da</strong> com a sobra energética.<br />

Entre sete ninhos observados, o desenvolvimento<br />

dos ninhegos variou de 45 a 53 dias, sendo em média,<br />

maior do que o relatado por Smith (1975) para aves do


Comportamento reprodutivo de Aratinga aurea (Aves, Psittaci<strong>da</strong>e) no sudoeste de Minas Gerais, Brasil<br />

Sandra Jammal Paranhos, Carlos Barros de Araújo e Luiz Octavio Marcondes Machado<br />

gênero Aratinga, que é de 45 dias. A duração do período<br />

de desenvolvimento está liga<strong>da</strong> ao tipo de ninho utilizado<br />

pela espécie de ave, de tal modo que espécies que nidifi‑<br />

cam em ninhos menos vulneráveis à pre<strong>da</strong>ção teriam um<br />

período de desenvolvimento longo (Saunders et al. 1984,<br />

Brightsmith, 2005a).<br />

A saí<strong>da</strong> dos filhotes de periquito‑rei do ninho seguiu<br />

sempre o mesmo padrão. Em todos os casos acompanha‑<br />

dos a saí<strong>da</strong> dos filhotes deu‑se no período <strong>da</strong> manhã, o<br />

que, de acordo com Skutch (1945), é a regra para ninhe‑<br />

gos. Os filhotes de A. aurea, não mostram grande variação<br />

no peso com o qual deixam o ninho. Existe uma grande<br />

similari<strong>da</strong>de tanto entre os ninhegos do mesmo ninho<br />

como entre ninhos. Esse fato também parece ocorrer para<br />

outras espécies de Psitacídeos. (Stamps et al. 1985, Siegel<br />

et al. 1999). O ajuste não linear realizado com os pesos<br />

dos ninhegos mostrou‑se muito eficiente na determina‑<br />

ção <strong>da</strong>s i<strong>da</strong>des de ninhegos encontrados pós‑eclosão.<br />

AGRAdeCIMeNTOS<br />

À Profª. Drª. Anita Wajntal pela realização <strong>da</strong> sexagem <strong>da</strong>s<br />

amostras de sangue coleta<strong>da</strong>s. Aos Profs. Drs. João Semir e Elenice<br />

Mouro Varan<strong>da</strong>, e ao biólogo José Ricardo Barosela pela identificação<br />

<strong>da</strong>s plantas coleta<strong>da</strong>s. Aos Srs. Geraldo Elias, Wanderley e Odiley pelas<br />

facili<strong>da</strong>des e aju<strong>da</strong> no campo. Ao CNPq e FMB pelo financiamento.<br />

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7


Revista Brasileira de Ornitologia, 16(1):8-11<br />

março de 2008<br />

1.<br />

2.<br />

3.<br />

Molecular sexing: an efficient method to<br />

identify individual sex and its implication<br />

to differentiate Semipalmated Sandpiper<br />

Calidris pusilla populations<br />

Antonio Augusto Ferreira Rodrigues 1 , Evonnildo C. Gonçalves 2 , Artur Silva 2 , Ana Tereza Lyra Lopes 1 ,<br />

Stephen Francis Ferrari 3 and Maria Paula Cruz Schneider 2<br />

Departamento de Biologia, Universi<strong>da</strong>de Federal do Maranhão, Campus Universitário do Bacanga, 65080‑040, São Luís, MA, Brasil.<br />

E‑mail: augusto@ufma.br<br />

Laboratório de Polimorfismo de DNA Departamento de Genética, Universi<strong>da</strong>de Federal do Pará, Caixa Postal 8607, 66065‑690,<br />

Belém, PA, Brasil.<br />

Departamento de Biologia, Centro de Ciências Biológicas e <strong>da</strong> Saúde, Universi<strong>da</strong>de Federal de Sergipe. Aveni<strong>da</strong> Marechal Rondon, s/n.,<br />

Rosa Elze, 49000‑100, São Cristovão, SE, Brasil.<br />

Recebido em: 26/07/2007. Aceito em: 07/03/2008.<br />

RESuMo: Sexagem molecular: um eficiente método para identificar o sexo de indivíduos e suas implicações para diferenciar<br />

populações do maçariquinho Calidris pusilla. Estudos populacionais que utilizam a definição do sexo <strong>da</strong>s aves com base em<br />

características morfológicas e de plumagem têm sido utilizados amplamente em espécies dimórficas. Entretanto, em espécies<br />

monomórficas como o caso de Calidris pusilla pode haver sobreposições de medi<strong>da</strong>s entre sexos e entre populações migratórias<br />

obscurecendo os resultados, especialmente em áreas de para<strong>da</strong> e inverna<strong>da</strong> onde provavelmente as populações se misturam. Quatro<br />

sítios na costa amazônica brasileira foram visitados regularmente durante o período migratório e de inverna<strong>da</strong> entre 1997 e 2000 e as<br />

aves foram capturados em redes de neblina com malha de 36 mm. Para a definição do sexo via análise molecular os primers P2 and<br />

P8 foram utilizados para a amplificação dos fragmentos dos introns dos genes CHD‑Z e CHD‑W. O produto dessa amplificação é<br />

maior no caso do CHD‑Z em comparação com CHD‑W, e as fêmeas apresentam dois fragmentos de diferentes pesos moleculares<br />

correspondendo à presença dos dois genes. Machos apresentam fragmentos de pesos iguais, derivados dos dois cromossomos Z. A<br />

eficiência do método de definição do sexo via análise molecular foi testa<strong>da</strong> em uma amostra de 14 indivíduos capturados durante<br />

o estudo. O sexo desses indivíduos (8 machos e 6 fêmeas) de C. pusilla foi confirmado através <strong>da</strong> dissecação e inspeção gona<strong>da</strong>l.<br />

Análises moleculares identificaram corretamente o sexo de todos os 14 indivíduos de sexo conhecido, comprovando a acurácia desse<br />

procedimento usando os Primes P2 e P8. Dos 151 indivíduos analisados usando PCR, 92 foram classificados como machos e 59<br />

como fêmeas. Os resultados <strong>da</strong>s análises moleculares com os primers P2 e P8 indicaram que em média, o comprimento de bico<br />

<strong>da</strong>s fêmeas é maior que dos machos. As populações invernantes de C. pusilla nos sítios estu<strong>da</strong>dos na Amazônia brasileira podem<br />

representar uma única população reproduiva devido à falta de diferenças no comprimento do bico entre indivíduos do mesmo<br />

sexo.<br />

PALAvRAS-ChAvE: Sexagem molecular, maçariquinho, Calidris pusilla.<br />

AbSTRACT: In population studies of dimorphic bird species, differences in plumage and morphological characteristics facilitate<br />

gender identification. By contrast, in monomorphic species such as Semipalmated Sandpiper, the considerable overlap in measurement<br />

between sexes and among different migratory populations impedes reliable gender identification, especially in stopover and wintering<br />

areas, where populations are likely to mingle. Four sites on the brazilian amazonian coast were visited regularly during the migratory<br />

and wintering periods between 1997 and 2000, and birds were captured in mist nests with a 36 mm mesh. Gender identification was<br />

based on the molecular primers P2 and P8, which were used to amplify introns of the genes CHD‑Z and CHD‑W. The product of<br />

this amplification is larger in CHD‑Z in comparison with CHD‑W, and females present fragments of different molecular weights,<br />

corresponding to the presence of both genes. Males present fragments of equal weight, from each of the two Z chromosomes. The<br />

efficiency of the molecular sexing method was tested in a sample of fourteen of the individuals captured during the study. The sex<br />

of these individuals (eight males and six females) was confirmed through dissection and gono<strong>da</strong>l inspection. Molecular analyses<br />

identified correctly the sex of all fourteen individuals of known sex, proving the accuracy of this procedure using P2 and P8 primers<br />

in Semipalmated Sandpiper. Of the 151 individuals analyzed using PCR, 92 were identified as male, and 59 as female. The results<br />

of the molecular analyses with P2 and P8 primers indicate that the bill is significantly longer in females, on average, in comparison<br />

with males. The wintering populations of Semipalmated Sandpiper at the study sites on the northern coast of Brazil may represent a<br />

single reproductive population, given the lack of differences in mean bill length among sites for individuals of the same sex.<br />

KEy-woRdS: Molecular sexing, Semipalmated Sandpiper, Calidris pusilla.<br />

ARTIGo


Molecular sexing: an efficient method to identify individual sex and its implication to differentiate<br />

Semipalmated Sandpiper Calidris pusilla populations<br />

Antonio Augusto Ferreira Rodrigues, Evonnildo C. Gonçalves, Artur Silva, Ana Tereza Lyra Lopes,<br />

Stephen Francis Ferrari and Maria Paula Cruz Schneider<br />

The Semipalmated Sandpiper (Calidris pusilla) is a<br />

small, monogamous and monomorphic in plumage but<br />

slightly sexually dimorphic (Cartar 1984, Gratto‑Trevor<br />

1992) migratory shorebird. They are abun<strong>da</strong>nt on the<br />

northern coast of Brazil (Rodrigues 2000), but breed in<br />

three distinct populations distributed over a wide area in<br />

the low arctic region. These breeding populations present<br />

an east‑west cline in the length of both the bill and the<br />

wing, in both sexes (Manning et al. 1956, A.O.U. 1957,<br />

Palmer 1967, Harrington and Morrison 1979). However,<br />

Prater et al. (1977) concluded that only bill length was an<br />

adequate criterion for morphometric sexing. Reinforcing<br />

the validity of this criterion in Semipalmated Sandpiper,<br />

Cartar (1984) found similar differences in the bill lengths<br />

observed by Harrington and Morrison (1979) in individu‑<br />

als of the three breeding grounds: 18.6 ± 1.36 mm (range<br />

15.5‑23.0 mm, n = 147) for males; and 20.5 ± 1.38 mm<br />

(range 17.5‑23.7 mm, n = 107) for females.<br />

Oligonucleotides have been developed for the poly‑<br />

merase chain reaction (PCR) of segments of the CHD‑Z<br />

and CHD‑W genes (chromodomain‑helicase‑DNA‑bind‑<br />

ing protein) of a large number of bird species (Ellegreen<br />

1996, Griffiths et al. 1996, Ellegren and Sheldon 1997,<br />

Griffiths et al. 1998). This has resulted in molecular sex‑<br />

ing becoming the stan<strong>da</strong>rd method for sexually mono‑<br />

morphic birds. An additional advantage of this method<br />

is that it avoiding the necessity of sacrificing animals.<br />

Moreover, the relatively low cost and simplicity of the<br />

method in comparison with traditional procedures, such<br />

as endoscopy (Goslawski 1993) and ultra‑sonography<br />

(Hildebrant et al. 1995), have facilitated its use in testing<br />

a number of theories on avian ecology and evolution.<br />

Sexing birds in the field on the basis of morphom‑<br />

etry is a practical means of collecting large numbers of re‑<br />

cords, but it has a major drawback in the overlap of mea‑<br />

surements between sexes and/or among populations (e.g.<br />

Morrison 1984, Wenink et al. 1996), which may obscure<br />

possible populations mixing, especially at resting and<br />

wintering grounds. Using molecular sexing, the present<br />

study evaluated the possible presence of representatives of<br />

different breeding populations at wintering grounds on<br />

the brazilian amazonian coast.<br />

MATERIAL And METhodS<br />

Four sites on the Brazilian amazonian coast were<br />

visited regularly during the wintering and migratory<br />

periods of the Semipalmated Sandpiper between 1997<br />

and 2000: Goiabal beach (02°50’N; 50°50’W) – Amapá<br />

Sate; Maçarico/Cuiarana beaches (00°30’S; 47°20’W)<br />

– Pará State and Panaquatira beach (02°20’S; 44°00’W)<br />

– Maranhão State. Approximately 2000 individuals were<br />

captured in 36 mm mist nets. Bill was measured to the<br />

nearest 0.1 mm from the tip of the upper mandible to<br />

Revista Brasileira de Ornitologia, 16(1), 2008<br />

the feather‑margin. Mean lengths of the bill were calcu‑<br />

lated for each site, considering adults only. Differences<br />

between means were tested through Student’s t‑test and<br />

ANOVA, using BioStat 2.0 (Ayres et al. 2000). Following<br />

banding, one or two drops of blood were collected from<br />

the brachial vein using a heparinized syringe. Total DNA<br />

was isolated by enzymatic digestion using K proteinase,<br />

extracted with phenol‑chloroform and precipitated with<br />

ethanol, following stan<strong>da</strong>rd procedures (Sambrook et al.<br />

1989).<br />

For molecular sexing, P2 and P8 primers (Griffiths<br />

et al. 1998) were used for the amplification of fragments<br />

of the introns of the CHD‑Z and CHD‑W genes. The<br />

product of this amplification is larger in the case of<br />

CHD‑Z in comparison with CHD‑W, such that females<br />

present two fragments of different molecular weights,<br />

corresponding to the presence of the two genes. Males<br />

present fragments of equal weight, derived from their two<br />

Z chromosomes.<br />

The gene fragments were amplified in a final reac‑<br />

tion volume of 25 µl, containing 50 ng of genomic DNA,<br />

50 mM KCl, 1.5 mM MgCl 2 , 10 mM Tris‑HCL, 50 µM<br />

of each dNTP, 0.5 µM of each primer, and one unit of<br />

Taq DNA polimerase. Cycling was done with: 4 min at<br />

94°C for initial denaturation, followed by 25 denatur‑<br />

ation cycles of 45 s at 94°C, annealing for 45 s at 48°C,<br />

extension for 45 s at 72°C, and a final run of 5 min at<br />

72°C in order to ensure complete extension of the PCR<br />

products. The amplified fragments were separated in 3%<br />

agarose gel in 1x TAE buffer and visualized using ethid‑<br />

ium bromide under UV illumination.<br />

The efficiency of the molecular sexing method was<br />

tested in a sample of fourteen of the individuals captured<br />

during the study. The sex of these individuals (eight males<br />

and six females) was confirmed through dissection and<br />

gono<strong>da</strong>l inspection.<br />

RESuLTS<br />

Molecular analyses identified correctly the sex of all<br />

fourteen individuals of known sex, proving the accuracy<br />

of this procedure using P2 and P8 primers in Semipal‑<br />

mated Sandpiper. Of the total of 151 individuals ana‑<br />

lyzed using PCR, 92 were classified as males, and 59 as<br />

females. The largest mean for males was recorded in Ma‑<br />

ranhão and for females in Pará, but no statistically sig‑<br />

nificant differences were found between sites (Table 1).<br />

However, all between‑sex comparisons were significant<br />

(p < 0.05). In this case, all birds were grouped in males<br />

and females groups only. The global comparison consid‑<br />

ering the different sites between males and females with<br />

median values equal to 20.00 and 22.1, respectively,<br />

showed highly significant statistical differences (ANO‑<br />

VA, p < 0.01).<br />

9


10<br />

Molecular sexing: an efficient method to identify individual sex and its implication to differentiate<br />

Semipalmated Sandpiper Calidris pusilla populations<br />

Antonio Augusto Ferreira Rodrigues, Evonnildo C. Gonçalves, Artur Silva, Ana Tereza Lyra Lopes,<br />

Stephen Francis Ferrari and Maria Paula Cruz Schneider<br />

TAbLE 1: Sexual dimorphism based on the bill length (mm) of Semipalmated Sandpiper from the northern coast of Brazil sexed through PCR, as<br />

described in the text. All differences between the sexes were statistically significant, p < 0.05 (Student’s t‑test).<br />

Amapá Pará<br />

Ilha de Maiaú<br />

Maranhão<br />

Panaquatira<br />

Sex mean ± Sd range mean ± Sd range mean ± Sd range mean ± Sd range<br />

Males 19.86 ± 0.8 18.5 – 20.8 19.96 ± 1.3 17.5 – 23.6 20.05 ± 0.9 18.2 – 21.5 20.42 ± 1.7 18.3 – 23.8<br />

n = 8<br />

n = 46<br />

n = 29<br />

n = 9<br />

Females 21.14 ± 1.5 19.3 – 23.3 22.72 ± 1.5 19.2 – 24.6 21.97 ± 1.5 18.7 – 26.0 21.06 ± 2.4 18.2 – 23.5<br />

n = 5<br />

n = 18<br />

n = 31<br />

n = 5<br />

M/F ratio 0.94 0.87 0.92 0.94<br />

Bill length was more variable in females in compari‑<br />

son with males. Coefficients of variation in females were<br />

6.83% (Maiaú), 6.84% (Pará), 11.83% (Panaquatira)<br />

and 7.15% (Amapá) in comparison with 4.86%, 6.83%,<br />

8.68% and 4.22%, respectively, in males.<br />

dISCuSSIon<br />

The results of the molecular analyses with P2 and<br />

P8 primers in Semipalmated Sandpiper indicate that the<br />

bill is significantly longer in females, on average, in com‑<br />

parison with males, corroborating Prater et al. (1977)<br />

and Cartar (1984). However, as in a similar study of Red<br />

Knots, Calidris canutus (Baker et al. 1999), our <strong>da</strong>ta indi‑<br />

cates that Semipalmated Sandpiper cannot be sexed reli‑<br />

ably on the basis of bill length, given the overlap between<br />

sexes (Table 1). Given this, the use of morphometric cri‑<br />

teria for sexing individuals should be avoided, especially<br />

in wintering grounds, where different breeding popula‑<br />

tions may be represented, resulting in a high degree of<br />

error.<br />

An important application of molecular sexing in<br />

the case of Semipalmated Sandpiper is thus the dis‑<br />

crimination and inference of the reproductive origins<br />

of wintering populations in the southern hemisphere.<br />

In fact, our results indicate that the wintering popu‑<br />

lations of Semipalmated Sandpiper at the study sites<br />

on the brazilian amazonian coast may represent a sin‑<br />

gle reproductive population, given the lack of differ‑<br />

ences in mean bill length among sites for individuals<br />

of the same sex. A comparison of the <strong>da</strong>ta presented<br />

here (Table 1) with those of Harrington and Mor‑<br />

rison (1979) suggests that these birds originated in<br />

the breeding grounds of the eastern Canadian Arctic,<br />

specifically western Baffin Island (mean bill length:<br />

males = 19.3 mm; females = 21.03 mm) and east‑<br />

ern Hudson Bay/Belcher Island (males = 19.99 mm;<br />

females = 21.54 mm).<br />

Molecular sexing, together with other genetic tools<br />

should provide important insights into the migratory pat‑<br />

terns of Semipalmated Sandpiper populations, how they<br />

evolved, and their ecological implications.<br />

Revista Brasileira de Ornitologia, 16(1), 2008<br />

ACKnowLEdGMEnTS<br />

This study was financed by the National Program for Biodi‑<br />

versity (PRONABIO) of the Ministry of Brazilian Environment,<br />

through BIRD and CNPq. Additional support was received from<br />

Millenium Science Initiative/MCT/CNPq/PADCT. IBAMA autho‑<br />

rized the collection of blood samples through license 020/1997‑DI‑<br />

FAS/DIREC. We thank Silvanira Barbosa for supporting on genetic<br />

analyses.<br />

REFEREnCES<br />

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Semipalmated Sandpiper Calidris pusilla populations<br />

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alpina). The Auk, 113(4):744‑756.<br />

11


Revista Brasileira de Ornitologia, 16(1):12-22<br />

março de 2008<br />

1.<br />

2.<br />

ARTIGO<br />

Migración del Zorzal común Turdus amaurochalinus<br />

(Turdi<strong>da</strong>e) en Argentina<br />

Patricia Capllonch 1,2 , Diego Ortiz 1 y Karina Soria 1<br />

Centro Nacional de Anillado de Aves (CENAA), Instituto Miguel Lillo, Miguel Lillo 205 (4000), Tucumán, Argentina.<br />

Correo electrónico: cenaarg@yahoo.com.ar<br />

Recebido em: 30/03/2007. Aceito em: 21/01/2008.<br />

AbSTRACT: Migratory patterns of the Creamy-bellied Thrush Turdus amaurochalinus in Argentina. The Creamy-bellied Thrush<br />

carries out one of the migrations more conspicuous among the South American birds. We find that a big number of individuals of<br />

southern populations during their migration cross regularly the wetlands of the east of Tucumán and west of Santiago del Estero,<br />

to Bolivia and Peru between May and June. Another part of the migration goes toward the east, ascending for the Atlantic coast of<br />

Brazil until the northeast of the country. Its migratory return in the spring begins in the month of October in northern Argentina.<br />

Key-wORDS: Creamy-bellied Thrush, Turdus amaurochalinus, migration, Argentina, Brasil, Bolivia, Peru.<br />

ReSuMO: Migração do sabiá-poca Turdus amaurochalinus, na Argentina. O sabiá-poca Turdus amaurochalinus é um dos migrantes<br />

mais notáveis entre as aves <strong>da</strong> América do Sul. Faz uma <strong>da</strong>s migrações mais notáveis entre as aves Sulamericanas. Encontramos que,<br />

durante sua migração, um elevado número de indivíduos de populações austrais atravessam regularmente as áreas úmi<strong>da</strong>s do leste de<br />

Tucumán e oeste de Santiago del Estero até Bolivia e Peru entre os meses de maio e junho. Outra parte <strong>da</strong> migração vai em direção<br />

leste, subindo pelo litoral Atlântico do Brasil até o nordeste. Seu retorno migratório na primavera começa no mês de outubro, no<br />

norte <strong>da</strong> Argentina.<br />

PAlAvRAS-ChAve: sabiá-poca, Turdus amaurochalinus, migração, Argentina, Brasil, Bolivia, Peru.<br />

El Zorzal común Turdus amurochalinus tiene una<br />

distribución amplia en el sur de Su<strong>da</strong>mérica, frecuenta<br />

terrenos abiertos de tipo parque, bosques secos abiertos<br />

y el cerrado, y evita las selvas amazónicas y las yungas<br />

montañosas (Figura 1). Nidifica en el centro y sureste de<br />

Bolivia en bosques xerófilos y de transición (Peña 1962,<br />

Olrog 1963) y en el suroeste y sureste de Brasil (Snethlage<br />

1914, Machado 1997). En Mato Grosso fue encontrado<br />

nidificando en Pantanal y Passárga<strong>da</strong>, sudoeste de<br />

Mato Grosso (Pinto y De Camargo 1952), en el Estado<br />

de Río Grande do Sul (Silva y Fallavena 1981) y en<br />

el Estado de Minas Gerais (Pinto 1950), donde es un<br />

ave común en el Parque Nacional Serra do Cipó (Rodrígues<br />

et al. 2005). Sick (1985) comenta que aparecen<br />

individuos migrantes no cantores que se mezclan con las<br />

poblaciones locales llegando hasta Belém en Pará en migración<br />

(Snethlage 1914, Novaes 1973). Hay registros<br />

recientes de Olmos et al. (2005) de Julio y Septiembre<br />

de Ceará (Pedra Blanca) y Río Grande do Norte (Milagres,<br />

Mombaça) (Tabla 1). De la Mata Atlántica del<br />

sudeste brasilero es nidificante y está ausente en otoño<br />

e invierno (Machado 1997). Braz y Cavalcanti (2001)<br />

tienen registros para Junio y comienzos de Septiembre en<br />

el Distrito Federal. También cría en Paraguay y Uruguay<br />

(Olrog 1979). En Argentina lo hace en el norte y centro<br />

del país hasta las provincias de Río Negro, Mendoza y<br />

Neuquén (Olrog y Pescetti 1991, Ridgely y Tudor 1989,<br />

Short 1975) (Tabla 1). Los ambientes que utiliza para<br />

nidificar corresponden al chaco, espinal, monte y región<br />

pampeana, evitando las selvas montanas húme<strong>da</strong>s y áreas<br />

montañosas de los Andes centrales de Argentina. Como<br />

migratoria llega hasta los Estados de Pará y Ceará (Pinto<br />

1944), Río Tacuaruçu (Pinto 1950), Río Paraguay Superior<br />

(Willis 1976). En Río de Cágado y Campos do<br />

Encanto en el sudoeste de Mato Grosso formaba ban<strong>da</strong><strong>da</strong>s<br />

de invierno (Willis y Oniki 1990). Los registros de<br />

invierno aportados por Pinto (1944), para el sur y este<br />

de Brasil se indican en la Figura 1. Comprende locali<strong>da</strong>des<br />

en Pará, Maranhão, Ceará, Bahía, Goiaz, Minas<br />

Gerais, Sao Paulo, Espírito Santo y Mato Grosso. Según<br />

Olrog (1979), llega en migración al sudeste de Peru y al<br />

Amazonas.<br />

El objetivo de este estudio clarificar varios aspectos<br />

de la migración de este Zorzal, su fenología migratoria,<br />

cuan lejos llega en sus desplazamientos y cuales son sus<br />

destinos de inverna<strong>da</strong>.


FIGuRA 1: Distribución del área de cría del Zorzal común Turdus<br />

amaurochalinus en Su<strong>da</strong>mérica (en gris). Los registros invernales están<br />

indicados con puntos negros y una línea negra representa el límite de<br />

su migración hacia el norte y este.<br />

FIGuRe 1: Breeding area of the Creamy-bellied Thrush Turdus<br />

amaurochalinus in South America (in gray). Black points mark the<br />

winter records and a black line represents the limits of its migration<br />

towards the north and east.<br />

ÁReA De eSTuDIO y MéTODOS<br />

Capturamos 310 zorzales en 67 locali<strong>da</strong>des de Salta,<br />

Jujuy, Tucumán, Chaco, Santiago del Estero, Formosa,<br />

Corrientes, Entre Ríos, Buenos Aires y Mendoza. (Figura<br />

2) Los viajes de campo se realizaron a las regiones fitogeográficas<br />

de Yungas, Chaco, Monte, Espinal, Pampeana<br />

y Selva Paranaense (Hueck 1978). Sin embargo, los estudios<br />

llevados a cabo, fueron más intensamente realizados<br />

en el noroeste argentino en zonas de selvas pedemontanas<br />

y del chaco seco u occidental.<br />

En base a las capturas que obtuvimos, a observaciones<br />

y a registros bibliográficos, confeccionamos un<br />

Apéndice de locali<strong>da</strong>des ordena<strong>da</strong>s por coordena<strong>da</strong>s geográficas.<br />

Figura en él la época del registro, salvo en algunos<br />

casos en que la cita bibliográfica no lo especificaba, y<br />

también en algunos casos la altura sobre el nivel del mar.<br />

Los <strong>da</strong>tos a campo se obtuvieron mediante observación y<br />

captura con redes de niebla desde 1979 hasta 2005 sin un<br />

Migración del Zorzal común Turdus amaurochalinus (Aves, Turdi<strong>da</strong>e) en Argentina<br />

Patricia Capllonch, Diego Ortiz y Karina Soria<br />

Revista Brasileira de Ornitologia, 16(1), 2008<br />

esfuerzo particular para capturar al Zorzal común, sino<br />

como parte del plan de marcado de aves argentinas del<br />

CENAA sin distinción de especies. En ca<strong>da</strong> locali<strong>da</strong>d se<br />

colocaron por lo general 10 redes de niebla de 12 por<br />

2.5 m y de tramado fino para Passeriformes. Las redes estuvieron<br />

funcionando durante todo el día ya que es un<br />

programa general de marcado para to<strong>da</strong>s las especies. A<br />

las aves captura<strong>da</strong>s se les tomaron medi<strong>da</strong>s corporales, se<br />

revisaron las mu<strong>da</strong>s, condición reproductiva y e<strong>da</strong>d y fueron<br />

marca<strong>da</strong>s con anillos metálicos del Instituto Miguel<br />

Lillo. Las locali<strong>da</strong>des en Argentina, en base a captura y<br />

citas bibliográficas se ubicaron en la Tabla 1.<br />

ReSulTADOS<br />

Población del Noroeste de Argentina: Según nuestros <strong>da</strong>tos<br />

el Zorzal común cría en selvas de transición de los<br />

pedemontes y en el chaco entre comienzos de Octubre<br />

y fines de Marzo. No asciende a las selvas montanas de<br />

las laderas montañosas con yungas donde habitan otras<br />

especies de Zorzales ni realiza desplazamientos altitudinales.<br />

Capturamos tres hembras con placas incubatrices<br />

bien desarrolla<strong>da</strong>s el 8 de Octubre de 1999 en Orán,<br />

Salta y 2 el 18 de Octubre de 1997 en Ticucho, Tucumán.<br />

También tan tarde como el 18 de Febrero cuando<br />

capturamos una hembra con placa bien vasculariza<strong>da</strong> en<br />

Remes, Santiago del Estero, por lo que la tempora<strong>da</strong> de<br />

cría se extiende por varios meses. Jóvenes de una misma<br />

tempora<strong>da</strong> de cría fueron capturados y marcados a partir<br />

de fines de Octubre y hasta Mayo. Dos en selva de transición<br />

en El Sunchal, Tucumán el 22 de Octubre de 2004.<br />

Otro el 22 de Octubre de 1987 en Cabeza de Buey, Salta.<br />

Un grupo de 10 jóvenes fueron capturados entre el 8 y<br />

12 de Enero de 1993 en Dique San Ignacio, Tucumán,<br />

en selva pedemontana. Entre el 18 y 19 de Febrero de<br />

1998 capturamos tres en Remes, en chaco árido y otro<br />

el 9 de Mayo 1993 en el Chañar, Tucumán, en área de<br />

crecimiento secun<strong>da</strong>rio.<br />

En la selva de transición de Tucumán, Salta y Jujuy<br />

está ausente en otoño e invierno. No así del bosque chaqueño<br />

donde está presente durante el invierno aunque se<br />

observan escasos individuos. Registramos dos individuos<br />

en Junio en Aguas Sala<strong>da</strong>s, Tucumán, tres en las provincias<br />

de Jujuy, Chaco y Tucumán en el mes de Julio en<br />

Laguna La Brea, Tartagal y Monteagudo respectivamente,<br />

y uno el 28 de Agosto en La Flori<strong>da</strong>, Tucumán.<br />

Arribos migratorios: Los arribos migratorios ocurren en<br />

forma de olea<strong>da</strong>s aunque menos conspicuas que las de los<br />

grupos en camino hacia el norte. Los primeros registros<br />

son a comienzos de Septiembre, donde capturamos seis<br />

individuos en Oran, Salta, dos el 11, uno el 14, uno el 21<br />

y dos el 24 de 1999. Los registros de capturas de grupos se<br />

observan a principios de Octubre. Entre el 8 y 24 de Oc-<br />

13


14<br />

tubre de 1999 en Oran capturamos 18 ejemplares. Otros<br />

16 animales fueron capturados desde el 28 de Octubre<br />

al 3 de Noviembre de 1987 en Monteagudo, Tucumán.<br />

Entre 20 y 22 de Octubre 1987 13 fueron capturados<br />

en Cabeza de Buey, Salta y 15 en Ticucho, Tucumán del<br />

17 al 19 de Octubre 1997. Tenemos también registros<br />

de capturas de individuos en las locali<strong>da</strong>des de Guemes,<br />

Salta, entre el 20-22 de Octubre; Ledesma, Jujuy, entre<br />

el 13-19 de Octubre y Sol<strong>da</strong>do Maldonado, Tucumán,<br />

entre 3-8 de Octubre.<br />

El retorno de migración a las provincias norteñas<br />

desde Bolivia y Peru comienza en Septiembre en el ex-<br />

Migración del Zorzal común Turdus amaurochalinus (Aves, Turdi<strong>da</strong>e) en Argentina<br />

Patricia Capllonch, Diego Ortiz y Karina Soria<br />

FIGuRA 2: Mapa con puntos que representan las locali<strong>da</strong>des de distribución del Zorzal común Turdus amaurochalinus en Argentina cita<strong>da</strong>s en el<br />

Apéndice. Los círculos blancos corresponden a Bañado de Figueroa, Arroyo Mista y Bañados de Pozo Hondo, áreas donde se registraron grandes<br />

concentraciones del zorzal en migración hacia el norte durante el otoño. El mapa pequeño corresponde a la provincia de Tucumán que ha sido<br />

amplia<strong>da</strong> para una mejor comprensión.<br />

FIGuRe 2: Localities of the distribution of the Creamy-bellied Thrush in Argentina (see Appendix). White circles represents Bañado de Figueroa,<br />

Arroyo Mista, and Bañados de Pozo Hondo, areas where they registered big concentrations of the thrush during the migration to the north in<br />

autumn. Small map represents Tucumán province.<br />

Revista Brasileira de Ornitologia, 16(1), 2008<br />

tremo norte de Argentina (23° de latitud sur), y en Octubre<br />

a los 26° donde las capturas de este zorzal se hacen<br />

frecuentes en ambientes chaqueños y pedemontes con<br />

yungas decíduas.<br />

Pasos migratorios hacia el norte: Los pasos migratorios<br />

hacia el norte, como olea<strong>da</strong>s de cientos a miles de individuos<br />

se observan en algunas locali<strong>da</strong>des durante el<br />

invierno en las provincias de Tucumán y Santiago del<br />

Estero. Estas locali<strong>da</strong>des son sitios de para<strong>da</strong> que los zorzales<br />

utilizan con regulari<strong>da</strong>d año a año. Se trata de agua<strong>da</strong>s<br />

en el interior del chaco como Bañado de Figueroa,


TAblA 1: Épocas de ocurrencia del Zorzal común en locali<strong>da</strong>des de inverna<strong>da</strong> y área de cría entre los 5° y 36° de latitud sur. AI = Área de inverna<strong>da</strong>; AC = Área de cría; ACO = Área de concentración.<br />

TAble 1: Times of occurrence of Creamy-bellied Thrush in localities of wintering and area of young between 5° and 36° of south latitude. AI = Area of wintertime; AC = Area of young; ACO = Area of<br />

concentration.<br />

MeSeS<br />

FUENTE ObSeRvACIÓN<br />

COORDeNADAS lOCAlIDA, DePARTAMeNTO, PAIS<br />

eNe Feb MAR AbR MAy JuN Jul AGO SeP OCT NOv DIC<br />

1°26’S 48°30’W Belém, Pará, Brasil Snethlage 1914, Pinto 1944 AI<br />

4°18’S 38°56’W Serra de Baturité, Ceará, Brasil Pinto y De Camargo 1961 AI<br />

5°27’S 39°44’W Pedra Blanca, Ceará, Brasil Olmos et al. 2005 AI<br />

Migración del Zorzal común Turdus amaurochalinus (Aves, Turdi<strong>da</strong>e) en Argentina<br />

Patricia Capllonch, Diego Ortiz y Karina Soria<br />

5°44’S 39°38’W Mombaça, Río Grande do Norte, Brasil Olmos et al. 2005 AI<br />

7°05’S 37°58’W Curema, Paraiba, Brasil Pinto y De Camargo 1961 AI<br />

7°19’S 38°56’W Milagres, Río Grande do Norte, Brasil Olmos et al. 2005 AI<br />

9°52’S 36°09’W Usina Sinimbu, Alagoas, Brasil Pinto y De Camargo 1961 AI<br />

10°2’S 71°12’W Río Curanja, Balta, Loreto, Perú Parker 1982 AI<br />

12°57’S 39°54’W Santa Rita de Cassia, Bahia, Brasil Pinto y De Camargo 1961 AI<br />

14°25’S 68°45’W Río Tuichi, La Paz, Bolivia Herzog y Kessler 2002 AI<br />

15°10’S 55°45’W Águas Frias, Mato Grosso, Brasil Willis y Oniki 1990 AC – AI<br />

15°10’S 59°37’W Campos do Encanto, sudoeste de Mato Grosso, Brasil Willis y Oniki 1990 AC – AI<br />

Revista Brasileira de Ornitologia, 16(1), 2008<br />

15°20’S 59°25’W Río de Cágado, sudoeste de Mato Grosso, Brasil Willis y Oniki 1990 AC – AI<br />

15°25’S 55°48’W Chapa<strong>da</strong> dos Guimarães, Mato Grosso, Brasil Willis y Oniki 1990 AC – AI<br />

15°44’S 56°05’W Pantanal Passárga<strong>da</strong>, sudoeste de Mato Grosso, Brasil Willis y Oniki 1990 AC – AI<br />

15°56’S 47°56’W Distrito Federal, Brasil Braz y Cavalcanti 2001 AI<br />

16°08’S 62°02’W Concepción, Santa Cruz, Bolivia Davis 1993 AI<br />

16°10’S 58°05’W Porto Limão, Mato Grosso, Brasil Willis y Oniki 1990 AC – AI<br />

16°15’S 67°18’W Chamaca, La Paz, Bolivia Herzog y Kessler 2002 AI<br />

16°35’S 67°25’W Miguillas, La Paz, Bolivia Herzog y Kessler 2002 AI<br />

16°40’S 68°01W Mecapaca, La Paz, Bolivia Herzog y Kessler 2002 AI<br />

15


16<br />

MeSeS<br />

FUENTE ObSeRvACIÓN<br />

COORDeNADAS lOCAlIDA, DePARTAMeNTO, PAIS<br />

eNe Feb MAR AbR MAy JuN Jul AGO SeP OCT NOv DIC<br />

16°46’S 66°44’W Cotacajes, Cochabamba, Bolivia Herzog y Kessler 2002 AI<br />

16°54’S 67°09’W Inquisivi, La Paz, Bolivia Herzog y Kessler 2002 AI<br />

Ruta Transpantaneira entre km 18 y Porto Jofre,<br />

17°10’S 57°00’W Willis y Oniki 1990 AC – AI<br />

Pantanal, Brasil<br />

17°47’S 63°04’W Santa Cruz, Bolivia Herzog y Kessler 2002 AI<br />

17°53’S 63°10’W El Palmar, Cochabamba, Bolivia Peña 1962 AI<br />

Migración del Zorzal común Turdus amaurochalinus (Aves, Turdi<strong>da</strong>e) en Argentina<br />

Patricia Capllonch, Diego Ortiz y Karina Soria<br />

17°58’S 65°51’W Rio Caine, Cochabamba y Potosí, Bolivia Herzog y Kessler 2002 AI<br />

18°02’S, 68°25’W Tambo, Santa Cruz, Bolivia Herzog y Kessler 2002 AI<br />

18°17’S 59°32’W Tucavaca, Santa Cruz, Bolivia Herzog y Kessler 2002 AI<br />

18°20’S 59°38’W Santiago de Los Chiquitos, Santa Cruz, Bolivia Herzog y Kessler 2002 AI<br />

18°46’S 62°14’W Curuyuqui, Santa Cruz, Bolivia Herzog y Kessler 2002 AI<br />

19°04’S 63°41’W Masicuri, Santa Cruz, Bolivia Herzog y Kessler 2002 AI<br />

19°45’S 62°00’W Estancia Perforación, Santa Cruz, Bolivia Herzog y Kessler 2002 AI<br />

19°13’S 43°23’W Parque Nacional Serra do Cipó, Minas Gerais, Brasil Rodríguez et al. 2005 AC – AI<br />

19°39’S 43°54’W Lagoa Santa, Minas Gerais, Brasil Pinto 1950 AI<br />

Revista Brasileira de Ornitologia, 16(1), 2008<br />

San Julian, Provincia Cordillera, Departamento Santa<br />

19°47’S 62°42’W Jahn et. al 2002 ACO – AI<br />

Cruz, Bolivia<br />

22°10’S 63°53’W Dique Itiyuro, Salta, Argentina CENAA AC<br />

22°21’S 63°50’W Piquiren<strong>da</strong>, Salta, Argentina CENAA AC<br />

22°24’S 63°29’W Tonono, General San Martín, Salta CENAA AC<br />

22°40’S 57°21’W Parque Nacional Serranía San Luis, Paraguay Robbins et al. 1999 AC – AI<br />

22°49’S 59°39’W Lichtenau, Paraguay Short 1976 AC – AI<br />

23°8’S 64°19’W Oran, Oran, Salta, Argentina CENAA AC<br />

Aguas Negras, PN Calilegua, Ledesma, Jujuy,<br />

23°42’S, 64°48’W CENAA AC<br />

Argentina<br />

23°44’S 64°40’W Río Zora, E de la Ruta 34, Ledesma, Jujuy, Argentina CENAA AC


MeSeS<br />

FUENTE ObSeRvACIÓN<br />

COORDeNADAS lOCAlIDA, DePARTAMeNTO, PAIS<br />

eNe Feb MAR AbR MAy JuN Jul AGO SeP OCT NOv DIC<br />

23°50’S 64°47’W Ledesma, Jujuy, Argentina CENAA AC<br />

23°56’S 64°28’W Laguna La Brea, El Carmen, Jujuy, Argentina CENAA AC<br />

24°07’S 64°00’W Chaguaral, Orán, Salta, Argentina CENAA AC<br />

24°9’S 62°14’W Tartagal, Río Teuco, General Guemes, Argentina CENAA AC<br />

Migración del Zorzal común Turdus amaurochalinus (Aves, Turdi<strong>da</strong>e) en Argentina<br />

Patricia Capllonch, Diego Ortiz y Karina Soria<br />

Sierra de Santa Bárbara, Santa Bárbara, Jujuy,<br />

24°16’S 64°41’W CENAA AC<br />

Argentina<br />

24°31’S 65°02’W Guemes, Guemes, Salta, Argentina CENAA AC<br />

24°42’S 64°38’W Parque Nacional El Rey, Anta, Salta, Argentina CENAA AC<br />

24°47’S 65°1’W Cabeza de Buey, Guemes, Salta, Argentina CENAA AC<br />

24°54’S, 65°38’W Campo Quijano, Rosario de Lerma, Salta, Argentina CENAA AC<br />

25°04’S 58°07’W Parque Nacional Río Pilcomayo, Formosa, Argentina CENAA AC<br />

25°13’S 9°42’W Riacho Pilagá, Formosa, Argentina CENAA AC<br />

25°52’S 62°7’W Reserva Copo, Copo, Santiago del Estero, Argentina CENAA AC<br />

26°01’S 64°42’W Arroyo del Quemado, Copo Quile, Salta, Argentina CENAA AC<br />

26°10’S 58°56’W Estancia El Bagual, Laishi, Formosa, Argentina Di Giácomo 2005 AC<br />

Revista Brasileira de Ornitologia, 16(1), 2008<br />

26°14’S 65°29’W Chulca, San Pedro de Colalao, Tucumán, Argentina CENAA AC<br />

26°24’S 65°31’W Las Juntas, Trancas, Tucumán, Argentina CENAA AC<br />

26°25’S 54°35’W El dorado, Misiones, Argentina Chebez 1996 AC<br />

26°26’S 65°58’W Bañados de Amaicha, Tucumán, Argentina CENAA AC<br />

26°30’S 64°52’W Piedra Tendi<strong>da</strong>, Burruyacu, Tucumán, Argentina CENAA AC<br />

26°31’S 65°14’W Ticucho, Trancas, Tucumán, Argentina CENAA AC<br />

26°37’S 65°04’W El Sunchal, Burruyacu, Tucumán, Argentina CENAA AC<br />

26°37’S, 65°12’W El Cadillal, Tafi Viejo, Tucumán CENAA AC<br />

26°43’S 55°33’W Tafí Viejo, Tucumán, Argentina CENAA AC<br />

17


18<br />

MeSeS<br />

FUENTE ObSeRvACIÓN<br />

COORDeNADAS lOCAlIDA, DePARTAMeNTO, PAIS<br />

eNe Feb MAR AbR MAy JuN Jul AGO SeP OCT NOv DIC<br />

26°46’S 65°3’W El Chañar, Burruyacú, Tucumán, Argentina CENAA AC<br />

26°47’S 65°23’W Reserva de Horco Molle, Tucumán, Argentina CENAA AC<br />

26°55’S 65°55’W Cruz Alta, Tucumán, Argentina CENAA AC<br />

27°02’S 60°03’W Machagay, Chaco, Argentina CENAA AC<br />

27°03’S, 65°40’W Piedras Colora<strong>da</strong>s, Monteros, Tucumán CENAA AC<br />

Migración del Zorzal común Turdus amaurochalinus (Aves, Turdi<strong>da</strong>e) en Argentina<br />

Patricia Capllonch, Diego Ortiz y Karina Soria<br />

Playa Larga, Ruta 307 Tafi del Valle, Tucumán,<br />

27°03’S, 65°41’W CENAA AC<br />

Argentina<br />

Bañado de Figueroa, Figueroa, Santiago del Estero,<br />

27°07’S 63°41W CENAA ACO – AC<br />

Argentina<br />

27°10’S 64°30’W Pozo Hondo, Jiménez, Santiago del Estero, Argentina CENAA ACO – AC<br />

27°13’S 65°37’W Sol<strong>da</strong>do Maldonado, Monteros, Tucumán, Argentina CENAA AC<br />

Reserva Provincial La Flori<strong>da</strong>, Monteros, Tucumán,<br />

27°12’S, 65°32’W CENAA AC<br />

Argentina<br />

27°17’S 65°00’W Aguas Sala<strong>da</strong>s, Leales, Tucumán, Argentina CENAA AC<br />

27°17’S 65°10’W Arroyo Mista, Leales, Tucumán, Argentina CENAA ACO – AC<br />

27°18’S 65°55’W Cochuna, Chicligasta, Tucumán, Argentina CENAA AC<br />

27°20’S 65°26’W Alpachirí, Chicligasta,Tucumán, Argentina CENAA AC<br />

Revista Brasileira de Ornitologia, 16(1), 2008<br />

27°24’S 65°8’W Río Chico, Simoca, Tucumán, Argentina CENAA AC<br />

27°31’S 65°17’W Monteagudo, Simoca, Tucumán, Argentino CENAA AC<br />

27°34’S 62°04’W Roversi, Moreno, Santiago del Estero, Argentina CENAA AC<br />

27°37’S 55°40’W Tacuaruzú, Misiones, Argentina CENAA AC<br />

27°37’S 65°11’W La Esperanza, Lamadrid, Tucumán CENAA AC<br />

27°40’S 65°40’W Dique San Ignacio, La Cocha, Tucumán, Argentina CENAA AC<br />

27°45’S 62°26’W Quimilí, Santiago del Estero, Argentina CENAA AC<br />

27°52’S 64°29’W Remes, Santiago del Estero, Argentina CENAA AC<br />

CENAA AC<br />

San Pedro de Guasayan, Santiago del Estero,<br />

Argentina<br />

27°53’S 64°5’W


MeSeS<br />

FUENTE ObSeRvACIÓN<br />

COORDeNADAS lOCAlIDA, DePARTAMeNTO, PAIS<br />

eNe Feb MAR AbR MAy JuN Jul AGO SeP OCT NOv DIC<br />

27°59’S 64°33’W Lujan, Guasayan, Santiago del Estero, Argentina CENAA AC<br />

28°29’S 55°57’W Santo Tomé, Corrientes, Argentina CENAA AC<br />

Puente sobre el Arroyo San Lorenzo, Corrientes,<br />

28°07’S 58°47’W CENAA AC<br />

Argentina<br />

28°30’S 64°51’W Frías, Choya, Santiago del Estero, Argentina CENAA AC<br />

Puente sobre el Río Santa Lucia, Corrientes,<br />

28°59’S 29°05’W CENAA AC<br />

Argentina<br />

29°03’S 59°11’W Río Santa Lucia, Lavalle, Corriente, Argentina CENAA AC<br />

Migración del Zorzal común Turdus amaurochalinus (Aves, Turdi<strong>da</strong>e) en Argentina<br />

Patricia Capllonch, Diego Ortiz y Karina Soria<br />

31°01’S 57°55’W Santa Ana, Federación, Entre Ríos, Argentina Freiberg 1943 AC<br />

31°11’S 60°45’W Llambi Campbell, Santa Fé, Argentina CENAA AC<br />

Reserva Provincial Chancani, Pocho, Cordoba,<br />

31°25’S 65°27’W Sferco Nores 2003 AC<br />

Argentina<br />

31°26’S 60°56’W Esperanza, Santa Fé, Argentina CENAA AC<br />

31°95’S 64°19’W Salsipudes, Cordoba, Argentina CENAA AC<br />

31°23’S 60°06’W Pueblo Brugo, Entre Ríos, Argentina Freiberg 1943 AC<br />

31°44’S 60°32’W Paraná, Entre Ríos, Argentina Freiberg 1943 AC<br />

32°18’S 68°06’W Reserva Telteca, Lavalle, Mendoza, Argentina Blendinger 2004 AC<br />

32°46’S 68°23’W Costa de Araujo, Lavalle, Mendoza, Argentina Freiberg 1943 AC<br />

Revista Brasileira de Ornitologia, 16(1), 2008<br />

33°01’S 58°31’W Gualeguaychú, Entre Ríos, Argentina CENAA AC<br />

33°09’S 59°21’W Gualeguay, Entre Ríos, Argentina CENAA AC<br />

34°02’S 67°58’W Reserva Ñacuñan, Santa Rosa Mendoza, Argentina CENAA AC<br />

34°13’S 58°51’W Reserva Natural Otamendi, Buenos Aires, Argentina Babarskas et al. 2003 AC<br />

36°20’S 56°45’W General Lavalle, Buenos Aires, Argentina CENAA AC<br />

36°27’S 56°44’W Faro San Antonio, La Costa, Buenos Aires, Argentina CENAA AC<br />

38°02’S 65°33’W Lihuel Calel, La Pampa, Argentina Chevez et al. 1998 AC- Sin <strong>da</strong>tos de mes<br />

38°42’S 69°01’W Vista Alegre Norte, Neuquen, Argentina Veiga et al. 2002 AC<br />

Christie 1984 AC<br />

Parque Nacional Nahuel Huapi, Neuquen y Río<br />

Negro, Argentina<br />

40°53’S 71°30’W<br />

19


20<br />

Arroyo Mista y Bañados de Pozo Hondo (Figura 2). En<br />

la locali<strong>da</strong>d urbana de Yerba Buena, en el pedemonte<br />

húmedo de Tucumán donde la especie cría aunque no es<br />

abun<strong>da</strong>nte como Turdus rufiventris, comienzan a observarse<br />

individuos a comienzos de Mayo, pero es durante<br />

los fríos de Junio y Julio cuando se hace localmente muy<br />

abun<strong>da</strong>nte en parques y jardines, para después desaparecer<br />

durante Agosto y Septiembre. Dentro del chaco de<br />

Tucumán, en Arroyo Mista, capturamos siete individuos<br />

y observamos decenas pasando en migración entre el 14<br />

y el 15 de Junio del 2005. En el oeste de Santiago del<br />

Estero realizamos varias visitas a lo largo de tres años a<br />

la locali<strong>da</strong>d de Pozo Hondo, donde comprobamos que<br />

este zorzal comienza a hacerse abun<strong>da</strong>nte a fines de Abril<br />

y su paso migratorio ocurre durante Mayo y comienzos<br />

de Junio. Entre el 21 y 23 de Abril del 2006 capturamos<br />

siete individuos en bosque de quebracho (Schinopsis<br />

quebracho- colorado) y observamos 10 más en los bordes<br />

del bosque. En una visita entre el 21 y 24 de Junio<br />

del 2003 prácticamente no se observaban ya individuos,<br />

por lo que la migración ya había ocurrido. Los puntos<br />

donde hemos registrado concentraciones de este zorzal<br />

a comienzos de Junio son Arroyo Mista, Pozo Hondo y<br />

Bañado de Figueroa, estas tres locali<strong>da</strong>des están próximas<br />

entre el este de Tucumán y centro y oeste de Santiago de<br />

Estero y corresponden al chaco occidental extrema<strong>da</strong>mente<br />

árido del oeste. Durante el invierno siempre se<br />

capturan en ca<strong>da</strong> locali<strong>da</strong>d chaqueña del noroeste argentino<br />

algunos individuos, mayormente jóvenes del primer<br />

año de vi<strong>da</strong>.<br />

El 6 de Abril de 2003 capturamos dos ejemplares jóvenes<br />

(con resto de cera en el pico) en Pozo Hondo (Santiago<br />

del Estero). Presentaban mu<strong>da</strong>s masivas (prebásica)<br />

en remeras secun<strong>da</strong>rias, vientre y corona. Otros dos jóvenes<br />

presentaron ya cambia<strong>da</strong>s las plumas de las alas para<br />

esa época y comenzando mu<strong>da</strong>s en timoneras centrales 1<br />

y 2. El 20 de Marzo del 2004 capturamos dos individuos<br />

con mu<strong>da</strong>s en pecho, espal<strong>da</strong>, rabadilla y aún sin pasar el<br />

grueso migratorio por Pozo Hondo, por lo que interpretamos<br />

que eran nidificantes locales. Según nuestros <strong>da</strong>tos<br />

los zorzales comienzan su mu<strong>da</strong> inmediatamente después<br />

de criar y continúan mu<strong>da</strong>ndo durante los desplazamientos<br />

hacia el norte, aunque ejemplares argentinos deberían<br />

llegar a Bolivia con plumaje nuevo, ya mu<strong>da</strong>do.<br />

Se han obtenido muy pocas recapturas de este zorzal<br />

y no contamos con recuperaciones de distancia. Un<br />

juvenil marcado el 21 de Abril del 2006 fue recapturado<br />

en vegetación chaqueña en Pozo Hondo, Santiago del Estero,<br />

el 23 del mismo mes. Un ejemplar adulto anillado<br />

el 22 de Octubre del 2004 en el Sunchal, Tucumán fue<br />

recapturado el 19 de Diciembre del 2005 en el mismo<br />

sitio.<br />

Poblaciones del Noreste de Argentina: A lo largo de la<br />

costa atlántica de la provincia de Buenos Aires y de las<br />

Migración del Zorzal común Turdus amaurochalinus (Aves, Turdi<strong>da</strong>e) en Argentina<br />

Patricia Capllonch, Diego Ortiz y Karina Soria<br />

Revista Brasileira de Ornitologia, 16(1), 2008<br />

costas del río Uruguay en la provincia de Entre Ríos, el<br />

Zorzal común permanece como invernante. Contamos<br />

con registros de capturas de Faro San Antonio, Buenos<br />

Aires, de Mayo y Julio y registros bibliográficos de la<br />

Reserva Natural Otamendi, cerca del Delta del Río Paraná<br />

lo consideran residente (Babarskas et al. 2003). Capturamos<br />

dos zorzales el 9 y 11 de septiembre de 2003<br />

en Gualeguay, Entre Ríos, próximos a los Bañados del<br />

Ibicuy en tiempo muy frío y cuando aún no había comenzado<br />

la tempora<strong>da</strong> de cría. También hay un registro<br />

de Gualeguaychú, muy próxima al río Uruguay para el<br />

mes de Julio y registros entre Abril y Octubre para la<br />

ciu<strong>da</strong>d de Paraná (Freiberg 1943). En la provincia de<br />

Corrientes muestreamos varias locali<strong>da</strong>des a comienzos<br />

de Septiembre y a fines de Abril (Santo Tomé, Arroyo<br />

San Lorenzo, Río Santa Lucía) comprobando que era<br />

abun<strong>da</strong>nte especialmente en las zonas próximas a los<br />

ríos y aparentemente grupos en migración. En el Chaco<br />

Oriental Húmedo lo registramos durante el invierno en<br />

las provincias de Chaco (Machagay) y Formosa aunque<br />

en bajo número de individuos. Capturamos un zorzal en<br />

Riacho Pilagá, Formosa, el 30 de Julio del 2004 y observamos<br />

que no era abun<strong>da</strong>nte. Wetmore (1926) también<br />

capturó un individuo un 18 de Agosto en la misma locali<strong>da</strong>d.<br />

Es nidificante en el espinal de Corrientes (Capllonch<br />

et al. 2005), Entre Ríos (Canavelli et al. 2004) y<br />

Santa Fé (de la Peña 1997). La nidificación en estas dos<br />

últimas provincias ocurre entre Octubre y Diciembre<br />

(de la Peña 1997). Capturamos dos hembras con placas<br />

incubatrices bien desarrolla<strong>da</strong>s el 25 y 27 de Octubre<br />

de 1980 en Esperanza, Santa Fé. También se encuentra<br />

presente en la selva en galería sobre el río Uruguay en<br />

Corrientes donde nidifica y migra luego de criar (Capllonch<br />

et al. 2005).<br />

Migración hacia el Norte hacia Bolivia y Peru: El Zorzal<br />

común llega en grupos numerosos al chaco boliviano,<br />

de características similares al chaco seco occidental<br />

del noroeste de Argentina, en otoño e invierno. En estos<br />

bosques xerófilos el paso del zorzal en migración ocurre<br />

entre mediados de Octubre y comienzos de Noviembre y<br />

entre fines de Marzo y Abril, correspondiendo a los pasos<br />

de retorno de primavera hacia Argentina y a la migración<br />

hacia el norte en otoño respectivamente. La migración<br />

está bien estudia<strong>da</strong> y medi<strong>da</strong> por Jahn et al. (2002). En<br />

la Chiquitanía boliviana del sudeste del país es considerado<br />

un visitante austral durante la época seca (Davis<br />

1993). Los registros de la Chiquitanía boliviana de Davis<br />

(1993) de Concepción, Santa Cruz, son de la estación<br />

seca donde es frecuente entre Abril y Octubre. Se lo considera<br />

residente en esta época decidua y que permanece<br />

en el lugar como invernante en diversos ambientes como<br />

bosques y arbustales de crecimiento secun<strong>da</strong>rio, bosque<br />

deciduo y semideciduo y poblados. Más al oeste del país,<br />

en las yungas a 1000 m de altura en la locali<strong>da</strong>d de El


Palmar, Santa Cruz, Peña (1962) colectó un ejemplar a<br />

comienzos de Septiembre. Mucho más al norte, entre los<br />

14° y 15° de latitud en la Reserva de La Biosfera Pilón<br />

Lajas, ha sido reporta<strong>da</strong> como común hasta los 1000 m,<br />

pero sin especificación de la época de ocurrencia, aunque<br />

probablemente sea un invernante y no nidifique (Hennessey<br />

et al. 2003). Llega en migración hasta el sudeste de<br />

Peru en pequeños números entre Junio y Octubre (Parker<br />

1982). La especie no fue oí<strong>da</strong> por el autor cantando en<br />

Peru durante la tempora<strong>da</strong> de cría. Los 15 registros de<br />

pieles provienen del Departamento Loreto (Balta, Río<br />

Curanja) y varias locali<strong>da</strong>des del Departamento Madre<br />

de Dios, colectados entre el 15 de Junio y 3 de Octubre<br />

(colección LSUMZ).<br />

DISCuSIÓN<br />

Las poblaciones más australes de Argentina, desde el<br />

extremo sur hasta Córdoba y San Luis, se desplazan hacia<br />

el norte al final del verano. Olrog (1962) midió su paso<br />

en migración en el Bañado de Figueroa, provincia de Santiago<br />

del Estero entre el 14 de Abril y el 16 de Junio 1961.<br />

Comprobó que los individuos permanecían poco tiempo<br />

en el lugar, entre 4 y 8 días. Marcó 401 ejemplares con<br />

3 redes y estimo que aproxima<strong>da</strong>mente 120.000 zorzales<br />

que pasaron por el sitio en migración. Entre 1962 y 1970<br />

(Olrog 1971) marcó 998 T. amaurochalinus, recapturando<br />

solo dos individuos.<br />

Evidentemente hay un reemplazo de poblaciones de<br />

sur a norte, ya que este pulso migratorio que observamos<br />

en Junio en Santiago del Estero, no es el mismo que el<br />

que describe Jahn et al. (2002) en Abril para el Chaco<br />

boliviano, 2000 k más al norte.<br />

Es una especie migratoria aún en el noreste cálido<br />

de Argentina. Datos de la Reserva El Bagual, Formosa,<br />

muestran registros para todos los meses del año, en esta<br />

locali<strong>da</strong>d sería migratoria y a la vez lugar de inverna<strong>da</strong><br />

de poblaciones más australes de Argentina (Di Giácomo<br />

et al. 2005). La especie sería también en parte residente<br />

todo el año en las zonas de la confluencia de los ríos Paraná<br />

y Uruguay, en una vasta región de deltas, bañados<br />

y hume<strong>da</strong>les de las provincias de Entre Ríos y Buenos<br />

Aires.<br />

Las observaciones de este zorzal tan común son numerosas<br />

en el chaco occidental junto con los registros de<br />

captura, esto nos permiten clarificar por donde ocurre la<br />

migración y en que época. Entre el 9 y 17 de Julio de<br />

1987 Capllonch recorrió el sudeste de Jujuy (Sierra de<br />

Santa Bárbara) y el chaco de la provincia de Salta hasta<br />

el límite entre Formosa, Chaco y Salta sobre el río Teuco<br />

(24°9’S 62°14’W), observando que la especie era escasa<br />

en esa época por lo que la migración ya había pasado.<br />

El Zorzal común representa una de las migraciones<br />

más evidentes dentro de los páseres argentinos, según<br />

Migración del Zorzal común Turdus amaurochalinus (Aves, Turdi<strong>da</strong>e) en Argentina<br />

Patricia Capllonch, Diego Ortiz y Karina Soria<br />

Revista Brasileira de Ornitologia, 16(1), 2008<br />

nuestro parecer y el de autores como Olrog (1971) y Jahn<br />

et al. (2002), por el número de individuos involucrados,<br />

su tamaño y las distancias recorri<strong>da</strong>s. Aparentemente las<br />

poblaciones del Zorzal común migran en dos sentidos<br />

opuestos, las del chaco, espinal y monte se dirigen hacia<br />

el norte, cruzando el chaco Argentino, Paraguayo y<br />

Boliviano hasta alcanzar el sudeste de Peru. El retorno<br />

de primavera no es tan conspicuo como los pasos migratorios<br />

del otoño, probablemente por déficit de muestreos<br />

en el interior del chaco que se dificulta con la llega<strong>da</strong> de<br />

las lluvias, o por que el retorno es por otra ruta distinta<br />

a la que toman de i<strong>da</strong>. La llega<strong>da</strong> en migración descripta<br />

por Jahn et al. (2002) para Abril en el chaco boliviano<br />

no está correlaciona<strong>da</strong> con la migración que describimos<br />

para Mayo-Junio en el oeste santiagueño. To<strong>da</strong>s estas son<br />

especulaciones ya que no se ha obtenido hasta ahora ninguna<br />

recuperación en países vecinos de zorzales marcados<br />

en Argentina.<br />

Creemos que las poblaciones del este de Argentina,<br />

de las regiones pampeanas, campos y malezales y chaqueña<br />

húme<strong>da</strong> se dirigen hacia el este, ascendiendo por la<br />

costa del litoral Atlántico brasilero hasta los estados de<br />

São Paulo, Maranhão, Ceará, Bahía y Paraiba. La migración<br />

hacia Bolivia atravesando el chaco occidental es<br />

la que mejor hemos estudiado debido a los muestreos y<br />

campañas de marcado en el noroeste argentino por eso<br />

pareciera tener mayor magnitud, pero esto no es así, ya<br />

que la migración hacia el este ingresando y cruzando el<br />

sur de Brasil involucra a millones de individuos migrantes<br />

australes que se mezclan con las poblaciones nidificantes<br />

locales como bien lo describe Sick (1984). Llega en migración<br />

hasta el bajo Amazonas (Belém), evitando la selva<br />

amazónica.<br />

Algunos tópicos que aún restan resolver para un mayor<br />

conocimiento de esta especie son el monitoreo de las<br />

poblaciones en varios puntos de su migración primaveral<br />

y otoñal. También si los procesos de las mu<strong>da</strong>s continúan<br />

en los sitios de inverna<strong>da</strong>, o si llegan a estos con plumaje<br />

ya mu<strong>da</strong>do. Si los zorzales que permanecen todo el año<br />

en el interior del chaco pertenecen a individuos residentes<br />

o de poblaciones más australes. Para denu<strong>da</strong>r estos problemas<br />

sería necesario promover campañas de anillado<br />

en distintas tempora<strong>da</strong>s con cooperación de otros países,<br />

para un mayor conocimiento de las áreas de inverna<strong>da</strong> y<br />

rutas de los migrantes australes.<br />

AGRADeCIMIeNTOS<br />

Este estudio forma parte del programa de estudio de migraciones<br />

de aves del Centro Nacional de Anillado de Aves de Argentina.<br />

Muchas personas participaron marcando y ayu<strong>da</strong>ndo en el trabajo<br />

de campo. Agradecemos a anilladores y operadores del banco de<br />

<strong>da</strong>tos. Por último al Editor Dr. Luis Fábio Silveira y a la revisora<br />

María Alvas por las correcciones y sugerencias que mejoraron el<br />

manuscrito.<br />

21


22<br />

ReFeReNCIAS<br />

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ARTIGO<br />

Periquitos (Aratinga aurea e Brotogeris chiriri,<br />

Psittaci<strong>da</strong>e) como potenciais polinizadores de<br />

Mabea fistulifera Mart. (Euphorbiaceae)<br />

Paulo Antonio <strong>da</strong> Silva<br />

Universi<strong>da</strong>de Federal de Uberlândia, IB, Programa de Pós-Graduação em Ecologia e Conservação de Recursos Naturais. Campus Umuarama,<br />

Bloco 2D, Sala 26, 38400-902, Uberlândia, MG, Brasil. E-mail: ornitobio@yahoo.com.br<br />

Recebido em: 28/05/2007. Aceito em: 25/03/2008.<br />

AbSTRAcT: Parakeets (Aratinga aurea and Brotogeris chiriri, Psittaci<strong>da</strong>e) as potentials pollinators of Mabea fistulifera Mart.<br />

(Euphorbiaceae). Visits of Peach-fronted Parakeet (Aratinga aurea) and Yellow-chevroned Parakeet (Brotogeris chiriri) to Mabea<br />

fistulifera inflorescences were observed in municipality of Itapura, state of São Paulo, SE Brazil, in June and July 2006. While colleting<br />

nectar the parakeets invariably contacted the female and masculine flowers and probable effecting pollination. The occurrence of<br />

cluster this euphorbiaceous tree is common at the study area. The large flocks of Parakeets made frequent inter-tree movements in<br />

search of nectar and such feeding behaviour was considered to effect cross-pollination. In addition, considering the long distance<br />

flight they can achieve, probable the parakeets promote pollen flow between distant populations of M. fistulifera. Their feeding<br />

behaviour transforms that parakeet’s A. aurea and B. chiriri in important pollinators of M. fistulifera. This is an uncommon case of<br />

pollination performed by Neotropical psittacids.<br />

KEy-wORdS: Aratinga aurea, Brotogeris chiriri, Psittaci<strong>da</strong>e, feeding behaviour, psittacids pollination, Mabea fistulifera,<br />

Euphorbiaceae.<br />

RESuMO: Visitas do periquito-rei (Aratinga aurea) e periquito-de-asa-amarela (Brotogeris chioriri) às inflorescências de Mabea<br />

fistulifera foram observa<strong>da</strong>s no município de Itapura, estado de São Paulo, sudeste do Brasil, em junho e julho de 2006. Enquanto<br />

coletam o néctar os periquitos invariavelmente contatam as flores femininas e masculinas e, provavelmente, efetuam a polinização. A<br />

ocorrência de indivíduos agrupados desta euforbiácea arbórea é comum na área de estudo. Os grandes bandos de periquitos realizam<br />

movimentos freqüentes entre as árvores agrega<strong>da</strong>s, em busca de néctar, e este comportamento alimentar é considerado efetivo à<br />

polinização cruza<strong>da</strong>. Em adição, considerando que os periquitos movem-se por longa distância à procura de alimento, é provável<br />

que eles promovam o fluxo de pólen entre populações distantes de M. fistulifera. Tais comportamentos de alimentação tornam os<br />

periquitos A. aurea e B. chiriri importante polinizadores de M. fistulifera. Este é um caso incomum de polinização promovi<strong>da</strong> por<br />

psitacídeos Neotropicais.<br />

PAlAvRAS-chAvE: Aratinga aurea, Brotogeris chiriri, Psittaci<strong>da</strong>e, comportamento alimentar, polinização por psitacídeos, Mabea<br />

fistulifera, Euphorbiaceae.<br />

A polinização por representantes de Psittaci<strong>da</strong>e parecia<br />

ser um fenômeno peculiar aos Paleotrópicos; membros nectarívoros<br />

<strong>da</strong> subfamília Loriinae, cuja língua é especializa<strong>da</strong><br />

em coletar néctar e pólen, são importantes polinizadores de<br />

plantas asiáticas e australianas (veja revisões de Paton e Ford<br />

1977, Ford et al. 1979, Stiles 1981, Brown e Hopkins 1995<br />

e, também, comentários em Corlett 2004, Fleming e Muchhala<br />

2008). Maués e Venturieri (1996) romperam esta<br />

perspectiva ao reportarem o primeiro caso de polinização<br />

por psitacídeos nos Neotrópicos. Logo, um segundo caso<br />

foi apresentado por Vicentini e Fischer (1999). Ambos os<br />

estudos investigaram plantas pertencentes à família Clusiaceae<br />

(Tabela 1) e assumiram que suas flores são a<strong>da</strong>pta<strong>da</strong>s à<br />

polinização por psitacídeos. Em segui<strong>da</strong>, Cotton (2001) e<br />

Revista Brasileira de Ornitologia, 16(1):23-28<br />

março de 2008<br />

Ragusa-Netto (2002) observaram psitacídeos polinizando<br />

espécies de Erythrina, Fabaceae (Tabela 1).<br />

Admite-se que estes casos são excepcionais; psitacídeos<br />

neotropicais usualmente se associam às flores (Roth<br />

1984, Ragusa-Netto e Fecchio 2006), mas esta associação<br />

se dá de maneira destrutiva. Provavelmente pela ausência<br />

de língua especializa<strong>da</strong> em coletar néctar e pólen,<br />

os psitacídeos neotropicais removem as flores inteiras ou<br />

consomem partes florais (Forshaw 1989). Conseqüentemente,<br />

estas aves são considera<strong>da</strong>s pre<strong>da</strong>dores de flores e,<br />

obviamente, têm um impacto negativo na reprodução <strong>da</strong>s<br />

plantas (Galetti 1993, Ragusa-Netto 2005).<br />

Este estudo registra as visitas de Aratinga aurea Gmelin,<br />

1788 (periquito-rei) e Brotogeris chiriri Vieillot, 1818


24<br />

(periquito-de-asa-amarela) às inflorescências de Mabea<br />

fistulifera Mart. (Euphorbiaceae) e apresenta um novo<br />

caso de polinização envolvendo psitacídeos neotropicais.<br />

No Brasil, estes psitacídeos de pequeno porte têm ampla<br />

distribuição, sendo geralmente abun<strong>da</strong>ntes onde ocorrem<br />

(Forshaw 1989, Sick 1997). Além disso, A. aurea (Galetti<br />

e Pedroni 1996) e B. chiriri (Ragusa-Netto 2004, Paranhos<br />

et al. 2007) são generalistas em relação à alimentação<br />

e uso do hábitat.<br />

Mabea fistulifera é uma árvore pioneira de médio<br />

porte (2 a 8 m de altura), comum em matas secundárias,<br />

abun<strong>da</strong>nte em áreas de transição <strong>da</strong> Floresta Estacional<br />

Semidecidual para o Cerrado (Lorenzi 2000). Forma<br />

agrupamento denso em locais cuja perturbação antrópica<br />

foi intensa, tais como beira de estra<strong>da</strong> e bor<strong>da</strong>s de<br />

mata (Vieira et al. 1991, Goulart et al. 2005). A floração<br />

ocorre durante a estação seca (Torres de Assumpção<br />

1981, Ferrari e Strier 1992, Olmos e Boulhosa 2000) e<br />

sua inflorescência, do tipo panícula, é composta por 3 a<br />

12 flores pistila<strong>da</strong>s (femininas) e cerca de 350 flores estamina<strong>da</strong>s<br />

(masculinas) (Vieira et al. 1991). Esclarecendo,<br />

a inflorescência é constituí<strong>da</strong> de um pedúnculo (raque)<br />

central, com aproxima<strong>da</strong>mente 15 cm de comprimento,<br />

orientado para baixo. Na base do pedúnculo, partem as<br />

flores femininas, dispostas individualmente. Posterior às<br />

flores femininas, ao longo do pedúnculo, partem as flores<br />

masculinas, arranja<strong>da</strong>s espirala<strong>da</strong>mente em grupos de até<br />

cinco flores. O néctar, secretado a partir de uma bráctea<br />

biglandular localiza<strong>da</strong> na base <strong>da</strong>s flores masculinas,<br />

acumula-se entre as mesmas e ao longo do pedúnculo. A<br />

produção de néctar e pólen inicia-se por volta <strong>da</strong>s 16:00 h<br />

e estes são disponibilizados aos visitantes, em abundância<br />

(1 a 3 mL de néctar), à partir <strong>da</strong>s 20:00 h, estendendo-se<br />

até as 11:00 h <strong>da</strong> manhã seguinte, quando a produção<br />

cessa (Vieira e Carvalho-Okano 1996).<br />

Várias características florais de M. fistulifera estão<br />

associa<strong>da</strong>s à síndrome de polinização por morcegos (quiropterofilia),<br />

tais como grandes inflorescências pendentes<br />

e expostas fora <strong>da</strong> folhagem, flores com antese noturna,<br />

odor desagradável e néctar e pólen copioso (Faegri e van<br />

TAbElA 1: Plantas neotropicais poliniza<strong>da</strong>s por psitacídeos.<br />

TAblE 1: Neotropical plants pollinated by psittacids.<br />

Clusiaceae<br />

Fabaceae<br />

Periquitos (Aratinga aurea e Brotogeris chiriri, Psittaci<strong>da</strong>e) como potenciais polinizadores de Mabea fistulifera Mart. (Euphorbiaceae)<br />

Paulo Antonio <strong>da</strong> Silva<br />

der Pijl 1979, ver também Vieira e Carvalho-Okano<br />

1996). Com relação à coloração – vermelho/laranja –,<br />

contrastam com as flores quiropterófilas, que são comumente<br />

verdes, e se assemelham às ornitófilas (Faegri e van<br />

der Pijl 1979). Morcegos são importantes polinizadores<br />

de M. fistulifera (Vieira e Carvalho-Okano 1996, Olmos<br />

e Boulhosa 2000). Contudo, a coloração, bem como<br />

a presença de néctar e pólen abun<strong>da</strong>nte durante a manhã,<br />

elevam a conspicui<strong>da</strong>de <strong>da</strong>s inflorescências (Ferrari<br />

e Strier 1992), o que atrai uma fauna vertebra<strong>da</strong> diurna<br />

(Apêndice 1), ampliando o espectro de polinizadores<br />

para primatas (Torres de Assumpção 1981, Ferrari e Strier<br />

1992, Passos e Kim 1999) e aves, sobretudo passeriformes<br />

(Vieira et al. 1992, Olmos e Boulhosa 2000), uma<br />

vez que durante a manhã o estigma ain<strong>da</strong> está receptivo<br />

(Vieira e Carvalho-Okano 1996). Abelhas diurnas Apis<br />

mellifera (Vieira e Carvalho-Okano 1996) e o marsupial<br />

noturno Didelphis marsupialis (Vieira et al. 1991) são,<br />

também, relatados como polinizadores desta euforbiácea.<br />

As observações em M. fistulifera foram conduzi<strong>da</strong>s<br />

num trajeto de aproxima<strong>da</strong>mente 10 km, ao longo <strong>da</strong><br />

Rodovia Gerson Dourado de Oliveira – SP 595, município<br />

de Itapura, extremo oeste do estado de São Paulo<br />

(20°34’S, 51°24’W), domínio fitogeográfico de Floresta<br />

Atlântica Estacional Semidecídua (descrição em Zorzetto<br />

et al. 2003). A maior parte dessa extensão é domina<strong>da</strong> por<br />

densas manchas de M. fistulifera, às margens <strong>da</strong> rodovia e<br />

bor<strong>da</strong>s <strong>da</strong>s matas em regeneração. A matriz circun<strong>da</strong>nte à<br />

rodovia consiste de largas áreas recentemente modifica<strong>da</strong>s<br />

para monocultura intensiva de cana-de-açúcar. Formações<br />

florestais são fragmenta<strong>da</strong>s, e.g., de pequeno tamanho, e<br />

isola<strong>da</strong>s umas <strong>da</strong>s outras (obs. pess.).<br />

Eu determinei seis pontos de observação no referido<br />

trecho, cujas distâncias entre eles variaram de 500 a<br />

2.190 m. Os pontos foram estabelecidos em virtude do<br />

número de plantas em fenofase de floração (≥ 10 plantas),<br />

uma vez que os psitacídeos tendem a se concentrarem em<br />

recursos produzidos de maneira massiva (Ragusa-Netto e<br />

Fecchio 2006). Ca<strong>da</strong> ponto foi monitorado por um período<br />

contínuo de cinco horas (07:00 às 10:30 e 16:00 às<br />

Plantas Psitacídeos Polinizadores<br />

Aratinga leucophthalma<br />

locais Fontes<br />

Platonia insignis<br />

Brotogeris chrysopterus<br />

Pionites leucogaster<br />

Amazônia (Brasil) Maués e Venturieri (1996)<br />

Moronobea coccinea Brotogeris chrysopterus Amazônia (Brasil) Vicentini e Fisher (1999)<br />

Erythrina fusca<br />

Aratinga weddellii<br />

Brotogeris cyanoptera<br />

Amazônia (Colômbia) Cotton (2001)<br />

Erythrina dominguezzii<br />

Aratinga acuticau<strong>da</strong>ta<br />

Nan<strong>da</strong>yus nen<strong>da</strong>y*<br />

Pantanal (Brasil) Ragusa-Netto (2002)<br />

* Potencial polinizador de flores de Inga vera (Fabaceae) em matas de galeria no sul do Pantanal brasileiro (Ragusa-Netto 2007).<br />

* Potential pollinator of Inga vera (Fabaceae) flowers in gallery forest in south of the brazilian Pantanal (Ragusa-Netto 2007).<br />

Revista Brasileira de Ornitologia, 16(1), 2008


17:30), entre 20 de junho e 07 de julho de 2006. Em ca<strong>da</strong><br />

ponto, eu observei o consumo de néctar por periquitos em<br />

árvores presentes num raio de 30 metros. Durante as observações<br />

eu anotei: i) o número de visitas dos periquitos<br />

a M. fistulifera (ca<strong>da</strong> visita corresponde a uma observação<br />

de um periquito ou bando de periquitos se alimentando<br />

de néctar nas inflorescências); ii) número de periquitos;<br />

iii) tempo expendido no forrageio; e iv) comportamento<br />

alimentar. Quando um periquito ou bando se deslocava<br />

de uma planta para outra, uma nova visita era anota<strong>da</strong><br />

(Galetti 2002). Com um binóculo 10 x 25, eu detectei<br />

os indivíduos mais visíveis forrageando o néctar e contei<br />

o número de inflorescências visita<strong>da</strong>s por minuto. Tal<br />

procedimento foi executado somente pela manhã (maior<br />

probabili<strong>da</strong>de de polinização pela fauna diurna, Vieira e<br />

Carvalho-Okano 1996), observando-se 19 indivíduos,<br />

um de ca<strong>da</strong> grupo visitante. Eu determinei o número de<br />

inflorescências visita<strong>da</strong>s pelas espécies através desses 19<br />

indivíduos, sendo nove B. chiriri e dez A. aurea. Eu usei<br />

um binóculo de maior precisão (16 x 50) com o objetivo<br />

de detectar pólen aderido ao corpo dos periquitos.<br />

Dados fenológicos, como Percentual de Intensi<strong>da</strong>de<br />

de Fournier (descrição em Galetti 2002), foram obtidos<br />

em 25 plantas. Dez árvores foram utiliza<strong>da</strong>s para mensurar<br />

a quanti<strong>da</strong>de de inflorescências produzi<strong>da</strong>s (Chapman<br />

et al. 1992). O objetivo era estimar a disponibili<strong>da</strong>de de<br />

inflorescências em to<strong>da</strong>s as plantas visita<strong>da</strong>s pelos periquitos.<br />

O total de inflorescências visita<strong>da</strong>s pelos periquitos<br />

foi estimado conforme o cálculo: média de indivíduos observados<br />

por hora (n = 30 h) x média de inflorescências<br />

visita<strong>da</strong>s por minuto (n = 19 periquitos) x tempo total de<br />

visita (n = 44 visitas).<br />

Os valores apresentados no curso deste texto correspondem<br />

à média ± desvio padrão.<br />

Foram registra<strong>da</strong>s 110 visitas em 30 h de observação<br />

(3,60 ± 4,86 visitas/hora). As características <strong>da</strong>s visitas<br />

de ca<strong>da</strong> uma <strong>da</strong>s espécies, A. aurea e B. chiriri, são<br />

apresenta<strong>da</strong>s na Tabela 2. Maior parte <strong>da</strong>s visitas ocorreu<br />

pela manhã (91,82% <strong>da</strong>s visitas) e somente B. chiriri visi-<br />

tou M. fistulifera pela tarde (n = 9 registros). Os periquitos<br />

usualmente se agregaram em bandos de alimentação<br />

contendo em média 12,71 ± 18,93 periquitos por hora<br />

de observação. O tempo de forrageio variou entre 1,00 e<br />

28,02 min (6,41 ± 5,68 min, n = 44).<br />

Os indivíduos de M. fistulifera floresceram de maneira<br />

sincrônica e intensa (Intensi<strong>da</strong>de de Fenofase<br />

= 83%, n = 25). A produção de inflorescências por planta<br />

foi estima<strong>da</strong> em 1406 ± 887,98 (n = 10). Durante o estudo,<br />

os periquitos incluíram 36 plantas em suas ativi<strong>da</strong>des<br />

de forrageio. Dessa forma, estimou-se que 50.616<br />

inflorescências estavam disponíveis às visitas por A. aurea<br />

e B. chiriri.<br />

Ambas as espécies de periquitos exibiram comportamento<br />

alimentar similar. Após pousarem na planta, moveram-se<br />

pelos ramos a procura de inflorescências cujo<br />

néctar estava disponível. Como as inflorescências são pendentes<br />

e terminais, na maioria <strong>da</strong>s visitas, os periquitos<br />

ficaram pendurados de cabeça para baixo, pela base <strong>da</strong><br />

inflorescência, que funcionou como um poleiro. Nesses<br />

episódios, os periquitos inseriram a cabeça entre as flores<br />

masculinas para acessarem o néctar. Este comportamento<br />

é semelhante ao do morcego Artibeus lituratus, um dos<br />

principais polinizadores de M. fistulifera (veja Figura 2 em<br />

Vieira e Carvalho-Okano 1996, pg. 65). Modo diferente<br />

de alimentação ocorreu quando os periquitos pousaram<br />

em galhos próximos a inflorescência alvo de visita e, no<br />

ato de estender o corpo, inseriam a cabeça entre as flores<br />

masculinas até acessarem o néctar. Em ambos os casos, os<br />

periquitos invariavelmente tocaram as flores masculinas e<br />

femininas, ou com a cabeça, ou com o abdome e até mesmo<br />

com os pés. Quando contataram as flores masculinas<br />

estas partes do corpo ficaram cobertas por pólen.<br />

Ca<strong>da</strong> periquito visitou, em média, 0,51 ± 1,79 inflorescências/minuto<br />

(n = 19). Como resultado desta ativi<strong>da</strong>de<br />

de forrageio, estimou-se que os periquitos visitaram<br />

um total de 2941 inflorescências (n = 30 h), o que<br />

corresponde a 5,81% <strong>da</strong> produção. Esta taxa, bem como<br />

o comportamento alimentar relatado anteriormente, são<br />

TAbElA 2: Características <strong>da</strong>s visitas por Aratinga aurea e Brotogeris chiriri às inflorescências de Mabea fistulifera.<br />

TAblE 2: Characteristics of visits by Aratinga aurea and Brotogeris chiriri in Mabea fistulifera inflorescences.<br />

variável Aratinga aurea Brotogeris chiriri<br />

Número de visitas 51 59<br />

Tempo total <strong>da</strong>s visitas (min) 194,88 265,27<br />

Duração média <strong>da</strong>s visitas (min)<br />

3,82 ± 5,26*<br />

(entre 2,05 e 28,02, n = 25)<br />

4,49 ± 8,80*<br />

(entre 1,00 e 23,00, n = 19)<br />

Total de indivíduos visitantes 104 278<br />

Média de indivíduos por visita<br />

2,03 ± 2,61*<br />

(variação: 2 e 26, n = 25)<br />

4,71 ± 2,61*<br />

(variação: 2 e 74, n = 19)<br />

Inflorescências por visita<br />

*Média ± Desvio Padrão.<br />

* Mean ± Stan<strong>da</strong>rt Desviation.<br />

Periquitos (Aratinga aurea e Brotogeris chiriri, Psittaci<strong>da</strong>e) como potenciais polinizadores de Mabea fistulifera Mart. (Euphorbiaceae)<br />

Paulo Antonio <strong>da</strong> Silva<br />

0,38 ± 3,74*<br />

(n = 10)<br />

Revista Brasileira de Ornitologia, 16(1), 2008<br />

0,90 ± 1,20*<br />

(n = 9)<br />

25


26<br />

Periquitos (Aratinga aurea e Brotogeris chiriri, Psittaci<strong>da</strong>e) como potenciais polinizadores de Mabea fistulifera Mart. (Euphorbiaceae)<br />

Paulo Antonio <strong>da</strong> Silva<br />

suficientes para aludir A. aurea e B. chiriri como potenciais<br />

polinizadores de M. fistulifera.<br />

Adicionalmente, outros psitacídeos, como Diopsittaca<br />

nobilis (maracanã-nobre), Amazona amazonica (papagaio-do-mangue)<br />

e Amazona aestiva (papagaio-ver<strong>da</strong>deiro),<br />

foram observados visitando as inflorescências durante<br />

o estudo (1, 3 e 1 visitas, respectivamente). Devido ao<br />

baixo número de visitas não se discuti aqui sobre o potencial<br />

polinizador destes psitacídeos, embora tenham<br />

exibido comportamento alimentar similar à A. aurea e<br />

B. chiriri. Ferrari e Strier (1992) relataram, brevemente,<br />

sobre visitas de Ara maracana (hoje Primolius maracana;<br />

maracanã-ver<strong>da</strong>deira) às inflorescências de M. fistulifera,<br />

mas não discutiram sobre a sua capaci<strong>da</strong>de de polinização.<br />

Ressalta-se ain<strong>da</strong> que, apesar de Vieira et al. (1991) e Olmos<br />

e Boulhosa (2000) terem listado as aves visitantes às<br />

inflorescências de M. fistulifera, eles não registraram psitacídeos,<br />

mesmo A. aurea e B. chiriri, que possivelmente<br />

ocorrem em ambas às áreas estu<strong>da</strong><strong>da</strong>s (Sick 1997).<br />

Olmos e Boulhosa (2000) investigaram o comportamento<br />

alimentar de aves em inflorescências de M. fistulifera.<br />

Segundo esses autores a estratégia alimentar adequa<strong>da</strong><br />

ao contato com as flores femininas, conseqüentemente<br />

à polinização efetiva, é aquela em que forrageiam pendura<strong>da</strong>s<br />

nas inflorescências (sua estrutura favorece esta<br />

estratégia), comportamento comum entre os traupídeos e<br />

algumas espécies de morcegos (Vieira e Carvalho-Okano<br />

1996). Esta postura foi a mais adota<strong>da</strong> pelos periquitos<br />

A. aurea e B. chiriri (79,5% <strong>da</strong>s visitas, n = 44), o que<br />

eleva o potencial polinizador destas aves, principalmente<br />

quando comparado aos traupídeos (69% <strong>da</strong>s visitas)<br />

observados por Olmos e Boulhosa (2000). Em adição, a<br />

estrutura floral de M. fistulifera é similar às de plantas poliniza<strong>da</strong>s<br />

por psitacídeos paleotropicais – pequenas flores<br />

reuni<strong>da</strong>s em grandes inflorescências cujo néctar é de fácil<br />

acesso (Stiles 1981, Brown e Hopkins 1995). Tal estrutura,<br />

presumivelmente, é um fator importante para que a<br />

ação pre<strong>da</strong>tória dos periquitos não seja produzi<strong>da</strong>.<br />

Goulart et al. (2005) evidenciaram que em M. fistulifera<br />

a maior parte <strong>da</strong> variação genética está localiza<strong>da</strong><br />

entre indivíduos dentro <strong>da</strong>s populações. Os periquitos<br />

A. aurea e B. chiriri, durante a alimentação, realizam<br />

movimentos freqüentes entre as árvores agrega<strong>da</strong>s. Dessa<br />

forma, eles podem promover a polinização cruza<strong>da</strong>, por<br />

conseguinte, o fluxo de pólen e genes entre as plantas,<br />

corroborando a variabili<strong>da</strong>de genética entre os membros<br />

agregados de M. fistulifera. Goulart et al. (2005) também<br />

encontraram uma variação genética modera<strong>da</strong> quando<br />

foram compara<strong>da</strong>s populações distantes. Considerando<br />

que os psitacídeos movem-se por grandes áreas em busca<br />

de recursos alimentares (Ragusa-Netto e Fecchio 2006),<br />

A. aurea e B. chiriri podem contribuir para o fluxo gênico<br />

entre populações distantes desta euforbiácea. Inferências<br />

similares foram feitas por Maués e Venturieri (1996) ao<br />

relatarem visitas de psitacídeos em flores de membros<br />

Revista Brasileira de Ornitologia, 16(1), 2008<br />

agregados e populações distantes de Platonia insignis<br />

(Clusiaceae).<br />

Particularmente na área estu<strong>da</strong><strong>da</strong>, M. fistulifera parece<br />

apresentar o pico de floração nos meses mais secos do<br />

ano – junho ao início de agosto (obs. pess.). Nos trópicos,<br />

a estação seca coincide com depleções na disponibili<strong>da</strong>de<br />

de recursos, e.g., frutos carnosos (Terborgh 1986). Apesar<br />

de frutos, sobretudo suas sementes, comporem a dieta<br />

básica de muitos psitacídeos neotropicais (Roth 1984,<br />

Ragusa-Netto e Fecchio 2006), recurso floral, inclusive<br />

néctar, tem sido considerado importante alternativa<br />

alimentar na estação seca (Galetti 1993, Ragusa-Netto<br />

2004, 2005, 2007). Durante a seca, flores, provavelmente<br />

o néctar, constituem 39% <strong>da</strong> dieta de Pionus maximiliani<br />

(maitaca) na Mata Atlântica (Galetti 1993). No Pantanal,<br />

no período seco, o néctar de Tabebuia aurea, Bignoniaceae<br />

(Ragusa-Netto 2005) e Inga vera, Fabaceae (Ragusa-<br />

Netto e Fecchio 2006, Ragusa-Netto 2007) é um valioso<br />

recurso para psitacídeos, incluindo A. aurea e B. chiriri.<br />

Sugestivamente, como observado para primatas (Torres<br />

de Assumpção 1981, Ferrari e Strier 1992, Passo e Kim<br />

1999), marsupial (Vieira et al. 1991), morcegos e outras<br />

aves (Vieira et al. 1992, Vieira e Carvalho-Okano 1996,<br />

Olmos e Boulhosa 2000), o néctar de M. fistulifera é um<br />

importante recurso à A. aurea e B. chiriri durante a estação<br />

seca. A importância desta euforbiácea, na alimentação<br />

dos periquitos, cresce ao considerar que na área estu<strong>da</strong><strong>da</strong><br />

os hábitats são altamente perturbados (e.g., por fogo e<br />

desmatamento) e antropicamente modificados (monocultura<br />

intensiva de cana-de-açúcar), presumindo serem<br />

pobre em recursos. Olmos e Boulhosa (2000) sugeriram<br />

que o néctar de M. fistulifera é um recurso-chave para aves<br />

durante a estação seca, especialmente em hábitats isolado<br />

e pobre em recursos alimentares.<br />

As características ecológicas de M. fistulifera, pelo menos<br />

com relação à polinização, parecem favorecer e otimizar<br />

seu sucesso reprodutivo em ambientes perturbados (Vieira<br />

e Carvalho-Okano 1996). A sincronia e pico na floração<br />

durante a seca, grande quanti<strong>da</strong>de de inflorescências por<br />

planta e inflorescências generalistas quanto aos visitantes,<br />

certamente estão volta<strong>da</strong>s a atrair e saciar uma fauna diversifica<strong>da</strong>,<br />

não necessariamente nectarívora, que indubitavelmente<br />

promove a polinização nesta planta em tais hábitats.<br />

Estudos mencionaram vertebrados de características<br />

ecológicas e morfológicas contrastantes e que, no entanto,<br />

são eficientes polinizadores de M. fistulifera (veja Torres de<br />

Assumpção 1981, Vieira et al. 1991, Ferrari e Strier 1992,<br />

Vieira e Carvalho-Okano 1996, Passos e Kim 1999, Olmos<br />

e Boulhosa 2000). Este estudo amplia o espectro de polinizadores<br />

para aves Psittaci<strong>da</strong>e que, na maioria <strong>da</strong>s interações<br />

com flores, afetam a reprodução <strong>da</strong>s plantas de maneira<br />

negativa, via pre<strong>da</strong>ção. Ponderando-se que polinização por<br />

psitacídeos é rara entre as plantas neotropicais (Maués e<br />

Venturieri 1996), a interação descrita neste estudo é mais<br />

um caso excepcional relatado para os Neotrópicos.


Periquitos (Aratinga aurea e Brotogeris chiriri, Psittaci<strong>da</strong>e) como potenciais polinizadores de Mabea fistulifera Mart. (Euphorbiaceae)<br />

Paulo Antonio <strong>da</strong> Silva<br />

AGRAdEcIMEnTOS<br />

Para melhoria deste texto, beneficiei-me <strong>da</strong>s críticas, comentários<br />

e sugestões feitas por Dra. Celine de Melo (Universi<strong>da</strong>de Federal<br />

de Uberlândia), Dra. Milene F. Vieira (Universi<strong>da</strong>de Federal de Viçosa)<br />

e um revisor anônimo. Deixo consignado o meu agradecimento<br />

pelas valiosas contribuições. Agradeço, de maneira especial, ao Dr.<br />

José Ragusa-Netto (Universi<strong>da</strong>de Federal de Mato Grosso do Sul),<br />

que em muito tem me auxiliado com discussões alusivas à ecologia<br />

de psitacídeos.<br />

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27


28<br />

Periquitos (Aratinga aurea e Brotogeris chiriri, Psittaci<strong>da</strong>e) como potenciais polinizadores de Mabea fistulifera Mart. (Euphorbiaceae)<br />

Paulo Antonio <strong>da</strong> Silva<br />

APêndIcE 1: Nectarivoria por vertebrados em Mabea fistulifera.<br />

APPEndIx 1: Nectarivory by vertebrates in Mabea fistulifera.<br />

Grupo Espécie (*)<br />

Aves (54 spp.) NÃO-PASSERIFORMES: Psittaci<strong>da</strong>e – Primolius maracana ‡ (1), Diopsittaca nobilis ‡ (2), Aratinga aurea † (2),<br />

Brotogeris chiriri † (2), Amazona amazonica ‡ (2), Amazona aestiva ‡ (2); Trochili<strong>da</strong>e – Phaethornis pretrei †† (3);<br />

Eupetomena macroura †† (2, 3, 4), Florisuga fusca †† (2, 3, 4), Anthracothorax nigricollis †† (3, 4), Chlorostilbon<br />

lucidus †† (2, 4), Thalurania glaucopis †† (4), Thalurania furcata †† (2), Hylocharis chrysura †† (2, 3), Leucochloris<br />

albicollis †† (3), Heliomaster longirostris †† (2), Calliphlox amethystina †† (3, 4); Pici<strong>da</strong>e – Melanerpes candidus ‡ (2);<br />

PASSERIFORMES: Tyranni<strong>da</strong>e – Elaenia flavogaster ‡ (2, 3), Elaenia mesoleuca ‡ (2, 4), Elaenia chiriquensis ‡ (3),<br />

Serpophaga subcristata ‡ (4), Myiozetetes similis ‡ (4), Pitangus sulphuratus ‡ (2, 4); Corvi<strong>da</strong>e – Cyanocorax chrysops ‡<br />

(2, 3); Turdi<strong>da</strong>e – Turdus leucomelas ‡ (2, 3, 4); Mimi<strong>da</strong>e – Mimus saturninus ‡ (4); Coerebi<strong>da</strong>e – Coereba flaveola ‡<br />

(2, 4); Thraupi<strong>da</strong>e – Nemosia pileata † (2, 3, 4), Thlypopsis sordi<strong>da</strong> † (4), Trichothraupis melanops † (4), Tachyphonus<br />

coronatus † (4), Thraupis sayaca † (2, 3, 4), Thraupis ornata † (4), Thraupis palmarum † (2, 3, 4), Pipraeidea<br />

melanonota † (4), Tangara cyanoventris † (4), Tangara cayana † (2, 3, 4), Tersina viridis † (4), Dacnis cayana † (3, 4),<br />

Cyanerpes cyaneus † (3), Conirostrum speciosum † (2, 4), Conirostrum bicolor † (3); Emberizi<strong>da</strong>e – Zonotrichia capensis<br />

‡ (4), Ammodramus humeralis ‡ (2), Sicalis flaveola ‡ (4), Sporophila caerulescens ‡ (4), Coryphospingus cucullatus ‡<br />

(2); Cardinali<strong>da</strong>e – Saltator similis ‡ (4); Icteri<strong>da</strong>e – Cacicus haemohrrous ‡ (1), Icterus cayanensis † (2); Fringili<strong>da</strong>e<br />

– Euphonia chlorotica † (2), Euphonia violacea † (4); Passeri<strong>da</strong>e – Passer domesticus ‡ (4).<br />

Mamíferos (12 spp.) Quirópteros: Phyllostomi<strong>da</strong>e – Artibeus lituratus † (3, 5), Chiroderma doriae † (3), Glossophaga soricina †† (3, 5),<br />

Sturnira lilium † (3, 5), Vampyrops lineatus † (5); Marsupiais: Didelphi<strong>da</strong>e – Caluromus philander ‡ (1), Didelphis<br />

marsupialis † (6); Primatas: Cebi<strong>da</strong>e – Cebus apella † (7); Callitrichi<strong>da</strong>e – Callithrix flaviceps † (1), Leontopithecus<br />

chrysopygus † (8); Ateli<strong>da</strong>e – Brachyteles arachnoides † (1, 7); Coatis: Procyoni<strong>da</strong>e – Nasua nasua ‡ (3).<br />

* Referência: 1 = Ferrari e Strier (1992); 2 = presente estudo; 3 = Olmos e Boulhosa (2000); 4 = Vieira et al. (1992); 5 = Vieira e Carvalho-Okano<br />

(1996); 6 = Vieira et al. (1991); 7 = Torres de Assumpção (1981); 8 = Passos e Kim (1999).<br />

‡ Podem polinizar: dependendo do comportamento alimentar, e.g., quando pousam (aves) ou se movimentam pelos ramos floríferos (mamíferos<br />

não-voadores) (ver referências deste Apêndice).<br />

† Atuam como polinizadores: forrageiam néctar comumente pendurado na inflorescência (aves e morcegos pousadores), ou durante o consumo,<br />

mesmo que não pousado diretamente na inflorescência, as partes do corpo invariavelmente tocam as flores femininas e masculinas (mamíferos nãovoadores)<br />

(ver referências deste Apêndice).<br />

†† Não polinizam: a principal estratégia alimentar consiste em adejar frontalmente à inflorescência, não entrando em contato com as flores femininas<br />

(ver Vieira e Carvalho-Okano 1996, Olmos e Boulhosa 2000).<br />

* = Reference: 1 = Ferrari e Strier (1992); 2 = present study; 3 = Olmos e Boulhosa (2000); 4 = Vieira et al. (1992); 5 = Vieira e Carvalho-Okano<br />

(1996); 6 = Vieira et al. (1991); 7 = Torres de Assumpção (1981); 8 = Passos e Kim (1999).<br />

‡ Can pollinate: depending on the feeding behavior, e.g., when perched (birds) or they are moved by the flowered branches (non-volant mammals)<br />

(see references of this Appendix).<br />

† Act as pollinators: they forage nectar commonly perched in the inflorescence (perching birds and bats), or during the consumption, even if no<br />

perched directly in the inflorescence, the parts of the body invariably contact the feminine and masculine flowers (non-volant mammals) (see<br />

references of this Appendix).<br />

†† Don’t pollinate: the major feeding strategy consists of hovering opposite to the inflorescence, not contacting the feminine flowers (see Vieira and<br />

Carvalho-Okano 1996, Olmos and Boulhosa 2000).<br />

Revista Brasileira de Ornitologia, 16(1), 2008


1.<br />

2.<br />

ARTIGO<br />

Influence of temperature on Greater<br />

Rhea Rhea americana activity in restinga<br />

habitat, southern Brazil<br />

Luiz Gustavo Rodrigues Oliveira-Santos 1,2 and Fernando Augusto Tambelini Tizianel 1<br />

Universi<strong>da</strong>de Federal de Mato Grosso do Sul – Programa de Pós-graduação em Ecologia e Conservação.<br />

Correspondence: Rua Candelária, 766, Vila Ipiranga, Campo Grande, MS, Brazil. E-mail: gu_tapirus@hotmail.com<br />

Recebido em: 01/10/2007. Aceito em: 07/03/2008.<br />

ReSumO: Influência <strong>da</strong> temperatura sobre a ativi<strong>da</strong>de de emas Rhea americana numa restinga do sul do Brasil. Nós usamos<br />

armadilhas fotográficas para estu<strong>da</strong>r a influência <strong>da</strong> temperatura sobre a ativi<strong>da</strong>de de emas ao longo de um ano. Emas apresentaram<br />

ativi<strong>da</strong>de predominantemente diurna. No entanto, sua ativi<strong>da</strong>de decresceu com o aumento <strong>da</strong> temperatura média do dia nos<br />

ambiente de restinga herbácea. Nossos resultados sugerem que em dias quentes, emas podem usar a estratégia comportamental de<br />

diminuição <strong>da</strong> ativi<strong>da</strong>de para regulação térmica e hídrica.<br />

PALAvRAS-chAve: Ativi<strong>da</strong>de circadiana, ratitas, Rhea americana, termo-regulação, regulação hídrica.<br />

ABSTRAcT: We used camera trapping to study the influence of temperature on Greater Rheas activity for one year. Rheas were<br />

predominantly diurnal in activity throughout the <strong>da</strong>y¸ however¸ its activity decreased with increased <strong>da</strong>ily average temperature in<br />

herbaceous restinga. Our results suggest that on hot <strong>da</strong>ys, rheas can use behavioral strategies to diminish their activity to benefit<br />

thermal and water balance control.<br />

Key-wORdS: Daily activity, ratites, Rhea americana, thermoregulation, water balance<br />

Thermo-independent animals, such as birds, allocate<br />

most of their metabolic energy towards body temperature<br />

maintenance. Besides physiological a<strong>da</strong>ptations,<br />

birds may maintain their water and thermal balance<br />

through habitat selection, or by suppressing their activity<br />

during the hottest periods of the <strong>da</strong>y (Shimidt-Nielsen<br />

2005).<br />

The Greater Rhea (Rhea americana Linnaeus, 1758)<br />

is a large flightless bird that eats mainly leaves and fruits,<br />

insects, geckos and frogs (Sick 1997). It is diurnal and<br />

inhabits exclusively open fields and savannas in South<br />

America (Bruning 1974), hence it is frequently exposed<br />

to high temperatures. Panting with the bill slightly open<br />

or entering bogs and rivers are behavioral strategies of<br />

thermal and water balance regulation used by the Greater<br />

Rhea to a<strong>da</strong>pt to high temperatures (Sick 1997). Additionally,<br />

because of its foraging habits, walking constantly<br />

during the <strong>da</strong>y (Sick 1997), suppression of walking on<br />

very hot <strong>da</strong>ys could be an additional strategy involved in<br />

temperature control and water balance. This study investigated<br />

the influence of temperature on Greater Rhea<br />

activity in open areas of restinga habitat in southern<br />

Brazil.<br />

Revista Brasileira de Ornitologia, 16(1):29-31<br />

março de 2008<br />

mATeRIALS And meThOdS<br />

Study area: The study was carried out in the coastal<br />

plains of the Serra do Tabuleiro State Park (27°40”S,<br />

48°49”O), state of Santa Catarina, Brazil. The annual<br />

average precipitation is approximately 1600 mm,<br />

with February being the rainiest month (average of<br />

211 mm) and June the driest (average of 68 mm). The<br />

annual average temperature is 19°C, with January the<br />

hottest month (average of 23°C) and July the coldest<br />

(average of 15°C) (GAPLAN 1986). The vegetation<br />

is formed by a mosaic of restinga over sand bars<br />

and intermingled with swampy areas, permanent and<br />

temporary lagoons (Klein 1981). Three distinct habitats<br />

were identified: 1) natural fragments of arboreal<br />

restinga with canopy at five m and a dense understory;<br />

2) open matrix of herbaceous restinga composed<br />

of several graminaceous and cyperaceous plants, and<br />

some shrubby nuclei of Melastomaceae (Miconia and<br />

Tibouchina), Myrtaceae (Psidium cattleianum), Clusiaceae<br />

(Clusia) and some small trees; and 3) swamps<br />

with Cyperus dominance, with herbs that reach up to<br />

2 m in height.


30<br />

Influence of temperature on Greater Rhea Rhea americana activity in restinga habitat, southern Brazil<br />

Luiz Gustavo Rodrigues Oliveira-Santos and Fernando Augusto Tambelini Tizianel<br />

Sampling: Between June 2005-June 2006, four digital<br />

model camera traps (Tigrinus®) were used to monitor<br />

mammals in these three habitats. However, Greater Rheas<br />

were frequently recorded. Eleven sampling points were<br />

chosen: three in the swamps, four each in the arboreal<br />

and herbaceous restinga. A minimum distance of 200 m<br />

between sampling points was maintained. The minimum<br />

convex polygon formed by sampling points covered around<br />

120 ha, an area large enough to record several different<br />

individuals (rheas have 1-4 ha home ranges with extensive<br />

overlap due their gregarious habits; Bellis et al. 2004a,<br />

Bellis et al. 2004b). The cameras were programmed to<br />

print the <strong>da</strong>te and hour of each record, and were prepared<br />

to monitor the entire period. The sampling points used<br />

for the four camera traps were changed weekly among the<br />

eleven chosen points, representing a schedule of random<br />

selection. The total sampling effort was 1010 trap-<strong>da</strong>ys,<br />

with 224 in the arboreal restinga, 338 in the swamps and<br />

448 in the herbaceous restinga. Uniform sampling effort<br />

was maintained among different seasons of the year.<br />

Data analyses: For statistical analysis, only those records<br />

with a minimal interval of one hour between photos at<br />

each sampling point were considered independent. Each<br />

photo received an average temperature value referring to<br />

the <strong>da</strong>y of record. The <strong>da</strong>ily values of average temperature<br />

were supplied by an Epagri Automatic Meteorological<br />

Station located 15 km from the study area. We used<br />

linear regression analysis to test the relationship between<br />

the rhea activity and <strong>da</strong>ily average temperature. We measured<br />

activity as the frequency of records in each class of<br />

<strong>da</strong>ily average temperature, with the classes divided into<br />

intervals of 1°C. The frequency of records was calculated<br />

FIGuRe 1: Independent record distribution of Greater Rheas during<br />

hours of the <strong>da</strong>y, between June 2005-June 2006, in the restinga of<br />

Serra do Tabuleiro State Park.<br />

Revista Brasileira de Ornitologia, 16(1), 2008<br />

by dividing the number of photographs in each temperature<br />

class by the sampling effort (in trap-<strong>da</strong>ys) for each<br />

temperature class.<br />

ReSuLTS<br />

We acquired 120 independent records, 118 in the<br />

herbaceous restinga and two in the arboreal habitat. There<br />

were no records in the swamps. Rheas were predominantly<br />

diurnal in activity throughout the <strong>da</strong>y (Figure 1). For<br />

the statistical analysis we used only the records for herbaceous<br />

restinga (98% of all records), as the sample size was<br />

too limited for arboreal habitat. Rhea activity decreased<br />

with increased <strong>da</strong>ily average temperature in herbaceous<br />

restinga (R 2 = 0,35; n = 13; P = 0,03) (Figure 2).<br />

dIScuSSIOn<br />

Rheas use open habitats throughout their geographic<br />

distribution, whereas forested areas can make walking<br />

difficult due to their social habits of living mainly in large<br />

groups (Sick 1997). The main anti-pre<strong>da</strong>tor behavior developed<br />

by the species is to run at high speeds with sinuous<br />

movements, an impracticable strategy in closed habitats<br />

such as forests (Martela et al. 1995, Sick 1997, Bellis<br />

et al. 2004a). Similarly, swamps contain dense vegetation<br />

and the flooded soil can be an additional hindrance to<br />

locomotion. These factors may explain why 98% of our<br />

records occurred in the herbaceous restinga, a habitat of<br />

intense foraging and use (Oliveira-Santos, pers. obs.) and<br />

better visibility to detect and escape from pre<strong>da</strong>tors (Rebore<strong>da</strong><br />

and Fernandez 1997, Fernandez et al. 2003).<br />

Selection of shadowed habitats during the hottest<br />

hours of the <strong>da</strong>y was not a strategy used by rheas, probably<br />

due to the factors discussed previously. In spite of<br />

FIGuRe 2: Sampling effort in trap-<strong>da</strong>ys in each class of <strong>da</strong>ily average<br />

temperature, and the relationship between the rhea activity and <strong>da</strong>ily<br />

average temperature between June 2005-June 2006, in the herbaceous<br />

restinga of Serra do Tabuleiro State Park (y = -0.027x + 0.808).


Influence of temperature on Greater Rhea Rhea americana activity in restinga habitat, southern Brazil<br />

Luiz Gustavo Rodrigues Oliveira-Santos and Fernando Augusto Tambelini Tizianel<br />

the constant circadian activity noted throughout the<br />

<strong>da</strong>y, rheas displayed reduced activity during the warmest<br />

<strong>da</strong>ys. There is a direct relationship between the activity<br />

level and body temperature of the birds (e.g. Morrinson<br />

1962, Langman 1973). Our results suggest that on hot<br />

<strong>da</strong>ys, rheas can use behavioral strategies to diminish their<br />

activity to benefit thermal and water balance control.<br />

They can sit upright or lay flat on the ground to protect<br />

themselves in the dense herbaceous vegetation, or within<br />

shrubs. Rheas also can simply decrease their home range<br />

to control energy expenditure for thermal regulation, also<br />

avoiding dehydration.<br />

AcKnOwLedGemenTS<br />

We are grateful to Vitor Piacentini and Leo Salas for the translation<br />

of the original manuscript. We appreciate the improvements in<br />

English usage made by Daniel Brooks through the Association of Field<br />

Ornithologists’ program of editorial assistance.<br />

Revista Brasileira de Ornitologia, 16(1), 2008<br />

ReFeRenceS<br />

Bellis, L.m.; martela, m.B. and navarro, J.L. (2004a). Habitat<br />

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de Janeiro.<br />

31


Revista Brasileira de Ornitologia, 16(1):32-37<br />

março de 2008<br />

1.<br />

2.<br />

ARTIGO<br />

Columba livia e Pitangus sulphuratus como indicadoras<br />

de quali<strong>da</strong>de ambiental em área urbana<br />

Suélen Amâncio 1,2 , Valéria Barbosa de Souza 2 e Celine Melo 2<br />

Rua Rio Grande do Sul, 1087, 38400-650, Uberlândia, MG, Brasil. E-mail: suelenbio24@yahoo.com.br<br />

Laboratório de Ornitologia e Bioacústica, Instituto de Biologia, Universi<strong>da</strong>de Federal de Uberlândia. Rua Ceará, s/n, 38400-902, Uberlândia,<br />

MG, Brasil. E-mails: valerybsouza@yahoo.com.br e celinemelo@gmail.com<br />

Recebido em: 15/06/2007. Aceito em: 04/03/2008.<br />

ABSTRACT: Columba livia and Pitangus sulphuratus as environmental indicators in urban areas. Biological communities<br />

have been widely used to evaluate environmental impacts and, in urban areas, they are important instruments to determine the<br />

environmental quality of this ecosystem. The main goal of this work was to study the potential of the Columba livia and Pitangus<br />

sulphuratus as bioindicators of urban environmental quality, and thus, evaluate the influence of this environment in the ecology<br />

of these species. Six neighborhoods in Uberlândia, Minas Gerais, Brazil, were selected for this research and four observation spots<br />

were established in each neighborhood. The <strong>da</strong>ta was collected during the following intervals: 7:00-9:00, 12:00-14:00 and 16:00-<br />

18:00. Each interval was sampled twice a season (twice in the wet season and twice during the dry season), totalizing 144 h. The<br />

researched areas were characterized according to the level of urbanization and the intensity of flow of both vehicles and people.<br />

Columba livia can be considered as a bioindicator of negative environmental quality because it was more abun<strong>da</strong>nt in areas with<br />

high flow of vehicles and people. Pitangus sulphuratus, although common in urban areas, wasn’t considered a good bioindicator of<br />

urban environmental quality because no correlation was found with the your abun<strong>da</strong>nce and human direct intervention and not<br />

with the level of impact areas.<br />

Key-wORdS: bioindicator, urban environment, Columba livia, Pitangus sulphuratus.<br />

ReSuMO: A utilização de comuni<strong>da</strong>des biológicas para avaliação de impactos ambientais vem sendo amplamente difundi<strong>da</strong>, e<br />

no ambiente urbano é uma ferramenta útil na determinação <strong>da</strong> quali<strong>da</strong>de ambiental desse ecossistema. O objetivo do trabalho<br />

foi determinar o potencial de Columba livia e Pitangus sulphuratus como bioindicadores de quali<strong>da</strong>de ambiental urbana, e assim,<br />

avaliar a interferência deste ambiente nas populações <strong>da</strong>s espécies estu<strong>da</strong><strong>da</strong>s. Foram seleciona<strong>da</strong>s seis áreas em Uberlândia (MG),<br />

com quatro pontos ca<strong>da</strong>. As coletas ocorreram nos horários de 7:00-9:00, 12:00-14:00 e 16:00-18:00. Ca<strong>da</strong> intervalo foi amostrado<br />

duas vezes por estação (chuvosa e seca), totalizando 144 h. Foi realiza<strong>da</strong> a caracterização <strong>da</strong>s áreas quanto à urbanização, fluxo de<br />

veículos e pessoas. Columba livia pode ser considera<strong>da</strong> uma bioindicadora de quali<strong>da</strong>de ambiental negativa, pois foi encontra<strong>da</strong> em<br />

maior abundância em áreas com alta movimentação de pessoas e veículos. Pitangus sulphuratus mesmo sendo comum no ambiente<br />

urbano não foi considera<strong>da</strong> bioindicadora de quali<strong>da</strong>de ambiental urbana, pois não foi encontra<strong>da</strong> correlação de sua abundância com<br />

a intervenção humana direta nem com o nível de impacto <strong>da</strong>s áreas.<br />

PAlAVRAS-ChAVe: bioindicação, ambiente urbano, Columba livia, Pitangus sulphuratus.<br />

A Região Sudeste vem sendo historicamente desmata<strong>da</strong>,<br />

onde a cobertura florestal do estado de Minas Gerais<br />

foi reduzi<strong>da</strong> a 2% do original (Andrade 1997). A redução<br />

<strong>da</strong> cobertura florestal a fragmentos pequenos tem trazido<br />

conseqüências negativas para a avifauna (Marini 1996)<br />

como a diminuição no número de espécies mais especializa<strong>da</strong>s,<br />

e manutenção em sua maioria, <strong>da</strong>s generalistas<br />

(D’Angelo Neto et al. 1998).<br />

De acordo com Marini e Garcia (2005) as intervenções<br />

humanas afetaram, significativamente, as espécies de<br />

aves que habitam os ecossistemas naturais brasileiros. A<br />

resposta <strong>da</strong>s aves a essas alterações varia desde aquelas que<br />

se beneficiaram com as alterações do habitat e aumentaram<br />

suas populações [p. ex., bem-te-vi (Pitangus sulphuratus)],<br />

até aquelas que foram extintas <strong>da</strong> natureza [p. ex.,<br />

mutum-do-nordeste (Mitu mitu) e arara-azul-pequena<br />

(Anodorhynchus glaucus)].<br />

O processo de urbanização ocorre de forma acelera<strong>da</strong><br />

e como conseqüências têm-se efeitos intensivos e<br />

localizados que provocam profun<strong>da</strong>s alterações nos sistemas<br />

naturais e na paisagem original <strong>da</strong>s ci<strong>da</strong>des e, consequentemente,<br />

nos padrões de quali<strong>da</strong>de ambiental do<br />

meio urbano. Dessa forma, em face às ações antrópicas, a<br />

vegetação natural desaparece gra<strong>da</strong>tivamente dos centros<br />

urbanos e cede lugar à paisagem construí<strong>da</strong> (Pereira et al.<br />

2005).<br />

Mendonça-Lima e Fontana (2000) afirmaram que,<br />

em decorrência às essas mu<strong>da</strong>nças, muitos animais, principalmente<br />

as aves, têm encontrado refúgios para sua sobrevivência<br />

em áreas urbanas como praças, bosques, par-


Columba livia e Pitangus sulphuratus como indicadoras de quali<strong>da</strong>de ambiental em área urbana<br />

Suélen Amâncio, Valéria Barbosa de Souza e Celine Melo<br />

ques, hortos, cemitérios, que de alguma forma, mantém<br />

um mínimo de arborização. Neste contexto, a arborização<br />

urbana é um dos fatores primordiais a ser contemplado no<br />

planejamento urbano de ci<strong>da</strong>des, pois desempenha neste<br />

ambiente uma referência para quali<strong>da</strong>de de vi<strong>da</strong> (Pereira<br />

et al. 2005).<br />

A utilização de comuni<strong>da</strong>des biológicas para avaliação<br />

de mu<strong>da</strong>nças e impactos ambientais vem sendo amplamente<br />

difundi<strong>da</strong>, e no ambiente urbano é uma ferramenta<br />

útil na determinação <strong>da</strong> quali<strong>da</strong>de ambiental deste<br />

ecossistema. Muitos grupos animais ou espécies têm sido<br />

propostos como indicadores <strong>da</strong> quali<strong>da</strong>de ambiental, porém<br />

poucos estudos abor<strong>da</strong>m a questão essencial sobre a<br />

correlação entre o status do indicador e as mu<strong>da</strong>nças nas<br />

variáveis ambientais (Ramos et al. 2006).<br />

As aves são indicadores biológicos interessantes, pois<br />

possuem comportamento conpíscuo, são de fácil e rápi<strong>da</strong><br />

identificação, têm eleva<strong>da</strong> diversi<strong>da</strong>de e especialização<br />

ecológica, são de fácil amostragem, há riqueza de informações<br />

sobre elas e são altamente sensíveis a distúrbios<br />

(Rutschke 1987, Stotz et al. 1996). O conhecimento <strong>da</strong>s<br />

exigências ecológicas de muitas famílias, gêneros e espécies<br />

de aves pode ser suficiente em diversas situações para<br />

indicar condições ambientais às quais são sensíveis (Donatelli<br />

et al. 2004).<br />

Columba livia (Gmelin 1789), “pomba doméstica” foi<br />

introduzi<strong>da</strong> no Brasil no século XVI. É comum em ci<strong>da</strong>des<br />

e fazen<strong>da</strong>s, onde nidifica em construções e edificações humanas.<br />

É uma espécie abun<strong>da</strong>nte em praças públicas, pois<br />

consome restos de alimento no chão (Sigrist 2006). No<br />

Brasil, gera problemas sanitários pelos dejetos que produz e<br />

pelo seu potencial na transmissão de doenças (Sick 1997).<br />

Pitangus sulphuratus (Linnaeus 1766), “bem-te-vi” é<br />

uma <strong>da</strong>s espécies mais comuns em quase todo o Brasil,<br />

ocorrendo em diversos tipos de ambientes, inclusive urbanos.<br />

Possui dieta onívora e é agressiva (Sigrist 2006).<br />

Ajusta-se a qualquer meio e descobre facilmente novas<br />

fontes de alimentos (Sick 1997).<br />

Segundo Matarazzo-Neuberger (1995), as aves são<br />

partes significativas <strong>da</strong> fauna urbana, e com o crescimento<br />

acelerado <strong>da</strong>s ci<strong>da</strong>des, torna-se importante o estudo <strong>da</strong><br />

ecologia desses organismos neste ecossistema. Muitos levantamentos<br />

já foram realizados nestes ambientes (Argelde-Oliveira<br />

1995, Franchin e Marçal Júnior 2002, 2004),<br />

porém na região tropical pouca atenção tem sido <strong>da</strong><strong>da</strong> aos<br />

estudos envolvendo as respostas <strong>da</strong> avifauna aos processos<br />

de urbanização (Reynaud e Thioulouse 2000, Marzluff<br />

et al. 2001, Lim e Sodhi 2004).<br />

O objetivo do trabalho foi realizar uma estimativa<br />

populacional de duas espécies comuns em ambientes urbanos<br />

(Columba livia e Pitangus sulphuratus) e determinar<br />

quais são os fatores que interferem na abundância e distribuição<br />

dessas aves, e a partir destes, avaliar o potencial de<br />

serem indicadoras <strong>da</strong> quali<strong>da</strong>de (positiva ou negativa) em<br />

ambientes urbanos.<br />

MéTOdOS<br />

O trabalho foi realizado entre os meses de junho de<br />

2006 e março de 2007 no ambiente urbano do município<br />

de Uberlândia, MG (18°52’34”S; 48°15’21”O), que está<br />

inserido no domínio do Cerrado (lato sensu) (Araújo et al.<br />

1997). O clima na região apresenta sazonali<strong>da</strong>de evidente<br />

com verão chuvoso (outubro a março) e inverno seco<br />

(abril a setembro) (Rosa et al., 1991).<br />

Foram amostrados 24 pontos distribuídos igualmente<br />

em seis áreas. Os quatro pontos de ca<strong>da</strong> área estavam a<br />

uma distância mínima de 100 m, para diminuir a sobreposição<br />

entre eles. Estas áreas foram escolhi<strong>da</strong>s de acordo<br />

com o grau de urbanização, fluxo de pessoas e de veículos<br />

que conjuntamente resultaram em três níveis distintos<br />

(baixo, médio e alto) de quali<strong>da</strong>de ambiental. Para ca<strong>da</strong><br />

nível foram amostra<strong>da</strong>s duas áreas.<br />

O grau de urbanização foi classificado em nível 1,<br />

quando a área construí<strong>da</strong> e/ou pavimenta<strong>da</strong> era de até<br />

30%; nível 2, quando possuía de 30% a 70% de área<br />

construí<strong>da</strong> e/ou pavimenta<strong>da</strong>; e em nível 3, para áreas<br />

com 100% de construção e/ou pavimentação.<br />

Os fluxos de veículos e pessoas foram registrados nos<br />

três períodos de coleta de <strong>da</strong>dos (07:00-09:00, 12:00-<br />

14:00 e 16:00-18:00 h), totalizando 72 h. Para fluxo de<br />

pessoas, estimado em número de indivíduos por hora, foram<br />

considerados os seguintes níveis: 1) quando inferior<br />

a 100; 2) entre 100 e 300; e 3) superior a 300. O fluxo de<br />

veículos, mensurado em número de veículos por hora, foi<br />

classificado em: 1) se inferior a 200; 2) entre 300 e 600; e<br />

3) quando superior a 600.<br />

Em ca<strong>da</strong> ponto, os parâmetros foram medidos seis<br />

vezes, e para a classificação <strong>da</strong>s áreas quanto ao nível de<br />

impacto foram calcula<strong>da</strong>s as médias dos três parâmetros<br />

(urbanização, fluxo de veículos e pessoas) (Tabela 1).<br />

A abundância de ca<strong>da</strong> espécie foi obti<strong>da</strong> pelo número<br />

de indivíduos contatados em ca<strong>da</strong> ponto, em um raio<br />

de cobertura de aproxima<strong>da</strong>mente 20 m. As observações<br />

foram em seções de 15 minutos, cobrindo três intervalos<br />

horários: 7:00-9:00, 12:00-14:00 e 16:00-18:00 h. Ca<strong>da</strong><br />

intervalo horário foi amostrado duas vezes por estação<br />

TABelA 1: Caracterização prévia <strong>da</strong>s áreas estu<strong>da</strong><strong>da</strong>s de acordo com<br />

os parâmetros urbanização, fluxo de veículos e pessoas.<br />

TABle 1: Characterization of the studied areas according to the level<br />

of urbanization, intensity of flow of both vehicles and people.<br />

Impacto Bairros<br />

Baixo<br />

Médio<br />

Alto<br />

Revista Brasileira de Ornitologia, 16(1), 2008<br />

Mora<strong>da</strong> <strong>da</strong> Colina (B1)<br />

Alto-Umuarama (B2)<br />

Tabajaras (M1)<br />

Santa Mônica (M2)<br />

Centro (A1)<br />

Taiamam (A2)<br />

Média dos parâmetros:<br />

urbanização, fluxo de<br />

veículos e pessoas<br />

1,6<br />

2,21<br />

2,34<br />

33


34<br />

Columba livia e Pitangus sulphuratus como indicadoras de quali<strong>da</strong>de ambiental em área urbana<br />

Suélen Amâncio, Valéria Barbosa de Souza e Celine Melo<br />

(chuvosa e seca) nas áreas. Assim, foram feitas 24 h por<br />

área, totalizando 144 horas de observação.<br />

Para as análises, foi feita a média horária de indivíduos<br />

registrados por espécie, fluxo de veículos e de pessoas,<br />

levantados nos oito pontos de ca<strong>da</strong> nível de impacto. O<br />

teste de normali<strong>da</strong>de utilizado foi Shapiro-Wilk. O Coeficiente<br />

de Correlação de Pearson (r) foi utilizado para<br />

correlacionar a abundância <strong>da</strong>s espécies e o fluxo de veículos<br />

e de pessoas. O Teste Kruskal-Wallis (H) foi realizado<br />

para verificar se havia diferença na abundância <strong>da</strong>s<br />

espécies de acordo com o horário. O Teste de Mann-Whitney<br />

(Z) foi calculado para constatar se ocorreu diferença<br />

na abundância de ca<strong>da</strong> espécie entre as duas estações estu<strong>da</strong><strong>da</strong>s.<br />

Qui-Quadrado (χ 2 ) foi calculado para constatar<br />

se existiu diferença na abundância <strong>da</strong>s espécies de acordo<br />

com o nível de impacto. Utilizou-se o software BioEstat<br />

3.0 (Ayres et al. 2003).<br />

ReSulTAdOS<br />

To<strong>da</strong>s as áreas apresentaram o mesmo padrão para<br />

fluxo de veículos, nas quais as maiores intensi<strong>da</strong>des foram<br />

entre 12:00-14:00 e 16:00-18:00 h. Nas áreas com<br />

alto impacto, o fluxo de pessoas foi mais intenso entre<br />

07:00-09:00 e 12:00-14:00 h, enquanto que para áreas<br />

de médio e baixo impacto foi entre 07:00-09:00 e 16:00-<br />

18:00 h (Figura 1).<br />

As áreas com alto impacto apresentaram eleva<strong>da</strong><br />

abundância de Columba livia em ambas as estações,<br />

seca e chuvosa (Figura 2). Sua abundância foi correlaciona<strong>da</strong><br />

positiva e significativamente ao fluxo de pessoas<br />

(r = 0,862; gl = 16; p = 0,000) e veículos (r = 0,924;<br />

gl = 16; p = 0,000). A população de C. livia não sofreu<br />

flutuação acentua<strong>da</strong>, e consequentemente não apresentou<br />

variação significativa entre as duas estações seca e chuvosa<br />

nas áreas estu<strong>da</strong><strong>da</strong>s (Z = 0,4804; U = 15; p = 0,631).<br />

Em ca<strong>da</strong> área, C. livia apresentou um padrão diferenciado<br />

de horário de ativi<strong>da</strong>de. Nas áreas com baixo<br />

impacto, foi mais abun<strong>da</strong>nte entre 12:00-14:00 h, enquanto<br />

que em áreas com médio e alto impacto concentrou<br />

sua ativi<strong>da</strong>de nos horários de 07:00-09:00 e 16:00-<br />

18:00 h (Figura 3). Para C. livia foi possível constatar<br />

diferença significativa na abundância de acordo com os<br />

horários estu<strong>da</strong>dos nas duas estações (H = 15,9708; gl =<br />

5; p = 0,0069) e sua abundância foi maior em áreas de<br />

alto impacto tanto na estação seca (χ 2 = 209,09; gl = 2;<br />

p = 0,00) e quanto na chuvosa (χ 2 = 129,92; gl = 2;<br />

p = 0,00).<br />

Pitangus sulphuratus não sofreu influência <strong>da</strong> sazonali<strong>da</strong>de,<br />

mantendo padrão similar de sua abundância entre<br />

as estações (Z = 1,0408; U = 11,5; p = 0,298). Não houve<br />

diferença na sua abundância entre os níveis de impacto<br />

<strong>da</strong>s áreas na seca (χ 2 = 3,49; gl = 2; p = 0,174) quanto na<br />

chuva (χ 2 = 4,89; gl = 2; p = 0,087) (Figura 2).<br />

Revista Brasileira de Ornitologia, 16(1), 2008<br />

FIGuRA 1: Fluxo de veículos e pessoas nas áreas com diferentes níveis<br />

de impacto de acordo com o horário.<br />

FIGuRe 1: Vehicles and people flow in areas with different levels of<br />

impact in accor<strong>da</strong>nce with the schedule.<br />

FIGuRA 2: Abundância (N/hora) de Columba livia e Pitangus<br />

sulphuratus na estação seca e chuvosa pelo nível de impacto <strong>da</strong>s áreas.<br />

FIGuRe 2: Columba livia and Pitangus sulphuratus abun<strong>da</strong>nce (N/<br />

hour) in the dry and rainy season for the level of impact in areas<br />

FIGuRA 3: Abundância (N/hora) de Columba livia na estação seca e<br />

chuvosa por horário.<br />

FIGuRe 3: Columba livia abun<strong>da</strong>nce (N/hour) in the dry and rainy<br />

season in accor<strong>da</strong>nce with the schedule


Columba livia e Pitangus sulphuratus como indicadoras de quali<strong>da</strong>de ambiental em área urbana<br />

Suélen Amâncio, Valéria Barbosa de Souza e Celine Melo<br />

FIGuRA 4: Abundância (N/hora) de Pitangus sulphuratus na estação<br />

seca e chuvosa por horário.<br />

FIGuRe 4: Pitangus sulphuratus abun<strong>da</strong>nce (H/hour) in the dry and<br />

rain season in accor<strong>da</strong>nce with the schedule.<br />

Na estação seca, P. sulphuratus apresentou maior ativi<strong>da</strong>de<br />

no início <strong>da</strong> manhã e final de tarde, enquanto na<br />

chuvosa, foi observado um declínio nos registros ao longo<br />

dia (Figura 4). Embora não tenha ocorrido diferença<br />

na abundância entre os horários (H = 10,4886; gl = 5;<br />

p = 0,0625) foi observa<strong>da</strong> uma tendência a concentrar ativi<strong>da</strong>de<br />

no início <strong>da</strong> manhã. Diferente de C. livia, a abundância<br />

de Pitangus sulphuratus não foi correlaciona<strong>da</strong> significativamente<br />

ao fluxo de pessoas (r = -0,1168; gl = 16;<br />

p = 0,6445) e veículos (r = -0,179; gl = 16; p = 0,4772).<br />

dISCuSSãO<br />

A urbanização altera a composição <strong>da</strong> comuni<strong>da</strong>de<br />

de aves, pois aumenta o sucesso de espécies que apresentam<br />

relações específicas com o homem e diminui para<br />

aquelas que necessitam de habitats naturais (Anjos e Laroca<br />

1989, Donnely e Marzluff, 2006). A estrutura do<br />

ambiente urbano pode influenciar a distribuição e abundância<br />

<strong>da</strong> avifauna, e fatores como grau de urbanização,<br />

arborização e fluxos de veículos e pessoas podem ser os<br />

principais indicativos desta influência.<br />

Alguns estudos já foram realizados para compreender<br />

a interferência <strong>da</strong> urbanização sobre a avifauna neste tipo<br />

de ambiente, e a conseqüência mais imediata é a redução<br />

<strong>da</strong> diversi<strong>da</strong>de em zonas de maior antropização (Matarazzo-Neuberger<br />

1995, Argel-de-Oliveira 1995, Mendonça-Lima<br />

e Fontana 2000, Blair 1996; Clergeau et al.<br />

2001, Donnely e Marzluff, 2006, Torga et al. 2007).<br />

As ci<strong>da</strong>des, independente de sua localização geográfica,<br />

seguem um padrão em sua estrutura. Geralmente,<br />

bairros mais periféricos possuem um menor grau de área<br />

construí<strong>da</strong> e vegetação mais similar àquela encontra<strong>da</strong><br />

em áreas naturais, enquanto os bairros centrais possuem<br />

grande quanti<strong>da</strong>de de prédios, pouca arborização e eleva-<br />

Revista Brasileira de Ornitologia, 16(1), 2008<br />

do número de pessoas (Jokimäm e Suhonen 1993; Reynaud<br />

1995, Reynaud e Thioulouse 2000).<br />

No presente trabalho, foi possível verificar que esta<br />

estrutura influencia o tamanho populacional de espécies<br />

de aves comuns neste ambiente como Columba livia e Pitangus<br />

sulphuratus. Columba livia foi registra<strong>da</strong> em maior<br />

abundância em áreas com alto índice de urbanização<br />

(presença de pessoas, prédios, resíduos e movimentação<br />

de veículos), pois depende diretamente dos produtos disponibilizados<br />

pelo homem (Anjos e Loroca 1989, Gibbs<br />

et al. 2001, Rose et al. 2006). Pitangus suphuratus parece<br />

não depender do grau de urbanização, pois foi mais encontrado<br />

em áreas com baixo e médio impacto.<br />

Para as duas espécies estu<strong>da</strong><strong>da</strong>s não foi possível<br />

constatar flutuação populacional durante o ano. Segundo<br />

Jokimäm e Suhonen (1993, 1998), no ambiente urbano<br />

não existe uma evidente variação em relação à oferta de<br />

recursos entre as estações, como ocorre em ambientes naturais.<br />

Isto proporciona a possibili<strong>da</strong>de <strong>da</strong>s espécies presentes<br />

nestas áreas, manterem suas populações com baixas<br />

flutuações durante o ano.<br />

A distribuição <strong>da</strong>s aves no ambiente urbano está diretamente<br />

relaciona<strong>da</strong> com as respostas individuais <strong>da</strong>s espécies<br />

à heterogenei<strong>da</strong>de ambiental destes locais. O ajuste<br />

<strong>da</strong>s espécies ocorre, provavelmente, por razões de sobrevivência<br />

como, por exemplo, Columba livia, que é favoreci<strong>da</strong><br />

pela oferta abun<strong>da</strong>nte de abrigo e alimento e ausência<br />

de pre<strong>da</strong>dores (Nunes 2003, Donnely e Marzluff, 2006).<br />

Alguns trabalhos realizados em áreas tempera<strong>da</strong>s (Buijs<br />

e Wijnen, 2004, Rose et al. 2006, Savard et al. 2000) e<br />

tropicais (Anjos e Loroca 1989) confirmaram a correlação<br />

positiva entre o aumento populacional de C. livia e a alta<br />

densi<strong>da</strong>de populacional humana, edificações e resíduos<br />

orgânicos.<br />

Em áreas tempera<strong>da</strong>s, C. livia era encontra<strong>da</strong> em<br />

ambientes naturais, sua dieta baseava-se em grãos, folhas<br />

verdes e ocasionalmente invertebrados. Sua nidificação<br />

ocorria em áreas rochosas litorâneas, porém com o avanço<br />

<strong>da</strong> urbanização e a per<strong>da</strong> de habitat, conseguiu ajustar-se<br />

ao ambiente urbano e atualmente é dependente direta <strong>da</strong><br />

presença humana e explora to<strong>da</strong>s as vantagens destas áreas<br />

(Gibbs et al. 2001, Polomino e Carrascal 2006).<br />

De acordo com Emlen (1974), Columba livia e Passer<br />

domesticus não são afeta<strong>da</strong>s pela alta urbanização, pois<br />

são gregárias e despendem baixo custo na defesa e manutenção<br />

de território, podendo assim, ser encontra<strong>da</strong>s<br />

de forma abun<strong>da</strong>nte em centros urbanos. Um estudo de<br />

controle e manejo realizado em ambiente urbano na Europa<br />

mostrou que C. livia nidifica preferencialmente em<br />

áreas próximas aos locais utilizados para alimentação, geralmente<br />

regiões centrais e comerciais (Rose et al. 2006).<br />

Pitangus sulphuratus, mesmo sendo uma espécie<br />

comum em áreas urbanas (Sigrist 2006), não apresenta<br />

correlação entre o número de indivíduos e os fatores<br />

analisados, fluxo de veículos e pessoas, que consistem em<br />

35


36<br />

Columba livia e Pitangus sulphuratus como indicadoras de quali<strong>da</strong>de ambiental em área urbana<br />

Suélen Amâncio, Valéria Barbosa de Souza e Celine Melo<br />

uma interferência humana direta. Lim e Sodhi (2004)<br />

mostraram que em regiões tropicais, as espécies onívoras<br />

geralmente, não se aproveitam de restos de alimentos produzidos<br />

pela ação antrópica, mas sim de novas fontes de<br />

recursos disponibilizados nas áreas urbaniza<strong>da</strong>s.<br />

Ruszczyk et al. (1987) realizaram um estudo em<br />

Porto Alegre (RS) que verificou a influência do gradiente<br />

urbano no padrão de distribuição de oito espécies,<br />

incluindo Pitangus sulphuratus, e constataram que esta<br />

possuía distribuição em todo o ambiente urbano, sendo<br />

mais abun<strong>da</strong>nte nas proximi<strong>da</strong>des do centro <strong>da</strong> ci<strong>da</strong>de.<br />

Este fato não foi detectado no presente estudo, possivelmente<br />

pela diferença na estrutura e localização <strong>da</strong>s duas<br />

ci<strong>da</strong>des.<br />

A presença de um gradiente urbano possibilita uma<br />

ampla varie<strong>da</strong>de ambiental, com diferenças na oferta de<br />

recursos e estrutura física (Blair 1996, Torga et al. 2007).<br />

Esta instabili<strong>da</strong>de ecológica resulta em padrões de ativi<strong>da</strong>des<br />

diversifica<strong>da</strong>s entre as áreas e horário estu<strong>da</strong>dos para<br />

uma mesma espécie, pois ca<strong>da</strong> setor <strong>da</strong> ci<strong>da</strong>de possui características<br />

próprias. Em áreas de alto impacto, C. livia<br />

demonstrou que sua ativi<strong>da</strong>de e abundância estão correlaciona<strong>da</strong>s<br />

à presença humana (Anjos e Loroca 1989), isto<br />

pôde ser evidenciado em horários de pico de movimentação<br />

de pessoas.<br />

Em regiões tropicais, poucos trabalhos são realizados<br />

para demonstrar a capaci<strong>da</strong>de <strong>da</strong>s aves como indicadoras<br />

ambientais (Rutschke 1987, Donatelli et al. 2004, Ramos<br />

et al. 2006), sendo importante a realização de estudos <strong>da</strong><br />

constante interferência humana nas áreas urbanas sobre as<br />

populações <strong>da</strong>s aves. As duas espécies estu<strong>da</strong><strong>da</strong>s são exemplos<br />

de aves que se ajustaram ao meio urbano e, mesmo<br />

sendo comuns nestes ambientes podem ser utiliza<strong>da</strong>s<br />

como indicadoras de quali<strong>da</strong>de ambiental urbana.<br />

Este estudo demostrou que Columba livia, em ambiente<br />

urbano, pode ser considera<strong>da</strong> uma espécie indicadora<br />

de quali<strong>da</strong>de ambiental negativa, pois as áreas<br />

com maior nível de interferência antrópica suportam<br />

altas populações, sendo dependentes dos recursos produzidos<br />

pelo homem para sua sobrevivência. Este fato foi<br />

bem visualizado nas áreas com alto impacto. Pitangus<br />

sulphuratus não pode ser considera<strong>da</strong> uma bioindicadora<br />

de quali<strong>da</strong>de ambiental urbana, pois não foi encontra<strong>da</strong><br />

correlação de sua abundância com a intervenção humana<br />

direta (fluxo de pessoas e veículos) e nem entre os níveis<br />

de impacto <strong>da</strong>s áreas.<br />

AGRAdeCIMenTOS<br />

Somos gratas a: Oswaldo Marçal Júnior; Everton T. Pedroso,<br />

Cyntia A. Arantes e Zélia <strong>da</strong> P. Pereira pelas críticas ao manuscrito. A<br />

Carlos E. R. Tomé pela revisão do Abstract. Ao CNPq pela bolsa de<br />

Iniciação Científica concedi<strong>da</strong> à primeira autora durante o desenvolvimento<br />

deste e à FAPEMIG pelo apoio na divulgação em evento. Aos<br />

corretores anônimos pelas pertinentes críticas e sugestões.<br />

Revista Brasileira de Ornitologia, 16(1), 2008<br />

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37


Revista Brasileira de Ornitologia, 16(1):38-39<br />

março de 2008<br />

1.<br />

2.<br />

Primeira descrição do ninho do mineirinho<br />

(Charitospiza eucosma) no cerrado do Brasil Central<br />

Fábio Júlio Alves Borges 1 e Miguel Ângelo Marini 2<br />

Programa de Pós-Graduação em Ecologia. Instituto de Biologia, Universi<strong>da</strong>de de Brasília, 70.910-900, Brasília, DF, Brasil.<br />

E-mail: fabyo23@hotmail.com<br />

Departamento de Zoologia, Instituto de Biologia, Universi<strong>da</strong>de de Brasília, 70.910-900, Brasília, DF, Brasil.<br />

Recebido em: 09/04/2007. Aceito em: 02/03/2008.<br />

ABstrACt: First description of the nest of the Coal-crested Finch (Charitospiza eucosma) in the Central Brazilian Cerrado. On<br />

24 October 2006, a nest of the Coal-crested Finch (Charitospiza eucosma) was found in a fragment of savanna vegetation at Distrito<br />

Federal. The nest was located on a horizontal fork of a young Aspidosperma tomentosum (Apocynaceae) at 1,21 m above the<br />

ground. It had two piriform eggs of blue-green coloration with many brown stains. The nest had the format of a shallow basket and<br />

the following leasures: external diameter = 6,8 cm, internal diameter = 4,2 cm, height = 3,3 cm and depth = 2,6 cm. Two nestlings<br />

were preyed about 07 November.<br />

Key-words: Nest, egg, cerrado, Charitospiza eucosma, Brazil.<br />

PAlAvrAs-ChAve: Ninho, ovo, cerrado, Charitospiza eucosma, Brasil.<br />

No Brasil, o Mineirinho (Charitospiza eucosma) está<br />

presente na caatinga e no cerrado, ocorrendo no centro<br />

do Piauí, sul do Maranhão, sudeste do Pará, oeste <strong>da</strong><br />

Bahia, sul de Goiás, sudeste do Mato Grosso, centro de<br />

Minas Gerais e norte de São Paulo (Sick 1997, Ridgely<br />

e Tudor 1994). Ocorre em Misiones na Argentina (Sick<br />

1997) e no nordeste <strong>da</strong> Bolívia (Killeen e Schulenberg<br />

1998). É considera<strong>da</strong> como uma espécie endêmica do<br />

Cerrado (Silva 1997, Macedo 2002, Silva e Bates 2002).<br />

Está classifica<strong>da</strong> como quase ameaça<strong>da</strong> de extinção na<br />

Lista Vermelha de Espécies Ameaça<strong>da</strong>s (IUCN 2007).<br />

Devido à degra<strong>da</strong>ção e conversão de seu hábitat, esta espécie<br />

pode estar em risco (Ridgely e Tudor 1994). Isto<br />

porque a per<strong>da</strong> <strong>da</strong> cobertura vegetal para áreas agrícolas<br />

vem ocorrendo de maneira acelera<strong>da</strong>, e somente 2,2%<br />

do Cerrado encontra-se em áreas legalmente protegi<strong>da</strong>s<br />

(Klink e Machado 2005).<br />

Sua biologia, contudo, é pouco conheci<strong>da</strong>. Geralmente<br />

forrageia a baixa altura em arbustos e pequenas<br />

árvores no cerrado e, com freqüência, desce ao solo para<br />

procurar grãos e sementes (Sick 1997, Faria 2007). Pode<br />

ser encontrado solitário, aos casais ou em pequenos grupos<br />

(Sick 1997). É mais comumente visto em áreas recentemente<br />

queima<strong>da</strong>s (Ridgely e Tudor 1994, Cavalcanti<br />

e Alves 1997, Faria 2007). Realiza movimentos locais<br />

que podem estar associados ao início <strong>da</strong> estação chuvosa<br />

(Ridgely e Tudor 1994). Este trabalho teve como objetivo<br />

apresentar uma descrição inédita do ninho do Mineiri-<br />

NotA<br />

nho em to<strong>da</strong> sua distribuição, bem como algumas informações<br />

comportamentais <strong>da</strong> espécie.<br />

O estudo foi conduzido no Jardim Morumbi<br />

(15°31’36.92”S, 47°37’34.42”W), uma área adjacente a<br />

Estação Ecológica de Águas Emen<strong>da</strong><strong>da</strong>s em Planaltina,<br />

Distrito Federal. Esta é uma área de Cerrado fragmenta<strong>da</strong><br />

pela construção de chácaras, onde a maioria delas têm uma<br />

área de 2 ha ca<strong>da</strong>. A paisagem resultante é um mosaico de<br />

chácaras sem vegetação nativa e remanescentes isolados.<br />

O clima <strong>da</strong> região do Distrito Federal é marca<strong>da</strong>mente sazonal,<br />

apresentando duas estações defini<strong>da</strong>s: a estação seca<br />

e fria que vai de maio a setembro e outra quente e chuvosa<br />

de outubro a abril (Eiten 1993). As temperaturas variam<br />

entre 20 e 26°C, apresentando uma precipitação anual<br />

média que varia entre 1500 e 1750 mm (Nimer 1979).<br />

As altitudes variam entre 850 e 1340 m (Eiten 1993).<br />

O ninho foi encontrado no dia 24 de outubro de<br />

2006 em um fragmento de cerrado stricto sensu de aproxima<strong>da</strong>mente<br />

5 ha que havia sido queimado a menos de<br />

dois meses. A área onde se encontrava o ninho não foi<br />

afeta<strong>da</strong> diretamente pelo fogo e pode ser descrita como<br />

uma pequena ilha circular de aproxima<strong>da</strong>mente 18 m de<br />

diâmetro rodea<strong>da</strong> por áreas queima<strong>da</strong>s, com arbustos esparsos<br />

e gramíneas. No momento do encontro, a fêmea<br />

estava no ninho incubando dois ovos e permitiu uma<br />

aproximação de menos de 1 m antes de deixar o ninho.<br />

Assim que a fêmea voou, o macho apareceu e ficou próximo<br />

ao ninho enquanto este era observado pelo pesquisa-


Primeira descrição do ninho do mineirinho (Charitospiza eucosma) no cerrado do Brasil Central<br />

Fábio Júlio Alves Borges e Miguel Ângelo Marini<br />

FigUrA 1: Ninho e ovos do mineirinho (Charitospiza eucosma).<br />

Foto: Fábio Júlio.<br />

FigUre 1: Nest and eggs of Coal-crested Finch (Charitospiza<br />

eucosma). Photo: Fábio Júlio.<br />

dor. A fêmea se manteve no solo a uns 10 m de distância<br />

do ninho enquanto o macho se posicionava a meia altura<br />

nos arbustos e árvores, emitindo um chamado “tzí-tzí”<br />

que a fêmea respondia imediatamente.<br />

O ninho estava fixado em uma forquilha horizontal<br />

de uma planta jovem de Aspidosperma tomentosum Mart.<br />

(Apocynaceae) a 1,21 m de altura. Sua parte externa era<br />

composta de raques de folhas de Leguminosae e pequenos<br />

gravetos presos com teia de aranha. A parte interna continha<br />

basicamente feixes secos de gramíneas com pouca<br />

paina de Eriotheca pubescens Mart. e Zucc. (Bombacaceae)<br />

(Figura 1). Tinha o formato de um cesto raso e apresentava<br />

as seguintes medi<strong>da</strong>s: diâmetro externo = 6,8 cm,<br />

diâmetro interno = 4,2 cm, altura externa = 3,3 cm e<br />

altura interna = 2,6 cm. De acordo com a padronização<br />

proposta por Simon e Pacheco (2005) para ninhos de aves<br />

neotropicais, o ninho é do tipo cesto baixo/forquilha. Os<br />

ovos apresentavam um formato piriforme e uma coloração<br />

azul-verde com muitas manchas marrons de diferentes<br />

tamanhos espalha<strong>da</strong>s por todo o ovo, formando uma<br />

coroa no pólo obtuso (Figura 1).<br />

Foram realiza<strong>da</strong>s seis visitas ao ninho em intervalos<br />

de 3-4 dias, nos dias 24, 26 e 30 de outubro, e 02, 06 e<br />

09 de novembro de 2006. Somente a fêmea foi vista incubando<br />

os ovos, e ela esteve ausente durante a segun<strong>da</strong> e<br />

última visita ao ninho. Em algumas ocasiões, ela saiu do<br />

ninho somente quando ameaça<strong>da</strong> de ser toca<strong>da</strong>. A eclosão<br />

dos ovos ocorreu por volta do dia 04 de novembro, e não<br />

foi possível determinar o tempo de incubação. A pre<strong>da</strong>ção<br />

se deu durante a fase de ninhego, por volta do dia 07 de<br />

novembro. O ninho foi encontrado vazio e intacto após<br />

a pre<strong>da</strong>ção. Não foi encontrado nenhum vestígio do pre<strong>da</strong>dor.<br />

O ninho foi coletado e se encontra depositado na<br />

Coleção Ornitológica Marcelo Bagno no Departamento<br />

de Zoologia <strong>da</strong> Universi<strong>da</strong>de de Brasília.<br />

Revista Brasileira de Ornitologia, 16(1), 2008<br />

Dentre os ninhos <strong>da</strong>s demais espécies encontrados<br />

na área de estudo, o ninho mais parecido com o do Mineirinho<br />

foi o do Tico-tico-rei-cinza (Coryphospingus pileatus).<br />

Seu ninho é do tipo cesto baixo/base (Simon e<br />

Pacheco 2005) e apresenta maiores dimensões, tanto de<br />

diâmetro quanto de altura, que o ninho do Mineirinho.<br />

Apesar de não terem sido realiza<strong>da</strong>s estas medi<strong>da</strong>s, essa<br />

diferença é bastante clara. O ninho do Tico-tico-rei-cinza<br />

apresenta menos gravetos na parte externa e é constituído<br />

basicamente por feixes de gramíneas. Seu ovo é totalmente<br />

branco e tem um formato ovóide (F. J. A. Borges,<br />

observação pessoal).<br />

AgrAdeCiMeNtos<br />

Este trabalho recebeu o apoio financeiro do CNPq (Conselho<br />

Nacional de Desenvolvimento Cientifico e Tecnológico) <strong>da</strong> CAPES<br />

(Coordenação de Aperfeiçoamento do Pessoal de Nível Superior) <strong>da</strong><br />

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39


Revista Brasileira de Ornitologia, 16(1):40-43<br />

março de 2008<br />

Novas ocorrências e registros relevantes de aves no Distrito<br />

Federal, Brasil, com comentários sobre distribuição local<br />

Iubatã Paula de Faria<br />

QI 02 bloco H apart. 308, Guará I, 71010‑080, Brasília, DF, Brasil. E‑mail: iuba1@yahoo.com.br<br />

Recebido em: 20/08/2007. Aceito em: 27/02/2008.<br />

ABstrAct: New occurrences and relevant bird records in the Distrito Federal, Brazil, with comments on local distribution.<br />

I report new occurrences and localities of 12 bird species in the Distrito Federal (DF), Central Brazil, with notes about their local<br />

distribution. Two species represent new records in the DF: Strix virgata and Formicivora rufa. The remaining species (Taoniscus<br />

nanus, Sarcoramphus papa, Pandion haliaetus, Leucopternis albicollis, Lophornis magnificus, Nonnula rubecula, Scytalopus novacapitalis,<br />

Hylocryptus rectirostris, Cissopis leverianus, and Sporophila maximiliani) are rare or poorly known birds in the DF area.<br />

Key-worDs: birds, Central Brazil, Cerrado, Distrito Federal, new records.<br />

PAlAvrAs-chAve: aves, Brasil Central, Cerrado, Distrito Federal, novos registros.<br />

O Distrito Federal (DF) está localizado entre as coor‑<br />

dena<strong>da</strong>s 15°30’‑16°03’S e 47°25’‑48°12’W, no centro do<br />

bioma Cerrado, em uma <strong>da</strong>s áreas mais altas do Planalto<br />

Central brasileiro, com 1.000 m de altitude média (Pinto<br />

1994). Os primeiros trabalhos com relação à avifauna re‑<br />

gional foram realizados por Snethlage (1928), Sick (1958)<br />

e Ruschi (1959). Posteriormente, demais ornitólogos pas‑<br />

saram a estu<strong>da</strong>r a avifauna do DF, inclusive elaborando<br />

listas regionais de espécies (veja compilações em Negret<br />

et al. 1984, Bagno e Marinho‑Filho 2001, Braz e Caval‑<br />

canti 2001). Mais recentemente outros estudos apresen‑<br />

taram registros relevantes de aves para algumas regiões do<br />

DF (Tubelis e Cavalcanti 2000, 2001, Bagno et al. 2005,<br />

Lopes et al. 2005, Faria 2007), porém algumas áreas im‑<br />

portantes para a conservação estavam sem inventários<br />

até o ano de 2000 (Braz e Cavalcanti 2001). Contudo,<br />

a lista compila<strong>da</strong> de aves do Distrito Federal é composta<br />

por 454 espécies (segundo Bagno e Marinho‑Filho 2001,<br />

Lopes et al. 2005).<br />

Com o objetivo de contribuir para o conhecimento<br />

<strong>da</strong> riqueza e distribuição <strong>da</strong> avifauna local, neste estudo<br />

são relata<strong>da</strong>s novas ocorrências e registros relevantes de<br />

aves no DF, acompanhados de comentários sobre a distri‑<br />

buição local. As espécies comenta<strong>da</strong>s a seguir foram visu‑<br />

aliza<strong>da</strong>s e/ou ouvi<strong>da</strong>s, e quando possível tiveram as suas<br />

vocalizações grava<strong>da</strong>s e/ou foram fotografa<strong>da</strong>s durante es‑<br />

tudos de campo, excursões, ou em observações ocasionais.<br />

A taxonomia e nomenclatura <strong>da</strong>s espécies cita<strong>da</strong>s seguem<br />

o Comitê Brasileiro de Registros Ornitológicos (CBRO<br />

2007), e as fitofisionomias menciona<strong>da</strong>s seguem a descri‑<br />

ção de Oliveira‑Filho e Ratter (2002).<br />

NotA<br />

Taoniscus nanus – inhambu-carapé<br />

Entre os dias 15 e 24 de fevereiro de 2007 foram re‑<br />

gistrados indivíduos de T. nanus em campos limpos e su‑<br />

jos <strong>da</strong> região do Altiplano Leste de Brasília (15°49’30”S,<br />

47°47’02”W), em hábitats similares aos encontrados<br />

na Reserva Ecológica do IBGE, onde a espécie também<br />

ocorre (Teixeira e Negret 1984). À exemplo de Silveira e<br />

Silveira (1998), outros tinamiformes foram registrados<br />

simpatricamente na região do Altiplano Leste, como<br />

Crypturellus parvirostris, Rhynchotus rufescens e Nothura<br />

maculosa. No DF, esta espécie endêmica de ambientes<br />

campestres do Cerrado (Silva 1997), vulnerável de ex‑<br />

tinção nacional e globalmente (IBAMA 2003, IUCN<br />

2007), ocorre em três uni<strong>da</strong>des de conservação regional,<br />

a Estação Ecológica de Águas Emen<strong>da</strong><strong>da</strong>s (ESECAE),<br />

a Fazen<strong>da</strong> Água Limpa (FAL) e o IBGE (Braz e Caval‑<br />

canti 2001). A espécie apresenta alta sensibili<strong>da</strong>de às<br />

modificações de hábitat (Stotz et al. 1996), e a intensa<br />

urbanização dos últimos anos no DF, possivelmente tem<br />

causado efeitos negativos nas populações de T. nanus e<br />

contribuindo para sua escassez regional. Como exemplo,<br />

em 1990 a espécie foi registra<strong>da</strong> na região próxima de<br />

Taguatinga (Silveira e Silveira 1998), e de acordo com<br />

as coordena<strong>da</strong>s geográficas apresenta<strong>da</strong>s no estudo, o lo‑<br />

cal de ocorrência é atualmente o bairro de Vicente Pires,<br />

onde a espécie não foi recentemente registra<strong>da</strong> (Faria<br />

2007). A região de Vicente Pires ao longo dos últimos<br />

anos passou por intensas modificações ambientais devi‑<br />

do ao desmatamento e à urbanização (UNESCO 2000),<br />

principais causas que levaram à provável extinção local<br />

<strong>da</strong> espécie.


Novas ocorrências e registros relevantes de aves no Distrito Federal, Brasil, com comentários sobre distribuição local<br />

Iubatã Paula de Faria<br />

Sarcoramphus papa – urubu-rei<br />

No dia 14 de abril de 2006 foram observados dois<br />

indivíduos sobrevoando as matas secas próxima aos pa‑<br />

redões rochosos <strong>da</strong> Fercal (15°35’17”S, 47°54’29”W),<br />

uma região rural e com presença de indústrias de ci‑<br />

mento na Área de Proteção Ambiental (APA) de Ca‑<br />

furinga, noroeste do DF. Embora tenha sido registra<strong>da</strong><br />

apenas nesta ocasião, moradores locais afirmam a pre‑<br />

sença de S. papa em vários períodos ao longo dos anos,<br />

indicando a ocorrência constante <strong>da</strong> espécie. No DF,<br />

apesar de haver registros de S. papa em quatro uni<strong>da</strong>des<br />

de conservação, ESECAE, FAL, IBGE e Parque Na‑<br />

cional de Brasília (PNB) conforme Braz e Cavalcanti<br />

(2001), esta não deve ser considera<strong>da</strong> uma espécie local‑<br />

mente comum. De acordo com Bagno e Marinho‑Filho<br />

(2001), S. papa é bioindicadora de quali<strong>da</strong>de ambien‑<br />

tal e/ou ameaça<strong>da</strong> de extinção no DF, e provavelmente<br />

os desmatamentos e a intensa urbanização têm afetado<br />

negativamente sua ocorrência regional. O noroeste do<br />

DF é um dos principais sítios para a ocorrência local <strong>da</strong><br />

espécie, considerando o bom estado de conservação <strong>da</strong><br />

vegetação e a presença de escarpas e paredões rochosos<br />

associa<strong>da</strong> às matas secas, que fornecem locais de alimen‑<br />

tação, descanso e potencial nidificação (Bagno et al.<br />

2005, obs. pess.).<br />

Pandion haliaetus – águia-pescadora<br />

Foi observado um indivíduo (plumagem de adul‑<br />

to) no dia 23 de novembro de 2006, forrageando pró‑<br />

ximo a margem do lago <strong>da</strong> barragem do rio Descoberto<br />

(15°45’04”S, 48°10’08”W), limite oeste do DF. A região<br />

é composta por diversas proprie<strong>da</strong>des rurais entre mosai‑<br />

cos de pastagens, campos sujos e fragmentos de matas de<br />

galeria dos córregos Vere<strong>da</strong>s, Corujas e Capão Grande.<br />

Esta espécie apresenta distribuição ampla nas Américas<br />

(Ferguson‑Lees e Christie 2001), e no Brasil é conside‑<br />

ra<strong>da</strong> visitante do Hemisfério Norte (CBRO 2007), po‑<br />

dendo aparecer em diversas épocas do ano (Sick 1997).<br />

No DF, além de apresentar registros em três uni<strong>da</strong>des de<br />

conservação, o PNB (Antas 1995), a ESECAE (Bagno<br />

1998), e o IBGE (Machado 2000); eventualmente é ob‑<br />

serva<strong>da</strong> no Lago Paranoá (Bianchi e Bagno 2001, obs.<br />

pess.).<br />

Leucopternis albicollis – gavião-branco<br />

No dia 26 de janeiro de 2006, foi observado um<br />

indivíduo de L. albicollis pousado no estrato arbóreo <strong>da</strong>s<br />

matas secas <strong>da</strong> Fercal próximas ao ribeirão <strong>da</strong> Contagem<br />

(15°34’45”S, 47°54’52”W). Espécie florestal com distri‑<br />

buição amazônica, L. albicollis se estende ao sul de seu<br />

centro de distribuição pela bacia do rio Tocantins, desde o<br />

sudeste do estado (Pacheco e Olmos 2006) até o norte do<br />

DF, onde há registros de sua ocorrência exclusivamente<br />

na área de influência <strong>da</strong> bacia do rio Maranhão (Bagno<br />

et al. 2005).<br />

Revista Brasileira de Ornitologia, 16(1), 2008<br />

Strix virgata – coruja-do-mato<br />

Em 12 de maio de 2006, às 20:00 h, por indução<br />

de play‑back, foi escuta<strong>da</strong> a vocalização de S. virgata nas<br />

matas secas <strong>da</strong> Fercal, próximo ao ribeirão <strong>da</strong> Contagem<br />

(15°33’58”S, 47°52’34”W). O indivíduo estava pousado<br />

no estrato arbóreo do interior <strong>da</strong> mata. Esta espécie vive<br />

principalmente em hábitats florestais (Silva 1995, Stotz<br />

et al. 1996), e apesar de ocorrer em várias regiões do Bra‑<br />

sil, é mais comum na Amazônia (Sick 1997). Este é o<br />

primeiro registro de S. virgata no DF, e sua ocorrência na<br />

região <strong>da</strong> Fercal, assim como Leucopternis albicollis e ou‑<br />

tras espécies, demostra a influência amazônica e atlântica<br />

sobre a avifauna local (Silva 1996, Bagno et al. 2005).<br />

Lophornis magnificus – topetinho-vermelho<br />

Nos dias 28 e 29 de janeiro de 2006 foi registrado<br />

um indivíduo pousado no estrato arbóreo de mata de<br />

galeria na região <strong>da</strong> Fercal (15°35’22”S, 47°54’29”W).<br />

Posteriormente em março de 2006, foram feitos registros<br />

freqüentes de um indivíduo pousado no estrato arbóreo<br />

<strong>da</strong> mata seca na região <strong>da</strong> Dolina <strong>da</strong> Garapa (15°30’16”S,<br />

48°06’11”W), caracterizando os primeiros registros para<br />

o noroeste do DF. Espécie florestal de distribuição atlânti‑<br />

ca (Silva 1996, Stotz et al. 1996), L. magnificus ocorre em<br />

matas do Brasil central (Silva 1995). No DF é considera<strong>da</strong><br />

bioindicadora de quali<strong>da</strong>de ambiental e/ou ameaça<strong>da</strong> em<br />

nível regional (Bagno e Marinho‑Filho 2001), tendo ocor‑<br />

rência registra<strong>da</strong> para a reserva do IBGE (Negret 1983).<br />

Nonnula rubecula – macuru, Bucconi<strong>da</strong>e<br />

Durante os dias 20 e 23 de fevereiro de 2007 foi<br />

registrado um indivíduo, e no dia 24 foi registrado um<br />

casal em área de mata de galeria do córrego Taboquinha<br />

(15°49’28”S, 47°46’51”W), região do Altiplano Leste de<br />

Brasília. Esta espécie é exclusivamente florestal e com alta<br />

sensibili<strong>da</strong>de às alterações de hábitat (Stotz et al. 1996).<br />

No DF, não há registro de N. rubecula para as principais<br />

uni<strong>da</strong>des de conservação, provavelmente por ocorrer em<br />

baixa densi<strong>da</strong>de (Braz e Cavalcanti 2001). Considera<strong>da</strong><br />

bioindicadora de quali<strong>da</strong>de ambiental (Stotz et al. 1996,<br />

Bagno e Marinho‑Filho 2001), a intensa urbanização na<br />

região do Altiplano Leste e demais áreas do DF (UNES‑<br />

CO 2000), associa<strong>da</strong> às modificações e redução de am‑<br />

bientes naturais são fatores que devem prejudicar a con‑<br />

servação local <strong>da</strong> espécie.<br />

Formicivora rufa – papa-formiga-vermelho<br />

No dia 16 de março de 2006, um único exemplar<br />

foi observado e sua vocalização foi grava<strong>da</strong> (gravação de‑<br />

posita<strong>da</strong> no ‘Xeno‑canto: Bird Song from Tropical Ame‑<br />

rica’; disponível em http://www.xeno‑canto.org.br). A<br />

ave estava forrageando no estrato arbustivo de um cer‑<br />

rado sensu stricto próximo a mata de galeria no rio do Sal<br />

(15°30’55”S, 48°11’30”W), região do extremo noroeste<br />

do DF. Este é o primeiro registro dessa espécie no DF.<br />

41


42<br />

Novas ocorrências e registros relevantes de aves no Distrito Federal, Brasil, com comentários sobre distribuição local<br />

Iubatã Paula de Faria<br />

Scytalopus novacapitalis – tapaculo-de-brasília<br />

Em 08 de janeiro de 2005, na mata ciliar do córre‑<br />

go Pau de Caixeta (região do Tororó), um casal de S. novacapitalis<br />

se aproximou após indução por play‑back, e<br />

foi detalha<strong>da</strong>mente observado entre as samambaias do<br />

estrato rasteiro no trecho de mata alaga<strong>da</strong> (15°57’59”S,<br />

47°50’40”W). Descrita durante a construção de Brasília<br />

por Sick (1958), S. novacapitalis só foi reencontra<strong>da</strong> no<br />

início dos anos 80 (Sick 1997). Habita trechos de mata de<br />

galeria alaga<strong>da</strong> e densa, tem distribuição restrita a poucos<br />

locais do Brasil central (Vielliard 1990, Sick 1997, Silvei‑<br />

ra 1998), sendo considera<strong>da</strong> endêmica do Cerrado (Silva<br />

1997) e próxima de ser ameaça<strong>da</strong> (IUCN 2007). No DF,<br />

há registros no PNB, FAL, IBGE e áreas adjacentes, como<br />

a Fazen<strong>da</strong> Sucupira (Sick 1997, Machado 2000, Braz e<br />

Cavalcanti 2001). Próximo ao DF, há registros <strong>da</strong> espécie<br />

nos municípios de Formosa em Goiás (Collar et al. 1992),<br />

Buritis (Antas 1989) e Unaí em Minas Gerais (Machado<br />

et al. 1998).<br />

Hylocryptus rectirostris – fura-barreira<br />

Durante setembro e outubro de 2006 foram feitos<br />

três registros possivelmente do mesmo espécime forrage‑<br />

ando pelo estrato baixo <strong>da</strong>s matas de galeria do córrego<br />

Cana do Reino (15°46’47”S, 48°02’01”W), região de Vi‑<br />

cente Pires. Nos dias 17 e 24 de fevereiro de 2007 foram<br />

feitos dois registros provavelmente do mesmo indivíduo<br />

na mata de galeria do córrego Taboquinha (15°49’28”S,<br />

47°46’51”W), região do Altiplano Leste. Espécie endê‑<br />

mica <strong>da</strong>s matas do Brasil central, com distribuição geo‑<br />

gráfica que abrange predominantemente a região entre o<br />

centro e sul do Cerrado (Silva 1997, Leite 2006), sendo<br />

considera<strong>da</strong> localmente como ameaça<strong>da</strong> e/ou bioindica‑<br />

dora de quali<strong>da</strong>de ambiental (Bagno e Marinho‑Filho<br />

2001). No DF, há registros de H. rectirostris em três uni‑<br />

<strong>da</strong>des de conservação: o IBGE, a Área de Relevante Inte‑<br />

resse Ecológico (ARIE) Riacho Fundo (Machado 2000) e<br />

a ESECAE (Lopes et al. 2005). Porém, há ocorrência em<br />

áreas não protegi<strong>da</strong>s do DF, como a Fazen<strong>da</strong> Sucupira, a<br />

região de Vargem Bonita (Machado 2000), e espécimes<br />

coletados na região de Planaltina e Fazen<strong>da</strong> Mocambinho<br />

(Leite 2006). De acordo com Braz e Cavalcanti (2001),<br />

os poucos registros estão relacionados à baixa densi<strong>da</strong>de<br />

populacional <strong>da</strong> espécie.<br />

Cissopis leverianus – tietinga<br />

No dia 4 de janeiro de 2004 foi observado e foto‑<br />

grafado um único indivíduo forrageando no estrato arbó‑<br />

reo <strong>da</strong> mata de galeria do córrego do Guará (15°48’40”S,<br />

47°58’14”W), dentro do Parque Ecológico (PE) do Gua‑<br />

rá. No DF, os primeiros registros de C. leverianus foram<br />

feitos em 1997 na ARIE Riacho Fundo (T. L. S. Abreu<br />

com. pess., 2007), os mesmos registros considerados por<br />

Bagno e Marinho‑Filho (2001). Posteriormente, entre<br />

1999 e 2001, a espécie foi observa<strong>da</strong> na mesma uni<strong>da</strong>de<br />

Revista Brasileira de Ornitologia, 16(1), 2008<br />

de conservação por pelo menos duas vezes (obs. pess.).<br />

O registro no PE do Guará representa uma nova área de<br />

ocorrência de C. leverianus no DF.<br />

Sporophila maximiliani – bicudo<br />

No dia 28 de janeiro de 2006, foi escutado e observa‑<br />

do um casal próximo ao ribeirão <strong>da</strong> Contagem na Fercal,<br />

pousados a meia altura (em um arbusto de 1 m) na bor<strong>da</strong><br />

<strong>da</strong> mata ciliar próximo a um pequeno brejo (15°35’17”S,<br />

47°54’27”W). A partir <strong>da</strong> aproximação do observador,<br />

o macho voou para o interior <strong>da</strong> mata, enquanto a fê‑<br />

mea permaneceu pousa<strong>da</strong> e foi observa<strong>da</strong> por cerca de 5<br />

minutos, logo após este período voou na mesma direção.<br />

A espécie não foi registra<strong>da</strong> em outras ocasiões, mesmo<br />

com utilização de play‑back. S. maximiliani é considera‑<br />

<strong>da</strong> criticamente ameaça<strong>da</strong> de extinção em nível nacional<br />

(IBAMA 2003). No DF, sua ocorrência é considera<strong>da</strong> rara<br />

(Bagno e Marinho‑Filho 2001), e seu registro mais recen‑<br />

te publicado foi feito em amostragens entre 1992 e 1998<br />

em mata de galeria e/ou mata seca também na região no‑<br />

roeste, dentro <strong>da</strong> APA de Cafuringa (Bagno et al. 2005).<br />

AgrADecImeNtos<br />

Sou grato a Mieko F. Kanegae, Maria J. M. Silva, Adriana Boc‑<br />

chiglieri, Pablo S. T. Amaral, Osmindo Pires Jr., Carlos B. de Araújo<br />

pelo auxílio e companhia em campo. A Vívian S. Braz, Tarcísio L. S.<br />

Abreu e Paulo T. Z. Antas pelas informações sobre algumas espécies.<br />

Aos moradores locais que permitiram a entra<strong>da</strong> em suas proprie<strong>da</strong>‑<br />

des. Aos revisores anônimos pelas críticas e sugestões ao manuscrito.<br />

A Geo Lógica Consultoria Ambiental, Água & Terra Consultoria e<br />

Planejamento Ambiental e Grupo Votorantins pelo suporte logístico<br />

em alguns dos estudos em campo.<br />

reFerêNcIAs<br />

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43


Revista Brasileira de Ornitologia, 16(1):44-46<br />

março de 2008<br />

1.<br />

2.<br />

3.<br />

Primeiros registros de Xiphorhynchus chunchotambo<br />

(Tschudi, 1844) (Dendrocolapti<strong>da</strong>e) no Brasil<br />

Edson Guilherme 1,2 e Alexandre Aleixo 3<br />

Universi<strong>da</strong>de Federal do Acre, Departamento de Ciências <strong>da</strong> Natureza, Laboratório de Paleontologia, BR-364, km 04, Campus, 69915-900,<br />

Rio Branco, AC, Brasil. E-mail: guilherme@ufac.br<br />

Pós-graduação em Zoologia, Universi<strong>da</strong>de Federal do Pará, Museu Paraense Emílio Goeldi. Aveni<strong>da</strong> Perimetral, 1901, 66077-530, Belém,<br />

Pará, Brasil.<br />

Coordenação de Zoologia, Museu Paraense Emílio Goeldi, Caixa Postal 399, 66040-170, Belém, PA, Brasil. E-mail: aleixo@museu-goeldi.br<br />

Recebido em: 09/04/2007. Aceito em: 06/03/2008.<br />

ABsTrAcT: On the first records of Xiphorhynchus chunchotambo (Tschudi, 1844) (Dendrocolapti<strong>da</strong>e) for Brazil. We provide<br />

here the first documented records of the Tschudi’s Woodcreeper (Xiphorhynchus chunchotambo) for Brazil, all coming from a fairly<br />

small area in the southeastern corner of the State of Acre. Several individuals were observed and tape-recorded, and nine specimens<br />

were obtained from four different localities. The contrast of those new records with the literature showed that X. chunchotambo<br />

and the Ocellated Woodcreeper (X. ocellatus) occur in eastern Acre only within about 80 km of each other, without any signs of<br />

intergra<strong>da</strong>tion. This finding is consistent with previous studies that showed those two taxa to be very divergent genetically and<br />

phenotypically, therefore further supporting their treatment as separate species.<br />

KEy-wOrDs: Acre, Brazil, Xiphorhynchus chunchotambo, Xiphorhynchus ocellatus.<br />

PAlAvrAs-chAvE: Acre, Brasil, Xiphorhynchus chunchotambo, Xiphorhynchus ocellatus.<br />

Xiphorhynchus chunchotambo (Tschudi, 1844) é um<br />

dendrocolaptídeo de ocorrência restrita à Amazônia ocidental<br />

a partir do sopé dos Andes no sul <strong>da</strong> Colômbia,<br />

norte e sudeste do Peru até a região central <strong>da</strong> Bolívia<br />

(Marantz et al. 2003). Devido a semelhanças morfológicas,<br />

X. chunchotambo foi até bem pouco tempo considera<strong>da</strong><br />

por alguns autores como uma subespécie de X. ocellatus<br />

(Zimmer 1934, Ridgely e Tudor 1994); contudo, um<br />

estudo genético (Aleixo 2002) corroborou a opinião de<br />

Cory e Hellmayr (1925) de que os táxons são espécies<br />

separa<strong>da</strong>s, o que também é reforçado por diferenças significativas<br />

nas suas vocalizações (A.A., obs.pess. e gravações).<br />

A diagnose morfológica entre X. chunchotambo e<br />

X. ocellatus é feita principalmente pelas estrias dorsais,<br />

que são significativamente mais largas no primeiro táxon,<br />

além <strong>da</strong> cor mais clara <strong>da</strong>s manchas peitorais e do peito<br />

marrom-oliváceo, características que em conjunto distinguem<br />

consistentemente X. chunchotambo de todos os outros<br />

táxons agrupados até hoje em X. ocellatus (Marantz<br />

et al. 2003).<br />

Em agosto de 2005, ao analisar alguns espécimes<br />

provenientes de um fragmento florestal urbano pertencente<br />

à Universi<strong>da</strong>de Federal do Acre (Parque Zoobotânico<br />

– UFAC) em Rio Branco – AC, identificamos um<br />

indivíduo imaturo de X. chunchotambo coletado por<br />

E.G. em floresta secundária em 11 de fevereiro de 1999<br />

(MPEG 58953).<br />

NOTA<br />

Entre 13 e 24 de agosto de 2005 e 3 e 16 de fevereiro<br />

de 2006, durante pesquisa na Estação Ecológica do Rio<br />

Acre (11°00’53.4”S, 70°13’02.7”W), município de Assis<br />

Brasil – AC, A.A. observou e gravou vocalizações de vários<br />

indivíduos e casais de X. chunchotambo, que defenderam<br />

vigorosamente seus territórios quando estimulados pelo<br />

“play-back” de suas vocalizações. Nesta mesma locali<strong>da</strong>de,<br />

coletamos um total de dois espécimes adultos (MPEG<br />

58864 e 58865) e um imaturo (MPEG 59806) de X. chunchotambo.<br />

Na Estação Ecológica do Rio Acre, X. chunchotambo<br />

estava associado às florestas <strong>da</strong>s proximi<strong>da</strong>des de<br />

pequenos cursos d’água (“igarapés”), freqüentemente localizados<br />

em “baixios” e fundos de pequenos vales.<br />

Entre setembro e novembro de 2006 E.G. coletou<br />

mais cinco espécimes de X. chunchotambo em duas locali<strong>da</strong>des<br />

ao longo <strong>da</strong> estra<strong>da</strong> “Transacreana” a oeste de<br />

Rio Branco – AC (MPEG 61266, 61267, 61268, 61269<br />

– todos adultos e MPEG 61407 – imaturo), indicando<br />

que esta espécie é relativamente comum na região leste do<br />

Estado do Acre (Figura 1), onde forrageia no sub-bosque<br />

de floresta ripária e em floresta de terra firme com bambus<br />

e/ou palmeiras.<br />

No leste do Estado do Acre, X. chunchotambo ocorre<br />

em simpatria com Xiphorhynchus elegans (obs. pess. dos<br />

autores), mas, não sabemos se existe sobreposição <strong>da</strong> sua<br />

distribuição com a de X. ocellatus, espécie mais aparenta<strong>da</strong><br />

e também registra<strong>da</strong> previamente para o Estado (Marantz


Primeiros registros de Xiphorhynchus chunchotambo (Tschudi, 1844) (Dendrocolapti<strong>da</strong>e) no Brasil<br />

Edson Guilherme e Alexandre Aleixo<br />

FiGurA 1: Distribuição geográfica dos pontos de coleta de Xiphorhynchus chunchotambo e Xiphorhynchus ocellatus no Estado do Acre: 1. Parque<br />

Zoobotânico – UFAC, Rio Branco; 2. Estação Ecológica do Rio Acre; 3. Rodovia “Transacreana”, sítio 1; 4. Rodovia “Transacreana”, sítio 2; 5. Rio<br />

Juruá, próximo de Cruzeiro do Sul; 6. Rio Abunã, arredores de Plácido de Castro e 7. Margem direita do rio Liber<strong>da</strong>de, Tarauacá.<br />

FiGurE 1: Locations in the Brazilian State of Acre where specimens of Xiphorhynchus chunchotambo and Xiphorhynchus ocellatus have been collected:<br />

1. Parque Zoobotânico – UFAC, Rio Branco; 2. Estação Ecológica do Rio Acre; 3. “Transacreana” road, site 1; 4. “Transacreana” road, site 2; 5. Rio<br />

Juruá, near Cruzeiro do Sul city; 6. Rio Abunã, near Plácido de Castro city and 7. East bank of Rio Liber<strong>da</strong>de, Tarauacá.<br />

et al. 2003, CBRO 2007). A ocorrência de X. ocellatus na<br />

bacia do rio Juruá, oeste do Acre, foi documenta<strong>da</strong> por<br />

Novaes (1957) a partir de uma pele coleta<strong>da</strong> nos arredores<br />

de Cruzeiro do Sul (MPEG 26628) e, mais recentemente,<br />

em 15 de junho de 2006, por E.G. na margem direita do<br />

rio Liber<strong>da</strong>de, Município de Tarauacá (Figura 1; MPEG<br />

60596). Contudo, Pinto e Camargo (1954) citam um espécime<br />

de X. o. perplexus coletado nos arredores <strong>da</strong> ci<strong>da</strong>de<br />

de Plácido de Castro, às margens do rio Abunã, no leste<br />

do Acre, e depositado no Museu de Zoologia <strong>da</strong> Universi<strong>da</strong>de<br />

de São Paulo (MZUSP 35653). O exame de imagens<br />

digitais deste espécime confirma a identificação de Pinto<br />

e Camargo (1954), demonstrando que X. chunchotambo e<br />

X. ocellatus têm presença documenta<strong>da</strong> a apenas cerca de<br />

80 km um do outro no leste do Estado do Acre (Figura 1).<br />

Além disso, em maio de 2005, Tobias e Seddon (2007)<br />

capturaram e gravaram a vocalização de X. o. perplexus em<br />

Manoa, (Departamento de Pando, Bolívia, região de fronteira<br />

com o Brasil), também às margens do rio Abunã, e a<br />

jusante <strong>da</strong> área de procedência do espécime de Plácido de<br />

Castro depositado no MZUSP. A ocorrência de X. chun-<br />

Revista Brasileira de Ornitologia, 16(1), 2008<br />

chotambo e X. ocellatus no leste do Acre em locali<strong>da</strong>des tão<br />

próximas e sem aparentes sinais de intergra<strong>da</strong>ção fenotípica,<br />

padrão que também parece estar ocorrendo no vizinho<br />

Departamento de Pando na Bolívia (Tobias e Seddon<br />

2007), fornece mais uma evidência para a classificação<br />

destes táxons como espécies independentes.<br />

AGrADEcimENTOs<br />

Agradecemos ao IBAMA, SOS Amazônia e WWF-Brazil pela autorização<br />

e apoio logístico e financeiro durante as expedições a Estação<br />

Ecológica do Rio Acre. Durante os trabalhos de campo A.A. foi bolsista<br />

de desenvolvimento Cientifico Regional do convênio CNPq/SECTAM<br />

(processo 35.0415/2004-8). As expedições realiza<strong>da</strong>s no leste do Estado<br />

do Acre (estra<strong>da</strong> Transacreana) foram apoia<strong>da</strong>s pela Conservação Internacional<br />

dentro do projeto “Avifauna do Estado do Acre: Composição,<br />

Distribuição Geográfica e Conservação”. Agradecemos também ao Prof.<br />

Dr. Luis Fábio Silveira, Curador associado <strong>da</strong>s Coleções Ornitológicas<br />

do Museu de Zoologia <strong>da</strong> Universi<strong>da</strong>de de São Paulo, pela permissão de<br />

estudo e pelo envio de fotos digitais do espécime coletado no Acre e depositado<br />

no MZUSP. Somos gratos também a Luis Cláudio F. Barbosa<br />

(Conservação Internacional-Belém) pela confecção <strong>da</strong> Figura 1.<br />

45


46<br />

Primeiros registros de Xiphorhynchus chunchotambo (Tschudi, 1844) (Dendrocolapti<strong>da</strong>e) no Brasil<br />

Edson Guilherme e Alexandre Aleixo<br />

rEFErêNciAs<br />

Aleixo, A. (2002). Molecular systematics and the role of the “varzea”<br />

– “terra-firme” ecotone in the diversification of Xiphorhynchus<br />

woodcreepers (Aves: Dendrocolapti<strong>da</strong>e). Auk, 119:621-640.<br />

cBrO – comitê Brasileiro de registros Ornitológicos. (2007).<br />

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http://www.cbro.org.br. Acesso em 07/03/2008.<br />

cory, c.B. and hellmayr, c.E. (1925). Catalogue of birds of the<br />

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Revista Brasileira de Ornitologia, 16(1), 2008<br />

Hoyo, A. Elliott e D. A. Christie (eds.) Handbook of the birds of the<br />

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Novaes, F.c. (1957). Contribuição a ornitologia do noroeste do Acre.<br />

Boletim do Museu Paraense Emílio Goeldi, Série Zoologia, 9:1-30.<br />

Pinto, O. e camargo, E.A. (1954). Resultados ornitológicos de uma<br />

expedição ao Território do Acre pelo Departamento de Zoologia.<br />

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ridgely, r.s. and Tudor, G. (1994). The birds of South America, v. 2.<br />

Austin: University of Texas Press.<br />

Tobias, J.A. and seddon, N. (2007). Nine bird species new to Bolivia<br />

and notes on other significant records. Bull. Brit. Orn. Cl.,<br />

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Zimmer, J.T. (1934). Studies on Peruvian birds, XV. Notes on the<br />

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1.<br />

2.<br />

3.<br />

4.<br />

5.<br />

6.<br />

7.<br />

8.<br />

9.<br />

NotA<br />

Novos registros de aves para Pernambuco, Brasil, com<br />

notas sobre algumas espécies pouco conheci<strong>da</strong>s no Estado<br />

Glauco Alves Pereira 1 ; Andrew Whittaker 2 ; Bret M. Whitney 3 ; Kevin J. Zimmer 4 ; Sidnei de Melo Dantas 1 ;<br />

Sônia Aline Ro<strong>da</strong> 5 ; Louis R. Bevier 6 ; Galileu Coelho 7 ; Richard C. Hoyer 8 e Ciro Albano 9<br />

OAP – Observadores de Aves de Pernambuco. Aveni<strong>da</strong> Agamenon Magalhães, 28, Q.C‑13, Eng. Maranguape, 53423‑440, Paulista, PE, Brasil.<br />

E‑mail: glaucoapereira@yahoo.com.br e sm<strong>da</strong>ntas@yahoo.com<br />

Estra<strong>da</strong> do Aleixo, Conjunto Acariquara Sul, Rua <strong>da</strong> Samaumas, 214, Manaus, Amazonas, Brazil 69085. E‑mail: andrew@birdingbraziltours.com<br />

Museum of Natural Science, 119 Foster Hall, Louisiana State University, Baton Rouge, Louisiana, 70803, USA. E‑mail: ictinia@earthlink.net<br />

Los Angeles County Museum of Natural History, 900 Exposition Boulevard, Los Angeles, California 93422, USA. E‑mail: kjzimmer@charter.net<br />

CEPAN – Centro de Pesquisas Ambientais do Nordeste. Rua Nogueira de Souza, 190/102, Pina, 51110‑110, Recife, PE, Brasil.<br />

E‑mail: sonia@cepan.org.br<br />

Department of Biology, Colby College, 5700 Mayflower Hill, Waterville, Maine, 04901. E‑mail: lrbevier@colby.edu<br />

Departamento de Zoologia, Universi<strong>da</strong>de Federal de Pernambuco, Recife, PE, Brasil. E‑mail: argamico1@yahoo.com.br<br />

3919 N. Vine Ave. #2, Tucson, Arizona, 85719, USA. E‑mail: calliope@theriver.com<br />

Aquasis – Associação de Pesquisa e Preservação de Ecossistemas Aquáticos. E‑mail: ciroalbano@yahoo.com.br<br />

Recebido em: 02/04/2007. Aceito em: 06/03/2008.<br />

ABstrAct: Noteworthy records of birds from Pernambuco, northeast Brazil, including first state records. Among several<br />

noteworthy observations of birds from Pernambuco we present the first published records for the state of fifteen species: Stripe‑<br />

backed Bittern Ixobrychus involucris, Whistling Heron Syrigma sibilatrix, Rufous‑thighed Kite Harpagus diodon, Pectoral Sandpiper<br />

Calidris melanotos, Upland Sandpiper Bartramia longicau<strong>da</strong>, Yellow‑billed Cuckoo Coccyzus americanus, Band‑winged Nightjar<br />

Caprimulgus longirostris, Black‑fronted Nunbird Monasa nigrifrons, Rusty‑backed Spinetail Cranioleuca vulpina, Greater Thornbird<br />

Phacellodomus ruber, White‑ throated Kingbird Tyrannus albogularis, Sharpbill Oxyrunchus cristatus, Purple Martin Progne subis, Cliff<br />

Swallow Petrochelidon pyrrhonota and Orange‑fronted Yellow‑Finch Sicalis columbiana.<br />

KEy-words: Avian biogeography, uncommon records, new records, boreal migrant, Pernambuco birds.<br />

PAlAvrAs-chAvE: Biogeografia de aves, registros incomuns, novos registros, migrante boreal, Aves de Pernambuco.<br />

Pernambuco é um dos estados <strong>da</strong> região Nordeste<br />

do Brasil mais estu<strong>da</strong>dos em relação à composição de<br />

sua avifauna. Algumas obras e listas estaduais publica<strong>da</strong>s<br />

(Pinto 1940; Farias et al. 1995, 2000, 2002) dão ao Es‑<br />

tado esse status, porém grande parte de sua ornitofauna,<br />

principalmente as espécies que ocorrem no lado oeste,<br />

no bioma Caatinga ain<strong>da</strong> são pouco conheci<strong>da</strong>s (Dantas<br />

et al. 2007). Os trabalhos mais significativos realizados<br />

nessa região são os de Coelho (1987), Farias et al. (2005)<br />

e Olmos et al. (2005) e Farias (2007), ain<strong>da</strong> assim, várias<br />

espécies de aves vêm sendo assinala<strong>da</strong>s, tanto nessa re‑<br />

gião, como na Zona <strong>da</strong> Mata e Litoral, no bioma Floresta<br />

Atlântica, o que pode ser confirmado nos trabalhos recen‑<br />

tes de Pacheco e Parrini (2002), Ro<strong>da</strong> e Carlos (2003) e<br />

Dantas et al. (2007).<br />

Neste trabalho apresentamos alguns registros rele‑<br />

vantes (espécies de ocorrência local, incomuns, raras ou<br />

com pouca documentação na literatura) de aves para Per‑<br />

nambuco, além de algumas espécies ain<strong>da</strong> não lista<strong>da</strong>s<br />

para o Estado (ver Farias et al. 2002). Para tanto, foram<br />

Revista Brasileira de Ornitologia, 16(1):47-53<br />

março de 2008<br />

realiza<strong>da</strong>s saí<strong>da</strong>s de campos aleatórias pelos autores, utili‑<br />

zando‑se de instrumentos para a observação e documen‑<br />

tação de algumas espécies, como binóculos e lunetas de<br />

diferentes aumentos, microfones Senheiser ME‑66 e 67,<br />

gravadores Sony TCM 5000‑EV, máquinas fotográficas e<br />

câmeras filmadoras. To<strong>da</strong>s as documentações <strong>da</strong>s espécies<br />

estão de posse dos autores, estando grande parte deposita‑<br />

<strong>da</strong> nos arquivos dos Observadores de Aves de Pernambuco<br />

– OAP. A ordenação taxonômica e a nomenclatura cien‑<br />

tífica <strong>da</strong>s espécies estão de acordo com o CBRO (2007).<br />

Para os nomes comuns utilizamos os nomes conhecidos<br />

na região, na falta desses utilizamos Farias et al. (2000) e<br />

o CBRO (2007). Para os nomes ingleses utilizamos Mon‑<br />

roe e Sibley (1993). Os municípios, locali<strong>da</strong>des e coorde‑<br />

na<strong>da</strong>s geográficas onde as espécies foram assinala<strong>da</strong>s estão<br />

na tabela 1.<br />

Netta erythrophthalma – paturi-preta<br />

Os registros iniciais desta espécie no Estado foram<br />

realizados em Betânia, Floresta, Paulista, Jaboatão dos


48<br />

Novos registros relevantes de aves para Pernambuco, Brasil, incluindo novos registros para o Estado<br />

Glauco Alves Pereira; Andrew Whittaker; Bret M. Whitney; Kevin J. Zimmer; Sidnei de Melo Dantas;<br />

Sônia Aline Ro<strong>da</strong>; Louis R. Bevier; Galileu Coelho; Richard C. Hoyer e Ciro Albano<br />

Guararapes (Farias et al. 2002), Petrolina (Olmos et al.<br />

2005) e na Reserva Particular do Patrimônio Natural<br />

(RPPN) Cantidiano Valgueiro, em Floresta (Farias et al.<br />

2005). Um grupo de 28 indivíduos foi observado por AW<br />

e KJZ em uma lagoa entre os municípios de Bodocó e<br />

Ouricuri em 14 de janeiro de 1997. Outras observações<br />

foram realiza<strong>da</strong>s por esses autores neste mesmo local,<br />

onde foram observados bandos de 18 indivíduos, em 23<br />

tABElA 1: Municípios e locali<strong>da</strong>des do estado de Pernambuco men‑<br />

cionados no texto, com suas respectivas coordena<strong>da</strong>s geográficas.<br />

tABlE 1: Municipalities and localities in the State of Pernambuco<br />

mentioned in the text, with their respective geographical coordinates.<br />

Municípios Locali<strong>da</strong>des<br />

Coordena<strong>da</strong>s<br />

geográficas<br />

Água Preta Engenho Sacramento 08°42’S; 35°31’W<br />

Altinho Porteiras e Ciriaco 08°31’S; 36°09’W<br />

Amaragi Engenho Opinioso 08°22’S; 35°32’W<br />

Barreiros Engenho Cachoeira Lin<strong>da</strong> 08°48’S; 35°19’W<br />

Belém de São<br />

Francisco<br />

— 08°44’S; 38°56’W<br />

Bodocó — 07°46S’; 39°56’W<br />

Buíque<br />

Parque Nacional do<br />

Catimbau<br />

08°35S’; 37°14’W<br />

Canhotinho Usina Serra Grande 08°52’S; 36°11’W<br />

Caruaru<br />

Parque Municipal<br />

Vasconcelos Sobrinho<br />

08°22’S; 36°01’W<br />

Exú<br />

Centro <strong>da</strong> ci<strong>da</strong>de e<br />

redondezas<br />

07°30’S; 39°43’W<br />

Gameleira Usina Cucaú 08°34’S; 35°21’W<br />

Garanhuns São Pedro 08°50’S; 35°27’W<br />

Goiana — 07°33’S; 35°49’W<br />

Goiana Carne de Vaca 07°34’S; 34°49’W<br />

Gravatá Engenho Jussará 08°17’S; 35°35’W<br />

Gravatá Sítio Palmeiras 08°18’S; 35°37’W<br />

Lagoa do Ouro<br />

Reserva Biológica de Pedra<br />

Talha<strong>da</strong><br />

09°13’S; 36°25’W<br />

Lagoa Grande — 08°59’S; 40°16’W<br />

Macaparana — 07°33’S; 35°26’W<br />

Ouricuri — 07°52’S; 40°04’W<br />

Paulista Lagoa do Pau Sangue 07°53’S; 34°51’W<br />

Paulista Praia do Janga 07°56’S; 34°49’W<br />

Petrolândia<br />

Usina Hidrelétrica de<br />

Itaparica<br />

09°08’S; 38°18’W<br />

Petrolina — 09°13’S; 40°26’W<br />

Rio Formoso Usina Cucaú 08°35’S; 35°15’W<br />

Rio Formoso Xanguá, Usina Trapiche 08°38’S; 35°10’W<br />

Santa Cruz do<br />

Capibaribe<br />

— 07°57’S; 36°12’W<br />

São Lourenço <strong>da</strong><br />

Mata<br />

Estação Ecológica de<br />

Tapacurá<br />

08°02’S; 35°11’W<br />

São José <strong>da</strong> Coroa<br />

Grande<br />

Fazen<strong>da</strong> Morim 08°51’S; 35°12’W<br />

Sirinhaém Praia do Gamela 08°40’S; 35°04’W<br />

Sirinhaém Usina Trapiche 08°53’S; 35°08’W<br />

Surubim Barragem de Jucazinho 07°58’S; 35°44’W<br />

Taman<strong>da</strong>ré Praia dos Campas 08°43’S; 35°05’W<br />

Taman<strong>da</strong>ré<br />

Reserva Biológica de<br />

Saltinho<br />

08°44’S; 35°11’W<br />

Revista Brasileira de Ornitologia, 16(1), 2008<br />

de janeiro de 2000; 35 em 10 de maio de 2001; e, 07 e<br />

12 de janeiro de 2006 (estes dois últimos registros foram<br />

realizados por AW).<br />

Puffinus puffinus – pardela-sombria<br />

Há alguns registros isolados desta espécie migratória<br />

do hemisfério norte no Estado: em Recife (Azevedo‑Jú‑<br />

nior 1991; Farias et al. 2002), em Itamaracá (Azevedo‑<br />

Júnior 1993; Farias e Castilho 2006), na Coroa do Avião,<br />

em Igarassu (Azevedo‑Júnior 1998; Carlos et al. 2005) e<br />

no Parque Nacional Marinho de Fernando de Noronha<br />

(Schulz‑Neto 1995). Um indivíduo anilhado no Reino<br />

Unido em 1967 foi recapturado em Pernambuco em<br />

1973 (Lara‑Resende e Leal 1982). Um indivíduo debili‑<br />

tado por causa do óleo presente nas penas foi encontrado<br />

por G. Pacheco (com. pess. 2006) na Praia do Janga, em<br />

Paulista, em novembro de 2006. Cerca de 10 mil espéci‑<br />

mes foram observados por AW e GAP em apenas 90 mi‑<br />

nutos de observação na Praia <strong>da</strong>s Campas, município de<br />

Taman<strong>da</strong>ré, em 23 de fevereiro de 2007. Provavelmente<br />

essas aves estavam migrando para retornar ao hemisfério<br />

norte, onde nidificam em colônias na Europa nos meses<br />

de fevereiro e março e começam a pôr ovos em abril e<br />

maio (Harrison 1983).<br />

Ixobrychus involucris – socoí-amarelo<br />

No Nordeste há apenas registros deste socó nos es‑<br />

tado do Maranhão, Piauí, Sergipe (Sick 1997), Alagoas<br />

(Aves de Alagoas) e Bahia (Souza e Borges 2005; Lima<br />

2006). Um indivíduo foi observado e ouvido por AW em<br />

um pantanal com muitos juncais na margem do Rio São<br />

Francisco, em Petrolina, em 08 de fevereiro de 2007. Na<br />

ci<strong>da</strong>de vizinha, em Juazeiro, na Bahia, que fica do outro<br />

lado <strong>da</strong> margem do Rio, BMW observou três espécimes<br />

em 05 de fevereiro de 2001. Este é o primeiro registro<br />

deste Ardei<strong>da</strong>e para Pernambuco.<br />

Syrigma sibilatrix – maria-faceira<br />

Espécie bastante popular no sul do país (Sick 1997),<br />

no entanto no Nordeste do Brasil há registros desta ave<br />

apenas para a Serra <strong>da</strong> Capivara, no Piauí (Olmos 1993)<br />

e para o Lago de Sobradinho, na Bahia (Nascimento e<br />

Schulz‑Neto 2000). AW e KJZ observaram e gravaram<br />

um casal ao norte de Lagoa Grande, freqüentando uma<br />

lagoa onde a caatinga foi degra<strong>da</strong><strong>da</strong>, em janeiro de 1996.<br />

Esta é o primeiro registro para Pernambuco.<br />

Harpagus diodon – gavião-bombachinha<br />

No Brasil os registros deste gavião estão concentra‑<br />

dos nas regiões Norte e Centro‑Oeste (localmente), Leste<br />

e Sul (Sick 1997). Na Floresta Atlântica situa<strong>da</strong> ao norte<br />

do Rio São Francisco não há nenhuma ocorrência desta<br />

espécie, a não ser de seu congênere H. bidentatus. Dois<br />

indivíduos de H. diodon foram fotografados por CA,<br />

enquanto sobrevoavam em círculos a Mata do Engenho


Novos registros relevantes de aves para Pernambuco, Brasil, incluindo novos registros para o Estado<br />

Glauco Alves Pereira; Andrew Whittaker; Bret M. Whitney; Kevin J. Zimmer; Sidnei de Melo Dantas;<br />

Sônia Aline Ro<strong>da</strong>; Louis R. Bevier; Galileu Coelho; Richard C. Hoyer e Ciro Albano<br />

Cachoeira Lin<strong>da</strong>, em Barreiros, em 28 de dezembro de<br />

2007. Este é o primeiro registro desta espécie para o esta‑<br />

do de Pernambuco.<br />

Parabuteo unicinctus – gavião-asa-de-telha<br />

Esse gavião ocorre no Brasil oriental, meridional e<br />

central (Sick 1997). Há poucos registros desta espécie<br />

para Pernambuco, tendo sido assinala<strong>da</strong> para o municí‑<br />

pio de Petrolina (Pacheco 1994), na RPPN Cantidiano<br />

Valgueiro, em Floresta (Farias et al. 2005) e em Recife<br />

(Dantas et al. 2007) e em Santa Maria <strong>da</strong> Boa Vista (Fa‑<br />

rias 2007). AW e KJZ observaram três espécimes em am‑<br />

biente de caatinga, no município de Lagoa Grande, em<br />

15 de janeiro de 1997 e um casal a cerca de 8 km ao norte<br />

de Petrolina em 25 de janeiro de 1999. Também um casal<br />

foi visto em 15 e 16 de janeiro de 1998 perto de Petrolina<br />

na caatinga por AW. Mais recentemente, no dia 23 de<br />

janeiro de 2007, BMW e LRB observaram um indivíduo<br />

planando junto com vários Coragyps atratus a aproxima‑<br />

<strong>da</strong>mente 20 km ao norte de Petrolina.<br />

Rallus longirostris – saracura-sanã-dos-mangues<br />

Associa<strong>da</strong> a ambientes de manguezais e praias lodo‑<br />

sas, esta espécie ocorre por quase to<strong>da</strong> a costa brasileira<br />

(Pinto 1978; Sick 1997). Em Pernambuco havia apenas<br />

um registro histórico realizado por Forbes (1881), em Re‑<br />

cife. Um indivíduo teve sua voz grava<strong>da</strong> por SMD em<br />

ambiente de manguezal, na praia do Gamela, Sirinhaém,<br />

em 25 de junho de 2004.<br />

Laterallus exilis – pinto-d’água<br />

A distribuição dessa espécie se dá por grande parte <strong>da</strong><br />

Amazônia e no Nordeste do Brasil (Sick 1997), havendo<br />

também registros no sudeste do Brasil (Sigrist 2006). Em<br />

Pernambuco esta espécie foi primeiramente documenta<strong>da</strong><br />

por Berla (1946), na Usina São José, município de Igaras‑<br />

su. Três indivíduos foram atraídos por play back por GC<br />

(os mesmos estavam em um capinzal alto próximo a um<br />

córrego, na Estação Ecológica de Tapacurá, município de<br />

São Lourenço <strong>da</strong> Mata, em 30 de abril de 1987). Neste<br />

mesmo local GC fotografou e coletou um exemplar em<br />

02 de maio de 1987. Outro indivíduo também foi cole‑<br />

tado por GC próximo à Usina Hidrelétrica de Itaparica,<br />

Petrolândia, em 16 de março de 1988. SAR registrou a es‑<br />

pécie em áreas abertas do Engenho Sacramento, em Água<br />

Preta, em abril de 2004; na Mata do Curuzu, na Usina<br />

Cucaú, em Gameleira, em agosto de 2004; na Mata <strong>da</strong><br />

Forma, na Usina Cucaú, em Rio Formoso, em setembro<br />

de 2004; na Mata do Jaguarão, na Usina Cucaú, em Rio<br />

Formoso, em setembro de 2004 e na Fazen<strong>da</strong> Morim, em<br />

São José <strong>da</strong> Coroa Grande, em outubro de 2004; Um in‑<br />

divíduo foi ouvido por GAP e SAR em uma área alaga<strong>da</strong><br />

no Engenho Opinioso, em Amaragi, em 16 de abril de<br />

2005 e um outro foi gravado também por SAR e GAP<br />

na bor<strong>da</strong> <strong>da</strong> mata do Xanguá, na Usina Trapiche, em Rio<br />

Revista Brasileira de Ornitologia, 16(1), 2008<br />

Formoso, em 25 de novembro de 2006. Posteriormente<br />

alguns indivíduos foram gravados neste mesmo local por<br />

GAP em 16 de dezembro de 2006.<br />

Neocrex erythrops – galinha-d’água-mirim<br />

As primeiras citações desta ave para Pernambuco<br />

são de Coelho (1978) e Sick (1985), porém sem especi‑<br />

ficarem a locali<strong>da</strong>de. Outras citações são de Farias et al.<br />

(2002) para os municípios de Paulista e Barreiros. Há dois<br />

registros desta espécie na Coleção <strong>da</strong> Universi<strong>da</strong>de Fede‑<br />

ral de Pernambuco (UFPE) procedentes de Pernambuco<br />

(nº UFPE 237 e UFPE 1108), coletados respectivamente<br />

na Lagoa do Pau Sangue, em Paulista por J. F. Magalhães,<br />

em 1957 e na estra<strong>da</strong> próxima à Usina Hidrelétrica de Ita‑<br />

parica, em Petrolândia por A. Nascimento em 1988. GC<br />

observou três indivíduos em um viveiro, em Macaparana,<br />

onde dois desses foram coletados, em 1971 e um estava<br />

vivendo em uma moita de marmeleiro Croton sonderianus<br />

Muell. Arg (Euphorbiaceae) perto de um açude. Poste‑<br />

riormente GC gravou um espécime no Parque Municipal<br />

Vasconcelos Sobrinho, na Serra dos Cavalos, município<br />

de Caruaru, em dezembro/1990. A voz grava<strong>da</strong> (back<br />

ground) desta espécie foi identifica<strong>da</strong> por J. Vielliard.<br />

Bartramia longicau<strong>da</strong> – maçarico-do-campo<br />

Migrante boreal de América do Norte que inverna<br />

principalmente no sul do Brasil (Lara‑Resende e Leal<br />

1982). No Nordeste há registros desta espécie para o Ma‑<br />

ranhão (Pinto 1978), Ceará (Pinto 1978; Lara‑Resende e<br />

Leal 1982) e Bahia (Reiser 1910; Souza e Borges 2005).<br />

AW e KJZ avistaram um indivíduo a cerca de 8 km ao<br />

norte de Petrolina em uma área de brejo em 25 de janeiro<br />

de 1999. Este é o primeiro registro desta espécie migrató‑<br />

ria para Pernambuco.<br />

Calidris melanotos – maçarico-de-colete<br />

Maçarico migrante <strong>da</strong> América do Norte que du‑<br />

rante seus deslocamentos pode ocorrer em todo o Brasil<br />

(Pinto 1978). Em território pernambucano há apenas<br />

registros no Parque Nacional Marinho de Fernando de<br />

Noronha (Schulz‑Neto 1995), sem haver ocorrências no<br />

continente. Um indivíduo foi visto por AW e KJZ em<br />

um lago a cerca de 8 km ao norte de Petrolina em 16 de<br />

janeiro de 1997. Este é o primeiro registro desta ave para<br />

o Estado fora dos limites de Fernando de Noronha.<br />

Rynchops niger – talha-mar<br />

Assinala<strong>da</strong> inicialmente em Recife (Dantas et al.<br />

2007). Um indivíduo jovem foi observado por AW e KJZ<br />

sobrevoando o Rio São Francisco, em Petrolina, em 19 de<br />

janeiro de 2002.<br />

Coccyzus americanus – papa-lagarta-de-asa-vemelha<br />

Esta ave emigra <strong>da</strong> América do Norte durante o in‑<br />

verno boreal, invernando na América do Sul (Lara‑Re‑<br />

49


50<br />

Novos registros relevantes de aves para Pernambuco, Brasil, incluindo novos registros para o Estado<br />

Glauco Alves Pereira; Andrew Whittaker; Bret M. Whitney; Kevin J. Zimmer; Sidnei de Melo Dantas;<br />

Sônia Aline Ro<strong>da</strong>; Louis R. Bevier; Galileu Coelho; Richard C. Hoyer e Ciro Albano<br />

sende e Leal 1982). No Nordeste está assinalado para os<br />

estados do Maranhão (Lara‑Resende e Leal 1982), Ceará<br />

(Teixeira et al. 1993), Piauí (Sick 1997) e Bahia (Lima<br />

2004; Souza e Borges 2005). Um indivíduo foi obser‑<br />

vado por AW em 15 de janeiro de 1998, na BR 122 a<br />

cerca de 30 km ao norte de Jutai, no município de Lagoa<br />

Grande em uma área de caatinga. Provavelmente foi atro‑<br />

pelado por um carro, pois estava no meio‑fio <strong>da</strong> rodovia,<br />

mas estava em bom estado, sendo fotografado antes de<br />

ser solto. Após uma grande tempestade em Petrolina em<br />

19 de janeiro de 2002 AW e KJZ encontraram 4‑5 in‑<br />

divíduos na margem do Rio São Francisco em uma área<br />

degra<strong>da</strong><strong>da</strong>, em Petrolina. Neste mesmo dia e local cerca<br />

de 20 espécimes foram observados e não havia nenhu‑<br />

ma infestação de lagartas na área. Também em Petrolina,<br />

BMW observou quatro indivíduos em 24 de janeiro de<br />

2004, porém, nesta ocasião havia uma massiva praga de<br />

lagartas e estava chovendo bastante na região. Três dias<br />

antes, BMW fotografou um espécime em Barbalha, no<br />

Ceará. Esses são os primeiros registros desta espécie mi‑<br />

gratória para Pernambuco. Possivelmente estes registros<br />

significam que Pernambuco e talvez o Rio São Francisco<br />

possa ser uma importante rota de migração desta espécie<br />

para o sul do Brasil.<br />

Caprimulgus longirostris – bacurau-<strong>da</strong>-telha<br />

Os poucos registros dessa espécie no Brasil até a<br />

pouco tempo atrás se deve principalmente ao desconhe‑<br />

cimento <strong>da</strong> vocalização e falta de atenção sobre essas aves,<br />

por isso ficou por muito tempo sem registros no país até<br />

que foi redescoberta em 1941 (Sick 1997). Na região<br />

Nordeste há apenas registros no estado <strong>da</strong> Bahia: no Raso<br />

<strong>da</strong> Catarina (Sick 1997; Lima et al. 2003) e na Chapa<strong>da</strong><br />

Diamantina (Parrini et al. 1999). Um indivíduo foi gra‑<br />

vado por RCH no Parque Nacional do Catimbau, mais<br />

precisamente na Vila do Catimbau, em Buíque em 25<br />

de janeiro de 2007. Estava vocalizando em uma área de<br />

caatinga aberta com declives rochosos expostos e bolsões<br />

de florestas semi‑úmi<strong>da</strong>s. Este é o primeiro registro desta<br />

espécie para Pernambuco.<br />

Cypseloides senex – taperuçu-velho<br />

Espécie pouco conheci<strong>da</strong>, com registros dispersos<br />

pelo Brasil, sempre associados a cachoeiras (Sick 1997).<br />

Em Pernambuco foi registra<strong>da</strong> a primeira vez em Boni‑<br />

to (Farias et al. 2002). Três indivíduos foram observados<br />

por GAP e G. L. Pacheco, sobrevoando uma região de<br />

cachoeiras com altos paredões rochosos, no Sítio Palmei‑<br />

ras, Gravatá, em 18 de setembro de 2004. Os indivíduos<br />

apresentavam uma área esbranquiça<strong>da</strong> em sua fronte, o<br />

que serve como diagnose <strong>da</strong> espécie.<br />

Heliactin bilopha – beija-flor-chifre-de-ouro<br />

Assinalado inicialmente em Igarassu (Berla 1946) e<br />

na Reserva Estadual de Gurjaú, no Cabo de Santo Agos‑<br />

Revista Brasileira de Ornitologia, 16(1), 2008<br />

tinho (Telino‑Júnior et al. 2005). Um casal foi observado<br />

por SAR e GAP em uma área de capinzal no Engenho<br />

Opinioso, Amaragi, em 16 de abril de 2005. Um indiví‑<br />

duo foi observado em uma área de capinzal próximo a uma<br />

capoeira por GAP e SMD no Sítio Palmeiras, em Gravatá,<br />

em 23 de abril de 2005. Outro espécime foi visualizado por<br />

SMD e M. T. Brito na bor<strong>da</strong> <strong>da</strong> mata <strong>da</strong> Reserva Biológica<br />

de Saltinho, em Taman<strong>da</strong>ré, em 15 de maio de 2005.<br />

Monasa nigrifrons – bico-de-brasa<br />

No Brasil esta ave ocorre no norte do Amazonas,<br />

leste do Pará, Piauí, Brasil central, Minas Gerais e oeste<br />

de São Paulo (Sick 1997). Os registros mais próximos de<br />

Pernambuco foram realizados no estado de Alagoas, no<br />

município de Passo de Camaragibe (Teixeira et al. 1988)<br />

e no município de Pilar (Aves de Alagoas). Cerca de qua‑<br />

tro indivíduos foram gravados por GAP em uma mata<br />

ciliar, na Mata do Jaguaré, Usina Trapiche, município de<br />

Sirinhaém em 15 de outubro de 2007. Esta é a primeira<br />

ocorrência desta espécie para o estado de Pernambuco.<br />

Piculus chrysochloros – pica-pau-dourado-escuro<br />

Há registros deste pica‑pau para os municípios de<br />

Sirinhaém e Rio Formoso (Coelho 1993), Abreu e Lima,<br />

Betânia, Floresta e Paulista (Farias et al. 2002), na RPPN<br />

Maurício Dantas, entre os municípios de Betânia e Flores‑<br />

ta e na RPPN Cantidiano Valgueiro, em Floresta (Farias<br />

et al. 2005) e em Petrolândia (Farias 2007). GC encon‑<br />

trou esta espécie convivendo simpatricamente com Piculus<br />

flavigula, na Reserva Biológica de Saltinho, município<br />

de Taman<strong>da</strong>ré, em 1993. Uma fêmea foi fotografa<strong>da</strong> por<br />

Ken Havard e grava<strong>da</strong> por AW na desci<strong>da</strong> <strong>da</strong> Chapa<strong>da</strong><br />

do Araripe, em uma mata ciliar, a mais ou menos 10 km<br />

de distância do município de Exú, em 08 de fevereiro de<br />

2007.<br />

Formicivora rufa – papa-formigas-vermelho<br />

Assinala<strong>da</strong> para os municípios de Jaqueira (Ro<strong>da</strong><br />

2003), Goiana (Dantas et al. submetido; coleção <strong>da</strong><br />

UFPE) e Bonito (Dantas et al. 2007; coleção <strong>da</strong> UFPE).<br />

GC coletou um casal em uma vegetação de tabuleiro (uma<br />

feição local do cerrado), em Goiana, no ano de 1970. Es‑<br />

ses exemplares encontram‑se na coleção <strong>da</strong> UFPE (nº 185<br />

e 202). Um casal foi observado e gravado por GAP e SMD<br />

na Mata do Benedito, Engenho Jussará, Gravatá, em 04<br />

de janeiro de 2007.<br />

Synallaxis albescens – uí-pi<br />

Esta espécie apresenta ampla distribuição pela Ama‑<br />

zônia e sudeste do Brasil, porém no estado de Pernambu‑<br />

co apresenta apenas duas documentações bibliográficas,<br />

uma em Brejão (Forbes 1881) e outra em Petrolina (Ol‑<br />

mos et al. 2005). GC avistou um espécime em ambiente<br />

de caatinga no município de Santa Cruz do Capibaribe,<br />

em junho de 1986; um outro foi observado caçando ar‑


Novos registros relevantes de aves para Pernambuco, Brasil, incluindo novos registros para o Estado<br />

Glauco Alves Pereira; Andrew Whittaker; Bret M. Whitney; Kevin J. Zimmer; Sidnei de Melo Dantas;<br />

Sônia Aline Ro<strong>da</strong>; Louis R. Bevier; Galileu Coelho; Richard C. Hoyer e Ciro Albano<br />

trópodes em uma faveleira Cnidoscolus phyllacanthus Pax<br />

et Hoff. (Euphorbiaceae) e nas copas densas <strong>da</strong> caatinga<br />

com algarobas Prosopis juliflora DC. (Legum. Mimosoide‑<br />

ae), nas margens do lago <strong>da</strong> Usina Hidrelétrica de Itapa‑<br />

rica, em Petrolândia, em março de 1988 e um indivíduo<br />

visualizado em uma cerca de avelóz Euphorbia tirucalli L.<br />

(Euphorbiaceae), perto do Riacho Salgado, na Barragem<br />

de Jucazinho, município de Surubim, em agosto de 1992.<br />

AW e KJZ observaram e gravaram casais <strong>da</strong> espécie em<br />

uma área de Caatinga muito degra<strong>da</strong><strong>da</strong> próxima ao mu‑<br />

nicípio de Lagoa Grande, em janeiro de 1999,2002, 2004<br />

e 2006. Adicionalmente um indivíduo foi gravado por<br />

GAP em uma área de caatinga degra<strong>da</strong><strong>da</strong>, em São Pedro,<br />

município de Garanhuns, em 17 de setembro de 2005.<br />

Cranioleuca vulpina – arredio-do-rio<br />

No Brasil esta espécie ocorre em vários estados,<br />

porém a subespécie C. vulpina reiseri ocorre apenas em<br />

Pernambuco, Bahia e Piauí (Ridgely e Tudor 1994). Um<br />

casal foi observado e gravado por AW e KJZ na margem<br />

do Rio São Francisco, em Petrolina, em 19 de janeiro de<br />

2002 e em 17 de janeiro de 2004. Neste mesmo local,<br />

AW observou três casais, em 14 de janeiro de 2006 e qua‑<br />

tro casais tiveram suas vozes documenta<strong>da</strong>s em 08‑09 de<br />

janeiro de 2007. Essas são as primeiras documentações<br />

dessa espécie para Pernambuco.<br />

Phacellodomus ruber – graveteiro<br />

Anteriormente, no Nordeste do Brasil havia apenas<br />

registros dessa espécie para a Bahia (Ridgely e Tudor 1994;<br />

Sick 1997) e para o Piauí (Hellmayr 1927) Um casal foi<br />

gravado por AW e KJZ na margem do Rio São Francisco,<br />

em Petrolina, em 19 de janeiro de 2002; neste mesmo<br />

local, AW gravou um casal que estava no ninho, em 14<br />

de janeiro de 2006 e dois casais em 08‑09 de fevereiro de<br />

2007. Essas também são as primeiras documentações <strong>da</strong><br />

espécie para o estado de Pernambuco.<br />

Stigmatura napensis – trinta-e-cinco<br />

Há registros desta espécie para a região Nordeste do<br />

Brasil e no Amazonas e Pará (Ridgely e Tudor 1994; Sick<br />

1997). Em Pernambuco, foi cita<strong>da</strong> a assinala<strong>da</strong> a primeira<br />

vez por Pinto (1944), em Petrolina. Ro<strong>da</strong> (2002) mencio‑<br />

nou algumas peles deposita<strong>da</strong>s na coleção <strong>da</strong> UFPE pro‑<br />

cedentes dos municípios de Buíque, Ibimirim, Sertânia<br />

e Toritama (coleciona<strong>da</strong>s por GC). Olmos et al. (2005),<br />

o registrou em Petrolina. Há também uma outra docu‑<br />

mentação <strong>da</strong> espécie para o município de Floresta (Farias<br />

et al. 2005). Alguns indivíduos foram observados e gra‑<br />

vados por GAP em alguns fragmentos de caatinga, em<br />

Porteiras e no Ciriaco, município de Altinho, de 2002 a<br />

2006. Além disso, GAP documentou a vocalização de al‑<br />

guns indivíduos em uma área de caatinga degra<strong>da</strong><strong>da</strong>, em<br />

São Pedro, Garanhuns, em 17 de setembro de 2005. Em<br />

Lagoa Grande e em Petrolina, BMW e LRB realizaram re‑<br />

Revista Brasileira de Ornitologia, 16(1), 2008<br />

gistros (a maioria documenta<strong>da</strong> com gravações) em todos<br />

os anos desde 1991 e AW e KJZ encontraram casais na<br />

caatinga que foram observados e gravados desde Janeiro<br />

de 1996. Nestes locais a espécie mostrou‑se comum.<br />

Stigmatura budytoides – papa-moscas-lavadeira<br />

No Brasil ocorre apenas na região Nordeste (Ridgely<br />

e Tudor 1994; Sick 1997). Cita<strong>da</strong> a primeira vez para o<br />

estado de Pernambuco por Sick (1997), porém sem es‑<br />

pecificar a locali<strong>da</strong>de. Na coleção ornitológica <strong>da</strong> UFPE<br />

há quatro peles deposita<strong>da</strong>s, procedentes do município<br />

de Petrolina, 1998, coleciona<strong>da</strong>s por GC. Olmos et al.<br />

(2005) registraram essa espécie em Petrolina, Ouricuri e<br />

Lagoa Grande. Farias (2007) a registrou em Petrolândia e<br />

Santa Maria <strong>da</strong> Boa Vista. GAP visualizou e gravou alguns<br />

espécimes em alguns fragmentos de caatinga, em Portei‑<br />

ras e no Ciriaco, município de Altinho, também entre os<br />

anos de 2002 a 2006. Em Lagoa Grande e também em<br />

Petrolina e Ouricuri, BMW e LRB documentaram a pre‑<br />

sença desta espécie em todos os anos desde 1991, e AW e<br />

KJZ encontraram na caatinga casais que foram observa‑<br />

dos e gravados desde Janeiro de 1996 até janeiro de 2006,<br />

onde são comuns. Esses dois últimos autores gravaram<br />

um casal perto de Ouricuri, em Janeiro de 1996.<br />

Tyrannus albogularis – suiriri-de-garganta-branca<br />

Ocorre no Brasil oeste‑setentrional e central até o<br />

Mato Grosso, Mato Grosso do Sul, Goiás, sul de Minas<br />

Gerais e São Paulo, havendo também registros no oeste<br />

<strong>da</strong> Bahia e no Amapá (Ridgely e Tudor 1994; Sick 1997).<br />

Um indivíduo foi observado por BMW e LRB em uma<br />

locali<strong>da</strong>de situa<strong>da</strong> a 20 km ao norte <strong>da</strong> ci<strong>da</strong>de de Petro‑<br />

lina, no dia 13 de fevereiro de 2003, próximo à rodo‑<br />

via federal BR‑428 que liga Petrolina a Lagoa Grande.<br />

A espécie foi identifica<strong>da</strong> pela ausência total de lavagem<br />

esverdea<strong>da</strong> na margem do peito, a área branca <strong>da</strong> gargan‑<br />

ta encontrando perfeitamente com a região amarela‑clara<br />

do peito; e também pela máscara escura passando pelos<br />

olhos, sendo mais escura ou contrastante do que sua con‑<br />

gênere, T. melancholicus. As costas também são mais es‑<br />

verdea<strong>da</strong>s em relação às costas de T. melancholicus. Este<br />

é um registro importante para a região, sabendo‑se que<br />

esta espécie encontra‑se fora de sua área de distribuição.<br />

O registro prévio mais próximo de Pernambuco ocorreu<br />

no município de Mombaça, no estado do Ceará (Olmos<br />

et al. 2005), onde a espécie a espécie foi observa<strong>da</strong>, sem<br />

ser documenta<strong>da</strong> (C. Albano com. pess. 2007).<br />

Oxyruncus cristatus – araponga-do-horto<br />

Espécie florestal com distribuição muito descontínua<br />

pelo Brasil, com registros inclusive em Alagoas (Ridgely<br />

e Tudor 1994; Sick 1997). Um indivíduo foi ouvido por<br />

SAR e C. J. Carlos, na bor<strong>da</strong> <strong>da</strong> Mata de Maria Maior, na<br />

Usina Serra Grande, município de Canhotinho, em 31<br />

de março de 2003. Um outro indivíduo foi fotografado<br />

51


52<br />

Novos registros relevantes de aves para Pernambuco, Brasil, incluindo novos registros para o Estado<br />

Glauco Alves Pereira; Andrew Whittaker; Bret M. Whitney; Kevin J. Zimmer; Sidnei de Melo Dantas;<br />

Sônia Aline Ro<strong>da</strong>; Louis R. Bevier; Galileu Coelho; Richard C. Hoyer e Ciro Albano<br />

por CA no lado pernambucano <strong>da</strong> Reserva Biológica de<br />

Pedra Talha<strong>da</strong>, município de Lagoa do Ouro, em 15 de<br />

fevereiro de 2008. Esses são os primeiros registros <strong>da</strong> es‑<br />

pécie para o Estado.<br />

Xenopsaris albinucha – tijerila<br />

Esta é uma ave considera<strong>da</strong> rara e de ocorrência local<br />

(Ridgely e Tudor 1994; Sick 1997), típica <strong>da</strong> Caatinga,<br />

sendo inicialmente cita<strong>da</strong> para o Estado por Sick (1997),<br />

porém em locali<strong>da</strong>de não divulga<strong>da</strong>. Farias et al. (2005)<br />

registraram a espécie para a RPPN Maurício Dantas, entre<br />

Betânia e Floresta. Neste trabalho alguns espécimes foram<br />

visualizados e gravados por GAP em Porteiras e no Ciria‑<br />

co, município de Altinho, em diferentes ocasiões: 22‑25<br />

de dezembro de 2002, 17 de abril de 2003, 25 de junho de<br />

2003 e 25 de dezembro de 2005, em ambiente de Caatin‑<br />

ga, tanto em bor<strong>da</strong>s de matas como em áreas antrópicas,<br />

arboriza<strong>da</strong>s com algarobeiras Prosopis juliflora DC. (Le‑<br />

gum. Mimosoideae). BMW e LRB registraram a espécie<br />

em todos os anos desde 1994, na maioria dos casos foram<br />

gravados, principalmente perto de Petrolina e Lagoa Gran‑<br />

de, mas também várias vezes perto de Ouricuri. AW e KJZ<br />

registraram a espécie em diferentes ocasiões: primeiro em<br />

Lagoa Grande em 15 de janeiro de 1997 onde foi encon‑<br />

trado e gravado na caatinga; também observado perto de<br />

Ouricuri em 14 de Janeiro de 1997; em segui<strong>da</strong> foi visto<br />

perto de Bodocó em 21 de janeiro de 1999. AW observou<br />

um casal em 17 de janeiro de 1998 perto de Petrolina<br />

construindo um ninho; também AW e KJZ observaram<br />

uma construção de ninho ao norte de Lagoa Grande em<br />

19 de janeiro de 2002. Os dois ninhos estavam localizados<br />

em árvores <strong>da</strong> mesma espécie, espinhosa, de 7‑10 m de<br />

altura. Os ninhos estavam a aproxima<strong>da</strong>mente 5 a 6 m de<br />

altura, tendo o formato de uma pequena xícara, fina, feita<br />

de palha seca. Novamente em Lagoa Grande, AW gravou<br />

um casal em 09 de fevereiro de 2007.<br />

Progne subis – andorinha-azul<br />

Andorinha que emigra <strong>da</strong> América do Norte durante<br />

o inverno boreal, invernando na América do Sul entre os<br />

meses de setembro a março (Sick 1997; Sigrist 2006). Al‑<br />

guns indivíduos foram observados e filmados por BMW e<br />

LRB na ci<strong>da</strong>de de Exú, em 03 de fevereiro de 2001; sendo<br />

observados no mesmo local em 04 de fevereiro de 2002;<br />

no dia 09 de fevereiro de 2003 foram observados mais de<br />

300 indivíduos, em um local situado a uns 3 km ao norte<br />

<strong>da</strong> ci<strong>da</strong>de; também neste mesmo dia foram avistados mais<br />

de 300 indivíduos pousados na antena mais alta <strong>da</strong> ci<strong>da</strong>de<br />

de Exú. Também no centro urbano desta ci<strong>da</strong>de, em 13<br />

de abril de 2003, foram observados bandos dessa espécie<br />

pousados em fios elétricos (W. Girão com. pess. 2006).<br />

Foram registra<strong>da</strong>s novamente na ci<strong>da</strong>de por BMW em<br />

16 de janeiro de 2005. Em to<strong>da</strong>s as avistagens, estavam<br />

em plena mu<strong>da</strong>, típico desta espécie nesse período do ano<br />

(invernagem no hemisfério sul). Esses são os primeiros<br />

Revista Brasileira de Ornitologia, 16(1), 2008<br />

registros desta andorinha para Pernambuco. No período<br />

bem seco de janeiro de 2007, BMW e LRB procuraram<br />

a espécie nos mesmos locais próximos a Exu, no entanto<br />

não conseguiram avistar nenhum indivíduo.<br />

Petrochelidon pyrrhonota – andorinha-de-dorso-acanelado<br />

Outro migrante setentrional que apresenta registros<br />

em várias partes do país, sendo que em algumas ocasiões<br />

encontram‑se agrega<strong>da</strong>s a bandos de outras andorinhas<br />

como Tachycineta albiventer e Hirundo rustica (Sick 1997;<br />

Sigrist 2006). Um espécime foi visualizado por BMW e<br />

LRB pousado em um fio elétrico, juntamente com muitos<br />

indivíduos de Hirundo rustica, na região norte <strong>da</strong> ci<strong>da</strong>de<br />

de Exú, no dia 09 de fevereiro de 2003. Foi observa<strong>da</strong><br />

uns cinco minutos, filma<strong>da</strong> e fotografa<strong>da</strong>. Apresentava<br />

a plumagem bem gasta, mas suficiente visível para per‑<br />

mitir a identificação e a eliminação dos caracteres que a<br />

assemelha a sua congênere P. fulva (espécie ain<strong>da</strong> menos<br />

espera<strong>da</strong> para a área). Este é o primeiro registro <strong>da</strong> espécie<br />

para o estado de Pernambuco e um dos primeiros para a<br />

região Nordeste.<br />

Sicalis columbiana – canário-do-amazonas<br />

Esta espécie apresenta uma distribuição bem ampla,<br />

ocorrendo <strong>da</strong> Venezuela ao Peru e Brasil até o sul do Pará,<br />

meio‑norte, vale do São Francisco, Goiás e Mato Grosso<br />

(Sick 1997). BMW observou alguns indivíduos em Be‑<br />

lém de São Francisco em novembro de 1994 e 1995 e<br />

em Petrolina, em 06 de fevereiro de 2001 e 23 de janeiro<br />

de 2004. Esses são os primeiros registros <strong>da</strong> espécie para<br />

Pernambuco.<br />

Procacicus solitarius – xexéu-bauá<br />

No estado de Pernambuco os registros desta espé‑<br />

cie ocorrem nas seguintes locali<strong>da</strong>des: Reserva Ecológica<br />

Mata de São João e para a Reserva Ecológica Mata do<br />

Amparo, ambas em Itamaracá; no município de Moreno<br />

(Farias et al. 2002), para a Reserva Estadual de Gurjaú,<br />

no Cabo de Santo Agostinho (Telino‑Júnior et al. 2005)<br />

e nos municípios de Lagoa Grande e Petrolina (Olmos<br />

et al. 2005). Um par foi visualizado por GC em Carne<br />

de Vaca, município de Goiana, próximo a um manguezal<br />

periférico <strong>da</strong> ilha Tariri, e entre o mangue e uma capoei‑<br />

ra, tipo tabuleiro, em 03 de março de 1989. A voz des‑<br />

ta espécie foi documenta<strong>da</strong> por AW e KJZ na margem<br />

do Rio São Francisco, em Petrolina, em 19 de janeiro de<br />

2002 e em 17 de janeiro de 2004, onde foram encontra‑<br />

dos ninhos <strong>da</strong> espécie. Posteriormente neste mesmo local<br />

AW encontrou um casal em 14 de janeiro de 2006 e em<br />

08‑09 de janeiro de 2007. Em segui<strong>da</strong> SMD gravou um<br />

indivíduo no Engenho Cachoeira Lin<strong>da</strong>, em Barreiros,<br />

em 11 de outubro de 2004 e GAP e Mauricio Periquito<br />

gravaram e observaram um casal com ninho na beira de<br />

um riacho na Usina Trapiche, em Sirinhaém, em 28 de<br />

janeiro de 2007.


Novos registros relevantes de aves para Pernambuco, Brasil, incluindo novos registros para o Estado<br />

Glauco Alves Pereira; Andrew Whittaker; Bret M. Whitney; Kevin J. Zimmer; Sidnei de Melo Dantas;<br />

Sônia Aline Ro<strong>da</strong>; Louis R. Bevier; Galileu Coelho; Richard C. Hoyer e Ciro Albano<br />

AgrAdEcimENtos<br />

A Weber Girão por nos autorizar a publicar alguns de seus <strong>da</strong>‑<br />

dos. A Fernando Pacheco pela leitura e incentivo na organização e<br />

publicação desta nota. Aos revisores anônimos <strong>da</strong> RBO e a Francis‑<br />

co Sargot martin do Grupo Ornitológico Forpus e a Gilmar Farias<br />

dos Observadores de Aves de Pernambuco na aju<strong>da</strong> e melhoria deste<br />

trabalho. Agradecemos também a Fun<strong>da</strong>ção o Boticário de Proteção<br />

à Natureza (Projeto 0569‑20022), ao Fundo Nacional do Meio Am‑<br />

biente (projeto 026/2004) e ao CEPAN e Conservation International<br />

pelo apoio logístico.<br />

rEfErêNciAs<br />

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53


Revista Brasileira de Ornitologia, 16(1):54-57<br />

março de 2008<br />

1.<br />

2.<br />

3.<br />

Ocorrência e sazonali<strong>da</strong>de do guarapirá<br />

Fregata magnificens (Fregati<strong>da</strong>e) no litoral de<br />

Pernambuco, Brasil<br />

Glauco Alves Pereira 1 , Galileu Coelho 2 , Manoel Toscano de Brito 1 , Gustavo Luíz<br />

Pacheco 1 , Gilmar Beserra de Farias 1,3 , Sidnei de Melo Dantas 1 , Elisângela Guimarães 1 ,<br />

Maurício Cabral Periquito 1 e Narciso de Melo Lins Filho 1<br />

OAP – Observadores de Aves de Pernambuco. Aveni<strong>da</strong> Agamenon Magalhães, 28, Q.C‑13, Eng. Maranguape, 53423‑440, Paulista, PE, Brasil.<br />

E‑mail: glaucoapereira@yahoo.com.br<br />

Departamento de Zoologia, Universi<strong>da</strong>de Federal de Pernambuco, Recife, PE, Brasil. E‑mail: argamico1@yahoo.com.br<br />

Universi<strong>da</strong>de Federal de Pernambuco – Centro Acadêmico de Vitória, Rua Alto do Reservatório, s/n, Bela Vista, 55608‑680,<br />

Vitória de Santo Antão, PE, Brasil. E‑mail: gilmarfarias@br.inter.net<br />

Recebido em: 11/09/2006. Aceito em: 19/02/2008.<br />

ABSTrACT: Occurrence and seasonality of Magnificent Frigatebird (Fregati<strong>da</strong>e) along the coast of Pernambuco, Brazil. We<br />

present several records of the Magnificent Frigatebird for the coast of the State of Pernambuco between 1970 and 2006. There were<br />

63 records from 18 localities and birds were recorded mainly between May and July. Some individuals were found dead on the beach<br />

in May‑June after strong storms.<br />

KEy-wOrDS: Magnificent Frigatebird, Fregata magnificens, ocorrence, sazonality, Pernambuco<br />

PALAvrAS-ChAvES: Guarapirá, Fregata magnificens, ocorrência, sazonali<strong>da</strong>de, Pernambuco.<br />

O guarapirá Fregata magnificens (Mathews, 1914)<br />

é uma ave marinha que ocorre na costa Atlântica e Pací‑<br />

fica do continente americano, indo <strong>da</strong> Baixa Califórnia<br />

até o Equador, e <strong>da</strong> Flóri<strong>da</strong> até o sul do Brasil. Ocorre<br />

ocasionalmente na Argentina, e regularmente durante<br />

o verão, no Uruguai, havendo também uma população<br />

disjunta nas Ilhas de Cabo Verde (Harrison 1983; Orta<br />

1994; Novelli 1997). No Brasil, tem sido assinalado va‑<br />

gando por to<strong>da</strong> a costa, desde o Amapá até o Rio Grande<br />

do Sul (Sick 1997). Em Pernambuco, já foi cita<strong>da</strong> por<br />

Lamm (1948) e por Coelho (1978), porém nenhum<br />

destes autores mencionou especificamente qualquer lo‑<br />

cali<strong>da</strong>de ou <strong>da</strong>ta. Há registros desta espécie para a Coroa<br />

do Avião, em Igarassu (Azevedo Júnior 1998, Fedrizzi<br />

2003; Carlos et al. 2005), em Itamaracá (Carlos et al.<br />

2005) e no Arquipélago de Fernando de Noronha, onde<br />

se reproduz (Schulz‑Neto 1995; Sick 1997). Apesar dos<br />

trabalhos sobre aves migratórias na região, poucas são as<br />

obras que analisaram a presença <strong>da</strong> F. magnificens no es‑<br />

tado de Pernambuco (e.g. Schulz‑Neto 1995; Sick 1997;<br />

Azevedo‑Júnior 1998; Fedrizzi 2003; Carlos et al. 2005).<br />

O objetivo deste trabalho foi apresentar informações so‑<br />

bre a ocorrência e sazonali<strong>da</strong>de de F. magnificens na costa<br />

pernambucana.<br />

MATEriAiS E MéTODOS<br />

O Litoral pernambucano apresenta uma área de<br />

187 km de extensão, estendendo‑se do município de<br />

Goiana, ao norte, fazendo divisa com a Paraíba, até o<br />

município de São José <strong>da</strong> Coroa Grande, no limite com<br />

Alagoas (FIDEM 1987). Esta região apresenta tempera‑<br />

tura média anual de 25.5°C e precipitação média anual<br />

de 152.3 mm (INMET 2003), e é considera<strong>da</strong> como um<br />

dos principais pontos de inverna<strong>da</strong> para algumas aves li‑<br />

mícolas migratórias (Azevedo‑Júnior e Larrazábal 2002).<br />

As informações foram obti<strong>da</strong>s de forma oportunística en‑<br />

tre os anos de 1970 a 2006. As pesquisas se deram de forma<br />

assistemática, em diferentes pontos do litoral do Estado. Para as<br />

observações foram utilizados binóculos de diferentes aumentos.<br />

To<strong>da</strong>s as informações referentes aos avistamentos<br />

(<strong>da</strong>ta, local, número de indivíduos etc) foram anota<strong>da</strong>s<br />

em diários de campo.<br />

rESuLTADOS<br />

NOTA<br />

Foram realizados 63 registros <strong>da</strong> espécie em 18 loca‑<br />

li<strong>da</strong>des distribuí<strong>da</strong>s em nove municípios: Cabo de Santo


Ocorrências e sazonali<strong>da</strong>de do guarapirá Fregata magnificens (Aves: Fregati<strong>da</strong>e) no litoral de Pernambuco, Brasil<br />

Glauco Alves Pereira, Galileu Coelho, Manoel Toscano de Brito, Gustavo Luíz Pacheco, Gilmar Beserra de Farias,<br />

Sidnei de Melo Dantas, Elisângela Guimarães, Maurício Cabral Periquito e Narciso de Melo Lins Filho<br />

TABELA 1: Coordena<strong>da</strong>s geográficas de locali<strong>da</strong>des e municípios do estado de Pernambuco onde foram registrados indivíduos de Fregata<br />

magnificens.<br />

TABLE 1: Geographical coordinates of localities and municipalities of the State of Pernambuco where individuals of Fregata magnificens have been<br />

recorded in this study.<br />

Locali<strong>da</strong>des Municípios Coordena<strong>da</strong>s<br />

Bairro Novo Olin<strong>da</strong> 07°59’50”S; 34°50’28”W<br />

Boa Viagem Recife 08°07’20”S; 34°53’41”W<br />

Canal de Santa Cruz Itamaracá/Itapissuma 07°47’23”S; 34°53’17”W<br />

Carmo (praia) Olin<strong>da</strong> 08°01’03”S; 34°50’58”W<br />

Engenho Maranguape Paulista 07°55’15”S; 34°50’32”W<br />

Gaibú Cabo de Santo Agostinho 08°20’16”S; 34°57’06”W<br />

Janga (praia) Paulista 07°56’31”S; 34°49’46”W<br />

Jardim Fragoso (FUNESO) Olin<strong>da</strong> 07°59’19”S; 34°51’03”W<br />

Pau Amarelo Paulista 07°53’24”S; 34°49’24”W<br />

Praia de Nossa Senhora do Ó Paulista 07°52’54”S; 34°49’31”W<br />

Praia do Gamela Sirinhaém 08°40’28”S; 34°04’44”W<br />

Reserva Biológica de Saltinho Rio Formoso 08°44’21”S; 35°11’48”W<br />

Santo Amaro (Parque 13 de Maio) Recife 08°03’25”S; 34°52’52”W<br />

Taman<strong>da</strong>ré (Praia) Taman<strong>da</strong>ré 08°44’27”S; 35°05’17”W<br />

Varadouro Olin<strong>da</strong> 08°01’16”S; 34°51’19”W<br />

Agostinho, Itamaracá, Itapissuma, Olin<strong>da</strong>, Paulista, Reci‑<br />

fe, Rio Formoso, Sirinhaém e Taman<strong>da</strong>ré (Tabelas 1 e 2).<br />

A época de maior concentração dos registros foi entre os<br />

meses de maio e julho (Figura 1).<br />

DiSCuSSãO<br />

No estado <strong>da</strong> Bahia essa espécie também é freqüen‑<br />

temente observa<strong>da</strong> no período do inverno (Lima et al.<br />

2004). Em algumas regiões, essa espécie pode efetuar mi‑<br />

grações durante certas épocas do ano (Sick 1997), ou até<br />

mesmo ser vagante, chegando a locais fora de sua área de<br />

distribuição, como em certos países <strong>da</strong> América do Sul, e<br />

até mesmo <strong>da</strong> Europa (Harrison 1983; Infonatura 2004).<br />

Um guarapirá anilhado no Paraná foi recuperado poste‑<br />

riormente no Caribe, o que pode ser devido à movimen‑<br />

tação migratória ou apenas tratar‑se de um caso isolado<br />

de nomadismo ou dispersão de jovens (Antas 1986).<br />

Em alguns casos houve mortan<strong>da</strong>de em massa de<br />

F. magnificens na costa de Pernambuco: MTB encontrou<br />

aproxima<strong>da</strong>mente 20 espécimes mortos na Praia de Boa<br />

Viagem (Recife), entre 07 e 11 de junho de 1988.<br />

Poucos foram os registros de bandos sobrevoando a<br />

costa: no Canal de Santa Cruz, entre os municípios de<br />

Itamaracá e Itapissuma, foram vistos 25 espécimes sobre<br />

o Canal, em novembro de 1997; no litoral de Olin<strong>da</strong>, dez<br />

indivíduos foram observados sobrevoando o local, em 28<br />

de maio de 1987.<br />

Em algumas ocasiões, indivíduos foram vistos fora<br />

dos limites <strong>da</strong>s praias: dois espécimes foram observados,<br />

em ocasiões diferentes, sobrevoando a Reserva Biológica<br />

de Saltinho (Rio Formoso), em julho de 1984; em Re‑<br />

cife, cinco exemplares foram observados sobrevoando o<br />

Revista Brasileira de Ornitologia, 16(1), 2008<br />

Parque 13 de Maio, no bairro de Santo Amaro, em 25 de<br />

julho de 2004.<br />

Dois espécimes foram encontrados no oeste do es‑<br />

tado <strong>da</strong> Bahia, a muitos quilômetros <strong>da</strong> costa, provavel‑<br />

mente levados pelos fortes ventos, ao longo do Rio São<br />

Francisco (Lima et al. 2004).<br />

De acordo com (Lima et al. 2004) as condições cli‑<br />

máticas (ventos fortes e tempestades) são algumas <strong>da</strong>s<br />

principais causas <strong>da</strong> alta taxa de mortali<strong>da</strong>de de aves oce‑<br />

ânicas no litoral baiano, sendo os indivíduos jovens os<br />

mais atingidos por tal fenômeno. Olmos et al. (2004)<br />

afirmam que a associação entre ventos fortes e frentes frias<br />

originárias <strong>da</strong> Antártica, poderiam ser a causa <strong>da</strong> mortan‑<br />

<strong>da</strong>de em massa dessas aves na costa do sudeste brasileiro.<br />

Na época em que houve uma mortan<strong>da</strong>de em massa de<br />

F. magnificens na costa pernambucana, o tempo estava<br />

FiGurA 1: Distribuição dos registros de Fregata magnificens<br />

reportados neste estudo distribuídos ao longo dos 12 meses do ano.<br />

FiGurE 1: Monthly distribution of records of Fregata magnificens<br />

along the coast of Pernambuco reported in this study.<br />

55


56<br />

TABELA 2: Registos de Fregata magnificens no estado de Pernambuco reportados neste estudo com os respectivos municípios, locali<strong>da</strong>des, número<br />

de indivíduos e períodos em que foram observados.<br />

TABLE 2: Records of Fregata magnificens in the State of Pernambuco reported in this study with information on localities, number of individuals,<br />

and <strong>da</strong>te.<br />

Municípios Locali<strong>da</strong>des Número de indivíduos Períodos<br />

Cabo de Santo Agostinho Gaibú 1 06/setembro/2004<br />

Itamaracá Pilar 1 25/junho/1980<br />

Itamaracá Pilar 2 17/dezembro/1986<br />

Itamaracá Jaguaribe 1 18/janeiro/1997<br />

Itamaracá/Itapissuma Canal de Santa Cruz 25 Novembro/1997<br />

Itapissuma Itapissuma 1 18/janeiro/1997<br />

Olin<strong>da</strong> Praia do Carmo 1 30/maio/1970<br />

Olin<strong>da</strong> Bairro Novo 5 07/julho/1977<br />

Olin<strong>da</strong> Bairro Novo 2 14/junho/1978<br />

Olin<strong>da</strong> Praia (?) 2 06/outubro/1979<br />

Olin<strong>da</strong> Bairro Novo 1 08/agosto/1986<br />

Olin<strong>da</strong> Bairro Novo 10 28/maio/1987<br />

Olin<strong>da</strong> Bairro Novo 2 Janeiro/1989<br />

Olin<strong>da</strong> Praia (?) 1 19/agosto/1991<br />

Olin<strong>da</strong> Praia (?) 1 31/maio/1994<br />

Olin<strong>da</strong> Praia (?) 1 03/junho/1994<br />

Olin<strong>da</strong> Praia (?) 4 14/julho/1996<br />

Olin<strong>da</strong> Bairro Novo 4 10/outubro/2000<br />

Olin<strong>da</strong> Varadouro 2 14/outubro/1998<br />

Olin<strong>da</strong> Jardim Fragoso (FUNESO) 1 12/abril/2006<br />

Paulista Engenho Maranguape 7 03/agosto/1996<br />

Paulista Pau Amarelo 2 21/outubro/1990<br />

Paulista Pau Amarelo 5 19/maio/1991<br />

Paulista Pau Amarelo 1 28/maio/1991<br />

Paulista Pau Amarelo 2 31/maio/1991<br />

Paulista Pau Amarelo 2 20/agosto/1994<br />

Paulista Pau Amarelo 1 15/novembro/1995<br />

Paulista Pau Amarelo 1 22/novembro/1995<br />

Paulista Pau Amarelo 1 26/janeiro/1996<br />

Paulista Pau Amarelo 1 08/março/1996<br />

Paulista Pau Amarelo 1 10/março/1996<br />

Paulista Pau Amarelo 1 18/março/1996<br />

Paulista Pau Amarelo 3 08/julho/1996<br />

Paulista Pau Amarelo 1 09/julho/1996<br />

Paulista Pau Amarelo 1 18/julho/1996<br />

Paulista Pau Amarelo 1 19/julho/1996<br />

Paulista Praia do Janga 3 16/abril/1995<br />

Paulista Praia do Janga 1 20/abril/1996<br />

Paulista Praia do Janga 1 14/julho/1996<br />

Paulista Praia do Janga 1 20/janeiro/1997<br />

Paulista Praia do Janga 1 17/setembro/1999<br />

Paulista Praia do Janga 1 30/junho/2000<br />

Paulista Praia do Janga 1 25/abril/2001<br />

Paulista Praia do Janga 1 23/junho/2001<br />

Paulista Praia do Janga 1 08/setembro/2003<br />

Paulista Praia do Janga 1 15/maio/2006<br />

Paulista Praia do Janga 2 22/junho/2006<br />

Paulista Praia do Ó 1 13/junho/1998<br />

Paulista Praia do Ó 1 21/setembro/2003<br />

Paulista Praia do Ó 1 21/junho/2004<br />

Paulista Praia do Ó 1 10/novembro/2005<br />

Recife Boa Viagem 1 26/fevereiro/1988<br />

Recife Boa Viagem 19 (mortos) 07/junho/1988<br />

Recife Boa Viagem 1(morto) 11/junho/1988<br />

Recife Boa Viagem 2 13/maio/1988<br />

Recife Parque 13 de Maio, Santo Amaro 5 25/julho/2004<br />

Rio Formoso Reserva Biológica de Saltinho 1 julho/1984<br />

Rio Formoso Reserva Biológica de Saltinho 1 21/julho/1984<br />

Sirinhaém Praia do Gamela 1 24/junho/2006<br />

Taman<strong>da</strong>ré Praia de Taman<strong>da</strong>ré 1 14/julho/1985<br />

Taman<strong>da</strong>ré Praia de Taman<strong>da</strong>ré 1 29/julho/1999<br />

Taman<strong>da</strong>ré Praia de Taman<strong>da</strong>ré 3 16/agosto/2004<br />

Taman<strong>da</strong>ré Praia de Taman<strong>da</strong>ré 1 11/março/2005<br />

(?) – Locali<strong>da</strong>de indetermina<strong>da</strong>.<br />

Ocorrências e sazonali<strong>da</strong>de do guarapirá Fregata magnificens (Aves: Fregati<strong>da</strong>e) no litoral de Pernambuco, Brasil<br />

Glauco Alves Pereira, Galileu Coelho, Manoel Toscano de Brito, Gustavo Luíz Pacheco, Gilmar Beserra de Farias,<br />

Sidnei de Melo Dantas, Elisângela Guimarães, Maurício Cabral Periquito e Narciso de Melo Lins Filho<br />

Revista Brasileira de Ornitologia, 16(1), 2008


Ocorrências e sazonali<strong>da</strong>de do guarapirá Fregata magnificens (Aves: Fregati<strong>da</strong>e) no litoral de Pernambuco, Brasil<br />

Glauco Alves Pereira, Galileu Coelho, Manoel Toscano de Brito, Gustavo Luíz Pacheco, Gilmar Beserra de Farias,<br />

Sidnei de Melo Dantas, Elisângela Guimarães, Maurício Cabral Periquito e Narciso de Melo Lins Filho<br />

muito instável, com fortes ventanias vindo do mar, e de<br />

tempestades.<br />

A concentração de registros no outono‑inverno aus‑<br />

tral sugere uma correlação com fatores climáticos, como<br />

as frentes frias meridionais, como também pode ser atri‑<br />

buído a eventos como dispersão de aves jovens após a<br />

tempora<strong>da</strong> de reprodutiva. No entanto, este fenômeno<br />

deve estar relacionado com o primeiro fator, pois o perío‑<br />

do de maior ocorrência <strong>da</strong> espécie no litoral coincide com<br />

a primeira época reprodutiva <strong>da</strong> espécie em Fernando de<br />

Noronha – maio e junho (Schulz‑Neto 1995), que é o<br />

local mais próximo <strong>da</strong> costa pernambucana onde há colô‑<br />

nias desta espécie.<br />

São necessários, contudo, estudos mais aprofun<strong>da</strong>‑<br />

dos para que se possa compreender melhor a sazonali<strong>da</strong>de<br />

desta espécie no litoral pernambucano.<br />

AGrADECiMENTOS<br />

Agradecemos aos revisores anônimos <strong>da</strong> Revista Brasileira de Or‑<br />

nitologia pelas críticas e sugestões para a melhoria deste manuscrito.<br />

rEFErêNCiAS<br />

Antas, P.T.Z. (1986). Migração de aves no Brasil, p. 153‑187. Em:<br />

II Encontro Nacional de Anilhadores de Aves. Anais... Rio de<br />

Janeiro: Universi<strong>da</strong>de Federal do Rio de Janeiro.<br />

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Recife: Editora Massangana.<br />

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Coelho, A.G. de M. (1978). Lista de algumas espécies de aves do<br />

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Fronteira.<br />

57


Revista Brasileira de Ornitologia, 16(1):58-63<br />

março de 2008<br />

Novos registros de aves raras e/ou ameaça<strong>da</strong>s de extinção<br />

na Campanha do sudoeste do Rio Grande do Sul, Brasil<br />

Márcio Repenning e Carla Suertegaray Fontana<br />

Laboratório de Ornitologia, Museu de Ciências e Tecnologia, PUCRS. Aveni<strong>da</strong> Ipiranga, 6681, 90619‑900, Porto Alegre, RS, Brasil.<br />

E‑mail: carla@pucrs.br<br />

Recebido em: 19/09/2007. Aceito em: 07/03/2008.<br />

ABStRACt: New records of rare and/or threatened birds of Campanha of southwestern Rio Grande do Sul, Brazil. Birds<br />

from open grasslands of southwestern Rio Grande do Sul, Brazil, a region locally known as Campanha, are poorly studied and of<br />

conservation concern, since typical habitat (grasslands, marshes and Espinilho parkland) have been largely replaced by agriculture<br />

and exotic tree plantations in recent years. We present range extensions of previously unknown or poorly known, rare and/or<br />

en<strong>da</strong>ngered species of birds from southernmost Brazil: Heliomaster furcifer, <strong>da</strong>ta deficient in Rio Grande do Sul; Asthenes pyrrholeuca,<br />

previously known in Brazil from a single sight record; the regionally threatened Cistothorus platensis; the nationally threatened<br />

Drymornis bridgesii, Pseudoseisura lophotes and Asthenes baeri and the globally threatened and near‑threatened Sporophila cinnamomea<br />

and Polystictus pectoralis, respectively. We also present the first record of Chordeiles pusillus for Rio Grande do Sul, the southernmost<br />

for this species. All records were obtained during five field expeditions conducted between May 2005 and July 2007 in the Quaraí<br />

municipality, located at the Brazil/Uruguay border.<br />

KeywoRdS: Threatened species, Campanha grasslands, Chordeiles pusillus, espinilho, Pampa.<br />

PAlAvRAS-ChAve: aves ameaça<strong>da</strong>s, campos <strong>da</strong> Campanha, Chordeiles pusillus, espinilho, Pampa.<br />

A região pampeana (IBGE 2004) <strong>da</strong> divisa do Rio<br />

Grande do Sul com o Uruguai e Argentina, com deno‑<br />

minação consagra<strong>da</strong> de Campanha ou Campanha do<br />

sudoeste (Belton 1994, Rambo 2000), é pouco repre‑<br />

senta<strong>da</strong> em termos de estudos ornitológicos no Estado.<br />

Além <strong>da</strong> vastidão – Campanha do sudoeste corresponde a<br />

18% <strong>da</strong> área total do Rio Grande do Sul ou uma área de<br />

50.000 km 2 (Galvão e Marchiori 1985, Rambo 2000) – a<br />

região é complexa em termos de uni<strong>da</strong>des florístico‑estru‑<br />

turais. Na região sudoeste do Estado há predomínio de<br />

campos limpos que por vezes se mesclam com formações<br />

do tipo parque com espinilhos (Acacia caven) e aroeiras<br />

(Schinus spp.), banhados e matas ripárias ao longo de rios<br />

e arroios (Billenca e Miñarro 2004, obs. pess.). Apenas<br />

no extremo oeste, principalmente no município de Barra<br />

do Quaraí, é que os campos dão lugar à formação deno‑<br />

mina<strong>da</strong> Parque Espinilho, ímpar no Brasil pela presença<br />

de árvores de porte mediano do gênero Prosopis (Galvão e<br />

Marchiori 1985). Os campos, os banhados e a formação<br />

Parque Espinilho abrigam muitas aves típicas dos am‑<br />

bientes abertos do centro‑sul <strong>da</strong> América do Sul, o que<br />

confere a região grande singulari<strong>da</strong>de, visto que algumas<br />

espécies brasileiras apresentam distribuição restrita a esta<br />

porção do Rio Grande do Sul (Belton 1994, Sick 1997).<br />

Estudos ornitológicos na Campanha começaram<br />

no inicio do século XX com a coleta de espécimes por<br />

naturalistas como Walter Garbe e Emilie Snethlage, em<br />

NotA<br />

1914 e 1928, respectivamente (Pinto 1945, Belton 1994,<br />

Bencke et al. 2003). Mas foi somente com o estudo de<br />

William Belton que o conhecimento básico sobre mui‑<br />

tas espécies com ocorrência nessa porção do Rio Grande<br />

do Sul foi impulsionado. Após o trabalho de W. Belton,<br />

apenas alguns registros pontuais de aves para a região fo‑<br />

ram publicados (e.g., Bencke et al. 2002, Accordi 2003,<br />

Ruschel e Costa 2003, Bencke 2004). No panorama<br />

atual, um mínimo esforço de campo realizado na região<br />

pode resultar em novas informações importantes sobre a<br />

biologia básica e distribuição de algumas aves raras, tí‑<br />

picas ou exclusivas <strong>da</strong>s fitofisionomias características <strong>da</strong><br />

Campanha.<br />

A degra<strong>da</strong>ção histórica que resultou na gradual re‑<br />

dução <strong>da</strong>s áreas de Parque Espinilho, bem como a radi‑<br />

cal transformação dos campos de várzeas e banhados em<br />

áreas de cultivos, principalmente de arroz (Fontana et al.<br />

2003, Accordi 2003), são considera<strong>da</strong>s as principais ame‑<br />

aças para muitas aves que ocorrem na Campanha (Bencke<br />

et al. 2003). Nos últimos anos a região ganhou destaque<br />

no cenário <strong>da</strong> conservação, devido à expansão (mecaniza‑<br />

ção e diversificação) do setor agrícola em substituição à<br />

pecuária, ativi<strong>da</strong>de principal no passado. Soma‑se a esses<br />

diferentes usos do solo a mais recente ameaça à biodi‑<br />

versi<strong>da</strong>de do extremo sul do Brasil: as monoculturas em<br />

larga escala de arvores exóticas, principalmente eucalipto<br />

e acácia.


Novos registros de aves raras e/ou ameaça<strong>da</strong>s de extinção na Campanha do sudoeste do Rio Grande do Sul, Brasil<br />

Márcio Repenning e Carla Suertegaray Fontana<br />

Apresentamos a seguir informações sobre a ocorrên‑<br />

cia de algumas espécies ameaça<strong>da</strong>s de extinção, raras e/ou<br />

que, no Brasil têm ocorrência restrita ao extremo oeste do<br />

Rio Grande do Sul, comentando aspectos relativos sua<br />

conservação. Apresentamos também o primeiro registro<br />

para o Estado do bacurauzinho (Chordeiles pusillus).<br />

Cinco expedições (totalizando 20 dias de campo)<br />

foram conduzi<strong>da</strong>s entre maio de 2005 e julho de 2007<br />

no distrito de Areal (30°26’S 56°23’W), cerca de 10 km<br />

a sudeste <strong>da</strong> ci<strong>da</strong>de de Quaraí, RS, com o objetivo de<br />

reconhecer áreas com distintas tipologias de campo, po‑<br />

tenciais para o desenvolvimento de estudos de monito‑<br />

ramento de aves em longo prazo. Na estância Areal 3,<br />

de proprie<strong>da</strong>de do Sr. Francisco Outeiro, dois locais es‑<br />

tavam em bom estado de conservação: (A) uma área de<br />

campos com espinilhos (Acacia caven); e (B) uma área de<br />

campos e banhados. Em ambas, a pecuária extensiva é a<br />

única ativi<strong>da</strong>de desenvolvi<strong>da</strong>, o que manteve parcialmen‑<br />

te a estrutura florística desses ambientes, cuja condição<br />

varia ligeiramente conforme a intensi<strong>da</strong>de do pastoreio.<br />

Na área A (30°25’S; 56°23’W) distante apenas 2,5 km<br />

do Rio Quaraí, limite entre o Brasil e o Uruguai, pre‑<br />

dominam campos ralos em solos rasos e pedregosos com<br />

espinilhos (A. caven) esparsos compondo um estrato ar‑<br />

bóreo‑arbustivo. Esta formação florística será trata<strong>da</strong> aqui<br />

como “campos com espinilhos”, como são regionalmente<br />

conhecidos. Esta fisionomia lembra bastante a formação<br />

Parque Espinilho sensu Galvão e Marchiori (1985). A ca‑<br />

racterística mais importante nessa área é a presença de es‑<br />

pinilhos com caules grossos e copas amplas, ou seja, árvo‑<br />

res antigas. Na área B (30°28’S; 56°21’W) predominam<br />

campos secos recobertos por gramíneas, principalmente<br />

Elionurus sp., campos úmidos e banhados caracterizados<br />

pela presença de umbelíferas, gramíneas e onagráceas (e.g.,<br />

Eryngium sp., Andropogon virgatus, A. lateralis, Ludwigia<br />

sp.) ao longo <strong>da</strong>s drenagens naturais. Eventualmente,<br />

observam‑se pequenas agregações de espinilhos de baixo<br />

porte em meio aos campos secos.<br />

A nomenclatura botânica baseia‑se em Galvão e<br />

Marchiori (1985) e Boldrini et al. (2005). A taxonomia<br />

e nomenclatura <strong>da</strong>s aves seguem CBRO (2006). O status<br />

de conservação <strong>da</strong>s espécies ameaça<strong>da</strong>s é mencionado<br />

nas escalas regional (RS), nacional (BR) e global (GA),<br />

considerando as respectivas categorias de ameaça (VU:<br />

vulnerável, EN: em perigo, CR: criticamente em perigo);<br />

também são discrimina<strong>da</strong>s aquelas espécies com Dados<br />

Insuficientes (DD) e quase ameaça<strong>da</strong>s (NT), (Fontana<br />

et al. 2003, MMA 2005, IUCN 2006).<br />

deSCRição doS ReGiStRoS<br />

Chordeiles pusillus: Ao final de tarde do dia 5 de feverei‑<br />

ro de 2006, logo após o ocaso, observamos um pequeno<br />

bacurau que forrageava em vôo sobre o campo na área<br />

Revista Brasileira de Ornitologia, 16(1), 2008<br />

B, rente à vegetação. À medi<strong>da</strong> que a luminosi<strong>da</strong>de di‑<br />

minuía mais dois indivíduos foram observados. Notamos<br />

a preferência <strong>da</strong>s aves por forragear sobre a vegetação na<br />

transição do banhado para o campo seco, ambiente com<br />

predominância dos capins Andropogon virgatus e A. lateralis.<br />

No dia seguinte, à mesma situação foi constata<strong>da</strong>,<br />

no mesmo local, e os indivíduos puderam ser observa‑<br />

dos sob boa luminosi<strong>da</strong>de, a poucos metros de distância.<br />

A característica mais marcante nessas aves era uma faixa<br />

clara nas asas forma<strong>da</strong> pelas pontas esbranquiça<strong>da</strong>s <strong>da</strong>s<br />

rêmiges secundárias. Outras características anota<strong>da</strong>s fo‑<br />

ram: garganta com uma mancha esbranquiça<strong>da</strong> em for‑<br />

ma de “v”, peito acinzentado com máculas mais escuras<br />

passando a uma coloração uniforme mais clara no ventre,<br />

cau<strong>da</strong> relativamente curta e reta com uma pequena man‑<br />

cha triangular branca terminal e asas com uma mancha<br />

branca em forma de meia lua nas rêmiges primárias. Um<br />

dos indivíduos apresentava o dorso mais ferrugíneo do<br />

que os demais. Em fevereiro de 2007 procuramos pela<br />

espécie no mesmo local, mas sem sucesso. Existe a possi‑<br />

bili<strong>da</strong>de de termos registrado indivíduos em trânsito na<br />

área, porém um esforço maior de amostragem na região<br />

faz‑se necessário para eluci<strong>da</strong>r a situação de ocorrência de<br />

C. pusillus no Rio Grande do Sul. A área de ocorrência<br />

mais próxima conheci<strong>da</strong> de C. pusillus é o departamen‑<br />

to de Candelária, província de Misiones, na Argentina,<br />

onde foi registrado reproduzindo. Este registro represen‑<br />

tou uma grande ampliação para o sul <strong>da</strong> distribuição até<br />

então conheci<strong>da</strong> <strong>da</strong> espécie (Krauczuck 2000). Portanto,<br />

os registros aqui mencionados passam a ser os mais meri‑<br />

dionais <strong>da</strong> espécie.<br />

Heliomaster furcifer (RS: DD): Uma fêmea alimentando<br />

um filhote foi observa<strong>da</strong> em 10 de fevereiro de 2007 na<br />

área A indicando a reprodução <strong>da</strong> espécie no local. Heliomaster<br />

furcifer é considerado modera<strong>da</strong>mente comum<br />

em Parque Espinilho, na ponta oeste, sendo raro em ou‑<br />

tras regiões do Rio Grande do Sul (Belton 1994). A par‑<br />

tir dos registros conhecidos para o Estado, com exceção<br />

<strong>da</strong>quele de Ruschi (1956), é possível que a espécie ocorra<br />

pontualmente através de to<strong>da</strong> a Campanha gaúcha. O<br />

grau de dependência desse beija‑flor em relação a for‑<br />

mações com espinilhos parece comparável ao de outras<br />

espécies (e.g., Asthenes baeri, Sublegatus modestus e Griseotyrannus<br />

aurantioatrocristatus) que, no Estado, parecem<br />

preferir esse ambiente sem limitar‑se a ele (Belton 1994;<br />

obs. pess.).<br />

Drymornis bridgesii (RS: CR; BR: CR): Em 13 de fe‑<br />

vereiro 2006 observamos um indivíduo que forrageava<br />

no chão, revirando esterco de gado, e outro indivíduo<br />

em deslocamento entre os espinilhos, na área A. No final<br />

<strong>da</strong> tarde do dia 28 de julho de 2007 ouvimos uma vo‑<br />

calização <strong>da</strong> espécie em local próximo ao <strong>da</strong> observação<br />

anterior. A ocorrência de D. bridgesii no Brasil era conhe‑<br />

59


60<br />

Novos registros de aves raras e/ou ameaça<strong>da</strong>s de extinção na Campanha do sudoeste do Rio Grande do Sul, Brasil<br />

Márcio Repenning e Carla Suertegaray Fontana<br />

ci<strong>da</strong> apenas para uma área restrita do extremo oeste do<br />

Rio Grande do Sul (Bencke et al. 2003). A espécie ocorre<br />

regularmente no Parque Estadual do Espinilho (PEE),<br />

Barra do Quaraí (Belton 1994, Bencke et al. 2003) e o<br />

único registro fora dessa uni<strong>da</strong>de de conservação refere‑<br />

se a dois indivíduos observados em setembro próximo<br />

à BR 482, cerca de 30 km a nordeste do PEE (Accordi<br />

2003). Portanto, os registros para o município de Quaraí<br />

representam uma ampliação <strong>da</strong> distribuição <strong>da</strong> espécie no<br />

Estado em cerca de 100 km para sudeste. Esse arapaçu é<br />

considerado um especialista quanto ao hábitat, vivendo<br />

exclusivamente em Parque Espinilho (Bencke et al. 2003)<br />

e parece ter população bastante pequena devido à reduzi‑<br />

<strong>da</strong> disponibili<strong>da</strong>de desse ambiente no Rio Grande do Sul.<br />

Contudo, o registro, aqui divulgado, numa região distan‑<br />

te do PEE e com hábitat sem a presença de inhanduvás,<br />

Prosopis affinis, e algarrobos, Prosopis nigra, denota que a<br />

espécie pode ocorrer para além dos domínios <strong>da</strong> forma‑<br />

ção Parque Espinilho, desde que a estrutura <strong>da</strong> vegetação<br />

seja semelhante. Parece mais provável que os indivíduos<br />

observados em Quaraí mantenham contato com popu‑<br />

lações uruguaias e não com a população do PEE, pela<br />

proximi<strong>da</strong>de entre os campos com espinilho em território<br />

gaúcho e uruguaio.<br />

Pseudoseisura lophotes (RS: CR; BR: CR): Em 12 de fe‑<br />

vereiro de 2006 observamos um indivíduo que vocalizou<br />

poucas vezes ao final <strong>da</strong> tarde numa pequena agregação<br />

de espinilhos na área A. No dia seguinte, pela manhã,<br />

próximo do local do primeiro registro, ouvimos a voca‑<br />

lização <strong>da</strong> espécie emiti<strong>da</strong> em dueto e, em segui<strong>da</strong>, en‑<br />

contramos um grupo familiar com dois adultos e dois<br />

jovens. Estes forrageavam no solo revirando esterco ao<br />

lado de Colaptes campestris, Furnarius rufus, Asthenes baeri,<br />

Mimus triurus, M. saturninus e Zonotrichia capensis.<br />

Em 28 de julho de 2007 dois pares foram registrados na<br />

mesma locali<strong>da</strong>de e, pela localização espacial dos registros<br />

e comportamento <strong>da</strong>s aves, deduzimos tratar‑se de dois<br />

territórios distintos. Durante esta última observação, os<br />

indivíduos permaneceram na maior parte do tempo for‑<br />

rageando no chão e também vasculhando esterco ao lado<br />

<strong>da</strong>s mesmas espécies menciona<strong>da</strong>s acima. Ambos os pares<br />

foram gravados vocalizando em dueto e um possível ni‑<br />

nho (pelo tamanho, formato e espessura dos ramos), foi<br />

encontrado em um espinilho de copa ampla. Em 12 de<br />

fevereiro de 2007 um indivíduo foi observado pousado<br />

na ponta de um espinilho, à beira <strong>da</strong> BR 293, cerca de<br />

um quilômetro <strong>da</strong> locali<strong>da</strong>de dos registros anteriores. Em<br />

distintas oportuni<strong>da</strong>des foi possível documentar os regis‑<br />

tros com fotografias e gravações. No Rio Grande do Sul<br />

os registros <strong>da</strong> espécie se restringem ao PEE e a algumas<br />

outras áreas próximas com vegetação semelhante, como<br />

a locali<strong>da</strong>de de Imbaá (Bencke et al. 2003). Da mesma<br />

forma que o registro de D. bridgesii, os de P. lophotes am‑<br />

pliam em cerca de 100 km para sudeste a área de ocor‑<br />

Revista Brasileira de Ornitologia, 16(1), 2008<br />

rência <strong>da</strong> espécie no Rio Grande do Sul. No Estado,<br />

P. lophotes habita áreas com vegetação tipo Parque Espi‑<br />

nilho; no entanto, a pequena população, aparentemente<br />

residente, registra<strong>da</strong> em Quaraí indica que a espécie pode<br />

habitar também locais sem a presença de Prosopis spp.,<br />

desde que a fitofisionomia seja similar. Embora pouco<br />

se conheça sobre a capaci<strong>da</strong>de de dispersão <strong>da</strong> espécie,<br />

pela mesma razão já menciona<strong>da</strong> para D. bridgesii acre‑<br />

dita‑se que possa ocorrer um fluxo de indivíduos entre a<br />

população <strong>da</strong> região de Quaraí e as populações do Uru‑<br />

guai. Neste país, P. lophotes e D. bridgesii também tem<br />

sido registrados fora <strong>da</strong>s formações de Parque Espinilho<br />

(Aspiroz 2001, Rocha 2005).<br />

Asthenes pyrrholeuca: Em 9 de maio de 2005, na área A,<br />

Cristiano E. Rovedder e MR observaram, por cerca de 30<br />

minutos, um par deste furnarídeo numa parcela restrita<br />

de campo com capinzal (c. 1,20 m de altura), densamente<br />

povoado com espinilhos. Os indivíduos vocalizavam sozi‑<br />

nhos ou em dueto. Mostravam‑se bastante arredios e sem‑<br />

pre se deslocavam de um espinilho a outro, por vezes atra‑<br />

vessando espaços de campo aberto. Chamava a atenção o<br />

movimento oscilatório vertical <strong>da</strong> cau<strong>da</strong> durante o vôo.<br />

A cau<strong>da</strong> mostrava‑se um tanto compri<strong>da</strong> em relação ao<br />

corpo e apresentava as retrizes centrais anegra<strong>da</strong>s, contras‑<br />

tando com o marrom <strong>da</strong>s retrizes externas; ventre bege‑<br />

acinzentado e dorso pardo com asas algo mais ferrugíneas;<br />

faixa superciliar esbranquiça<strong>da</strong> pouco conspícua, pequena<br />

mancha marrom‑alaranja<strong>da</strong> na garganta e bico afilado. As<br />

vocalizações emiti<strong>da</strong>s, embora não grava<strong>da</strong>s, coincidiram<br />

com a gravação apresenta<strong>da</strong> por Straneck (1990) para a<br />

espécie. O único registro dessa espécie no Brasil foi para<br />

o mês de maio, num banhado próximo à desembocadu‑<br />

ra do arroio Guarapuitam no rio Uruguai, município de<br />

Uruguaiana, extremo oeste do Rio Grande do Sul (Bencke<br />

et al. 2002). Por falta de evidencia documental a espécie<br />

se encontra na lista secundária <strong>da</strong>s aves do Brasil (CBRO<br />

2006). Asthenes pyrrholeuca é uma espécie com popula‑<br />

ções migratórias conheci<strong>da</strong>s (Gore e Gepp 1978, Fjeldså<br />

e Krabbe 1990, Rydgely e Tudor 1994, Hayes et al. 1994,<br />

de la Peña e Rumboll 1998, Di Giacomo 2005) e a exis‑<br />

tência de dois registros para o mês de maio, em anos di‑<br />

ferentes, sugere que a espécie possa ocorrer no extremo<br />

sul do Brasil em trânsito rumo a áreas mais setentrionais,<br />

durante a migração austral. Porém, considerando o estre‑<br />

mo oeste gaúcho como parte setentrional <strong>da</strong> área de dis‑<br />

tribuição de A. pyrrholeuca existe também a possibili<strong>da</strong>de<br />

de a espécie invernar no estado. A espécie foi menciona<strong>da</strong><br />

por Ridgely e Tudor (1994) como de provável ocorrência<br />

no sul do Brasil e conta com registros em departamentos<br />

próximos à fronteira do Rio Grande do Sul, no Uruguai e<br />

na Argentina (Bencke et al. 2002).<br />

Asthenes baeri (RS: VU; BR: VU): Dois pares foram ob‑<br />

servados em 13 de fevereiro de 2006 e em 28 de julho de


Novos registros de aves raras e/ou ameaça<strong>da</strong>s de extinção na Campanha do sudoeste do Rio Grande do Sul, Brasil<br />

Márcio Repenning e Carla Suertegaray Fontana<br />

2007 na área A, forrageando no chão ao lado de C. campestris,<br />

F. rufus, P. lophotes, M. triurus e M. saturninus. Na<br />

área B um par foi observado em 6 de fevereiro de 2006 e<br />

outro em 9 de fevereiro de 2006 em manchas isola<strong>da</strong>s de<br />

pequenos espinilhos no meio do campo. Este último par<br />

freqüentemente descia ao chão para forragear, seguindo<br />

um bando misto formado por Sicalis flaveola, Z. capensis,<br />

Poospiza nigrorufa, Embernagra platensis e M. saturninus.<br />

Em distintas oportuni<strong>da</strong>des foi possível obter registros<br />

fotográficos <strong>da</strong> espécie. Essa espécie ocorre apenas no se‑<br />

tor oeste do Rio Grande do Sul sendo considerado um<br />

residente comum no PEE e ocorrendo em locali<strong>da</strong>des es‑<br />

parsas em direção leste até 56°W (Belton 1994, Bencke<br />

et al. 2003, obs. pess.). Sua ocorrência parece estar limi‑<br />

ta<strong>da</strong> pela degra<strong>da</strong>ção de seu hábitat: áreas de campos com<br />

a presença de manchas esparsas de espinilhos e vegetação<br />

tipo Parque Espinilho.<br />

Polystictus pectoralis (RS: DD; BR: VU; GA: NT): Um<br />

registro foi obtido em 22 de abril de 2006 e outro em<br />

10 de julho de 2006 na área B. Em ambas as oportu‑<br />

ni<strong>da</strong>des os indivíduos não apresentavam a cabeça ne‑<br />

gra e as demais características observa<strong>da</strong>s permitiram a<br />

determinação dos mesmos como fêmeas. No primeiro<br />

registro, documentado através de fotografia, um indiví‑<br />

duo foi observado forrageando numa parte do banhado<br />

com arbustos (onagráceas), enquanto que no segundo<br />

um exemplar foi visto forrageando em meio a hastes de<br />

inflorescências de Saccharum sp. e Eriochrysis sp., com<br />

cerca de 2 m de altura que compunham um capinzal<br />

úmido, denso e alto. A ocorrência de P. pectoralis em<br />

Quaraí durante o outono e inverno pode estar relaciona‑<br />

<strong>da</strong> à migração de indivíduos vindos de áreas meridionais,<br />

uma vez que, a espécie se reproduz na província de Bue‑<br />

nos Aires e emigra no inverno (Narosky e Di Giacomo<br />

1993). A ausência <strong>da</strong> espécie na área durante expedições<br />

em janeiro e fevereiro reforça esta sugestão. Estes regis‑<br />

tros descartam a possibili<strong>da</strong>de dessa espécie estar extinta<br />

no Rio Grande do Sul, como sugerido em Bencke et al.<br />

(2003). Entretanto, maiores informações sobre a biolo‑<br />

gia e distribuição deste pequeno papa‑moscas são neces‑<br />

sárias para uma avaliação satisfatória <strong>da</strong> sua real situação<br />

no Estado.<br />

Cisthotorus platensis (RS: CR): Registramos a espécie<br />

em quatro locais distintos na área B. Um grupo familiar<br />

composto por dois adultos e dois jovens foi observado<br />

em 4 e 6 de fevereiro de 2006. Outro par de adultos foi<br />

observado em 6 de fevereiro de 2006, sendo que um de‑<br />

les, em duas oportuni<strong>da</strong>des, carregava alimento no bico.<br />

Nas duas ocasiões acompanhamos seu deslocamento até<br />

o momento em que o contato visual foi perdido e, quan‑<br />

do tornamos a observá‑lo, não mais carregava a presa no<br />

bico. Muito provavelmente entregou o alimento a filho‑<br />

tes, que não foram encontrados. Outras duas aves adul‑<br />

Revista Brasileira de Ornitologia, 16(1), 2008<br />

tas ain<strong>da</strong> foram observa<strong>da</strong>s em 10 de fevereiro de 2006<br />

em territórios adjacentes. Todos os indivíduos ocupavam<br />

um campo úmido com capinzal bastante denso com<br />

predomínio de A. virgatus e A. lateralis (altura média de<br />

1,50 m), numa área de transição entre o banhado e o<br />

campo seco. Observamos em 9 de fevereiro de 2007 um<br />

adulto que cantava num capinzal em campo seco cober‑<br />

to por grandes touceiras de Elionurus sp.. A constatação<br />

de indivíduos jovens ain<strong>da</strong> sob os cui<strong>da</strong>dos dos adultos<br />

indica a existência de uma população reprodutiva no lo‑<br />

cal. Indícios de reprodução <strong>da</strong> espécie no Estado provêm<br />

do banhado do Pontal <strong>da</strong> Barra, Pelotas (Bencke et al.<br />

2003). Na região <strong>da</strong> Campanha, a corruíra‑do‑campo<br />

foi registra<strong>da</strong> a sudoeste de Rosário do Sul, na Reser‑<br />

va Biológica do Ibirapuitã (Belton 1994, Bencke et al.<br />

2003) e em São Francisco de Assis (D. Gressler com.<br />

pess., 2004). A histórica degra<strong>da</strong>ção e substituição dos<br />

campos <strong>da</strong> Campanha no Estado por cultivos agrícolas<br />

representam a maior ameaça à espécie. Essa parece ser<br />

capaz de se refugiar em áreas restritas de capinzais altos,<br />

pouco ou na<strong>da</strong> afeta<strong>da</strong>s pelo gado, em proprie<strong>da</strong>des onde<br />

a pecuária não é intensiva e a agricultura é pratica<strong>da</strong> em<br />

pequena escala. A preferência <strong>da</strong> espécie por capinzais<br />

altos é aponta<strong>da</strong> na literatura (veja Bencke et al. 2003,<br />

para detalhes).<br />

Sporophila cinnamomea (RS: EN; BR: EN; GA: VU):<br />

Observamos dois filhotes recém‑saídos do ninho, que<br />

eram alimentados pelos pais, em 3 de fevereiro de 2006,<br />

na área B. Ain<strong>da</strong> no mesmo dia observamos mais dois<br />

machos adultos em territórios vizinhos. No mesmo local,<br />

em 6 de fevereiro de 2006, observamos quatro machos<br />

adultos e pelo menos oito indivíduos pardos (jovens ou<br />

fêmeas). Retornamos ao mesmo local em 10 de fevereiro<br />

de 2006 e encontramos apenas um macho adulto acom‑<br />

panhado por 12 indivíduos pardos. Na mesma área, em 8<br />

de fevereiro de 2007, observamos um macho adulto que<br />

alimentava um filhote, e uma fêmea acompanha<strong>da</strong> de dois<br />

jovens. Um macho subadulto, com o peito parcialmente<br />

castanho, cantava intensamente em um território vizinho.<br />

Num outro pequeno banhado, distante cerca de 2 km do<br />

local anterior, observamos em 10 de fevereiro de 2007<br />

dois machos adultos e um subadulto, todos vocalizando<br />

intensamente. A vegetação onde foram observados filho‑<br />

tes recém‑saídos do ninho restringe‑se a densas agregações<br />

de arbustos de onagráceas (Ludwigia sp.), em banhado.<br />

Registros de reprodução <strong>da</strong> espécie no Estado provinham,<br />

até então, <strong>da</strong>s proximi<strong>da</strong>des de banhados com gravatás<br />

Erygium spp., no município de Candiota (Bencke et al.<br />

2006) e de um ninho do município de Manoel Viana<br />

depositado na coleção Ornitológica <strong>da</strong> PUCRS (MCP<br />

1782), coletado por M. Krügel. To<strong>da</strong>s as observações de<br />

S. cinnamomea em Quaraí limitaram‑se a banhados com<br />

vegetação densa, circun<strong>da</strong>dos por campos com baixa lo‑<br />

tação de gado.<br />

61


62<br />

Novos registros de aves raras e/ou ameaça<strong>da</strong>s de extinção na Campanha do sudoeste do Rio Grande do Sul, Brasil<br />

Márcio Repenning e Carla Suertegaray Fontana<br />

CoNSideRAçõeS FiNAiS<br />

Os registros aqui divulgados confirmam a presença<br />

de algumas espécies antes considera<strong>da</strong>s restritas à forma‑<br />

ção Parque Espinilho em outras formações campestres<br />

abertas com estrutura floristica similar, o que constitui<br />

uma informação adicional importante para a conservação<br />

dessas espécies. Embora os espinilhos sejam continua‑<br />

mente suprimidos <strong>da</strong>ndo lugar a cultivos agrícolas tradi‑<br />

cionais, sendo localmente considerados “praga”, são mais<br />

facilmente encontrados do que os algarrobos ou inhandu‑<br />

vás, pois é uma espécie pioneira de distribuição ampla na<br />

Campanha e localmente abun<strong>da</strong>nte. Uma alternativa para<br />

conservar aves típicas de Parque Espinilho no Brasil seria<br />

a recuperação de áreas degra<strong>da</strong><strong>da</strong>s onde outrora existiam<br />

campos com espinilho evitando o corte dessas árvores.<br />

Medi<strong>da</strong> esta que parece ser viável, sobretudo pela com‑<br />

patibili<strong>da</strong>de entre a pecuária extensiva e a manutenção de<br />

espinilhais. A localização de novas populações de espécies<br />

típicas <strong>da</strong>s formações com espinilho na região <strong>da</strong> Campa‑<br />

nha é fun<strong>da</strong>mental para o estabelecimento de planos de<br />

ações com objetivo de conservá‑las em longo prazo.<br />

Medi<strong>da</strong>s de manejo de campos, compatíveis com a<br />

pecuária, poderiam beneficiar algumas espécies ameaça<strong>da</strong>s<br />

relaciona<strong>da</strong>s à fisionomia pampeana no Brasil. No caso de<br />

Passeriformes que sofrem com a destruição e a degra<strong>da</strong>ção<br />

dos campos e banhados, a prática <strong>da</strong> pecuária com baixa<br />

lotação permite que porções pequenas de habitat adequa‑<br />

do eventualmente sejam manti<strong>da</strong>s nas proprie<strong>da</strong>des, seja<br />

pela pouca ocupação do gado (campos “sujos”), ou pela sua<br />

não ocupação (banhados). São possivelmente esses relitos<br />

de hábitat que possibilitam que espécies mais sensíveis se<br />

mantenham em escala regional. Com a conscientização e<br />

a colaboração dos proprietários para que mantenham áre‑<br />

as de campo como reserva legal e/ou a criação de Reservas<br />

Particulares do Patrimônio Natural (RPPNs), a situação<br />

de ameaça para muitas aves especialistas de campos e ba‑<br />

nhados com estruturas florísticas mais complexas poderia<br />

ser ameniza<strong>da</strong>. A criação e implementação de Uni<strong>da</strong>des<br />

de Conservação do tipo Refúgios de Vi<strong>da</strong> Silvestre igual‑<br />

mente contribuiria para a conservação dessas aves.<br />

No entanto, a tarefa de conservar as aves de campos<br />

e banhados dependerá, sobretudo, <strong>da</strong> valorização <strong>da</strong>s pai‑<br />

sagens abertas como ambientes de grande diversi<strong>da</strong>de bio‑<br />

lógica e prestadoras de importantes serviços ambientais.<br />

AGRAdeCiMeNtoS<br />

Somos gratos ao Sr. Francisco Outeiro por permitir o acesso a sua<br />

proprie<strong>da</strong>de, a Cristiano Eidt Rovedder pela companhia em campo, a<br />

Sra.Vera Fontana pelas facili<strong>da</strong>des logísticas e hospitali<strong>da</strong>de em sua fazen‑<br />

<strong>da</strong>, à Dra. Ilsi Boldrini e sua equipe pela determinação do material botâ‑<br />

nico. Ao Daniel Gressler pelas informações presta<strong>da</strong>s. Ao Rafael A. Dias,<br />

aos revisores ad hoc Glayson A. Bencke e Giovanni N. Maurício e ao<br />

Editor Luis Fábio Silveira, pela leitura crítica e sugestões ao manuscrito.<br />

Revista Brasileira de Ornitologia, 16(1), 2008<br />

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Suboscines Passerines v.2. Austin: University of Texas Press.<br />

Rocha, G. (2005). Aves del Uruguay, El país de los Pájaros Pintados v.1.<br />

Montevideo: Ban<strong>da</strong> Oriental.<br />

Ruschel, C. e Costa, R. (2003). Registros <strong>da</strong> gaivota‑de‑cabeça‑cinza,<br />

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Ruschi, A. (1956). A trochiliofauna de Porto Alegre e arredores. Bol.<br />

Mus. Biol. Prof. Mello-Leitão, sér. Biol., 18:1‑9.<br />

Sick, h. (1997). Ornitologia Brasileira, uma introdução. Rio de Janeiro:<br />

Editora Nova Fronteira.<br />

Straneck, R.J. (1990). Canto de las aves: missiones, pampeanas, delas<br />

serranias centrales, patagonicas, del nordeste, de los esteros y palmares,<br />

8 cassetes. Buenos Aires: Editorial L.O.L.A.<br />

63


Revista Brasileira de Ornitologia, 16(1):64-66<br />

março de 2008<br />

1.<br />

2.<br />

3.<br />

4.<br />

Primeiro registro de Puffinus tenuirostris<br />

(Temminck, 1835) para o Oceano Atlântico<br />

Luciano R. Alardo Souto 1,2,4 , Rodrigo Maia-Nogueira 2,3 , Daniel C. Bressan 2<br />

Instituto Mamíferos Aquáticos (IMA), Av. Pinto de Aguiar, Rua dos Radioamadores, nº 73, Pituaçu, 41741080, Salvador, BA.<br />

Universi<strong>da</strong>de Católica do Salvador (UCSal), Av. Pinto de Aguiar, S/N, Pituaçu, 41741080, Salvador, BA.<br />

Biota Aquática, Av. Euclides <strong>da</strong> Cunha, nº 476, 4B, Graça, 40150120, Salvador, BA.<br />

E-mail: lucianoalardo@yahoo.com.br<br />

Recebido em: 22/06/2007. Aceito em: 06/03/2008.<br />

ABSTRACT: First record of the Pacific short-tailed Shearwater Puffinus tenuirostris (Temminck, 1835) for the Atlantic Ocean.<br />

Puffinus tenuirostris nests on islands in the south and southeast of Australia, having an exclusive circum-pacific distribution that<br />

extends from the south to the north Pacific. It is a trans-equatorial migrant, which goes north after the breeding season, reaching<br />

the margins of the pack ice, only returning at the end of the northern summer. On May 28, 2005, a petrel was found at Stella Maris<br />

beach, Salvador city, Bahia (12°55’S, 38°31’W). Based on morphometrics and plumage this bird it was identified as P. tenuirostris.<br />

This is the first documented record of the species for the Atlantic Ocean. The presence of the species off the California coast is rare<br />

event, and there have been no records on the coast of Americas south of this region, so it is unlikely that the specimen reached the<br />

Atlantic via the Isthmus of Panama. It is suggested, however, that the bird collected arrived from the east following the dominant<br />

winds around the south pole, when after reaching the Antarctic waters, it continued northward reaching the Atlantic. Those findings<br />

stress the need to increase the number of studies on oceanic birds stranded on the beaches of the Brazilian coast to obtain better<br />

information on movements of pelagic birds in the South Atlantic.<br />

Key-wORDS: Atlantic Ocean, Puffinus tenuirostris, Bahia, Brasil.<br />

PALAvRAS-ChAve: Puffinus tenuirostris, Oceano Atlântico, Bahia, Brasil.<br />

Puffinus tenuirostris (Temmink 1835) nidifica em<br />

ilhas no sul e sudeste <strong>da</strong> Austrália, possuindo uma ampla<br />

distribuição oceânica que se estende desses pontos até o<br />

Pacífico Norte, com registros para o Alasca, Califórnia,<br />

México, ilhas Aleutas, Nova Zelândia, e mar de Bering<br />

(Brooke 2004), tendo assim uma distribuição exclusivamente<br />

circum-pacifica (Skira et al. 1996, Hyrenbach et al.<br />

2001, Ito 2002). Como ocorre com outros membros do<br />

gênero, é um migrante transequatorial que após a tempora<strong>da</strong><br />

reprodutiva migra em direção ao Pacífico Norte,<br />

atingindo as margens do gelo flutuante, retornando no<br />

final do verão boreal (Warham 1996). Há registros <strong>da</strong> espécie<br />

atingindo o Sri Lanka e o mar de A<strong>da</strong>man no Índico,<br />

mas não é claro se as mesmas são espécimes vagantes<br />

ou migrantes. A ocorrência desta espécie ao redor do setor<br />

pacífico <strong>da</strong> Antártica é melhor conheci<strong>da</strong>, sendo comum<br />

em águas até 70°S entre novembro e fevereiro, onde foi<br />

registra<strong>da</strong> alimentando-se de krill (Warham 1996). Adultos<br />

reprodutivos deslocam-se de suas colônias até águas<br />

antárticas para forragear (Brooke 2004). No Brasil, existem<br />

registros confirmados <strong>da</strong> ocorrência de cinco espécies<br />

de pardelas ou bobos do gênero Puffinus: P. griseus (Gmelin<br />

1789), P. gravis (O’Reilly 1818), P. puffinus (Brünnich<br />

1764), P. assimilis Gould 1838 e P. lherminieri Lesson<br />

NOTA<br />

1839 (CBRO 2006). Destas, apenas três possuem registro<br />

para o litoral baiano: P. griseus, P. gravis e P. puffinus (Lima<br />

1996; Lima et al. 2004). No dia 28 de maio de 2005, um<br />

petrel não identificado foi encontrado na praia de Stella<br />

Maris, em Salvador, Bahia (12°55’S, 38°31’W). A ave encontrava-se<br />

recém morta, em bom estado de conservação,<br />

não apresentando ain<strong>da</strong> sinais de rigor mortis. O espécime<br />

foi fotografado, medido (Tabela 1) e posteriormente<br />

taxidermizado e tombado na coleção Rolf Grantsau, sob<br />

o nº de tombo 10741. A partir de <strong>da</strong>dos morfométricos<br />

e características de coloração <strong>da</strong> plumagem (Figuras 1-3)<br />

a ave foi identifica<strong>da</strong> como P. tenuirostris, apresentando<br />

coloração geral cinza-fuligem, incluindo o ventre, garganta<br />

mais clara, pés violáceos, e fronte alta que é um perfil<br />

diagnóstico <strong>da</strong> espécie (Onley e Scofield 2007). As medi<strong>da</strong>s<br />

do bico, <strong>da</strong> asa e do tarso encontram-se no limite<br />

inferior de P. tenuirostris (c. 29 mm, 262 mm e 49,6 mm,<br />

respectivamente) excluindo a possibili<strong>da</strong>de de que se trate<br />

de P. griseus (Brooke 2004). As medi<strong>da</strong>s sugerem ain<strong>da</strong><br />

se tratar de um exemplar ain<strong>da</strong> jovem (Mike Imber com.<br />

pess., 2005). Este é o primeiro registro documentado <strong>da</strong><br />

espécie para o oceano Atlântico. Migrantes transequatoriais<br />

ocasionalmente iniciam sua migração para o norte<br />

quando estão no oceano errado, resultando em registros


TABeLA 1: Dados morfoméricos de P. tenuirostris (Coleção Rolf Grantsau, nº 10741) e P. griseus; peso em gramas e medi<strong>da</strong>s em mm. Os <strong>da</strong>dos de<br />

P. griseus representam média de três indivíduos.<br />

TABLe 1: Morfometric <strong>da</strong>ta of P. tenuirostris (Rolf Grantsau Colection, nº 10741) and P. griseus; weight in grams and measures in mm. The <strong>da</strong>ta of<br />

P. griseus represent three individuals average.<br />

espécie Peso Total Asa Retriz Cúlmen Tarso Dedo médio c/unha<br />

P. tenuirostris 340 370 262 79 31 49 65<br />

P. griseus — — 297,6 104 55 47,6 —<br />

FiguRA 1: P. griseus (superior) e P. tenuirostris (inferior). Note as<br />

diferenças de tamanho de bico, coloração do manto e capuz. Foto:<br />

Bruno Pitta.<br />

FiguRe 1: P. griseus (above) and P. tenuirostris (below). Note<br />

differences in bill size and in the color of the mantle and hood. Photo:<br />

Bruno Pitta.<br />

FiguRA 2: P. tenuirostris (superior) e P. griseus (inferior). Note as<br />

diferenças na coloração <strong>da</strong>s partes inferiores. Foto: Bruno Pitta.<br />

FiguRe 2: P. tenuirostris (upper) and P. griseus (lower). Note the<br />

difference in the color of the underparts. Photo: Bruno Pitta<br />

como P. puffinus fora <strong>da</strong> Califórnia e Calonectris diomedea<br />

no Mar Vermelho (Warham 1996, Brooke 2004). A presença<br />

<strong>da</strong> espécie na Califórnia é rara, e não há registros ao<br />

longo <strong>da</strong> costa oeste <strong>da</strong> América do Sul e Central, sendo<br />

improvável que o espécime tenha cruzado o istmo do Panamá.<br />

É sugerido que o mesmo deslocou-se para leste a<br />

Primeiro registro de Puffinus tenuirostris (Temminck, 1835) para o Oceano Atlântico<br />

Luciano R. Alardo Souto, Rodrigo Maia-Nogueira, Daniel C. Bressan<br />

Revista Brasileira de Ornitologia, 16(1), 2008<br />

FiguRA 3: Vista lateral do corpo de P. tenuirostris. Foto: Bruno<br />

Pitta.<br />

FiguRe 3: Lateral view of P. tenuirostris. Photo: Bruno Pitta.<br />

partir do Pacífico Oeste seguindo os ventos dominantes<br />

nas altas latitudes <strong>da</strong>s águas antárticas e alcançando o oceano<br />

Atlântico, onde iniciou sua migração para o norte.<br />

Warham (1996) antecipou que, já que a espécie ocorre no<br />

Índico, indivíduos vagantes de P. tenuirostris seriam encontrados<br />

no Atlântico, eventualmente confundidos com<br />

P. griseus. Embora Warham (1996) tenha sugerido que<br />

estes registros se <strong>da</strong>riam no Atlântico Norte, o encontro<br />

do espécime no Brasil cumpre aquela previsão. O encontro<br />

de P. tenuirostris na costa <strong>da</strong> Bahia pode estar ligado a<br />

condições particulares de frentes térmicas oceânicas, originando<br />

um movimento errático do espécime. Sugere-se<br />

intensificar os estudos com aves oceânicas que aparecem<br />

nas praias <strong>da</strong> costa brasileira para se obter melhores informações<br />

sobre os fenômenos de movimentação dessas aves<br />

no Atlântico Sul.<br />

AgRADeCiMeNTOS<br />

A Fabio Olmos pela revisão do manuscrito e auxílio na identificação<br />

<strong>da</strong> espécie; a equipe do Instituto Mamíferos Aquáticos (IMA) pelo<br />

resgate e guar<strong>da</strong> temporária do espécime; Pedro Lima, Sidnei Sampaio,<br />

Pedro Lima e Rolf Grantsau por todo auxílio que prestaram na manutenção,<br />

contatos cedidos e valiosas informações que auxiliaram na identificação<br />

do espécime; a Bruno Pita por ceder as fotos utiliza<strong>da</strong>s no presente<br />

estudo. Agradecemos também a Michael Imber e Bernard Zonfrillo pelos<br />

valiosos comentários e auxílio na definição final do espécime; aos revisores<br />

anônimos e Lúcio J. S. Freire Junior pela revisão final do manuscrito.<br />

65


66<br />

ReFeRêNCiAS<br />

Brooke, M.L. (2004). Albatrosses and petrels across the world. Oxford:<br />

Oxford University Press.<br />

CBRO. (2006). Listas <strong>da</strong>s aves do Brasil. Versão 15/7/2006. Comitê<br />

Brasileiro de Registros Ornitológicos. http://www.cbro.org.br.<br />

(acesso em 11/09/2006).<br />

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iuCN. (2004). 2004 IUCN Red List of Threatened Species. http://<br />

www.redlist.org. (acesso em 14/06/05)<br />

ito, S. (2002). Foraging areas of short-tailed shearwaters during their<br />

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Primeiro registro de Puffinus tenuirostris (Temminck, 1835) para o Oceano Atlântico<br />

Luciano R. Alardo Souto, Rodrigo Maia-Nogueira, Daniel C. Bressan<br />

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Lima, P.C. (1996). Uma longa viagem para morrer na praia. Ciência<br />

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Lima, P.C.; grantsau, R.; Lima, R.C.F.R. and Santos, S.S. (2004).<br />

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Onley, D. and Scofield, P. (2007) Field guide to the Albatrosses,<br />

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warham, J. (1996). The behaviour, population biology and physiology of<br />

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1.<br />

2.<br />

3.<br />

4.<br />

5.<br />

6.<br />

7.<br />

NoTA<br />

Registros recentes de Platyrinchus leucoryphus<br />

(Wied, 1831) no Estado de Santa Catarina, Sul do Brasil<br />

Cláudia Sabrine Brandt 1 , Cristiane Crieck 2 , Adrian Eisen Rupp 3,5 , Daniela Fink 4 ,<br />

Gregory Thom e Silva 3,6 e Carlos Eduardo Zimmermann 3,7<br />

Programa de pós-graduação em Ecologia, Universi<strong>da</strong>de Federal do Rio Grande do Sul. Autor para correspondência. E-mail: claubrandt@gmail.com<br />

Programa de pós-graduação em Recursos Genéticos Vegetais, Universi<strong>da</strong>de Federal de Santa Catarina. E-mail: cris_krieck@hotmail.com<br />

Laboratório de Ecologia e Ornitologia, Instituto de Pesquisas Ambientais, Universi<strong>da</strong>de Regional de Blumenau.<br />

Associação Catarinense de Preservação <strong>da</strong> Natureza – ACAPRENA. E-mail: <strong>da</strong>ejo@bol.com.br<br />

E-mail: eisenrupp@yahoo.com.br<br />

E-mail: biogrego@yahoo.com.br<br />

E-mail: cezimmer@furb.br<br />

Recebido em: 15/09/2005. Aceito em: 07/03/2008.<br />

ABSTRACT: Recent records of Platyrinchus leucoryphus (Wied, 1831) in Santa Catarina State, southern Brazil. P. leucoryphus<br />

is an Atlantic Forest Endemic vulnerable to extinction. It occurs in southeastern and southern Brazil, eastern Paraguay and<br />

northeastern Argentina, where it inhabits the understore of pristine and advanced secon<strong>da</strong>ry forest. This note reports recent records<br />

of P. leucoryphus in “Vale do Itajaí”, Santa Catarina State, Brazil.<br />

KEy-WoRDS: Platyrinchus leucoryphus, Russet-winged Spadebill, Santa Catarina State, Brazil.<br />

PAlAvRAS-ChAvE: Platyrinchus leucoryphus, patinho-gigante, Santa Catarina, Brasil.<br />

Platyrinchus leucoryphus é um tiranídeo endêmico <strong>da</strong><br />

Floresta Atlântica considerado globalmente ameaçado de<br />

extinção na categoria vulnerável (BirdLife International<br />

2004). Sua área de distribuição abrange o sudeste e sul do<br />

Brasil, o leste do Paraguai e o nordeste <strong>da</strong> Argentina (Madroño<br />

et al. 1997), onde habita o sub-bosque de florestas<br />

primárias e secundárias, sempre em baixas densi<strong>da</strong>des populacionais<br />

(Straube et al. 2004).<br />

Apesar do grau de ameaça existe pouco esforço de<br />

pesquisa envolvendo a espécie resultando em informações<br />

reduzi<strong>da</strong>s sobre a sua biologia. Esta carência se deve, em<br />

parte, à sua plumagem inconspícua, à sua baixa densi<strong>da</strong>de<br />

e aos hábitos solitários e fugidios (Brooks et al. 1993).<br />

Em território brasileiro, a região Sudeste possui o maior<br />

número de informações acerca <strong>da</strong> espécie, incluindo a segun<strong>da</strong><br />

descrição de seu ninho (Pizo 2003). Os <strong>da</strong>dos para<br />

a região Sul se limitam a registros escassos e concentrados<br />

em determinados pontos. No Paraná, ocorreram registros<br />

para a região <strong>da</strong> Serra do Mar e planície litorânea,<br />

bem como para o extremo oeste do Estado (Straube et al.<br />

2004). No Rio Grande do Sul existem apenas registros<br />

históricos <strong>da</strong>tados de 1928 e 1973, efetuados na Floreta<br />

Estacional Decidual na região noroeste e na Floresta<br />

Ombrófila Densa do nordeste do Estado (Belton 1973,<br />

1994). A espécie figura nas listas de aves ameaça<strong>da</strong>s de<br />

extinção de ambos os Estados, recebendo o status de ame-<br />

Revista Brasileira de Ornitologia, 16(1):67-69<br />

março de 2008<br />

aça<strong>da</strong> e criticamente ameaça<strong>da</strong> de extinção, respectivamente<br />

(Bencke et al. 2003, Straube et al. 2004).<br />

Em Santa Catarina o estudo com aves é recente, <strong>da</strong>tando<br />

<strong>da</strong> déca<strong>da</strong> de 80 (Sick et al. 1979a, 1979b, Sick<br />

et al. 1981). To<strong>da</strong>via, os primeiros registros de Platyrinchus<br />

leucoryphus foram efetuados somente na déca<strong>da</strong> de<br />

90, através <strong>da</strong> captura em redes de neblina no Parque Botânico<br />

Morro do Baú (Marterer 1994). Posteriormente<br />

Albuquerque e Brüggemann (1996) registraram a espécie<br />

no Parque Estadual <strong>da</strong> Serra do Tabuleiro e Müller (2001)<br />

em florestas bem conserva<strong>da</strong>s na ci<strong>da</strong>de de Blumenau.<br />

O presente trabalho apresenta registros recentes de<br />

Platyrinchus leucoryphus em Santa Catarina fomentando<br />

informações sobre a sua história natural (biometria), e<br />

contribuindo para o conhecimento de sua distribuição e<br />

real status de conservação no estado.<br />

Os registros ocorreram entre os anos de 2003 e 2007,<br />

em áreas de Floresta Ombrófila Densa do Médio Vale do<br />

Rio Itajaí-Açu. Dos 17 indivíduos, 12 foram registrados<br />

no Parque Nacional <strong>da</strong> Serra do Itajaí (PNSI). Esta Uni<strong>da</strong>de<br />

de Conservação faz parte do mesmo maciço florestal<br />

<strong>da</strong> Reserva Particular do Patrimônio Natural (RPPN) Bugerkopf,<br />

onde foram capturados 5 indivíduos e observado<br />

um outro. Outros indivíduos foram amostrados em uma<br />

área pertencente à Bunge alimentos S/A (n = 2); Morro<br />

Geisler (n = 1) e na Associação Desportiva <strong>da</strong> Companhia


68<br />

Registros recentes de Platyrinchus leucoryphus (Wied, 1831) no Estado de Santa Catarina, Sul do Brasil<br />

Cláudia Sabrine Brandt, Cristiane Crieck, Adrian Eisen Rupp, Daniela Fink, Gregory Thom e Silva e Carlos Eduardo Zimmermann<br />

TABElA 1: Locais com registros de Platyrinchus leucoryphus no Vale do Itajaí, Santa Catarina, Brasil, indicando coordena<strong>da</strong>s geográficas, tamanho<br />

<strong>da</strong> área, municípios onde estão localizados, conectivi<strong>da</strong>de com áreas florestais (S – conectado; N – isolado) e forma de contato (a – captura em redesde-neblina;<br />

b – contato visual/auditivo).<br />

TABlE 1: Sites whith records of Platyrinchus leucoryphus at Vale do Itajaí, Santa Catarina State, Brazil, with geographical coordinates, size area,<br />

municipalities, connectivity with forested areas (S – connected; N – isolated) and type of contact (a – capture in mist-nets; b – visual/auditory<br />

contact).<br />

locali<strong>da</strong>de<br />

Coordena<strong>da</strong>s<br />

Geográficas<br />

Tamanho<br />

(ha)<br />

Municípios abrangidos Conectivi<strong>da</strong>de<br />

Forma de<br />

contato<br />

RPPN Bugerkopf 27°00’S – 49°04’W 82,7 Blumenau S a/b<br />

PARNA Serra do Itajaí 27°11’S – 49°15’W 57000<br />

Apiúna, Ascurra, Blumenau, Botuverá, Gaspar,<br />

Guabiruba, In<strong>da</strong>ial e Nereu Ramos<br />

S a/b<br />

Bunge Alimentos S/A 27°01’S – 48°57’W 303 Gaspar S a/b<br />

Morro Geisler 26°54’S – 40°13’W 40 In<strong>da</strong>ial N b<br />

ADHering 26°54’S – 49°06’W 80 Blumenau N b<br />

Hering (ADHering) (n = 1). A primeira possui concetivi<strong>da</strong>de<br />

com o maciço do complexo PNSI/RPPN Bugerkopf.<br />

As demais, por sua vez, consistem em fragmentos isolados<br />

(Tabela 1). A relação de indivíduos capturados com suas<br />

respectivas medi<strong>da</strong>s biométricas constam na tabela 2.<br />

Todos os contatos concentraram-se em altitudes entre<br />

200 e 600 m acima do nível do mar, em locais com<br />

vegetação em estádio sucessional variando desde capoeirão<br />

até floresta secundária em estádio avançado de regeneração.<br />

Na literatura disponível, Platyrinchus leucoryphus<br />

é descrito como dependente de grandes áreas de floresta<br />

primária, ou de áreas florestais ligeiramente altera<strong>da</strong>s e<br />

florestas secundárias avança<strong>da</strong>s próximas àquelas (Brooks<br />

et al. 1993, Pizo 2003). De fato, Aleixo e Galetti (1997)<br />

registraram a espécie somente em áreas de floresta primária<br />

no Parque Estadual de Intervales (SP), onde foi<br />

razoavelmente comum. A presença <strong>da</strong> espécie em fragmentos<br />

florestais (Tabela 1), por sua vez, suscita discussão<br />

sobre a necessi<strong>da</strong>de de grandes extensões de floresta para<br />

a conservação <strong>da</strong> espécie. No entanto, os remanescentes<br />

florestais do médio vale do Itajaí apresentam-se envoltos a<br />

uma matriz essencialmente florestal mais permeável, que<br />

pode possibilitar o trânsito de indivíduos entre as manchas<br />

e minimizar o efeito <strong>da</strong> fragmentação. O fato é que<br />

ain<strong>da</strong> são necessários estudos mais aprofun<strong>da</strong>dos focando<br />

a variabili<strong>da</strong>de genética e estrutura populacional para estabelecer<br />

a real viabili<strong>da</strong>de destas populações.<br />

Quanto à presença exclusiva para Santa Catarina em<br />

áreas de Floresta Ombrófila Densa, não está excluí<strong>da</strong> a<br />

possibili<strong>da</strong>de <strong>da</strong> espécie ocorrer ou ter ocorrido em outras<br />

formações vegetais. Registros esporádicos no extremo oeste<br />

do Paraná (Straube et al. 2004), Argentina e no Parque<br />

Nacional do Iguaçu permitem inferir sobre a possibili<strong>da</strong>de<br />

<strong>da</strong> mesma ter ocorrido originalmente em grande parte<br />

<strong>da</strong> região onde ocorre a Floresta Estacional Semidecidual<br />

e até mesmo na Floresta Ombrófila Mista neste Estado.<br />

TABElA 2: Dados biométricos dos indivíduos de Platyrinchus leucoryphus capturados em redes-de-neblina em cinco locali<strong>da</strong>des do Vale do Itajaí,<br />

Santa Catarina, Brasil. PARNA SI – Parque Nacional <strong>da</strong> Serra do Itajaí. A – adulto; I – indeterminado; T – comprimento do tarso; LB – largura<br />

bico; NP – narina-ponta; CC – comprimento <strong>da</strong> cabeça; As – comprimento asa, C – comprimento cau<strong>da</strong>; CT – comprimento total; MC – massa<br />

corporal. (—) – <strong>da</strong>dos não mensurados.<br />

TABlE 2: Biometric <strong>da</strong>ta of Platyrinchus leucoryphus mist-netted in five localities of the Vale do Itajaí, Santa Catarina State, Brazil. PARNA<br />

SI – Parque Nacional <strong>da</strong> Serra do Itajaí. A – adult; I – undetermined; T – tarsus length; LB – bill width; NP – nostril-point of bill; CC – head<br />

length; As – wing length, C – tail length; CT – total length; MC – body mass. (—) – Data not measured.<br />

locali<strong>da</strong>de Data status sexo<br />

T<br />

(mm)<br />

lB<br />

(mm)<br />

NP<br />

(mm)<br />

CC<br />

(mm)<br />

As<br />

(cm)<br />

C<br />

(cm)<br />

CT<br />

(cm)<br />

MC<br />

(cm)<br />

RPPN Bugerkopf 1/12/2003 A I 17.9 12.01 8.21 36.31 7.1 4.5 18<br />

RPPN Bugerkopf 1/12/2003 A I 17.74 13.23 7.61 35.29 7.6 4.1 18<br />

RPPN Bugerkopf 1/2/2004 A I 17.84 15.71 9.72 38.34 7.1 3.7 13.1 18<br />

RPPN Bugerkopf 1/5/2004 A I 16.9 13.5 8.2 37.4 7.5 5.5 11 16<br />

RPPN Bugerkopf 1/3/2005 A I 18.7 14.25 8.25 37.4 7.6 5 20<br />

Bunge Alimentos 1/6/2005 A I 15.92 13.82 8.87 37.97 8 4.8 12.8 18<br />

PARNA SI 1/8/2005 A I 19 — — — — — — —<br />

PARNA SI 1/6/2006 A I 19.4 14.8 8 36.9 8 5.4 13.1 18<br />

PARNA SI 1/10/2006 A I 17.4 14.7 8 37 7.5 4.3 12 18<br />

PARNA SI 1/11/2006 A I 18.83 14.62 9.01 37.09 7.2 4.1 12.8 18<br />

Média (mm) 17.96 14.07 8.43 37.08 7.51 4.60 12.47 18.00<br />

DP (mm) 1.1 1.1 0.6 0.9 0.3 0.6 0.8 1.0<br />

Revista Brasileira de Ornitologia, 16(1), 2008


Registros recentes de Platyrinchus leucoryphus (Wied, 1831) no Estado de Santa Catarina, Sul do Brasil<br />

Cláudia Sabrine Brandt, Cristiane Crieck, Adrian Eisen Rupp, Daniela Fink, Gregory Thom e Silva e Carlos Eduardo Zimmermann<br />

AGRADECiMENToS<br />

A Lauro Eduardo Bacca, Bunge Indústria de Alimentos S/A,<br />

Prefeitura de In<strong>da</strong>ial e Companhia Hering S/A por disponibilizar suas<br />

proprie<strong>da</strong>des. A ACAPRENA – Associação Catarinense de Preservação<br />

<strong>da</strong> Natureza – e ao IBAMA, por permitirem a divulgação dos <strong>da</strong>dos<br />

referentes ao Parque Nacional Serra do Itajaí. Fernando Straube<br />

contribuiu com diversas sugestões.<br />

REFERêNCiAS<br />

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Paraná.<br />

69


Revista Brasileira de Ornitologia, 16(1):70-71<br />

março de 2008<br />

Ataques de Passeriformes a humanos na Ilha <strong>da</strong><br />

Marambaia, RJ, Brasil: um registro de ‘mobbing’<br />

Carlos Eduardo <strong>da</strong> Silva Garske e Ildemar Ferreira<br />

Laboratório de Ornitologia, Instituto de Biologia, Universi<strong>da</strong>de Federal Rural do Rio de Janeiro, 23890‑000, Seropédica, RJ, Brasil.<br />

E‑mail: carlosgarske@hotmail.com.<br />

Recebido em: 14/10/2007. Aceito em: 15/03/2008.<br />

ABStRACt: Passerine birds attacking humans at the Marambaia Island, Rio de Janeiro State, Brazil: a record of ‘mobbing’.<br />

‘Mobbing’ is a kind of behaviour in which birds engage to defend themselves or their offspring from pre<strong>da</strong>tors. Here we record this<br />

behaviour at Marambaia Island, Rio de Janeiro, Brazil, when a researcher was mobbed by a Rufous‑bellied Thrush Turdus rufiventris,<br />

a Brazilian Tanager Ramphocelus bresilius and a Sayaca Tanager Thraupis sayaca, when he removed a individual of the former species<br />

from an ornithological mist net. The individual removed from the net was in body moulting and its flight feathers, without a brood<br />

patch, suggesting an individual in ‘post‑juvenal molt’. Probably, this ‘mobbing behaviour’ was an attempt to defend the young<br />

presumed to be menaced.<br />

KEy-woRdS: Etology, Mobbing, Passerine birds, Marambaia Island, Southeastern Brazil.<br />

PAlAvRAS-ChAvE: Etologia, Mobbing, Passeriformes, Ilha <strong>da</strong> Marambaia, Sudeste do Brasil.<br />

‘Mobbing behavior’ é um termo que surgiu no cam‑<br />

po <strong>da</strong> etologia definindo uma mobilização grupal de aves<br />

contra um potencial pre<strong>da</strong>dor (Yamamoto e Ades 2002).<br />

Diversos trabalhos foram desenvolvidos até hoje rela‑<br />

tando esse tipo de comportamento (e.g. Altmann 1956,<br />

Guillory e LeBlanc 1975, Myers 1978, Ficken e Popp<br />

1996), porém o tema ain<strong>da</strong> é escasso em nosso país, com<br />

estudos voltados principalmente para o forrageamento e<br />

a reprodução (e.g. Tiepolo e Costa 1998, Costa 2002).<br />

As aves que desenvolvem esse comportamento também<br />

denominado como ‘mobbing’ podem atacar animais que<br />

elas consideram ser um perigo para a sua segurança, in‑<br />

clusive os humanos (Lorenz 1968, Van Tyne e Berger<br />

1976, RSPB 2007).<br />

Na manhã do dia 27 de fevereiro de 1999, durante<br />

os trabalhos de campo na Ilha <strong>da</strong> Marambaia (23°04’S e<br />

43°53’W), Litoral Sul Fluminense, C.E.S.G. retirava um<br />

indivíduo de Turdus rufiventris (Turdi<strong>da</strong>e) que estava en‑<br />

re<strong>da</strong>do em uma <strong>da</strong>s redes de neblina ergui<strong>da</strong>s próximas ao<br />

quartel do Corpo de Fuzileiros Navais, quando então ele<br />

foi atacado por um outro exemplar <strong>da</strong> mesma espécie que<br />

estava pousado em uma árvore próxima à área de captura.<br />

Esse exemplar realizou vôos rasantes seguidos de contato<br />

físico sobre a cabeça do pesquisador, o que atrapalhava a<br />

retira<strong>da</strong> do indivíduo enre<strong>da</strong>do. O ataque de T. rufiventris,<br />

somado à vocalização constante <strong>da</strong> ave presa à rede,<br />

acabaram atraindo duas espécies de traupídeos (Ramphocelus<br />

bresilius e Thraupis sayaca), que também investiram<br />

sobre o pesquisador com vôos rasantes. Esse ataque co‑<br />

NotA<br />

letivo é descrito por Van Tyne e Berger (1976) e RSPB<br />

(2007) como tendo início normalmente com apenas uma<br />

ou duas aves, mas que acaba atraindo um número ain<strong>da</strong><br />

maior de indivíduos, inclusive de outras espécies.<br />

Durante a ocasião, o indivíduo de Thraupis sayaca<br />

defecou no pesquisador em um de seus ataques. Algumas<br />

aves ocasionalmente chegam ao contato físico sobre seus<br />

inimigos, podendo ao invés disso defecar e regurgitar em<br />

seus alvos (RSPB 2007). O comportamento de ‘mobbing’<br />

transcorreu durante todo o período em que o pesquisador<br />

retirava T. rufiventris <strong>da</strong> rede (cerca de 1 min). Os ataques<br />

realizados pelas três espécies somente cessaram após a ave<br />

ter sido retira<strong>da</strong> <strong>da</strong> rede e coloca<strong>da</strong> em um saco de pano<br />

para posterior toma<strong>da</strong> dos <strong>da</strong>dos biométricos.<br />

O caso aqui relatado ocorreu em um período sazo‑<br />

nal de grande importância para a maioria <strong>da</strong>s aves, quan‑<br />

do temos um ciclo reprodutivo seguido por uma fase de<br />

mu<strong>da</strong> de penas. O indivíduo capturado em rede (Turdus<br />

rufiventris) apresentava mu<strong>da</strong> em to<strong>da</strong> a plumagem (rê‑<br />

miges, retrizes e penas de contorno) e ausência de placa<br />

de incubação, passando pelo processo conhecido como<br />

‘mu<strong>da</strong> pós‑juvenil’, um estágio <strong>da</strong> vi<strong>da</strong> que compreende<br />

o abandono do ninho e a sua primeira mu<strong>da</strong> (Mallet‑Ro‑<br />

drigues et al. 1995). Van Tyne e Berger (1976) e Alcock<br />

(1989) explicam que o comportamento de ‘mobbing’ está<br />

relacionado principalmente ao período reprodutivo <strong>da</strong>s<br />

aves, quando elas se submetem a um ataque direcionado<br />

a um alvo perigoso, em prol de suas próprias defesas ou<br />

de suas proles. Sick (1997) descreve T. rufiventris como


Ataques de Passeriformes a humanos na Ilha <strong>da</strong> Marambaia, RJ, Brasil: um registro de ‘mobbing’<br />

Carlos Eduardo <strong>da</strong> Silva Garske e Ildemar Ferreira<br />

uma espécie territorialista, uma característica relaciona<strong>da</strong><br />

à defesa de recursos alimentares ou sucesso reprodutivo<br />

(Davies 1978). É provável que o fato ocorrido na Ilha <strong>da</strong><br />

Marambaia tenha sido uma forma de defesa por parte de<br />

Turdus rufiventris, Ramphocelus bresilius e Thraupis sayaca<br />

presentes no local, quando um indivíduo jovem estava<br />

sofrendo uma suposta ameaça. Em pouco mais de três<br />

anos de trabalhos de campo na ilha, esse foi o único caso<br />

registrado de ‘mobbing’ sobre um pesquisador.<br />

AGRAdECIMENtoS<br />

Agradeço ao Centro de Adestramento <strong>da</strong> Ilha <strong>da</strong> Marambaia<br />

(CADIM), pelo apoio logístico durante as excursões científicas. As<br />

Profas. Dras. Regina Helena Ferraz Macedo (UnB) e Adriana O<strong>da</strong>lia<br />

Rímoli (UCDB), pelas informações referentes ao assunto aqui abor‑<br />

<strong>da</strong>do. Sou grato também a Jorge Bruno Nacinovic (MN/UFRJ), pela<br />

análise crítica do manuscrito original e pela revisão do abstract.<br />

REFERêNCIAS<br />

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71


Revista Brasileira de Ornitologia, 16(1):72-75<br />

março de 2008<br />

1.<br />

2.<br />

Record of a leucistic Rufous-bellied Thrush<br />

Turdus rufiventris (Passeriformes, Turdi<strong>da</strong>e) in<br />

São Paulo city, Southeastern Brazil<br />

Carlos Campos Gonçalves Junior 1 , Edson Aparecido <strong>da</strong> Silva 1 , André Cordeiro De Luca 1 ,<br />

Tatiana Pongiluppi 1 and Flavio de Barros Molina 1,2<br />

Universi<strong>da</strong>de Ibirapuera. Aveni<strong>da</strong> Interlagos, 1329, Chácara Flora, 04661‑100, São Paulo, SP, Brasil.<br />

Corresponding author: fbmolina@uol.com.br<br />

Recebido em: 15/09/2007. Aceito em: 02/03/2008.<br />

RESuMo: Registro de sabiá-laranjeira Turdus rufiventris leucístico (Passeriformes, Turdi<strong>da</strong>e) na ci<strong>da</strong>de de São Paulo, Sudeste do<br />

Brasil. A ocorrência de plumagens aberrantes não é um evento excepcionalmente raro, embora seja pouco documentado. Registros<br />

em espécies de vi<strong>da</strong> livre são ain<strong>da</strong> menos freqüentes, incluindo alguns casos de leucismo. O leucismo, que na natureza parece<br />

ocorrer em uma freqüência inferior a 1%, pode ser definido como a per<strong>da</strong> total de melanina em algumas ou to<strong>da</strong>s as penas. Aves<br />

portadoras de leucismo total tornam‑se mais conspícuas, existindo relatos de ataques por parte de indivíduos <strong>da</strong> mesma espécie.<br />

Muitos autores acreditam que devido a uma maior probabili<strong>da</strong>de de ataques por pre<strong>da</strong>dores, essas aves apresentem uma redução na<br />

sua longevi<strong>da</strong>de. Durante uma sessão de observação para um levantamento de espécies de aves no Parque do Ibirapuera, ci<strong>da</strong>de de<br />

São Paulo (SP), no final de junho de 2005, foi registrado um espécime de sabiá‑laranjeira (Turdus rufiventris), com to<strong>da</strong>s as penas<br />

brancas. A identificação específica foi possível através <strong>da</strong> morfologia externa, <strong>da</strong> vocalização e <strong>da</strong> observação <strong>da</strong> interação constante<br />

deste espécime com outros sabiás‑laranjeiras de coloração normal. Ele foi observado em outras ocasiões, sempre na mesma área<br />

e interagindo com outros indivíduos <strong>da</strong> espécie. Apesar de Turdus rufiventris ser uma espécie comum em ambientes urbanos em<br />

praticamente todo o Brasil, este é o primeiro registro de um espécime leucístico para a ci<strong>da</strong>de de São Paulo.<br />

PALAvRAS-ChAvE: leucismo, sabiá‑laranjeira, Turdus rufiventris, ci<strong>da</strong>de de São Paulo, avifauna urbana.<br />

KEy-woRDS: leucism, Rufous‑bellied Thrush, Turdus rufiventris, São Paulo city, urban avifauna.<br />

Rufous‑bellied Thrush Turdus rufiventris is a com‑<br />

mon species occurring in Uruguay, Paraguay, northern<br />

Argentina, eastern Bolivia, and almost all Brazilian terri‑<br />

tory except for the Amazonian Forest (Frisch and Frisch<br />

2005). It lives in gallery forests, dense cerrado woodlands,<br />

orchards, and wooded urban areas (Kraus et al. 2005). In<br />

fact, it is well a<strong>da</strong>pted for living in urban areas, being one<br />

of the most common species in São Paulo city (Höfling<br />

and Camargo 1993, Develey and Endrigo 2004). Since<br />

2002 the species is considered the Brazilian National Bird<br />

(Frisch and Frisch 2005).<br />

The occurrence of aberrant plumage is not rare<br />

despite the scarcity of <strong>da</strong>ta registered in the literature<br />

(Teixeira 1985, Nemésio 1999, 2001b, Piacentini 2001,<br />

Wilson et al. 2006). Most of the papers published dealt<br />

with species bred in captivity, especially members of Psit‑<br />

taci<strong>da</strong>e (Teixeira, 1985, Nemésio 1998a, b, 1999, 2001a,<br />

Sick 2001) and Emberezi<strong>da</strong>e (Nemésio 2001b, Piacentini<br />

2001, Sick 2001). Obviously, aberrant plumage is not so<br />

common in natural populations (Sick 2001, Hosner and<br />

Lebbin 2006). Recent literature based on Brazilian species<br />

include cases in members of Tinami<strong>da</strong>e (Or<strong>da</strong>no and Bo‑<br />

NoTA<br />

sisio 2001), Anhimi<strong>da</strong>e (Veiga and Oliveira 1995), Ana‑<br />

ti<strong>da</strong>e (Beltzer 1984, Or<strong>da</strong>no and Bosisio 2001), Craci<strong>da</strong>e<br />

(Teixeira and Sick 1986, Sick 2001), Suli<strong>da</strong>e (Coelho and<br />

Alves 1991), Phalacrocoraci<strong>da</strong>e (Mallet‑Rodrigues 2001),<br />

Catharti<strong>da</strong>e (Oliveira 1981, Hosner and Lebbin 2006),<br />

Columbi<strong>da</strong>e (Mallet‑Rodrigues 1995, González‑Acuña<br />

2004), Psittaci<strong>da</strong>e (Teixeira 1985, Sick 2001), Furnarii<strong>da</strong>e<br />

(Or<strong>da</strong>no and Bosisio 2001, Lebbin et al. 2007), Pipri<strong>da</strong>e<br />

(Anciães et al. 2005), Turdi<strong>da</strong>e (Veiga and Pardo 1990,<br />

Pomarede 1991, Piacentini 2001, Sick 2001), Thraupi‑<br />

<strong>da</strong>e (Sick 2001), Emberezi<strong>da</strong>e (Oliveira 1983a, b, Chebez<br />

1987, Nemésio 2001c, Sick 2001), Cardinali<strong>da</strong>e (Grilli<br />

et al. 2006), Paruli<strong>da</strong>e (Hosner and Lebbin 2006) and Ic‑<br />

teri<strong>da</strong>e (Sick 2001).<br />

Aberrant plumage may be caused by ambiental or<br />

genetic factors (Nemésio 1998a, b, 1999, 2001a, b). Dif‑<br />

ferent classifications are presented for genetically con‑<br />

trolled aberrant plumage (e.g. Buckley 1982, Teixeira,<br />

1985, Nemésio 1999, 2001b, van Grouw 2006). Teix‑<br />

eira (1985) mentioned six categories (albinism, leucism,<br />

xanthochroism, cianism, erythrism and melanism) latter<br />

reassembled by Nemésio (1999, 2001a, b) in a new clas‑


Record of a leucistic Rufous‑bellied Thrush Turdus rufiventris (Passeriformes, Turdi<strong>da</strong>e) in São Paulo city, Southeastern Brazil<br />

Carlos Campos Gonçalves Junior, Edson Aparecido <strong>da</strong> Silva, André Cordeiro De Luca, Tatiana Pongiluppi and Flavio de Barros Molina<br />

sification based on eight main categories. These are ino<br />

(including albinism, lutinism and rubinism), pied (leu‑<br />

cism), dilution, cianism, erythrism, melanism, cinnamon<br />

and fallow.<br />

Leucism is defined as the total absence of melanin<br />

in some or all feathers (but not other body tissues) and<br />

is caused by an inherited disorder in the pigment depo‑<br />

sition mechanism (Nemésio 1998a, 1999, van Grouw<br />

2006). Bird literature referring to leucism includes many<br />

specimens erroneously classified as partial and incom‑<br />

plete albinos (e.g. Oliveira 1983a, Coelho and Alves<br />

1991, Møller and Mousseau 2001, Dowding and Gum‑<br />

mer 2003, González‑Acuña 2004). As melanin is present<br />

in other parts of the body (like the eyes) the use of these<br />

terms is a big mistake (Buckley 1982, Nemésio 1998a,<br />

1999, 2001a, van Grouw 2006).<br />

In North America, leucism seems to be more com‑<br />

mon in the families Emberezi<strong>da</strong>e, Turdi<strong>da</strong>e, Icteri<strong>da</strong>e,<br />

Anati<strong>da</strong>e, Corvi<strong>da</strong>e and Passeri<strong>da</strong>e (Gross 1965). In the<br />

United Kingdon, leucism seems to be more common in<br />

the families Turdi<strong>da</strong>e, Corvi<strong>da</strong>e, Hirundini<strong>da</strong>e, Passeri‑<br />

<strong>da</strong>e, Sturni<strong>da</strong>e and Emberezi<strong>da</strong>e (Sage 1963). Leucistic<br />

birds rarely represent more than 1% of all the specimens<br />

in a natural population (Sage 1963, Santos 1981, Bensch<br />

et al. 2000). This frequency seems to be higher in cities<br />

when compared to the countryside (Il’enko 1960 apud<br />

Møller and Mousseau 2001), probably because leucism<br />

causing factors are more common in polluted urban ar‑<br />

eas (Møller and Mousseau 2001). Elevated frequencies of<br />

leucism in bird populations can be associated with ge‑<br />

netically inbred populations (4.5% in a recently found‑<br />

ed population of Acrocephalus arundinaceus in Sweden<br />

– Bensch et al. 2000) and with populations affected by<br />

nuclear accidents (13% to 15% in a population of Hirundo<br />

rustica after Chernobyl accident – Ellegren et al. 1997,<br />

Møller and Mousseau 2001).<br />

While studying a bird community at Parque do Ibi‑<br />

rapuera, a large urban park in São Paulo city, in 30 July<br />

2005, we found a completely leucistic adult of Turdus rufiventris.<br />

We could find no record of leucism in Turdus rufiventris<br />

in São Paulo city, thus making the bird described<br />

here noteworthy. It was identified based on external<br />

morphology, vocalization, and interaction with normally<br />

pigmented Turdus rufiventris. The leucistic specimen was<br />

photographed at a minimum distance of two meters with<br />

a digital Sony camera model Cyber Shot DSC‑H7 8.1<br />

Mega pixels 15 X OPTICAL ZOOM.<br />

The bird in question is almost completely white.<br />

All the feathers are white and the eyelids are pale yellow<br />

(lighter than normal). The beak, tarsus, and feet are nor‑<br />

mally colored. The iris is <strong>da</strong>rk (Figure 1). The leucistic<br />

bird was observed during many <strong>da</strong>ys from July to Decem‑<br />

ber 2005, in a total of 33 hours, always in the same area<br />

and interacting with normally colored Turdus rufiventris.<br />

Besides being more aware of human beings, it showed the<br />

Revista Brasileira de Ornitologia, 16(1), 2008<br />

common behavior of the species, feeding on earthworms<br />

and bathing in puddles. At the end of August 2005 it was<br />

observed in nesting activities for the first time (reproduc‑<br />

tive behavior will be described elsewhere based on obser‑<br />

vations registered from 2005 to 2007). No other leucist<br />

bird was observed at Parque do Ibirapuera.<br />

Brazilian ornithology has evolved rapidly during the<br />

last decades (Alves and Silva 2000, Marini and Garcia<br />

2005, Pacheco 2005), what is especially true for ecosys‑<br />

tems in South and Southeast Brazil (Silva 1998, Alves<br />

et al. 2000b, Vielliard 2000, Anjos 2001, Straube et al.<br />

2004). The development of studies related to bird ecolo‑<br />

gy are becoming increasingly more frequent in Brazil (e.g.<br />

Alves et al. 2000a, Albuquerque et al. 2001, Silva et al.<br />

2003, Donatelli et al. 2004, Olmos et al. 2005, Telino‑Jr<br />

et al. 2005) and so populations of common birds, like<br />

Turdus rufiventris, are increasingly more observed by or‑<br />

nithologists everywhere. Even so, the only records of free<br />

living leucistic specimens of Turdus rufiventris we could<br />

find in the literature were made for locations in Rio de<br />

Janeiro city (Sick 2001), Curitiba city (specimen incor‑<br />

rectly classified as albino – Veiga and Pardo 1990) and<br />

a city countryside Santa Catarina state (specimen found<br />

already as a cage bird – Piacentini 2001). The occurrence<br />

of leucism in Turdus spp. seems a rare event in Spain (0%<br />

to 0.23% – Santos 1981). North American Turdus migratorius<br />

with leucistic plumage seems not so rare (Johnston<br />

1947, Dexter 1949, 1957, Tyler 1964, Gross 1965) rep‑<br />

resenting probably the most affected bird species in the<br />

continent (Gross 1965).<br />

Albino and completely leucistic birds are more con‑<br />

spicuous than normally colored ones. They are often the<br />

target of harassment by conspecifics (Harris 1983, With‑<br />

gott 1993). As they are more visible to their pre<strong>da</strong>tors,<br />

FiGuRE 1: Leucism in Rufous‑bellied Thrush (Turdus rufiventris) at<br />

Parque do Ibirapuera, São Paulo city, Southeastern Brazil (photo by<br />

Carlos C. Gonçalves Júnior).<br />

73


74<br />

Record of a leucistic Rufous‑bellied Thrush Turdus rufiventris (Passeriformes, Turdi<strong>da</strong>e) in São Paulo city, Southeastern Brazil<br />

Carlos Campos Gonçalves Junior, Edson Aparecido <strong>da</strong> Silva, André Cordeiro De Luca, Tatiana Pongiluppi and Flavio de Barros Molina<br />

some authors state that their life span can be shorter than<br />

normal (Santos 1981, Pomarede 1991, Alaja and Mik‑<br />

kola 1997, Ellegren et al. 1997, Collins 2003). According<br />

to Møller and Mousseau (2001) there seems to be a selec‑<br />

tion against leucistic birds. Even so Bensch et al. (2000)<br />

found no differences in relation to life span and repro‑<br />

ductive success between partially leucistic and normally<br />

colored Acrocephalus arundinaceus in a Sweden popula‑<br />

tion. The same seems to be true for populations of owls,<br />

in this case probably because they have nocturnal habits<br />

(Alaja and Mikkola 1997). The above mentioned studies<br />

included cases of incomplete and complete leucism and<br />

obviously the degree of conspicuousness was variable. It<br />

is important to have in mind also that leucistic birds have<br />

normally colored eyes and therefore no problem related<br />

to bad eyesight (Grouw 2006).<br />

The survivorship of a leucistic bird predominantly<br />

diurnal as Turdus rufiventris may be explained by the fact<br />

that urban birds are less affected by pre<strong>da</strong>tors than wild<br />

ones (Møller and Mousseau 2001, Sick 2001, Shochat<br />

2004, Shochat et al. 2004). The domestic cat (Felis catus),<br />

a very important bird pre<strong>da</strong>tor in urban environments<br />

(Woods et al. 2003, Baker et al. 2005), is predominantly<br />

a nocturnal hunter (Clutton‑Brock 1999).<br />

ACKNowLEDGEMENTS<br />

We thank Herculano M. F. Alvarenga and Waverli Maia Mata‑<br />

razzo‑Neuberger for critically reviewing a first draft of the manuscript.<br />

The final version was critically evaluated by André Nemésio and Fran‑<br />

cisco Mallet‑Rodrigues. André Nemésio called our attention to an im‑<br />

portant part of the bibliography and was instrumental in the correct<br />

classification of aberrant plumages.<br />

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75


Revista Brasileira de Ornitologia, 16(1):76-77<br />

março de 2008<br />

1.<br />

2.<br />

3.<br />

Cavity roosting in the Slaty Bristlefront<br />

Merulaxis ater (Rhinocrypti<strong>da</strong>e)<br />

Fábio Olmos 1,3 and Robson Silva e Silva 2,3<br />

Largo do Paissandu 100/4C, 01034‑010, São Paulo, SP, Brasil. E‑mail: f‑olmos@uol.com.br<br />

Rua Amaral Gurgel, 63/51, 11035‑120, Santos, SP, Brasil. E‑mail: rsilvaesilva@uol.com.br<br />

BIOTA Consultores em Meio Ambiente, Rua Antonio F. Gandra 182, 11390‑250, São Vicente, SP, Brasil.<br />

Recebido em: 11/06/2007. Aceito em: 08/04/2008.<br />

ReSumO: O entufado Merulaxis ater (Rhinocrypti<strong>da</strong>e) abrigando-se em cavi<strong>da</strong>de. Um par de Merulaxis ater foi observado, por<br />

dois dias consecutivos no final <strong>da</strong> tarde, se recolhendo em uma profun<strong>da</strong> fissura natural em um afloramento de calcário no Parque<br />

Estadual Intervales, São Paulo, Brasil. A fissura, parcialmente preenchi<strong>da</strong> por folhas e outros materiais, parecia estar em uso a bastante<br />

tempo, sugerindo que esta espécie habitualmente utiliza cavi<strong>da</strong>des como abrigo noturno.<br />

PalavRaS-Chave: abrigo, comportamento, cavi<strong>da</strong>des, Merulaxis ater, Rhynocripti<strong>da</strong>e.<br />

Key-wORdS: behavior, cavity, Merulaxis ater, Rhynocripti<strong>da</strong>e, roosting.<br />

The Rhinocrypti<strong>da</strong>e form a widespread Neotropical<br />

family mostly made of ground‑dwelling birds of skulking<br />

habits and very limited flight capacity. The group attains its<br />

greatest diversity in the temperate areas of South America,<br />

either in open and forest habitats (Krabbe and Schulen‑<br />

berg 2003). The roosting behavior of the Rhinocrypti<strong>da</strong>e is<br />

poorly known, although Krabbe and Schulenberg (2003)<br />

pointed that many species are likely to sleep in cracks or un‑<br />

derground, the same places where they hide when pursued<br />

during <strong>da</strong>ytime. Among the forest taxa, Merulaxis, a Brazil‑<br />

ian Atlantic forest endemic, is among the poorest known,<br />

with very little published information on its natural history<br />

and ecology (Sick 1997, Krabbe and Schulenberg 2003).<br />

FiguRe 1: Male Merulaxis ater at Parque Estadual Intervales prior to<br />

flying into the roost cavity (R. Silva e Silva).<br />

NOTa<br />

Late afternoon 1 June 2007 at Intervales State Park<br />

(Ribeirão Grande, São Paulo, southeastern Brazil) we were<br />

photographing M. ater at Gruta Colori<strong>da</strong> (near 24°16’27”S,<br />

48°25’15”W). The Gruta is a deep gully with a limestone<br />

outcrop with a cave and several small cavities on the rock<br />

face. After one hour of play‑back, only a mild response<br />

was heard from the male of the pair, usually only the high‑<br />

pitched introductory notes of its song with one full song<br />

At 17:20, at dusk, first the male and then the female<br />

crossed the trail and approach the limestone outcrop at<br />

the rock base. At 17:27 the male approached and was pho‑<br />

tographed (Fig. 1) before flying directly into a rock cavity.<br />

A few moments later it was followed by the female.<br />

FiguRe 2: Female Merulaxis ater in a rock cavity near its roost (R.<br />

Silva e Silva).


FiguRe 3: Grotto on limestone outcrop. The arrow shows the roost<br />

cavity (F. Olmos).<br />

The following <strong>da</strong>y the birds did not reply to play‑<br />

back but at 17:29 the male approached the cavity. Ap‑<br />

parently disturbed by the camera flash it returned to the<br />

vegetation. The next approach the male flew into a small<br />

grotto before leaving and walking into the nearby dense<br />

undergrowth. While seen moving around, it did not re‑<br />

turn to the cavity. The female seemed less troubled by<br />

our presence and was photographed exploring a nearby<br />

rock cavity (Fig. 2) and almost perched on the head of<br />

our guide in an attempt to fly into the roosting cavity,<br />

after which she successfully entered the cavity.<br />

The roosting cavity was about 12 x 24 cm at its<br />

opening, 1.45 m above the ground, opening on the right<br />

wall of a gothic arch‑shaped grotto, completely sheltered<br />

from rain. The fissure continued upwards at a shallow<br />

angle for > 1 m after which it was no longer visible due to<br />

a curve in the tunnel. The “floor” of the fissure was cov‑<br />

ered by many leaves and other plant material that spilled<br />

from the cavity entrance and indicated that it had been<br />

nesting materials brought by the birds (Figs. 3, 4).<br />

Several Rhinocrypti<strong>da</strong>e, including Pterotochos spp.,<br />

Teledromas fuscus, Scelorchilus spp. and Scytalopus spp.,<br />

Cavity roosting in the Slaty Bristlefront Merulaxis ater (Rhinocrypti<strong>da</strong>e)<br />

Fábio Olmos and Robson Silva e Silva<br />

Revista Brasileira de Ornitologia, 16(1), 2008<br />

FiguRe 4: Entrance of roost cavity illustrating the large quantity<br />

of nesting material that fell while birds were bringing material to the<br />

roost (F. Olmos).<br />

are known to nest in cavities (Fraga and Narosky 1985,<br />

Krabbe and Schulenberg 2003), but cavity roosting out‑<br />

side the breeding season has not been reported. As M. ater<br />

has shown to roost in cavities, it is likely its still unde‑<br />

scribed nest (Sick 1997, Krabbe and Schulenberg 2003)<br />

will eventually be found in one such cavity.<br />

aCKNOwledgemTS<br />

Our thanks to Betinho, our guide while at Intervales, for taking<br />

us to the Bristlefront.<br />

ReFeReNCeS<br />

Fraga, R. and Narosky, T. (1985). Nidificacion de las aves argentinas<br />

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Sick, h. (1997). Ornitologia brasileira. Rio de Janeiro: Editora Nova<br />

Fronteira.<br />

77


Revista Brasileira de Ornitologia, 16(1):78-81<br />

março de 2008<br />

1.<br />

2.<br />

The Brazilian species complex Scytalopus speluncae:<br />

how many times can a holotype be overlooked?<br />

Marcos A. Raposo 1 and Guy M. Kirwan 2<br />

Museu Nacional, Departamento de Vertebrados, Setor de Ornitologia, Quinta <strong>da</strong> Boa Vista, s/n, 20940‑040, Rio de Janeiro, RJ, Brasil.<br />

E‑mail: raposo@mn.ufrj.br<br />

74 Waddington Street, Norwich NR2 4JS, UK. E‑mail: GMKirwan@aol.com<br />

Recebido em: 26/03/2008. Aceito em: 30/03/2008.<br />

The genus Scytalopus Gould, 1837 (Rhinocrypti‑<br />

<strong>da</strong>e), which as currently recognized comprises c.40 spe‑<br />

cies (Krabbe and Schulenberg 2003, Cuervo et al. 2005,<br />

Krabbe et al. 2005, Raposo et al. 2006), is one of the<br />

most confusing amongst Neotropical suboscines, as it<br />

presents a strong tendency to respond morphologically<br />

and vocally to geographical barriers. Nevertheless, these<br />

morphological and vocal responses are usually very subtle,<br />

making attempts to understand the evolution of different<br />

populations, as well as their taxonomy, highly complicat‑<br />

ed. To understand such a complex genus, strong method‑<br />

ological and conceptual parameters are required from the<br />

phenomenological point of view (species concept, careful<br />

study of geographical variation etc.), as well as from a no‑<br />

menclatural perspective, following a strict interpretation<br />

of the International Code of Zoological Nomenclature<br />

(ICZN 1999).<br />

This commentary focuses on some recently de‑<br />

scribed species that comprise the species complex Scytalopus<br />

speluncae (Ménétriés, 1835) (Given that several<br />

alternative spellings exist in the ornithological literature<br />

for Ménétriés, namely the present spelling, as well as<br />

Ménétries and even Ménétriès, and that we have already<br />

been ‘accused’ once, by Bornschein et al. 2007, of mis‑<br />

spelling his name, we take the opportunity to record that<br />

the international library stan<strong>da</strong>rd spelling is Ménétriés, as<br />

followed here and our earlier publication, Raposo et al.<br />

2006.). In writing a single commentary, we are motivated<br />

by the fact that virtually all of these descriptions share the<br />

same weakness, namely that they have singularly failed<br />

to compare their purported new taxa with the holotype<br />

that bears the senior name of the complex. Despite this,<br />

our commentary does not deal with the validity of those<br />

species per se; thus we do not seek to discuss the relative<br />

importance of the vocal, morphological and molecular<br />

characters used to support the erection of these new taxa.<br />

Instead, we seek to demonstrate that the lack of compari‑<br />

son with the relevant holotype has led to serious problems<br />

in the nomenclatural basis underlying the diagnoses of<br />

three new species belonging to the speluncae complex.<br />

COMENTÁRIO<br />

Scytalopus speluncae was described from a specimen<br />

collected at São João del Rei, Minas Gerais, Brazil. The<br />

holotype is housed in St. Petersburg (Zoological Insti‑<br />

tute, Russian Academy of Sciences, Figure 1A), and the<br />

plate accompanying the type description depicts a pale<br />

grey bird with a whitish throat (“devident blanchâtre vers<br />

le milieu de la gorge et de la poitrine”). Subsequently,<br />

Chrostowski (1921) analyzed the holotype and ampli‑<br />

fied the type description by mentioning the presence of<br />

brown‑fringed feathers in the rump region, a feature that<br />

was thereafter confirmed by an analysis of the same speci‑<br />

men by Raposo et al. (2006).<br />

In 1958, Helmut Sick, without having the oppor‑<br />

tunity to analyze the holotype of Ménétriés, described<br />

Scytalopus indigoticus novacapitalis, which is nowa<strong>da</strong>ys<br />

considered a separate species (Krabble and Schulenberg,<br />

2003) and is part of the S. speluncae complex. Sick (1958,<br />

1960) admitted doubts as to which species to assign his<br />

new taxon. S. novacapitalis is light grey with brown‑<br />

fringed feathers in the rump and flanks, being, in fact,<br />

morphologically almost identical to S. speluncae, accord‑<br />

ing to the posterior analysis of Raposo et al. (2006, based<br />

on holotype and topotypes). But, at the time, Sick was<br />

able to compare S. novacapitalis only with the White‑<br />

breasted Tapaculo S. indigoticus and with the <strong>da</strong>rk gray<br />

Mouse‑colored Tapaculo of the Brazilian coastal ranges<br />

(the Serra do Mar), referred by him, and most other au‑<br />

thors, to Scytalopus speluncae but since described as a dis‑<br />

tinct species, Scytalopus notorius Raposo et al. 2006. In<br />

addition to being uniform <strong>da</strong>rk grey, S. notorius lacks any<br />

trace of brown in the rump and flanks in adult males.<br />

At the time (1958), no topotype of S. speluncae was<br />

available to Sick, nor was such material in existence two<br />

years later when he prepared a second publication review‑<br />

ing Brazilian Rhinocrypti<strong>da</strong>e (Sick 1960), in which he<br />

elevated S. i. novacapitalis to specific status for the follow‑<br />

ing reasons: morphology close to indigoticus (much less to<br />

speluncae, though with some elements of intermediacy),<br />

but nevertheless with important differences (some of<br />

which, such as the slightly shorter bill and shorter rump


The Brazilian species complex Scytalopus speluncae: how many times can a holotype be overlooked?<br />

Marcos A. Raposo and Guy M. Kirwan<br />

feathers, Sick noted for the first time in 1960); biology,<br />

chiefly vocalizations, of which the song of novacapitalis<br />

recalls more that of speluncae, whilst what Sick described<br />

as the courtship call is different; and finally the appar‑<br />

ently very isolated range of novacapitalis, in Goiás. In<br />

respect of the latter point, Sick noted, however, that dis‑<br />

persal capabilities of Scytalopus had been underestimated,<br />

referring to Emilie Snethlage’s discovery of S. indigoticus<br />

in Minas Gerais, in 1926, from where (at that time) the<br />

bird had subsequently gone unrecorded, as well as the<br />

‘astonishing’ case of S. speluncae which had been origi‑<br />

nally collected in the same state, but never since, leading<br />

Pinto (1952) to doubt the identification. However, Sick<br />

(1960) then noted how easy it could be to overlook these<br />

tapaculos, given that Snethlage had assembled a large col‑<br />

lection in 1927 in the relevant part of Goiás from which<br />

he had described S. novacapitalis, without encountering<br />

FIGuRE 1: A: Scytalopus speluncae (holotype, ZISP 145251), lateral<br />

view; B: Scytalopus speluncae, detail of the abdominal feathers, heavily<br />

<strong>da</strong>maged, showing only the blackish base (ground) colour contrasting<br />

with the original pale gray breast feathers, although careful analysis<br />

of the flanks and thighs revealed the presence of some remnant buff<br />

feathers. C: Topotype (MNRJ 44019) of Scytalopus speluncae from São<br />

João del Rei, showing the buff feathers lost in the holotype; D: <strong>da</strong>rk<br />

gray Scytalopus notorius (holotype, MNRJ 36652).<br />

Revista Brasileira de Ornitologia, 16(1), 2008<br />

any Scytalopus. As an aside, Sick, who admitted to having<br />

neither studied the type or type description of S. speluncae,<br />

speculated that it was either wrongly labelled as to<br />

locality or might represent a ‘mix‑up’ with S. indigoticus,<br />

given that he understood the specimen to be juvenile. As<br />

we demonstrated in our earlier publication (Raposo et al.<br />

2006), the holotype of speluncae is an adult and as also<br />

dealt with earlier, but to be reiterated herein, the type<br />

locality does not seem doubtful but is corroborated by<br />

separate evidence.<br />

Sick’s misinterpretation of the name Scytalopus speluncae,<br />

based on the doubts expressed by Pinto (1952) as<br />

to its type being labelled correctly (because of the lack of<br />

subsequent records from Minas Gerais), was unsurpris‑<br />

ingly followed by almost all subsequent literature includ‑<br />

ing Maurício (2005), who also described another new<br />

species within the complex, which is also characterized by<br />

being pale gray with a brown rump and flanks. This spe‑<br />

cies, named Planalto Tapaculo Scytalopus pachecoi, which<br />

occurs in southern Brazil and extreme northeastern Ar‑<br />

gentina, was also compared principally with the <strong>da</strong>rk<br />

gray Mouse‑coloured Tapaculo, and not with the holo‑<br />

type of Scytalopus speluncae. Maurício reported, based<br />

on some photographs of the type of S. speluncae, that he<br />

was unable to see the whitish throat referred to [i.e. ‘re‑<br />

ferred to by’] Ménétriés (1835) in his description, or the<br />

brown (“reddish”) fringed rump feathers first noticed by<br />

Chrostowski (1921). Accordingly, Maurício (2005) con‑<br />

sidered that the specimen matched the <strong>da</strong>rk gray speci‑<br />

mens from the Brazilian coastal ranges (Mouse‑coloured<br />

Tapaculo), and further suggested that Ménétriés (1835)<br />

must have collected the specimen somewhere other than<br />

São João del Rei, basing this comment on the remarks of<br />

Pacheco (2004), who had earlier noted problems with a<br />

number of Menetries’s Brazilian type localities. Nonethe‑<br />

less, this problem does not appear ‘live’ in the present case<br />

(see Raposo et al. 2006 and below).<br />

Subsequently, together with our collaborators (Ra‑<br />

poso et al. 2006), we analyzed carefully and redescribed<br />

the light grey holotype of Scytalopus speluncae. Even<br />

though the holotype is <strong>da</strong>maged in the abdominal area<br />

(Figure 1B), we demonstrated the still‑evident presence<br />

of brown feathers in the flanks and rump (see Fig. 5 in<br />

Raposo et al. 2006), and also pointed out that the speci‑<br />

men possesses the whitish throat that was figured in the<br />

type description. After analyzing the material available to<br />

Maurício (2005), it became clear to us that he had erred<br />

in his analysis due to the poor quality of the photographs<br />

he had relied upon (vide Raposo et al. 2006).<br />

We also included a description of the first topotypes<br />

(Figure 1C) from São João del Rei and defended that they<br />

match the holotype and the original plate of Ménétriés.<br />

We also uncovered information from the Langsdorff<br />

diaries (Mikulinskii 1995) that confirmed the presence<br />

of Ménétriés in São João del Rei on the relevant <strong>da</strong>tes,<br />

79


80<br />

The Brazilian species complex Scytalopus speluncae: how many times can a holotype be overlooked?<br />

Marcos A. Raposo and Guy M. Kirwan<br />

thereby discarding any notion concerning the potential<br />

for mistakes in the determination of the type locality by<br />

Ménétriés. As noted above, on that occasion we also de‑<br />

scribed, as a new species (Scytalopus notorius, Figure 1D),<br />

the <strong>da</strong>rk gray populations that are confined to the coastal<br />

ranges of southeast Brazil, which taxon is now known to<br />

be phylogenetically distant from the clade comprised by<br />

the pale gray populations (Bornschein et al. 2007).<br />

At that point, three species, all morphologically<br />

characterized by being light gray with brown‑fringed<br />

rump and flanks, had been described: Scytalopus speluncae<br />

(sensu Raposo et al. 2006), S. novacapitalis and S. pachecoi.<br />

The two latter were not adequately compared with<br />

the populations that bear the older name, or with the<br />

holotype. Our paper (Raposo et al. 2006) also demon‑<br />

strated some striking similarities in the vocalizations of<br />

S. speluncae and S. pachecoi. It was clear at that point that<br />

those taxa should be reanalyzed on the basis of current<br />

nomenclatural knowledge.<br />

Nevertheless, just one year later, Bornschein et al.<br />

(2007) described yet another new species (Scytalopus<br />

diamantinensis), also broadly characterized as being light<br />

grey with brown flanks and rump. This new species occu‑<br />

pies the northeastern portion of the geographical range of<br />

the complex (Chapa<strong>da</strong> Diamantina, Bahia). Compared<br />

to Scytalopus pachecoi, the authors pointed out that im‑<br />

matures (n = 2) have different markings on the greater<br />

wing coverts, whilst also presenting molecular and (less<br />

convincing) vocal evidence for species status.<br />

Despite also failing to analyze the holotype of S. speluncae,<br />

Bornschein et al. (2007) argued that Raposo et al.<br />

(2006) were incorrect, yet presented no evidence to sup‑<br />

port this hypothesis. They further contended that the<br />

name S. speluncae must continue to be applied to the <strong>da</strong>rk<br />

gray Scytalopus notorius.<br />

Adding to this confusing situation, Bornschein et al.<br />

(2007) also noted that they intend to describe a new spe‑<br />

cies from the type locality of S. speluncae. This is clearly<br />

verified by an analysis of their text and the legend to their<br />

Figure 9, where they state that the vocalizations from<br />

São João del Rei refer to a new species. This statement<br />

presupposes that the type locality (from the original de‑<br />

scription), the specimen’s label, Langsdorff’s diary, the<br />

plate and original description (that specifically describe<br />

and illustrate a pale gray bird with a whitish throat) of<br />

S. speluncae are all erroneous, despite the clarifications<br />

proffered by Raposo et al. (2006). The holotype would<br />

also have to be extremely modified over time, from a <strong>da</strong>rk<br />

grey specimen to one that is now pale gray with brown<br />

flanks and rump, yet there is no evidence in any of the,<br />

albeit limited (because so few ornithologists interested in<br />

Brazilian birds have visited the relevant museum), litera‑<br />

ture that supports this view.<br />

If we accept the view of Bornschein et al. (2007),<br />

four new species (one still undescribed), all of which<br />

Revista Brasileira de Ornitologia, 16(1), 2008<br />

are light gray with brown flanks and rump, and none of<br />

which has been compared with the senior holotype (the<br />

fifth species), are extant in the serras of Brazil’s interior.<br />

S. novacapitalis occupies the northwestern part of the over‑<br />

all range (from Brasília south to western Minas Gerais),<br />

S. pachecoi the southern part (Rio Grande do Sul, Santa<br />

Catarina and northeastern Argentina); S. diamantinensis<br />

the northernmost part; and two species, S. speluncae and<br />

Scytalopus sp. nov. occupy the central area.<br />

As we mentioned at the outset, this commentary<br />

is concerned only with the nomenclatural question gov‑<br />

erning this species complex. It is to be expected that<br />

each one of these pale gray populations (and indeed<br />

perhaps others yet to be discovered) will possess their<br />

own morphometric characters, vocal singularities and<br />

molecular make‑up. Some of them might represent new<br />

taxa but it is important that their descriptions are made<br />

parsimoniously.<br />

Scytalopus novacapitalis, S. pachecoi and S. diamantinensis<br />

were described without comparison to the name‑<br />

bearing holotype of Scytalopus speluncae. Scytalopus sp.<br />

nov. (from Bornschein et al. 2007) is in the process of<br />

being described at least in part based on specimens from<br />

the type locality of S. speluncae. The authors involved in<br />

those descriptions have used as a springboard the bizarre<br />

assumption that all that is known, or has been published,<br />

concerning the holotype of Scytalopus speluncae is in‑<br />

correct, but to <strong>da</strong>te have consistently failed to present a<br />

single incontrovertible piece of evidence to support this<br />

belief, other than that of Pacheco (2004) who demon‑<br />

strated that some of Ménétriés’s Brazilian type localities<br />

must be incorrect, yet did not specifically bring into ques‑<br />

tion the issue posed by Scytalopus speluncae. Yet, Maurício<br />

(2005) and Bornschein et al. (2007) persist in dismissing<br />

the shared conclusion of six authors that have personally<br />

examined the holotype (namely Ménétriés, Chrotowski<br />

and the four authors of Raposo et al. 2006).<br />

To our knowledge, only three other authorities have<br />

taken the trouble to examine the holotype of S. speluncae.<br />

The first to do so was Burmeister (1856), who remarked<br />

on the pale coloration of the bare parts (‘whitish’ lower<br />

mandible and flesh‑coloured legs), a comment which<br />

Sick (1960) suggested might indicate that the specimen<br />

was a misidentified S. indigoticus, but these are features<br />

that would, of course, also apply (given some level of fad‑<br />

ing) to virtually any of the eastern Brazilian Scytalopus<br />

identified to <strong>da</strong>te, other than the all‑<strong>da</strong>rk grey population<br />

in the Serra do Mar. The second was C. E. Hellmayr (in<br />

Cory and Hellmayr, 1924), who, despite having analyzed<br />

the specimen, furnished only a general description of the<br />

species, based on a mixed series that he had to hand, and<br />

he made no specific commentary on the holotype. Ap‑<br />

parently, Helmut Sick also analyzed, later in his life (Sick<br />

1997), the holotype, but also made no direct commen‑<br />

tary on the plumage of that specimen.


The Brazilian species complex Scytalopus speluncae: how many times can a holotype be overlooked?<br />

Marcos A. Raposo and Guy M. Kirwan<br />

Bornschein et al. (2007) argued that the unpublished<br />

paper (by Maurício, one of his collaborators in the paper)<br />

would support their conclusions, but it is difficult to un‑<br />

derstand how they already can possess clear thoughts as<br />

the holotype’s identity, given that none of these authors<br />

has analyzed this specimen. Should conclusion presage<br />

analysis? It remains intangible to us how these authors can<br />

insist that the holotype lacks a whitish throat or brown<br />

feathers in the rump region without having performed<br />

such an analysis, and in clear contradiction of everyone<br />

who ever has published the results of such an examination.<br />

We are also unable to divine why they persist in contesting<br />

the type locality (and the evidence of the topotypes), when<br />

label <strong>da</strong>ta from the relevant specimen support its identi‑<br />

fication, as well as the type description and supporting<br />

historical <strong>da</strong>ta (see Raposo et al. 2006 for further details).<br />

We earlier noted (with no pretence to originality)<br />

that the genus Scytalopus constitutes one of the most taxo‑<br />

nomically problematic in the Neotropics. Such complex‑<br />

ity is easily verified when considering the distribution,<br />

morphology and vocals of these pale gray populations<br />

inhabiting the Brazilian interior. But, from a purely no‑<br />

menclatural perspective, this complex should prove quite<br />

simple to eluci<strong>da</strong>te, given the small number of older de‑<br />

scriptions and disposable names relevant to the case. It<br />

seems that we must reiterate that the oldest name of the<br />

group possesses a solid description (and plate) and an ex‑<br />

tant holotype, complete with its original label, which is<br />

considerably more than we might expect in the case of<br />

many avian taxa described in the first third of the 19th<br />

century. A careful reading of the International Code of<br />

Zoological Nomenclature, particularly those sections<br />

(Arts. 72, 73, 76) concerning the importance of the holo‑<br />

type and its type locality, would avoid many problems.<br />

In conclusion, the names Scytalopus novacapitalis,<br />

S. pachecoi and S. diamantinensis all demand review and<br />

appropriate comparison with the holotype and topotypes<br />

of Scytalopus speluncae, as well, of course, as the molecular<br />

and vocal work already being undertaken. The Scytalopus<br />

sp. nov. (of Bornschein et al. 2007), which apparently in‑<br />

cludes specimens from São João del Rei (and other locali‑<br />

ties in Minas Gerais) will otherwise be “born” in synon‑<br />

ymy, if its authors do not concern themselves more than<br />

they have done previously with the most basic precepts of<br />

the Code (ICZN 1999).<br />

ACKNOwlEdGEMENTs<br />

We thank library staff at the Natural History Museum, Tring,<br />

for answering our query pertaining to the correct spelling of Méné‑<br />

triés, and especially Frank Steinheimer for assisting with translations<br />

from the German language. Vladimir Loskot, at the Zoological Insti‑<br />

tute, Russian Academy of Sciences, St. Petersburg, offered us all pos‑<br />

sible assistance during our separate examinations of the holotype of<br />

Scytalopus speluncae held in that institution.<br />

Revista Brasileira de Ornitologia, 16(1), 2008<br />

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81


Revista Brasileira de Ornitologia, 16(1):82-98<br />

março de 2008<br />

Bibliografia ornitológica do Brasil – dissertações<br />

e teses no período de 1970 à 2005<br />

Sérgio Henrique Borges<br />

Fun<strong>da</strong>ção Vitória Amazônica. Rua Estrela d’Alva no.07, Conj. Mora<strong>da</strong> do Sol, 69080‑510, Manaus, Amazonas, Brasil.<br />

E‑mail: sergio@fva.org.br<br />

Recebido em: 10/03/2008. Aceito em: 12/03/2008.<br />

Nesta nota são relacionados 505 títulos de dis‑<br />

sertações de mestrado e teses de doutorado com temas<br />

ornitológicos elabora<strong>da</strong>s em instituições de ensino e<br />

pesquisa no Brasil. Estes títulos serviram de base para<br />

uma análise recente <strong>da</strong> importância dos cursos de pós‑<br />

graduação para a formações de ornitólogos no Brasil<br />

(Borges 2008). No levantamento destes títulos foram<br />

consultados mais de 80 cursos de pós‑graduação nas<br />

áreas de zoologia, ecologia, biologia animal, agronomia,<br />

engenharia florestal, genética entre outros. Além disso,<br />

uma extensa rede de colaboradores incluindo orienta‑<br />

dores, coordenadores e alunos dos cursos consultados<br />

auxiliou nesta compilação (ver agradecimentos em Bor‑<br />

ges 2008).<br />

Outra ferramenta útil, especialmente para disserta‑<br />

ções e teses elabora<strong>da</strong>s a partir de 1998, foi a consulta<br />

ao banco de teses <strong>da</strong> Coordenação de Aperfeiçoamento<br />

de Pessoal de Nível Superior – CAPES (http://servicos.<br />

capes.gov.br/capesdw/) que oferece a possibili<strong>da</strong>de de<br />

busca por palavras‑chave em ca<strong>da</strong> uma <strong>da</strong>s universi<strong>da</strong>des<br />

ou institutos de pesquisa. Nas buscas ao banco de <strong>da</strong>dos<br />

<strong>da</strong> CAPES as palavras‑chave usa<strong>da</strong>s foram ornitologia,<br />

avifauna e aves, e optou‑se pela busca seleciona<strong>da</strong> por<br />

“qualquer uma <strong>da</strong>s palavras”. As buscas extenderam‑se de<br />

1970 a 2005. Compilações mais atualiza<strong>da</strong>s podem ser<br />

realiza<strong>da</strong>s a partir <strong>da</strong> busca no banco de <strong>da</strong>dos <strong>da</strong> CAPES<br />

que inclui <strong>da</strong>dos mais detalhados como orientador e re‑<br />

sumo <strong>da</strong> dissertação ou tese. Uma tendência recente de<br />

alguns cursos de pós‑graduação é a de disponibilizar as<br />

dissertações e teses em formato <strong>PDF</strong>, faciltando o acesso<br />

a este tipo de literatura, em geral, muito restrita às enti‑<br />

<strong>da</strong>des locais.<br />

Os títulos abaixos foram relacionados a partir <strong>da</strong>s<br />

instituições localiza<strong>da</strong>s nas regiões sul, sudeste, centro‑<br />

oeste, norte e nordeste. Dentro de ca<strong>da</strong> região a sequ‑<br />

ência dos títulos foi organiza<strong>da</strong> através <strong>da</strong>s enti<strong>da</strong>des<br />

onde foram produzi<strong>da</strong>s maior número de dissertações<br />

e teses.<br />

As letras M e D que acompanham os títulos relacio‑<br />

nados a seguir identificam as dissertações de mestrado e<br />

teses de doutorado, respectivamente.<br />

RefeRênciaS<br />

Borges, S.H. (2008). A importância do ensino de pós‑graduação na<br />

formação de recursos humanos para o estudo <strong>da</strong> biodiversi<strong>da</strong>de<br />

no Brasil: um estudo de caso na ornitologia Biota Neotropica,<br />

Vol. 8(1):21‑27 (disponível em http://www.biotaneotropica.org.<br />

br/v8n1/pt/fullpaper?bn00108012008+pt).<br />

ReGiÃO SUL<br />

Universi<strong>da</strong>de federal do Paraná<br />

cOMenTÁRiO<br />

Anjos, L. 1988. Eto‑ecologia e análise dos sistemas de co‑<br />

municação sonora e visual <strong>da</strong> gralha‑azul Cyanocorax<br />

caeruleus (Vieillot, 1818) (Aves, Corvi<strong>da</strong>e). M.<br />

Anjos, L. 1992. Riqueza e abundância de aves em “ilhas”<br />

de floresta de araucária Curitiba‑PR. D.<br />

Arzua, M. 2002. Aspectos bioecológicos do parasitismo de<br />

carrapatos dos gêneros Amblyomma koch, 1844 e Ixodes<br />

Latreille, 1795 (Acari: Ixodi<strong>da</strong>e) em aves silvestres<br />

do bosque Reinhard Maack, Curitiba, Paraná. M.<br />

Carrillo, A.C. 2003. Educação ambiental para a conserva‑<br />

ção do Papagaio‑de‑cara‑roxa Amazonas brasiliensis),<br />

no Estado do Paraná – uma experiência na escola. M.<br />

Carvalho, P.P. 2004. Alterações patológicas encontra<strong>da</strong>s<br />

em psitacídeos mortos em cativeiro de janeiro de<br />

1994 a dezembro de 2002 no estado do Paraná. M.<br />

Cavalheiro, M.L. 1999. Quali<strong>da</strong>de do ambiente e caracte‑<br />

rísticas fisiológicas do Papagaio‑de‑cara‑roxa (Amazona<br />

brasiliensis) ilha compri<strong>da</strong> – São Paulo. M.<br />

Costa, L.C.M. 1985. Aspectos comportamentais de Vanellus<br />

chilensis (Aves, Charadriiformes) em Curitiba,<br />

Paraná. M.<br />

Costa, L.C.M. 1999. Análise do comportamento agonís‑<br />

tico de Vanellus chilensis (Molina, 1782) (Charadrii‑<br />

formes, Charadrii<strong>da</strong>e). D.<br />

Eiras, D.R. de B. 1985. Descrição <strong>da</strong>s primeiras fases on‑<br />

togênicas de Vanellus chilensis (Aves, Charadriifor‑<br />

mes) em Curitiba, Paraná. M.<br />

Garcia, R.G.F. 1980. Salmonelose em aves marinhas <strong>da</strong><br />

Baia de Paranaguá. M.


Krul, R. 1999. Interação de aves marinhas com a pesca de<br />

camarão no litoral paranaense. M.<br />

Lara, A.I. 1994. Composição <strong>da</strong> avifauna aquática <strong>da</strong><br />

margem esquer<strong>da</strong> do Reservatório de Itaipu, Paraná,<br />

Brasil. M.<br />

Leuchtenberger, R. 2004. Dieta e Vocalização de Procnias<br />

nudicollis (Cotingi<strong>da</strong>e, Aves): Implicações potenciais<br />

para a reprodução. M.<br />

Mariño, J.H.F. 2002. O canto do Tiziu Volantia jacarina<br />

(Aves, Emberizi<strong>da</strong>e), uma abor<strong>da</strong>gem estrutural e<br />

geográfica. D.<br />

Marterer, B.T.P. 1994. Avifauna do Parque Botânico do<br />

Morro do Baú, SC – Brasil. M.<br />

Mikich, S.B. 1994. Aspectos de comportamento, frugivo‑<br />

ria e utilização de hábitat por tucanos de uma reserva<br />

isola<strong>da</strong> do Estado do Paraná, Brasil. M.<br />

Mikich, S.B. 2001. Frugivoria e dispersão de sementes<br />

em uma pequena reserva isola<strong>da</strong> do estado do Para‑<br />

ná, Brasil. D.<br />

Muller, J.A. 2001. A avifauna e a entomofauna como<br />

indicadoras <strong>da</strong> quali<strong>da</strong>de de ambientes florestais no<br />

vale do Itajaí, SC. M.<br />

Neto, P.S. 1989. Contribuição à biologia do Papagaio‑<strong>da</strong>‑<br />

cara‑roxa Amazona brasiliensis L., 1758 (Psittaci<strong>da</strong>e,<br />

Aves). M.<br />

Oliveira, T.C.G. 2005. Estudo comparativo <strong>da</strong>s relações<br />

intra‑específicas do Phalacrocorax brasilianus (GME‑<br />

LIN, 1789) em Curitiba e no litoral do Estado do<br />

Paraná, Brasil. M.<br />

Pereira, K.K. 2003. Quali<strong>da</strong>de do território e sua influên‑<br />

cia na reprodução do João‑de‑barro (Furnarius rufus<br />

rufus Gmelin 1788). M.<br />

Pichorim, M. 1998. Biologia reprodutiva do Andori‑<br />

nhão‑de‑coleira‑falha Streptoprocne biscutata, (Scla‑<br />

ter 1865) (Aves: Apodi<strong>da</strong>e) do morro Anhangava,<br />

Serra do Mar paranaense. M.<br />

Pichorim, M. 2003. Parâmetros populacionais de quatro<br />

colônias de Streptoprocne biscutata (Aves: Apodi<strong>da</strong>e)<br />

do leste do Estado do Paraná, Sul do Brasil. D.<br />

Reinert, B.L. 2001. Distribuição geográfica, caracteri‑<br />

zação dos ambientes de ocorrência e conservação<br />

do Bicudinho‑do‑brejo (Stymphalornis Acutirostris<br />

Bornschein, Reinert & Teixeira,1995 – Aves,<br />

Formicarii<strong>da</strong>e). M.<br />

Sipinski, E.A.B. 2003. O Papagaio‑de‑cara‑roxa (Amazona<br />

brasiliensis) na ilha Rasa, PR – aspectos ecológicos<br />

e reprodutivos e relação com o ambiente. M.<br />

Soares, E.S. 2000. Estratégias de forrageamento de aves<br />

Passeriformes de estrato inferior de floresta. M.<br />

Uejima, A.M.K. 1998. Ecologia <strong>da</strong> gralha‑picaça Cyanocorax<br />

chrysops (vieillot, 1818) (Passeriformes: Corvi‑<br />

<strong>da</strong>e) em três áreas ao longo <strong>da</strong> bacia do rio Tibagi,<br />

estado do Paraná, Brasil. M.<br />

Uejima, A.M.K. 2004. Estudo experimental <strong>da</strong>s interações<br />

entre tamanho de fragmento, pre<strong>da</strong>ção nos ninhos e<br />

Bibliografia ornitológica do Brasil – dissertações e teses no período de 1970 à 2005<br />

Sérgio Henrique Borges<br />

Revista Brasileira de Ornitologia, 16(1), 2008<br />

alimento, na reprodução de Thamnophilus caerulescens<br />

(Vieillot 1816) (Passeriformes: Thamnophili<strong>da</strong>e). D.<br />

Valle, M.P. 1991. Sociabili<strong>da</strong>de e territoriali<strong>da</strong>de em po‑<br />

pulação de Chauna torquata (Aves, Anseriformes,<br />

Anhimi<strong>da</strong>e) na Estação Ecológica do Taim. M.<br />

fun<strong>da</strong>ção Universi<strong>da</strong>de federal do Rio Grande<br />

Accordi, Y.A. 2003. Estrutura espacial e sazonal <strong>da</strong> avi‑<br />

fauna e considerações sobre a conservação de aves<br />

aquáticas em uma área úmi<strong>da</strong> no Rio Grande do<br />

Sul. M.<br />

Albuquerque, J.L.B. 1996. Algumas espécies de aves <strong>da</strong><br />

floresta Atlântica brasileira: o papel de barreiras e<br />

eventos vicariantes. D.<br />

Baumgarten, M.M. 1998. Sistema de cruzamentos e va‑<br />

riabili<strong>da</strong>de genética em Sula leucogaster e Sula <strong>da</strong>ctylatra<br />

(Aves: Pelecaniformes), através de DNA fin‑<br />

gerprinting. M<br />

Both, R. 2001. Análise <strong>da</strong> sazonali<strong>da</strong>de <strong>da</strong> avifauna marinha<br />

do Arquipélago de São Pedro e São Paulo, Brasil. M.<br />

Bugoni, L. 2001. Ecologia alimentar do trinta‑réis‑boreal<br />

(Sterna hirundo) em sua área de invernagem no sul<br />

do Brasil. M.<br />

Carvalho, M.W.P. 1989. Estudos citogenéticos na familia<br />

fringilli<strong>da</strong>e (Passeriformes: Aves). M.<br />

Colabuono, F.I. 2005. Ecologia alimentar dos albatrozes<br />

Thalassarche melanophris e T. chlororhynchos e dos<br />

petréis Procellaria aequinoctialis e P. conspicillata no<br />

sul do Brasil. M.<br />

Filho, R.C.B. 2004. Abundância, estrutura etária e repro‑<br />

dução do atobá‑marrom (Sula leucogaster) no Arqui‑<br />

pélago de São Pedro e São Paulo, Brasil. M.<br />

Forneck, E.D. 2001. Biótopos naturais nas nascentes do<br />

Arroio Dilúvio (Porto Alegre, RS) caracterizados por<br />

vegetação e avifauna. M.<br />

Kindel, A. 1996. Interações entre plantas ornitocóricas<br />

e aves frugívoras na Estação Ecológica de Aracuri,<br />

Muitos Capões, RS. M.<br />

Kindel, E. 1996. Padrões de dispersão e disposição es‑<br />

pacial de Araucaria angustifolia e suas relações com<br />

aves e mamíferos na Estação Ecológica de Aracuri,<br />

Esmeral<strong>da</strong>, RS. M.<br />

Kohlrausch, A.B. 1998. Evolução do dimorfismo sexual<br />

em atobás. M.<br />

Marques, M.I.B. 1988. Ecologia <strong>da</strong> reprodução de Nothura<br />

maculosa (Temminck, 1915) aplica<strong>da</strong> a seu<br />

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Martin, E.V. 1997. Estrutura <strong>da</strong>s comuni<strong>da</strong>des de aves aquá‑<br />

ticas no complexo de áreas úmi<strong>da</strong>s de Tapes e Aramba‑<br />

ré, Planície Costeira do Rio Grande do Sul. M.<br />

Mendonça‑Lima, A. 2002. Análise do forrageio de Basileuterus<br />

culicivorus e B. leucoblepharus (Aves, Paruli‑<br />

<strong>da</strong>e) em mata semi‑decidual no sul do Brasil. M.<br />

83


84<br />

Menegheti, J.O. 1982. Relação entre proporção de sexo,<br />

acasalamento, recrutamento e mortali<strong>da</strong>de pela caça<br />

na determinação de densi<strong>da</strong>de de Nothura maculosa<br />

(Temminck, 1815) (Aves, Tinami<strong>da</strong>e). M.<br />

Mohr, L.V. 2001. Helmintofauna do marrecão, Netta peposaca<br />

(Viellot, 1816) e <strong>da</strong> marreca‑caneleira, Dendrocygna<br />

bicolor (Viellot, 1816) no Rio Grande do<br />

Sul. M.<br />

Naves, L.C. 1999. Ecologia alimentar do talha‑mar Rhynchops<br />

nigra (aves: rhynchopi<strong>da</strong>e) na desembocadura<br />

<strong>da</strong> Lagoa dos Patos. M.<br />

Neves, T.S. 2000. Distribuição e abundância de aves ma‑<br />

rinhas na costa sul do Brasil. M.<br />

Tauce<strong>da</strong>, K.C. 2001. Composição e abundância <strong>da</strong> avi‑<br />

fauna aquática <strong>da</strong> Reserva Biológica do Lami (Porto<br />

Alegre, Brasil) e sua importância biológica. M.<br />

Voss, W.A. 1989. Apreciação ecológica <strong>da</strong> avifauna livre<br />

e de características ambientais do Parque Zoológico<br />

em Sapucaia do Sul, rio Grande do Sul. M.<br />

Zimmer, R. 1992. Análise filogenética de aves <strong>da</strong> familia<br />

Anati<strong>da</strong>e pelo sequenciamento do gene de RNA ri‑<br />

bossomal 12s do dna mitocondrial. M.<br />

Pontifícia Universi<strong>da</strong>de católica do Rio Grande do Sul<br />

Azevedo, M.A.G. 2003. História Natural do gavião‑te‑<br />

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Brasil. M.<br />

Bastos, V.L. 1993. Contribuição ao estudo dos aspectos<br />

reprodutivos e comportamentais de Myiopsitta monachus<br />

monachus (Bod<strong>da</strong>ert, 1783) (Aves‑ Psittaci‑<br />

formes) na Fazen<strong>da</strong> Linck, Município de Cachoeira<br />

do Sul, RS, Brasil. M.<br />

Caye, C.E. 1993. Contribuição ao estudo <strong>da</strong> biologia <strong>da</strong><br />

caturrita (Myiopsitta monachus monachus, Bod<strong>da</strong>ert,<br />

1783) (Aves, Psittaciformes) com ênfase em aspectos<br />

alimentares. M.<br />

Dias, R.A. 2000. A comuni<strong>da</strong>de de aves aquáticas e gra‑<br />

nívoras em dois sistemas de cultivo de arroz irrigado<br />

no sul do Rio Grande do Sul, Brasil. M.<br />

Efe, M.A. 2001. Ecologia reprodutiva, variações morfo‑<br />

lógicas, padrões de crescimento e populacionais de<br />

Sterna sandvicensis euryghatha no Brasil. M.<br />

Ferreira, C.M. 2001. Diagnóstico <strong>da</strong> avifauna captura‑<br />

<strong>da</strong> ilegalmente no Estado do Rio Grande do Sul,<br />

Brasil. M.<br />

Fontana, C.S. 1994. História natural de Heteroxolmis<br />

dominicana (Viellot, 1823) (Aves, Tyranni<strong>da</strong>e) com<br />

ênfase na relação ecológica com Xanthopsar flavus<br />

(Gmelin, 1788) (Aves, Icteri<strong>da</strong>e) no nordeste do Rio<br />

Grande do Sul. M.<br />

Fontana, C.S. 2004. Estrutura de uma comuni<strong>da</strong>de ur‑<br />

bana de aves: um experimento em Porto Alegre, Rio<br />

Grande do Sul. D.<br />

Bibliografia ornitológica do Brasil – dissertações e teses no período de 1970 à 2005<br />

Sérgio Henrique Borges<br />

Revista Brasileira de Ornitologia, 16(1), 2008<br />

Joenck, C.M. 2005. Utilização do espaço arbóreo no for‑<br />

rageio por Leptasthenura setaria (Temminck,1824)<br />

e L. striolata (Pelzen,1856) (Furnarii<strong>da</strong>e, Aves) em<br />

Floresta Ombrófila Mista Montana no Rio Grande<br />

do Sul, Brasil. M.<br />

Krügel, M.M. 2004. Interações entre aves e plantas em<br />

uma floresta estacional decidual do Rio Grande do<br />

Sul, Brasil. D.<br />

Luciane, M. 1998. Contribuição ao estudo <strong>da</strong> dinâmica<br />

populacional de Cygnus atratus (Latham, 1790) em<br />

cativeiro (Aves, Anati<strong>da</strong>e). M.<br />

Mata, H. 2005. História evolutiva <strong>da</strong>s espécies não‑andi‑<br />

nas de Scytalopus inferi<strong>da</strong> através <strong>da</strong> variabili<strong>da</strong>de no<br />

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Maurício, G.N. 2003. Taxonomia de populações meri‑<br />

dionais do grupo Scytalopus spelucae, com a descrição<br />

de uma nova espécie (Aves: Rhinocrypti<strong>da</strong>e). M.<br />

Mendonça, M.K. 1998. Efeitos <strong>da</strong> fragmentação florestal<br />

e urbanização sobre a comuni<strong>da</strong>de de aves na ci<strong>da</strong>de<br />

de Maringá, Paraná. M.<br />

Oliveira, R.L.V. 1999. Análise protéica do Dendrocygna<br />

viduata (Linnaeus, 1766) (Dendrogygni<strong>da</strong>e, Anse‑<br />

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Grande do Sul. M.<br />

Pauletti, N.P. 1996. Estudo eco‑etológico de Amazona<br />

pretrei Temminck, 1830 (Aves, Psittaciformes), em<br />

condição de cativeiro. M.<br />

Petry, M.V. 1994. Distribuição espacial e aspectos popu‑<br />

lacionais <strong>da</strong> avifauna de Stinker Point – Ilha Elefante<br />

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Petry, M.V. 2001. Estudo ecológico de nidificação e su‑<br />

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formes em Lindolfo Collor, Rio Grande do Sul. D.<br />

Prestes, N.P. 2003. Composição qualitativa e quantitativa<br />

<strong>da</strong> avifauna na Floresta Nacional de Passo Fundo,<br />

Rio Grande do Sul, Brasil. D.<br />

Quedi, W.T. 1998. Contribuição para o estudo <strong>da</strong> dinâmi‑<br />

ca <strong>da</strong> população de Casmerodius albus (lineu, 1758)<br />

– garça branca grande – (Ardei<strong>da</strong>e) na fazen<strong>da</strong> arvo‑<br />

redo no município de Barra do Ribeiro – RS. M.<br />

Setubal, S.S. 1991. Biologia e ecologia dos tinamídeos<br />

Rhynchotus rufescens (Temminck, 1815) e Nothura<br />

maculosa (Temminck, 1855) na região do Distrito<br />

Federal, Brasil. M.<br />

Vianna, A.D. 2001. Aspectos <strong>da</strong> dinâmica populacional de<br />

Agelaius ruficapillus (Emberizi<strong>da</strong>e, Aves) em uma área<br />

orizícola no sul do Rio Grande do Sul – Brasil. M.<br />

Universi<strong>da</strong>de estadual de Londrina<br />

Fávaro, F.L. 2005. Efeito dos gradientes altitudinais e<br />

latitudinais sobre espécies de aves florestais <strong>da</strong> fa‑<br />

mília Furnarii<strong>da</strong>e na bacia do Rio Tibagi, Sul do<br />

Brasil. M.


Lopes, E.V. 2005. Riqueza, abundância e microhabitat de<br />

aves papa‑formigas (Thamnophili<strong>da</strong>e) em remanes‑<br />

centes florestais <strong>da</strong> bacia hidrográfica do rio Tibagi,<br />

sul do Brasil. M.<br />

Poletto, F. 2003. Caracterização dos macros e microhabi‑<br />

tats e segregação ecológica de cinco espécies de ara‑<br />

paçus (Aves: Dendrocolapti<strong>da</strong>e) em um fragmento<br />

florestal <strong>da</strong> região de Londrina, norte do Estado do<br />

Paraná. M.<br />

Volpato, G.H. 2003. Caracterização de microhabitat de<br />

Passeriformes de solo em um fragmento de flores‑<br />

ta atlântica no norte do Estado do Paraná, sul do<br />

Brasil. M.<br />

Universi<strong>da</strong>de estadual de Maringá<br />

Gimenes, M.R. 2001. Distribuição espacial de aves em<br />

três ilhas de um trecho do alto rio Paraná, divisa<br />

entre os Estados do Paraná e Mato Grosso do Sul,<br />

Brasil. M.<br />

Gimenes, M.R. 2005. Estudos ecológicos dos Ciconifor‑<br />

mes (Aves) nos hábitats de forrageamento na planí‑<br />

cie alagável do rio Paraná, Brasil. D.<br />

Mendonça, L.B. 2003. Interações entre beija‑flores (Tro‑<br />

chili<strong>da</strong>e) e Palicourea crocea (Sw.) Roem et Schult.<br />

(Rubiaceae) na planície de inun<strong>da</strong>ção do alto rio Pa‑<br />

raná, Brasil. M.<br />

Ribeiro, A.L. 2002. Uma análise ecológica <strong>da</strong> assembléia<br />

de Falconiformes <strong>da</strong> planície de inun<strong>da</strong>ção do alto<br />

rio Paraná e noroeste paranaense, Brasil. M.<br />

Universi<strong>da</strong>de federal de Santa catarina<br />

Espíndola, M.B. 2005. Papel <strong>da</strong> chuva de sementes na<br />

restauração <strong>da</strong> restinga do Parque Florestal do Rio<br />

Vermelho, Florianópolis‑SC. M.<br />

Mendonça, E.N. 2004. Aspectos <strong>da</strong> autoecologia de Cecropia<br />

glaziovii Snethl. (Cecropiaceae), fun<strong>da</strong>mentos<br />

para o manejo e conservação de populações naturais<br />

<strong>da</strong> espécie. M.<br />

Souza, I. 2004. A criação <strong>da</strong> fauna silvestre em Santa<br />

Catarina: dos agroecossistemas indígenas aos dias<br />

atuais. M.<br />

Zimmermann, C.E. 2000. Dispersão de Virola bicuhyba<br />

(Schott) Warb. no Parque Botânico do Morro Baú<br />

– Ilhota/Santa Catarina. M.<br />

Universi<strong>da</strong>de do Vale do itajaí<br />

Ebert, L.G. 2005. Estrutura populacional e ativi<strong>da</strong>de diá‑<br />

ria de Larus domicanus Lichtenstein (Lari<strong>da</strong>e, Aves),<br />

no Estuário do Saco <strong>da</strong> Fazen<strong>da</strong>. M.<br />

Bibliografia ornitológica do Brasil – dissertações e teses no período de 1970 à 2005<br />

Sérgio Henrique Borges<br />

Revista Brasileira de Ornitologia, 16(1), 2008<br />

Fracasso, H.A.A. 2004. Ecologia reprodutiva de Sterna<br />

hirundinacea Lesson (Lari<strong>da</strong>e, Aves) na Ilha dos Car‑<br />

dos, Florianópolis, SC. M.<br />

Soares, M. 2002. Análise do potencial turístico <strong>da</strong>s aves<br />

como alternativa para o desenvolvimento do turis‑<br />

mo em bases sustentáveis no eixo Piçarras – Balne‑<br />

ário Camboriú, do litoral Centro – Norte de Santa<br />

Catarina. M.<br />

Universi<strong>da</strong>de Vale dos Sinos<br />

Fonseca, V.S. 2003. Distribuição <strong>da</strong> avifauna em um mo‑<br />

saico ambiental de vegetação nativa e planta<strong>da</strong> no<br />

sul do Brasil. M.<br />

Universi<strong>da</strong>de de São Paulo<br />

ReGiÃO SUDeSTe<br />

Almei<strong>da</strong>, A. F. 1981. Avifauna de uma área defloresta<strong>da</strong><br />

em Anhembi, Estado de São Paulo, Brasil. D.<br />

Alvarenga, H.M.F. 1999. Revisão sistemática <strong>da</strong>s aves<br />

Phorusrhaci<strong>da</strong>e. D.<br />

Baumgarten, M.M. 2003. Estudo genético‑popula‑<br />

cional em atobás (Pelecaniiformes, Aves) <strong>da</strong> costa<br />

brasileira. D.<br />

Berlinch, J.G.C. 1993. Consumo de oxigênio, quocien‑<br />

te respiratório, controle <strong>da</strong> temperatura corpórea e<br />

ativi<strong>da</strong>de muscular durante a eutermia torpor e fase<br />

pre‑torpor em 2 espécies de beija‑flor E. macroura e<br />

Amazilia lactea. M.<br />

Bokermann, W.C.A. 1991. Observações sobre a biologia<br />

do macuco Tinamus solitarius. D.<br />

Borsari, A. 2005. Estudo experimental sobre a aprendi‑<br />

zagem social em araras‑canindé (Ara-ararauna) em<br />

cativeiro. M.<br />

Boscolo, D. 2002. O uso de técnicas de play‑back no de‑<br />

senvolvimento de um método capaz de atestar a pre‑<br />

sença ou ausência de aves no interior de fragmentos<br />

florestais. M.<br />

Cabanne, G.S. 2004. Estudo <strong>da</strong> diferenciação genética<br />

populacional do Arapaçu rajado – Xiphorhynchus<br />

fuscus fuscus – no sudeste <strong>da</strong> floresta Atlântica pela<br />

análise de seqüências <strong>da</strong> região controladora do<br />

DNA mitocondrial. M.<br />

Caparroz, R. 1998. Estudo de populações naturais de psi‑<br />

tacídeos neotropicais (Psittaciformes: Aves) por téc‑<br />

nica de identificação individual pelo DNA (DNA<br />

fingerprinting): enfoque em conservação. M.<br />

Caparroz, R. 2003. Filogeografia, estrutura e variabili<strong>da</strong>‑<br />

de genética de arara canindé) Ara ararauna, Psittaci‑<br />

formes: Aves) no Brasil basea<strong>da</strong>s na análise de DNA<br />

mitocondrial e de DNA nuclear. D.<br />

85


86<br />

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93


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95


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97


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SEÇÃO CBRO<br />

SEÇÃO DO COMITÊ BRASILEIRO DE REGISTROS ORNITOLÓGICOS – CBRO 1<br />

Núcleo Central<br />

André Barcellos Silveira<br />

Alberto Urben Filho<br />

Dimas Pioli<br />

Fabio Schunck<br />

Gustavo Sigrist Betini<br />

Ismael Franz<br />

Iury de Almei<strong>da</strong> Accordi<br />

Luciano Moreira Lima<br />

Editor Responsável<br />

Glayson Ariel Bencke<br />

CBRO – Comitê Brasileiro de Registros Ornitológicos<br />

http://www.cbro.org.br<br />

Presidente Emérito<br />

Fernando <strong>da</strong> Costa Novaes (1927‑2004)<br />

Membros Honorários<br />

Edwin O’Neill Willis<br />

Hélio Ferraz de Almei<strong>da</strong> Camargo (in memoriam)<br />

José Hi<strong>da</strong>si<br />

Pedro Scherer Neto<br />

Rolf Grantsau<br />

Walter Adolfo Voss<br />

William Belton<br />

Núcleo Diretor<br />

José Fernando Pacheco – Diretor<br />

Luiz Fernando de Andrade Figueiredo – Vice-Diretor<br />

Vítor de Queiroz Piacentini – Secretário<br />

Fernando Costa Straube – Secretário<br />

Maria Antonietta Castro Pivatto<br />

Conselho Consultivo<br />

Andrew Whittaker<br />

Bret M. Whitney<br />

Herculano Alvarenga<br />

João Luiz Xavier do Nascimento<br />

Juan Mazar Barnett<br />

Jules R. Soto<br />

Marcos Ricardo Bornschein<br />

Mario Cohn‑Haft<br />

Ricardo Parrini<br />

Rudi Ricardo Laps<br />

Sônia Aline Ro<strong>da</strong><br />

Núcleo de Taxonomia<br />

Alexandre Aleixo – Coordenador<br />

Carlos Eduardo Quevedo Agne – Secretário<br />

Guilherme Renzo Rocha Brito – Secretário<br />

Fábio Olmos<br />

Fábio Raposo<br />

Francisco Mallet‑Rodrigues<br />

Giovanni Nachtigall Maurício<br />

Luís Fábio Silveira<br />

Sérgio Posso<br />

1 Trabalhos para esta seção deverão ser enviados ao Editor‑Chefe <strong>da</strong><br />

Revista Brasileira de Ornitologia, conforme “Instruções aos Autores”.<br />

Revista Brasileira de Ornitologia, 16(1)<br />

março de 2008


1.<br />

2.<br />

seÇÃo CBRo<br />

A critical look at the alleged Brazilian records of the<br />

Indian Yellow-nosed Albatross Thalassarche carteri,<br />

with comments on mollymawk identification in Brazil<br />

(Procellariiformes: Diomedei<strong>da</strong>e)<br />

Caio J. Carlos 1,2<br />

Laboratório de Elasmobrânquios e Aves Marinhas, Departamento de Oceanografia, Fun<strong>da</strong>ção Universi<strong>da</strong>de Federal do Rio Grande,<br />

Caixa Postal 474, 96201‑900, Rio Grande, RS, Brasil.<br />

Current address: Aquasis – Associação de Pesquisa e Preservação de Ecossistemas Aquáticos, Praia de Iparana, s/n (SESC Iparana), 61600‑000,<br />

Caucaia, CE, Brasil. E‑mail: cjcarlos@bol.com.br<br />

Recebido em: 31/08/2007. Aceito em: 21/02/2008.<br />

Resumo: uma visão crítica acerca dos supostos registros brasileiros do albatroz-de-nariz-amarelo-do-índico Thalassarche<br />

carteri, com comentários sobre a identificação de albatrozes pequenos no Brasil (Procellariiformes: Diomedei<strong>da</strong>e). Este trabalho<br />

apresenta uma revisão crítica a respeito dos recentes registros do albatroz‑de‑nariz‑amarelo‑do‑índico, Thalassarche carteri, para o<br />

Estado <strong>da</strong> Bahia, Brasil. A distribuição pelágica de T. carteri inclui o sul do Oceano Índico e o sudoeste do Pacífico. Aparentemente,<br />

não há registros dessa espécie para a América do Sul. Além disso, a identificação dos supostos espécimes de T. carteri encontrados no<br />

Brasil foi basea<strong>da</strong> em interpretações errôneas sobre as diferenças do bico entre essa espécie e o albatroz‑de‑nariz‑amarelo‑do‑atlântico,<br />

T. chlororhynchos. Com isso, a ocorrência de T. carteri no Brasil deve ser considera<strong>da</strong>, pelo menos por enquanto, como improvável.<br />

Por fim, a identificação dos pequenos albatrozes do gênero Thalassarche é brevemente discuti<strong>da</strong>.<br />

PAlAvRAs-ChAve: Procellariiformes, albatroz‑de‑nariz‑amarelo, Thalassarche chlororhynchos, Thalassarche carteri, Brasil.<br />

KeY-woRDs: Procellariiformes, Yellow‑nosed Albatross, Thalassarche chlororhynchos, Thalassarche carteri, Brazil.<br />

Lima and Grantsau (2005) have recently reported<br />

on four specimens of the Indian Yellow‑nosed Albatross<br />

Thalassarche carteri found dead ashore in the Brazilian<br />

state of Bahia (c. 10°S) in the years 1994‑2004. However,<br />

as I will discuss in this paper, these records may well be in<br />

error, as misidentification involving the similar Atlantic<br />

Yellow‑nosed Albatross T. chlororhynchos is much more<br />

likely. This latter species is a common and abun<strong>da</strong>nt visi‑<br />

tor to off‑shore waters of south‑east and south Brazil, be‑<br />

tween 23‑34°S, but often recorded in the north‑east as<br />

far north as 7°S in the state of Pernambuco (Sick 1997,<br />

Carlos et al. 2005, Carlos 2006). I will also overview the<br />

identification of other Thalassarche mollymawks (sensu<br />

Robertson and Nunn 1998) at sea and in the hand.<br />

Taxonomy of Yellow-nosed Albatrosses. The “stan<strong>da</strong>rd”<br />

approach to the Diomedei<strong>da</strong>e taxonomy can be found in<br />

Alexander et al. (1965), where 15 renowned seabird tax‑<br />

onomists from around the world recognized 13 species in<br />

the genera Diomedea and Phoebetria. For many years, the<br />

only major change was the description of a new species of<br />

a great albatross, D. amster<strong>da</strong>mensis, breeding on Amster‑<br />

<strong>da</strong>m Island in the Indian Ocean (Roux et al. 1983).<br />

Revista Brasileira de Ornitologia, 16(1):99-106<br />

março de 2008<br />

At the First Conference on the Biology and Conser‑<br />

vation of Albatrosses held in Hobart (Tasmania, Australia)<br />

in September 1995, C. J. R. Robertson and G. B. Nunn<br />

presented a taxonomic revision of albatrosses, recogniz‑<br />

ing four genera (they resurrected Thalassarche to include<br />

the mollymawks and Phoebastria for the Northern Pacific<br />

albatrosses) and elevating all existing terminal taxa (sub‑<br />

species) to species level. As a result, they recognized 24<br />

species instead of 14. Their presentation was published<br />

in the conference book three years later (Robertson and<br />

Nunn 1998).<br />

In the second edition of Volume 1 of Peter’s check-list<br />

of birds of the world (Jouanin and Mougin 1979:56) only<br />

Diomedea chlororhynchos Gmelin, 1789 (based on “Yellow‑<br />

nosed Albatross” of Latham, 1785) and type locality “Cape<br />

of Good Hope” was listed for all the Yellow‑nosed Alba‑<br />

trosses, never mentioning breeding places. According to<br />

Medway (1998), the type specimen of the (Atlantic) Yel‑<br />

low‑nosed Albatross was actually taken in the South Atlan‑<br />

tic at 35°13’S, 06°03’W, a few hundred kilometres north‑<br />

east of Tristan <strong>da</strong> Cunha during Captain James Cook’s<br />

second circumnavigation, 1772‑1775. The specimen is no


100<br />

A critical look at the alleged Brazilian records of the Indian Yellow‑nosed Albatross Thalassarche carteri,<br />

with comments on mollymawk identification in Brazil (Procellariiformes: Diomedei<strong>da</strong>e)<br />

Caio J. Carlos<br />

longer available, but is clearly identifiable from a painting<br />

and notes made by George Forster (Medway 1998).<br />

The nomenclature of Yellow‑nosed Albatrosses of<br />

Indian Ocean has attracted some discussion in the or‑<br />

nithological literature. Contra Jouanin and Mougin<br />

(1979), two taxa have been described and long regarded<br />

as subspecies, distinct from the nominate chlororhynchos<br />

of South Atlantic: Thalassogeron carteri Rothschild, 1903<br />

and Diomedea bassi Mathews, 1912 (Brooke et al. 1980,<br />

Warham 1990, Marchant and Higgins 1990, del Hoyo<br />

et al. 1992). The Indian Yellow‑nosed Albatross was for‑<br />

mally separated from the Atlantic Yellow‑nosed Albatross<br />

in 1995 with the name Thalassarche bassi being assigned<br />

to Indian Ocean species, which had formerly been called<br />

Diomedea chlororhynchos bassi (e.g., Marchant and Hig‑<br />

gins 1990, Warham 1990, del Hoyo et al. 1992). This was<br />

reasonable given that Brooke et al. (1980) had questioned<br />

the validity of the name carteri. Then, in the conference<br />

book Robertson and Nunn (1998) used the name carteri,<br />

without explanations why bassi had been abandoned.<br />

However, Robertson (2002) successfully demonstrated<br />

that the type specimens of both bassi and carteri refer to<br />

the same taxon, and thus carteri takes precedence over the<br />

synonym bassi (see Figure 1).<br />

Geographic distribution of Yellow-nosed Albatrosses: The<br />

common names of both Atlantic and Indian Yellow‑<br />

nosed Albatrosses describe these species’ feature (the yel‑<br />

low stripe along the culminicorn; see below) and breed‑<br />

ing area. Bourne and Casement (1993), however, split<br />

the two taxa into Western (chlororhynchos) and Eastern<br />

Yellow‑nosed Albatrosses (carteri), but it seems that only<br />

Tickell (2000) followed this naming system.<br />

The Atlantic Yellow‑nosed Albatross breeds on<br />

Gough and all islands of the Tristan <strong>da</strong> Cunha group<br />

in south‑central Atlantic. The species ranges at sea over<br />

much of South Atlantic Ocean, mainly between 10‑50°S,<br />

but appears to be infrequent off East South America south<br />

of 45°S (Marchant and Higgins 1990, Brooke 2004). A<br />

few birds have been recorded as far west as Amster<strong>da</strong>m<br />

Island (Indian Ocean) and New Zealand, with occasional<br />

stragglers to the North Atlantic (Marchant and Higgins<br />

1990, del Hoyo et al. 1992, Brooke 2004).<br />

The Indian Yellow‑nosed Albatross breeds on sub‑<br />

Antarctic Prince Edward, Crozet, Kerguelen, Amster<strong>da</strong>m<br />

and St. Paul islands in the South Indian Ocean. Non‑<br />

breeding birds disperse across the warmer waters of the<br />

subtropical and sub‑Antarctic Indian Ocean, between<br />

FIguRe 1: Upper (skull) end of the bills of the type specimens of Diomedea bassi Mathews, 1912 (left; American Museum of Natural History<br />

[AMNH] No. 527047) and Thalassogeron carteri Rothschild, 1903 (right; AMNH No. 527048) (photos by M. Hart, AMNH).<br />

Revista Brasileira de Ornitologia, 16(1), 2008


35‑49°S, reaching south‑west Australia, and range east to<br />

the Tasman Sea and north‑east New Zealand (Marchant<br />

and Higgins 1990, del Hoyo et al. 1992, Brooke 2004).<br />

Apparently, there are no substantiated records for this<br />

species in the seas off the Americas.<br />

Identifying Atlantic and Indian Yellow-nosed Albatrosses:<br />

In freshly moulted adult Atlantic Yellow‑nosed Albatross‑<br />

es the head and hindneck are bluish‑grey, slightly paler on<br />

the forehead and crown, forming a well‑demarked hood<br />

that contrasts with the otherwise white under‑parts. Usu‑<br />

ally, the grey hood enables readily separation from the In‑<br />

dian Yellow‑nosed Albatross, which has white head with<br />

faint pale‑grey wash restricted to cheeks (Brooke et al.<br />

1980, Marchant and Higgins 1990, Brooke 2004). How‑<br />

ever, the hood of Atlantic birds becomes paler with wear<br />

and adults in highly worn plumage may be very hard to<br />

distinguish. Immatures of both species have white heads,<br />

and separation on plumage characters alone, if possible at<br />

all, is problematic.<br />

Both species exhibit rather similar dimensions and<br />

weights, and it is not possible to separate them on that<br />

ground alone (Table 1). There is a marked sexual di‑<br />

morphism in size of the Indian Yellow‑nosed Albatross,<br />

the males being significantly larger than females (Ryan<br />

1999). Females in mated pairs of the Atlantic Ocean spe‑<br />

cies breeding at Gough are slightly smaller than males,<br />

but no measurements are currently available (Furness<br />

1988).<br />

The smaller and similar‑looking mollymawks form a<br />

group of white‑bodied, <strong>da</strong>rk‑backed species with bright‑<br />

orange or yellow marked bill in adults. Among them, the<br />

best criteria for the species determination are the shapes<br />

and arrangements of bill plates, especially at upper (skull)<br />

end or base (Murphy 1936, Marchant and Higgins 1990,<br />

Warham 1990, Tickell 2000, Brooke 2004; see discussion<br />

TABle 1: Measurements of live Atlantic Thalassarche chlororhynchos<br />

(from Gough Island, south‑central Atlantic) and Indian Yellow‑nosed<br />

Albatrosses T. carteri unsexed specimens (from Prince Edward Island,<br />

south‑west Indian Ocean; Brooke et al. 1980). Data are mean (± stan‑<br />

<strong>da</strong>rd deviation; range), and n = sample size.<br />

measurements T. chlororhynchos T. carteri<br />

Culmen length<br />

Wing chord<br />

Tail length<br />

114.6<br />

(3.9; 107.6‑121.8)<br />

n = 27<br />

501<br />

(10.9; 483‑520)<br />

n = 27<br />

195<br />

(8.4; 118‑214)<br />

n = 27<br />

Tarsus length —<br />

A critical look at the alleged Brazilian records of the Indian Yellow‑nosed Albatross Thalassarche carteri,<br />

with comments on mollymawk identification in Brazil (Procellariiformes: Diomedei<strong>da</strong>e)<br />

Caio J. Carlos<br />

118.7<br />

(4.5; 111.2‑124.2)<br />

n = 15<br />

488<br />

(9.7; 465‑499)<br />

n = 14<br />

197<br />

(7; 185‑210)<br />

n = 15<br />

82.1<br />

(2.5; 78.7‑86.6)<br />

n = 15<br />

Revista Brasileira de Ornitologia, 16(1), 2008<br />

101<br />

below). All fledglings display the shape at the culminicorn<br />

base, which is retained all through their lifes, regardless of<br />

age‑related changes in bill colouration.<br />

Adult Yellow‑nosed Albatrosses of both species have<br />

black bills with a narrow bright‑yellow culminicorn stripe<br />

becoming orange or pinkish on the ridge of the maxillary<br />

unguis. Brooke et al. (1980) suggested that the upper end<br />

of the yellow stripe varies geographically, being pointed in<br />

the Indian Ocean birds and rounded in Atlantic Ocean<br />

birds. Black‑and‑white photographs from birds at breed‑<br />

ing colonies in Brooke et al. (1980), as well as illustrations<br />

in Warham (1990: Figure 2.8) and Tickell (2000: Plates<br />

6 and 7), demonstrate this. The revision by Robertson<br />

(2002) of the correct scientific name of Indian Yellow‑<br />

nosed Albatross is also an illuminating contribution to<br />

any debate reviewing the identification of this species. Ac‑<br />

cording to him, most authors concentrated on the shape<br />

of the culminicorn yellow stripe, a character of no use in<br />

juvenile and young birds, which have wholly glossy‑black<br />

bills. Furthermore, most illustrations in the literature do<br />

not show that the upper end of the culminicorn of both<br />

taxa is yellow with a variable margin of black (Murphy<br />

1936, Robertson 2002).<br />

Further, drawings of T. chlororhynchos (stricto sensu)<br />

in Marchant and Higgins (1990:266) and Robertson<br />

(2002) clearly demonstrate that the culminicorn wid‑<br />

ens above nostrils and there is a black proximal margin<br />

around the yellow. I also have inspected several Atlantic<br />

Yellow‑nosed Albatross specimens in some Brazilian col‑<br />

lections (Appendix), and confirm these characteristics.<br />

Thus, as already pointed out by Robertson (2002), the<br />

definitive difference in the upper end of the culminicorn<br />

between Atlantic and Indian Yellow‑nosed Albatrosses is<br />

the broadening of the plate above the nostrils in the for‑<br />

mer species (Figures 1, 2). The shape of the upper end<br />

of adult’s culmen yellow stripe is not always consistently<br />

rounded in T. chlororhynchos and pointed in T. carteri<br />

(Robertson 2002). Marchant and Higgins (1990: 329)<br />

accurately explained this situation as follows: “…Cul‑<br />

minicorn of Indian Ocean birds tapers behind nares, and<br />

pointed at base; naricorn has straight sides. In s. Atlan‑<br />

tic birds, culminicorn broadens behind nares, and has<br />

rounded base; naricorn has convex sides”.<br />

Does the Indian Yellow-nosed Albatross occur in Brazil?<br />

In their short account, Lima and Grantsau (2005) stated,<br />

quoting Robertson (2002), that “…T. chlororhynchos has<br />

the base of culminicorn rounded, whereas in T. carteri it<br />

is pointed” (my translation). Undoubtedly, however, their<br />

identifications were based solely on the shape of the yel‑<br />

low stripe at the upper end of the specimens’ culmini‑<br />

corn. The confusion regarding the identity of the speci‑<br />

mens collected by Lima and Grantsau becomes evident<br />

after carefully examining the (unnumbered) photograph<br />

where they compare the bases of the bills of a T. chloro-


102<br />

A critical look at the alleged Brazilian records of the Indian Yellow‑nosed Albatross Thalassarche carteri,<br />

with comments on mollymawk identification in Brazil (Procellariiformes: Diomedei<strong>da</strong>e)<br />

Caio J. Carlos<br />

FIguRe 2: Sketch drawings of the upper (skull) end of the bills of adult and immature Atlantic and Indian Yellow‑nosed Albatrosses, Thalassarche<br />

chlororhynchos and T. carteri (drawn by the author). In (1) adult (FURG No. 106) and (2) immature (FURG No. 358) T. chlororhynchos, the<br />

culminicorn widens above nostrils. In (3) adult and (4) immature T. carteri (based on Marchant and Higgins 1990 and Robertson 2002), the<br />

culminicorn tapers behind nostrils and is pointed at base. In adults of both species there is a black proximal margin around the yellow stripe.<br />

rhynchos (left) and what they considered to be a T. carteri<br />

(right). In fact, the upper end of the culmen yellow stripe<br />

of the supposed T. carteri is somewhat pointed, but the<br />

culminicorn obviously broadens behind nostrils, and has<br />

a rounded base. The simple conclusion is that the alleged<br />

T. carteri refers to T. chlororhynchos.<br />

It is my opinion that an incorrect interpretation of<br />

bill differences between Atlantic and Indian Yellow‑nosed<br />

Albatrosses has been the main factor that has misdirect<br />

Lima and Grantsau’s (2005) conclusion. For example,<br />

three Atlantic Yellow‑nosed Albatrosses specimens I stud‑<br />

ied in the Museu de Zoologia <strong>da</strong> Universi<strong>da</strong>de de São Paulo<br />

(MZUSP Nos. 62647, 75481, and 75491), all collected in<br />

Brazil, also have the upper end of the yellow stripe pointed<br />

rather than rounded. However, in all of these the culmini‑<br />

corn broadens above the nostrils (Figure 3). Therefore, in<br />

view of the unprecedented nature of these records, that is,<br />

Indian Yellow‑nosed Albatross has not been reliably re‑<br />

corded off South America, and the lack of adequate sup‑<br />

porting information in Lima and Grantsau (2005), this<br />

species’ occurrence in Brazil remains unsubstantiated.<br />

FIguRe 3: Bases of the bills of three Atlantic Yellow‑nosed Albatrosses Thalassarche chlororhynchos housed in the Museu de Zoologia <strong>da</strong> Universi<strong>da</strong>de<br />

de São Paulo (MZUSP): Nos. 75491 (left), 75481 (middle), and 62647 (right). In all, the yellow stripe upper end is pointed, but the culminicorn<br />

broadens above the nostrils. Note also the black proximal margin around the paler area (photos by the author).<br />

Revista Brasileira de Ornitologia, 16(1), 2008


Mollymawk identification in Brazil: At least three molly‑<br />

mawk species have been documented for Brazil, namely,<br />

Atlantic Yellow‑nosed T. chlororhynchos, Black‑browed<br />

T. melanophris, and Grey‑headed T. chrysostoma Alba‑<br />

trosses (Carlos 2006). A fourth taxa, “Shy” Albatross<br />

T. cauta (lato sensu) is also known in Brazil from three<br />

specimens (Petry et al. 1991, Lima et al. 2004, Dénes<br />

et al. in press), but their true identity remains to be de‑<br />

termined, since body measurements do not unequivo‑<br />

cally separate T. cauta (stricto sensu) from the very similar<br />

White‑capped Albatross T. steadi (Double et al. 2003; see<br />

discussion below). In tables 2 and 3, respectively, I sum‑<br />

marized key morphological features of immature and full‑<br />

adult specimens of these taxa. The <strong>da</strong>ta presented herein<br />

are based on the literature (e.g., Marchant and Higgins<br />

1990, Brooke 2004), studies of museum specimens (Ap‑<br />

pendix), and my own field experience (e.g., Carlos et al.<br />

2005, Carlos 2006; C.J.C. and C. E. Fedrizzi, unpubl.<br />

<strong>da</strong>ta).<br />

Yellow-nosed Albatross T. chlororhynchos (lato sensu):<br />

This is the smallest, with the most slender appearance,<br />

and longest tail of the mollymawks. The narrow bill ap‑<br />

pears very long and has yellow stripe confined to culmini‑<br />

corn in adults. The upper end of the culminicorn does not<br />

meet the forehead feathering and is bordered by a black<br />

membrane (see Figures 1, 2). The head and hindneck are<br />

faintly tinged with bluish‑grey in freshly moulted adults<br />

(T. chlororhynchos, stricto sensu). The under‑wing is largely<br />

white and has narrow <strong>da</strong>rk margins, slightly broader on<br />

the leading edge. The juvenile differs from adults in hav‑<br />

ing entirely glossy‑black bill, and more extensive <strong>da</strong>rk<br />

margins on the under‑wing. Adults with grey heads could<br />

be confused with adult Grey‑headed Albatrosses, but the<br />

TABle 2: Key morphological features of immature specimens of Thalassarche mollymawks. Data were taken from the literature, museum skins (Ap‑<br />

pendix) and specimens found dead ashore in the state of Rio Grande do Sul, south Brazil (C.J.C. and C. E. Fedrizzi, unpubl. <strong>da</strong>ta).<br />

Taxa Bill colouration under-wing pattern head and neck patterns Plumage around the eye<br />

T. melanophris Dark olive‑brown with<br />

blackish tip; gradually<br />

lightens to yellow, the tip<br />

remaining <strong>da</strong>rk<br />

T. chrysostoma Dark‑grey; gradually lightens<br />

to yellow along culmen and<br />

bottom of ramicorn<br />

T. chlororhynchos Glossy‑black; gradually<br />

lightens to yellow along<br />

culmen<br />

T. cauta/steadi Grey with <strong>da</strong>rk tip; gradually<br />

lightens to yellow on the tip<br />

and culminicorn upper end 1<br />

A critical look at the alleged Brazilian records of the Indian Yellow‑nosed Albatross Thalassarche carteri,<br />

with comments on mollymawk identification in Brazil (Procellariiformes: Diomedei<strong>da</strong>e)<br />

Caio J. Carlos<br />

Mainly blackish with a<br />

narrow greyish axial streak<br />

Dark‑grey, often with<br />

narrow white central stripe<br />

White with black wing‑tip<br />

and narrow black margins,<br />

slightly broader on the<br />

leading edge<br />

White with very narrow<br />

black margins and diagnostic<br />

pre‑axillary notch at the base<br />

of leading edge<br />

1 Only T. cauta (stricto sensu) has some yellow on the culminicorn upper end.<br />

White, but crown and<br />

nape mottled with pale<br />

grey, sometimes forming an<br />

incomplete collar<br />

Obvious <strong>da</strong>rk patch, giving a<br />

“frowning” looking<br />

Entirely <strong>da</strong>rk‑grey White crescent just behind<br />

and below eye<br />

All white Dark patch in front and<br />

behind eye, not giving a<br />

“frowning” looking<br />

Forehead and crown white,<br />

sides of the head and neck<br />

grey<br />

Narrow greyish‑black brow<br />

tapering across upper lores;<br />

thin white crescent below<br />

eye<br />

TABle 3: Key morphological features of adult specimens of Thalassarche mollymawks. Data were taken from the literature, museum skins (Appen‑<br />

dix) and specimens found dead ashore in the state of Rio Grande do Sul, south Brazil (C.J.C. and C. E. Fedrizzi, unpubl. <strong>da</strong>ta).<br />

Taxa Bill colouration under-wing pattern head and neck patterns Plumage around the eye<br />

T. melanophris Yellow with reddish tip White central area broadly<br />

margined with black,<br />

somewhat more so on the<br />

leading edge<br />

All white Like that of immature<br />

T. chrysostoma Dark‑grey with bright<br />

yellow line along culmen<br />

and ramicorn<br />

Similar to T. melanophris Entirely light‑grey Like that of immature<br />

T. chlororhynchos Black with bright yellow Like that of immature, but Head and hindneck tinged Like that of immature<br />

culminicorn and pinkish tip black margins narrower with grey in fleshly moulted<br />

birds<br />

T. cauta/steadi Uniform greyish‑horn with<br />

yellowish tip and base of the<br />

culmen1 Like that of immature Like that of immature, but Like that of immature<br />

sides of the head light‑grey<br />

1 Only T. cauta (stricto sensu) has some yellow on the culminicorn upper end.<br />

Revista Brasileira de Ornitologia, 16(1), 2008<br />

103


104<br />

A critical look at the alleged Brazilian records of the Indian Yellow‑nosed Albatross Thalassarche carteri,<br />

with comments on mollymawk identification in Brazil (Procellariiformes: Diomedei<strong>da</strong>e)<br />

Caio J. Carlos<br />

latter species has yellow or orange stripes on upper and<br />

lower mandibles and different under‑wing pattern.<br />

Black-browed Albatross T. melanophris: A white‑headed<br />

mollymawk with reddish‑tipped yellow bill in adult. The<br />

central area of the under‑wing is white and broadly mar‑<br />

gined with black, somewhat more so on the leading edge.<br />

A <strong>da</strong>rk patch around the eye contrasts with the white<br />

head to give the bird a “frowning” look. The culminicorn<br />

is expanded where it meets the forehead feathering (Fig‑<br />

ure 4). The juvenile has brownish‑grey markings on the<br />

nape, and occasionally on the crown, forming an incom‑<br />

plete collar, which becomes less pronounced with wear.<br />

The under‑wing is mainly <strong>da</strong>rk with narrow greyish axial<br />

streak. The fledgling has the bill <strong>da</strong>rk‑grey or <strong>da</strong>rk‑olive<br />

brown with blackish nails.<br />

Grey-headed Albatross T. chrysostoma: This species is sim‑<br />

ilar to the Black‑browed Albatross in size and under‑wing<br />

pattern, but differs in having bluish‑grey head and neck,<br />

which contrast with white breast, and uniform <strong>da</strong>rk‑grey<br />

bill. The white axial portion of the under‑wing tends to<br />

be more extensive than in Black‑browed Albatross. The<br />

forehead is paler than the rest of the head, but does not<br />

form a well‑defined pale patch as in the “Shy” Albatross<br />

(lato sensu). The bill has a yellow culminicorn and yellow<br />

line along the bottom of the ramicorn, which, however,<br />

are difficult to observe from a distance. The narrow cul‑<br />

minicorn is bordered by a blackish membrane (naricorn)<br />

and is rounded, but not expanded where it joins the fore‑<br />

head feathering (Figure 4). The juvenile is similar to the<br />

young Black‑browed Albatross, but the head is usually<br />

<strong>da</strong>rk‑grey, even <strong>da</strong>rker than that of the adult, and the<br />

under‑wing often shows some white instead of being all<br />

<strong>da</strong>rk. At this stage, bill colouration is the most reliable<br />

character.<br />

“Shy” Albatross T. cauta (lato sensu): The largest and<br />

stoutest‑billed of the mollymawks, with a distinctive un‑<br />

der‑wing pattern, resembling that of the “Wandering”<br />

Albatross Diomedea exulans (lato sensu). The under‑wing<br />

is mostly white, with narrow black edging and a diagnos‑<br />

tic “pre‑axillary notch” at the base of leading edge. The<br />

base of the culminicorn is rounded and does not reach<br />

the feathering (Figure 4). The four currently recognized<br />

species within this complex (Robertson and Nunn 1998)<br />

– Shy T. cauta, White‑capped T. steadi, Salvin’s T. salvini,<br />

and Chatham T. eremita Albatrosses – nest on a few<br />

rocky islands off Tasmania and New Zealand and range<br />

widely at sea in the southern Pacific, Atlantic, and Indian<br />

Oceans (Murphy 1936, Marchant and Higgins 1990, del<br />

Hoyo et al. 1992, Brooke 2004, Phalan et al. 2004). It<br />

should be noted, however, that T. eremita, which breeds<br />

only on Pyramid Rock in the Chatham Islands, with a<br />

non‑breeding pelagic range to adjacent waters, is unlikely<br />

to wander so far (Marchant and Higgins 1990, del Hoyo<br />

et al. 1992, Brooke 2004).<br />

In adults “Shy‑type Albatrosses” T. cauta and<br />

T. steadi the head and neck are mostly white with light‑<br />

grey hue on the cheeks in fresh plumage. The bill is horn‑<br />

coloured, with a yellow tip (both taxa) and base (only<br />

FIguRe 4: Sketches of the upper (skull) end of the bills of Thalassarche mollymawks (drawn by the author). (1) Black‑browed Albatross T. melanophris<br />

(FURG No. 351): the membranous naricorn is not visible and the expanded end of the culminicorn reaches the feathering on the forehead. (2) Grey‑<br />

headed Albatross T. chrysostoma (MZUSP No. 73513): the rounded base of the narrow culminicorn reaches the feathering and is not surrounded by a<br />

membrane at its base. (3) “Shy‑type Albatrosses” T. cauta/steadi (based on photographs of specimen No. 36933 in the Museu Nacional/Universi<strong>da</strong>de<br />

Federal do Rio de Janeiro) and (4) Salvin’s Albatross T. salvini (based on Marchant and Higgins 1990): the base of the culminicorn is rounded and<br />

does not reach the feathering.<br />

Revista Brasileira de Ornitologia, 16(1), 2008


A critical look at the alleged Brazilian records of the Indian Yellow‑nosed Albatross Thalassarche carteri,<br />

with comments on mollymawk identification in Brazil (Procellariiformes: Diomedei<strong>da</strong>e)<br />

Caio J. Carlos<br />

T. cauta). Both species have fairly similar body dimen‑<br />

sions, and no single measurement is useful for separation<br />

(Double et al. 2003). Juveniles are much like adults but<br />

the bill is greyish with a black tip to both mandibles. In<br />

the two other slightly smaller species (specially in the bill)<br />

of this complex, either the head is brownish‑grey with<br />

paler forehead and the bill grey with ivory‑horn to yel‑<br />

lowish culminicorn (T. salvini), or the head is <strong>da</strong>rk‑grey,<br />

the crown paler, and the bill entirely bright‑yellow with<br />

<strong>da</strong>rk mandibulary ungues (T. eremita). Juveniles resemble<br />

adults, but have a uniformly grey bill and more grey on<br />

the head and neck (Murphy 1936, Marchant and Higgins<br />

1990, del Hoyo et al. 1992).<br />

To conclude, in the hand mollymawks can be identi‑<br />

fied on the basis of bill characters alone. Bill colouration<br />

of adults is also diagnostic, but of little use when the birds<br />

are viewed from a distance, and under poor light condi‑<br />

tions. Under‑wing patterns appear to be the better guide,<br />

and with some experience most individuals can be pre‑<br />

cisely determined. When possible, the bill and head co‑<br />

louration should also be used to confirm identifications.<br />

ACKnowleDgmenTs<br />

I thank C. M. Vooren for gui<strong>da</strong>nce, and C. E. Fedrizzi, F. I.<br />

Colabuono and G. Vianna for commenting on the typescript. S. M.<br />

de Azevedo‑Júnior (Universi<strong>da</strong>de Federal de Pernambuco – UFPE),<br />

L. F Silveira and F. V. Dénes (Museu de Zoologia <strong>da</strong> Universi<strong>da</strong>de<br />

de São Paulo – MZUSP), J. M. R. Soto and M. Mincarone (Mu‑<br />

seu Oceanográfico do Vale do Itajaí – MOVI), and C. M. Vooren<br />

(Fun<strong>da</strong>ção Universi<strong>da</strong>de Federal do Rio Grande – FURG) allowed me<br />

to study specimens under their care. M. Raposo and C. Assis (Museu<br />

Nacional/Universi<strong>da</strong>de Federal do Rio de Janeiro – MNRJ) sent me<br />

important digital photographs of a “Shy Albatross” specimen. M. Hart<br />

(Department of Ornithology, American Museum of Natural History)<br />

provided me with several photographs of the type specimens of Thalassogeron<br />

carteri and D. bassi. The author received a master’s scholarship<br />

from Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior<br />

(CAPES), Brazil.<br />

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106<br />

A critical look at the alleged Brazilian records of the Indian Yellow‑nosed Albatross Thalassarche carteri,<br />

with comments on mollymawk identification in Brazil (Procellariiformes: Diomedei<strong>da</strong>e)<br />

Caio J. Carlos<br />

APPenDIx<br />

List of specimens examined in the Coleção Ornitológica <strong>da</strong> Universi<strong>da</strong>de Federal de Pernambuco (UFPE), Recife;<br />

Museu de Zoologia <strong>da</strong> Universi<strong>da</strong>de de São Paulo (MZUSP), São Paulo; and Coleção de Aves Marinhas do Laboratório<br />

de Elasmobrânquios e Aves Marinhas, Fun<strong>da</strong>ção Universi<strong>da</strong>de Federal do Rio Grande (FURG), Rio Grande.<br />

Black‑browed Albatross Thalassarche melanophris:<br />

Four males; São Paulo: Praia Grande, Peruíbe (MZUSP 36645, 37154), 29/vii/1954 (collected by L. Travassos‑Filho,<br />

E. A. Camargo, E. Dente and Medeiros), 31/vii/1954 (collected by E. Kuhn, M. Kuhlmann, L. Travassos‑Filho and H.<br />

Camargo); Rio Grande do Sul: São José do Norte (FURG 45, 219), v/1983. Four females; São Paulo: Peruíbe (MZUSP<br />

34901, 56309), 9/ix/1951 (collected by Lima), 1/vi/1964 (collected by R. Grantsau); Rio Grande do Sul: Praia do Cassino<br />

(FURG 353, 354), 28/xii/1984. Eight unsexed; São Paulo: Santos (MZUSP 16177), 5/ix/1930; Rio Grande do Sul: Praia<br />

do Cassino (FURG 44, 215, 351, 352), 17/xi/1982, 3/v/1983, 07/ix/1982, 01/viii/1982; “alto mar” (FURG 355), 10/<br />

x/1981; at sea in 30°02’S, 47°14’W (MZUSP 73510), 25/v/1991 (collected by T. Neves); at sea in 34°S, 50°W (MZUSP<br />

74159), xi/1995 (collected by T. Neves).<br />

Atlantic Yellow‑nosed Albatross Thalassarche chlororhynchos:<br />

Three males; São Paulo: Praia Ipanema, Ilha do Cardoso, Cananéia (MZUSP 70633), 1/ix/1991 (collected by P. Martus‑<br />

celli); Rio Grande do Sul: at sea in 30°39’S, 46°17’W (MZUSP 74340), 4/v/1996 (collected by T. Neves); Praia do Cassino<br />

(FURG 106), 19/ix/1984. Twelve unsexed; Pernambuco: Praia de Maria Farinha (UFPE 799), 19/v/1978; Bahia: “litoral<br />

norte” (MZUSP 75445), 8/xii/2000 (collected by P. Lima); Rio de Janeiro: at sea in 23°57’S, 41°27’W (MZUSP 75492),<br />

24/viii/2000 (collected by T. Neves); Rio de Janeiro: no locality (MZUSP 62647), 16/ix/1963 (collected by R. L. Araújo);<br />

São Paulo: at sea in 24°40’S‑44°40’W (MZUSP 75470), 18/ix/2000 (collected by T neves); Paraná: Itararé (MZUSP<br />

75752), 13/viii/2000; Santa Catarina: at sea in 29°41’S‑45°50’W (MZUSP 75491), 28/vi/2001 (collected by F. Olmos);<br />

Rio Grande do Sul: at sea in 34°36’S‑32°07’W (MZUSP 75481, 75490), 20/ix/2000 (collected by T. Neves); Praia do<br />

Cassino (FURG 96, 356, 358), no <strong>da</strong>te, 20/v/1983, x/1981.<br />

Grey‑headed Albatross Thalassarche chrysostoma:<br />

One unsexed; São Paulo: Praia Grande (MZUSP 73513), 23/vi/1993 (collected by T. Neves and F. Olmos).<br />

Revista Brasileira de Ornitologia, 16(1), 2008


A Revista Brasileira de Ornitologia receberá contribuições<br />

originais relativas a qualquer aspecto <strong>da</strong> biologia <strong>da</strong>s aves,<br />

enfatizando a documentação, a análise e a interpretação de<br />

estudos de campo e laboratório, além <strong>da</strong> apresentação de novos<br />

métodos ou teorias e revisão de idéias ou informações préexistentes.<br />

A Revista Brasileira de Ornitologia tem interesse em<br />

publicar, por exemplo, estudos sobre a biologia <strong>da</strong> reprodução,<br />

distribuição geográfica, ecologia, etologia, evolução, migração e<br />

orientação, morfologia, paleontologia, sistemática, taxonomia e<br />

nomenclatura. Encoraja-se a submissão de análises de avifaunas<br />

regionais, mas não a de listas faunísticas de locali<strong>da</strong>des. Trabalhos<br />

de caráter monográfico também poderão ser considerados para<br />

publicação.<br />

Os trabalhos submetidos à Revista Brasileira de Ornitologia<br />

não podem ter sido publicados anteriormente ou estarem<br />

submetidos para publicação em outros periódicos ou livros.<br />

Serão avaliados os manuscritos originais escritos em português,<br />

espanhol ou inglês (preferencialmente), que devem ser gravados<br />

no formato do programa Microsoft Word, com fonte “Times<br />

New Roman” tamanho 12, espaço duplo, com alinhamento à<br />

esquer<strong>da</strong>. Os nomes científicos devem ser grafados em itálico e<br />

encoraja-se o uso <strong>da</strong> seqüência sistemática e <strong>da</strong> nomenclatura<br />

presente nas listas brasileira (http://www.cbro.org.br) ou sulamericana<br />

de aves (http://www.museum.lsu.edu/~Remsen/<br />

SACCBaseline), quando pertinente.<br />

Submissão:<br />

INSTRUÇÕES AOS AUTORES<br />

Os originais devem ser submetidos ao editor<br />

preferencialmente por correio eletrônico, mas também em CD<br />

(que não serão devolvidos) ou impressos (neste caso, três cópias<br />

do manuscrito completo, seguindo as normas acima).<br />

O título (no idioma do texto) deve ser conciso e indicar<br />

claramente o assunto abor<strong>da</strong>do no trabalho. Expressões<br />

genéricas como “contribuição ao conhecimento...” ou “notas<br />

sobre...” devem ser evita<strong>da</strong>s. O nome de ca<strong>da</strong> autor deve ser<br />

escrito por extenso, acompanhado do endereço completo<br />

para correspondência (incluindo correio eletrônico). No caso<br />

de múltiplos autores, o autor para correspondência deve ser<br />

claramente indicado.<br />

Resumo e abstract devem informar o objetivo e os resultados<br />

do trabalho, e não apenas relacionar os assuntos discutidos.<br />

Abaixo do nome do(s) autor(es), deve-se relacionar, na seguinte<br />

seqüência:<br />

• Português: abstract em inglês, com título e key-words;<br />

resumo em português, sem título e com palavras-chave;<br />

• Inglês: resumo em português, com título e palavras-chave;<br />

abstract em inglês, sem título com key-words;<br />

• Espanhol: resumo em português, com título e palavraschave;<br />

abstract em inglês, com título e key-words.<br />

No caso de notas curtas, deve ser incluído apenas um<br />

abstract (trabalhos em português) ou um resumo (trabalhos<br />

em inglês ou espanhol), acompanhado de palavras-chave e<br />

key-words.<br />

Revista Brasileira de Ornitologia, 16(1), 2008<br />

O manuscrito deverá apresentar uma breve introdução,<br />

descrição dos métodos incluindo a área de estudo, apresentação<br />

e discussão dos resultados, agradecimentos e referências.<br />

Conclusões poderão ser apresenta<strong>da</strong>s depois <strong>da</strong> discussão ou<br />

junto com a mesma. As partes do manuscrito devem estar<br />

organiza<strong>da</strong>s como segue:<br />

• Título (do manuscrito, e os nomes e endereços dos<br />

autores, e somente isso)<br />

• Resumo / Abstract / Palavras-chave<br />

• Introdução (que começa em uma nova página, não<br />

havendo quebras de página com as seções seguintes)<br />

• Material e Métodos<br />

• Resultados (somente os resultados, em forma sucinta)<br />

• Discussão (que opcionalmente pode ser seguido por<br />

Conclusões, mas, melhor incluir conclusões dentro <strong>da</strong><br />

discussão)<br />

• Agradecimentos<br />

• Referências<br />

• Tabelas<br />

• Legen<strong>da</strong>s <strong>da</strong>s Figuras<br />

• Figuras (ca<strong>da</strong> uma em uma única página)<br />

Ca<strong>da</strong> Tabela deve vir em uma página, numera<strong>da</strong> em<br />

algarismos arábicos e acompanha<strong>da</strong> <strong>da</strong> sua respectiva legen<strong>da</strong>.<br />

A legen<strong>da</strong> <strong>da</strong> tabela deve ser parte <strong>da</strong> tabela, ocupando a<br />

primeira linha <strong>da</strong> tabela com as células mescla<strong>da</strong>s. As Legen<strong>da</strong>s<br />

<strong>da</strong>s figuras também devem vir numera<strong>da</strong>s e ca<strong>da</strong> Figura deve<br />

vir em uma página, também numera<strong>da</strong> em algarismos arábicos<br />

e de acordo com as suas respectivas legen<strong>da</strong>s. N.B.: To<strong>da</strong>s as<br />

legen<strong>da</strong>s devem ser apresenta<strong>da</strong>s em duplas, a primeira na<br />

língua do trabalho, e a segun<strong>da</strong> em inglês.<br />

Os diversos tópicos devem apresentar subtítulos<br />

apropriados quando for necessário. To<strong>da</strong>s as páginas devem ser<br />

numera<strong>da</strong>s no canto superior direito.<br />

Devem-se usar as seguintes abreviações: h (hora), min<br />

(minuto), s (segundo), km (quilômetro), m (metro), cm<br />

(centímetro), mm (milímetro), ha (hectare), kg (quilograma),<br />

g (grama), mg (miligrama), to<strong>da</strong>s com letras minúsculas e sem<br />

ponto. Use as seguintes notações estatísticas: P, n, t, r, F, G, U, x 2 ,<br />

gl (graus de liber<strong>da</strong>de), ns (não significativo), CV (coeficiente de<br />

variação), DP (desvio padrão), EP (erro padrão). Com exceção<br />

dos símbolos de temperatura e porcentagem (e.g., 15°C, 45%),<br />

dê espaço entre o número e a uni<strong>da</strong>de ou símbolo (e.g., n = 12,<br />

P < 0,05, 25 min). Escreva em itálico palavras e expressões em<br />

latim (e.g., et al., in vitro, in vivo, sensu). Números de um a<br />

nove devem ser escritos por extenso, a menos que se refiram a<br />

uma medi<strong>da</strong> (e.g., quatro indivíduos, 6 mm, 2 min); de 10 em<br />

diante escreva em algarismos arábicos.<br />

A citação de autores no texto deve seguir o padrão: (Pinto<br />

1964) ou Pinto (1964); dois trabalhos do mesmo autor devem<br />

ser citados como (Sick 1985, 1993) ou (Ribeiro 1920a, b);<br />

autores diversos devem ser relacionados em ordem cronológica:<br />

(Pinto 1938, Aguirre 1976b); quando a publicação cita<strong>da</strong><br />

apresentar dois autores, ambos devem ser indicados: (lhering e<br />

Ihering 1907), mas quando os autores são mais de dois, apenas<br />

I


II<br />

o primeiro é citado: (Schubart et al. 1965); nomes de autores<br />

citados juntos são unidos por “e”, “y” ou “and” (nunca “&”),<br />

de acordo com o idioma do texto. Informações inéditas de<br />

terceiros devem ser credita<strong>da</strong>s à fonte pela citação <strong>da</strong>s iniciais<br />

e sobrenome do informante acompanha<strong>da</strong> de abreviatura<br />

adequa<strong>da</strong> <strong>da</strong> forma de comunicação, segui<strong>da</strong> de <strong>da</strong>ta: (H. Sick<br />

com. pess., 1989) ou V. Loskot (in litt. 1990); observações<br />

inéditas dos autores podem ser indica<strong>da</strong>s pela abreviatura:<br />

(obs. pess.); quando apenas um dos autores merecer o crédito<br />

pela observação inédita ou qualquer outro aspecto apontado<br />

no texto deve ser indicado pelas iniciais do seu nome: “... em<br />

1989 A. S. retomou ao local...”. Manuscritos não publicados<br />

(e.g., relatórios técnicos, monografias de graduação) e resumos<br />

de congressos poderão ser citados apenas em casos excepcionais,<br />

quando absolutamente imprescindíveis e não houver outra<br />

fonte de informação.<br />

A lista de referências no final do texto deverá relacionar<br />

todos e apenas os trabalhos citados, em ordem alfabética pelos<br />

sobrenomes dos autores. No caso de citações sucessivas, deve-se<br />

repetir o sobrenome do autor, como nos exemplos a seguir:<br />

Ihering, H. von e Ihering, R. von. (1907). As aves do Brazil.<br />

São Paulo: Museu Paulista (Catálogos <strong>da</strong> Fauna Brasileira<br />

v. 1). 74<br />

IUCN. (1987). A posição <strong>da</strong> IUCN sobre a migração de<br />

organismos vivos: introduções, reintroduções e reforços.<br />

http://iucn.org/themes/ssc/pubs/policy/index (acesso em<br />

25/08/2005).<br />

Novaes, F. C. (1970). Estudo ecológico <strong>da</strong>s aves em uma área de<br />

vegetação secundária no Baixo Amazonas, Estado do Pará.<br />

Tese de doutorado. Rio Claro: Facul<strong>da</strong>de de Filosofia,<br />

Ciências e Letras de Rio Claro.<br />

Remsen, J. V. e Robinson, S. K. (1990). A classification scheme<br />

for foraging behavior of birds in terrestrial habitats,<br />

p. 144-160. Em: M. L. Morrison, C. J. Ralph, J. Verner e<br />

J. R. Jehl Jr. (eds.). Avian foraging: theory, methodology,<br />

and applications. Lawrence: Cooper Ornithological<br />

Society (Studies in Avian Biology 13).<br />

Ribeiro, A. de M. (1920a). A fauna vertebra<strong>da</strong> <strong>da</strong> ilha <strong>da</strong><br />

Trin<strong>da</strong>de. Arq. Mus. Nac. 22:169-194.<br />

Ribeiro, A. de M. (1920b). Revisão dos psittacídeos brasileiros.<br />

Rev. Mus. Paul. 12 (parte 2):1-82.<br />

Sick, H. (1985). Ornitologia brasileira, uma introdução, v. 1.<br />

Brasília: Editora Universi<strong>da</strong>de de Brasília.<br />

Notas de ro<strong>da</strong>pé não serão aceitas; notas adicionais,<br />

quando absolutamente relevantes, poderão ser incluí<strong>da</strong>s após<br />

as referências, com numeração correspondente às respectivas<br />

chama<strong>da</strong>s no texto, abaixo do subtítulo notas.<br />

Ilustrações e tabelas. As ilustrações (fotografias, desenhos,<br />

gráficos e mapas), que serão chama<strong>da</strong>s de “figuras”, devem<br />

ser numera<strong>da</strong>s com algarismos arábicos na ordem em que são<br />

cita<strong>da</strong>s e que serão inseri<strong>da</strong>s no texto.<br />

As tabelas e figuras, que receberão numeração<br />

independente, devem vir no final do manuscrito, assim como<br />

to<strong>da</strong>s as legen<strong>da</strong>s <strong>da</strong>s figuras, que devem ser apresenta<strong>da</strong>s em<br />

folha separa<strong>da</strong> (ver acima).<br />

Revista Brasileira de Ornitologia, 16(1), 2008<br />

As chama<strong>da</strong>s no texto, para figuras e tabelas, devem seguir<br />

o padrão “(Figura 2)” ou “... na figura 2”.<br />

As tabelas devem ser encabeça<strong>da</strong>s por um título completo<br />

e prescindir de consulta ao texto, sendo auto-explicativas.<br />

Para trabalhos em português os autores deverão fornecer<br />

versões em inglês <strong>da</strong>s legen<strong>da</strong>s <strong>da</strong>s figuras e cabeçalhos de<br />

tabelas.<br />

As fotografias devem ser em preto e branco, apresentando<br />

máxima nitidez.<br />

To<strong>da</strong>s devem ser digitaliza<strong>da</strong>s com 300 dpi, no tamanho<br />

mínimo de 12 x 18 cm, em grayscale e 8 bits.<br />

No caso de só existirem fotografias colori<strong>da</strong>s, estas poderão<br />

ser converti<strong>da</strong>s para preto e branco.<br />

No caso <strong>da</strong> publicação de fotografias ou pranchas colori<strong>da</strong>s,<br />

o(s) autor(es) deverão arcar com as despesas de gráfica.<br />

Os autores não terão que arcar com os custos de impressão<br />

se a ilustração/fotografia for seleciona<strong>da</strong> para a capa <strong>da</strong> <strong>revista</strong>.<br />

Só serão aceitas ilustrações digitaliza<strong>da</strong>s em formato tif<br />

ou jpeg.<br />

Os desenhos, gráficos e mapas feitos em papel vegetal ou de<br />

desenho, a nanquim preto ou impressora a laser, devem apresentar<br />

traços e letras de dimensões suficientes para que permaneçam<br />

nítidos e legíveis quando reduzidos para publicação.<br />

As escalas de tamanhos ou distâncias devem ser<br />

representa<strong>da</strong>s por barras, e não por razões numéricas.<br />

Desenhos, gráficos e mapas devem ser enviados nos arquivos<br />

originais, no programa em que foram gerados, além <strong>da</strong>queles<br />

anexados ao texto. No caso de envio de arquivos de mais de<br />

2 MB por e-mail, estes devem estar compactados (consulte<br />

diretamente o editor no caso de enviar arquivos maiores). Não<br />

será necessário comprimir o arquivo se o trabalho for enviado<br />

em CD.<br />

Todo o material deve ser enviado para o editor <strong>da</strong> Revista<br />

Brasileira de Ornitologia:<br />

Prof. Dr. Luís Fábio Silveira<br />

Departamento de Zoologia, Universi<strong>da</strong>de de São Paulo<br />

Caixa Postal 11.461, CEP 05422-970<br />

São Paulo, SP, Brasil<br />

Tel./Fax: (# 11) 3091-7575<br />

E-mail: lfsilvei@usp.br<br />

A carta de encaminhamento deverá mencionar o título<br />

do trabalho, nome dos autores, endereço e e-mail <strong>da</strong>quele com<br />

quem o editor manterá contato. Um aviso de recebimento dos<br />

originais será imediatamente remetido ao autor responsável<br />

pelos contatos com a Revista. Após a aceitação do trabalho, um<br />

arquivo já diagramado em formato <strong>PDF</strong> será enviado por e-mail<br />

a este autor para revisão, o qual deverá retomar ao editor em 72<br />

horas. A correção <strong>da</strong> versão final envia<strong>da</strong> para publicação é de<br />

inteira responsabili<strong>da</strong>de dos autores. Os autores que dispõe de<br />

correio eletrônico receberão, sem ônus e por correio eletrônico,<br />

uma cópia em formato <strong>PDF</strong> do seu trabalho publicado.<br />

Separatas poderão ser adquiri<strong>da</strong>s pelo(s) autor(es) mediante<br />

pagamento. Entre em contato com o editor caso tenha alguma<br />

dúvi<strong>da</strong> com relação às regras para envio dos manuscritos.


La Revista Brasileira de Ornitologia recibirá contribuciones<br />

originales relaciona<strong>da</strong>s con cualquier aspecto de la biología de<br />

las aves, enfatizando la documentación, análisis e interpretación<br />

de estudios de campo y laboratorio, presentación de nuevos<br />

métodos o teorías y revisión de ideas o informaciones<br />

preexistentes. La Revista Brasileira de Ornitologia tiene interés<br />

en publicar, por ejemplo, estudios sobre la biología de la<br />

reproducción, distribución geográfica, ecología, etología,<br />

evolución, migración y orientación, morfología, paleontología,<br />

sistemática, taxonomía y nomenclatura. También, puede<br />

presentarse análisis de avifauna regional, pero no puede ser<br />

solamente una lista faunística de locali<strong>da</strong>des. Trabajos de<br />

carácter monográfico también podrán ser aceptados para<br />

publicación.<br />

Los manuscritos submetidos para publicación en la Revista<br />

Brasileira de Ornitologia no pueden haber sido publicados<br />

anteriormente, o estar siendo considerados para publicación,<br />

en entero o en parte, en ningún otro periódico o libro. Los<br />

trabajos pueden ser escritos en portugués, español o inglés y<br />

deben ser grabados en formato del programa Microsoft Word,<br />

usando la fuente “Times New Roman”, tamaño 12, espacio<br />

doble, alineado a la izquier<strong>da</strong>. Los nombres científicos deben<br />

ser escritos en itálico y seguir la secuencia sistemática y de la<br />

nomenclatura en la lista brasileña (http://www.cbro.org) o<br />

sur-americana de aves (http://www.museum.lsu.edu/~Remsen/<br />

SACCBaseline), cuando pertinente.<br />

Submissión:<br />

INSTRUCCIONES A LOS AUTORES<br />

Los originales deben ser man<strong>da</strong>dos al editor<br />

preferentemente por correo electrónico, en CD (que no será<br />

vuelto), o por copias impresas (en esto caso, se deben enviar tres<br />

copias del manuscrito completo).<br />

El título (en el idioma del texto) debe ser conciso y delimitar<br />

claramente el asunto abor<strong>da</strong>do en el trabajo. Expresiones<br />

genéricas como “contribuciones al conocimiento...” o “notas<br />

sobre...” deben ser evita<strong>da</strong>s. Debe ser escrito el nombre y<br />

apellidos completos de ca<strong>da</strong> autor, acompañado de la dirección<br />

exacta para correspondencia, incluso correo electrónico, e<br />

indicar autor de comunicación cuando haya más que un autor.<br />

Resumen y Abstract deben informar el objetivo y los<br />

resultados del trabajo y no limitarse únicamente a presentar<br />

los aspectos discutidos. Estos deben ser colocado debajo del<br />

nombre del(os) autor(es), de la siguiente forma dependiendo<br />

de la idioma:<br />

• Portugués: abstract en inglés, con título y key-words;<br />

resumen en portugués, sin título y con palabras-claves;<br />

• Inglés: resumo en portugués, con título y palavras-chave;<br />

abstract en inglés, sin título y key-words;<br />

• Español: resumo en portugués, con título y palabras-clave;<br />

abstract en inglés, con títulos y key-words.<br />

En el caso de notas cortas, debe ser incluido solamente un<br />

abstract (trabajo en portugués) o un resumo (trabajo en inglés o<br />

español), acompañado de palabras-clave y key-words.<br />

Revista Brasileira de Ornitologia, 16(1), 2008<br />

El texto debe tener una introducción breve, descripción<br />

de los método incluyendo la área del estudio, resultados y su<br />

discusión, agradecimientos e referencias. Conclusiones pueden<br />

ser parte <strong>da</strong> la discusión, o seguir, opcionalmente, la discusión<br />

como una parte separa<strong>da</strong>. Las partes del manuscrito deben estar<br />

organiza<strong>da</strong>s como sigue:<br />

• Título (del manuscrito, y los nombres y direcciones de los<br />

autores, y na<strong>da</strong> mas)<br />

• Resumo / Abstract / Palabras-claves<br />

• Introducción (que empieza en una nueva página)<br />

• Métodos (estas partes siguen sin quebrar las páginas)<br />

• Resultados (solamente los resultados mismos, en una<br />

forma sucinta)<br />

• Discusión (que, opcionalmente, puede ser seguido por<br />

Conclusiones, pero mejor incluir conclusiones en la<br />

discusión)<br />

• Agradecimientos<br />

• Referencias<br />

• Tablas<br />

• Leyen<strong>da</strong>s de las Figuras<br />

• Figuras<br />

Ca<strong>da</strong> Tabla debe venir en una única página, numera<strong>da</strong><br />

en dígitos arábicos y con su respectiva leyen<strong>da</strong>. La leyen<strong>da</strong> de<br />

la tabla debe ser parte de la tabla, ocupando la primera línea de<br />

la tabla con las células mezcla<strong>da</strong>s. Las Leyen<strong>da</strong>s de las figuras<br />

también deben venir numera<strong>da</strong>s y ca<strong>da</strong> Figura debe venir en<br />

una única página, también numera<strong>da</strong> en dígitos arábicos y de<br />

acuerdo con sus respectivas leyen<strong>da</strong>s. N.B.: To<strong>da</strong>s las leyen<strong>da</strong>s<br />

deben estar en dupla -la primera en la lengua del trabajo, y la<br />

segun<strong>da</strong> en inglés.<br />

Los diversos tópicos deben tener subtítulos apropiados<br />

cuando sea necesario. To<strong>da</strong>s las páginas deben estar numera<strong>da</strong>s<br />

en el rincón superior derecho.<br />

Se deben usar las siguientes abreviaciones: h (hora),<br />

min (minuto), s (segundo), km (kilómetro), m (metro), cm<br />

(centímetro), mm (milímetro), ha (hectárea), kg (kilogramo),<br />

g (gramo), mg (milígramo), to<strong>da</strong>s con letras minúsculas y<br />

sin punto. Use las siguientes notaciones estadísticas: P, n, t, r,<br />

F, G, U, x 2 , gl (grados de libertad), ns (no significativo), CV<br />

(coeficiente de variación), DE (desviación están<strong>da</strong>r), EE (error<br />

están<strong>da</strong>r). Con excepción de los símbolos de temperatura y<br />

porcentaje (e.g., 15°C, 45%), deje espacio entre el número y<br />

la uni<strong>da</strong>d o símbolo (e.g., n = 12, P < 0,05, 25 min). Escriba<br />

en itálica palabras y expresiones del latín (e.g., et al., in vitro,<br />

in vivo, sensu). Los números del uno al nueve deben ser escritos<br />

como texto, y del 10 en adelante en números arábicos.<br />

Cuando sean citados autores en el texto, debe seguirse el<br />

modelo siguiente: (Pinto 1964) o Pinto (1964); dos trabajos<br />

del mismo autor deben ser citados como (Sick 1985, 1993)<br />

o (Ribeiro 1920a, b); autores diversos deben ser relacionados<br />

en orden cronológico: (Pinto 1938, Aguirre 1976b); cuando<br />

la publicación cita<strong>da</strong> presenta dos autores, ambos deben ser<br />

indicados: (Ihering y Ihering 1907), pero cuando los autores<br />

son más de dos, solamente el primero se cita: (Schubart et al.<br />

III


IV<br />

1965); nombres de autores citados juntos deben ser unidos por<br />

“e”, “y”, o “and” (nunca “&”) de acuerdo con el idioma del<br />

texto. Informaciones inéditas de terceros deben ser reconoci<strong>da</strong>s.<br />

Para citar la fuente, deben colocarse las iniciales del nombre y el<br />

apellido del informante, seguidos por las abreviaturas adecua<strong>da</strong>s<br />

de la forma de comunicación, y finalmente el año: (H. Sick com.<br />

per., 1989) o V. Loskot (in litt. 1990); observaciones inéditas<br />

de los autores pueden ser indica<strong>da</strong>s por las abreviaturas: (obs.<br />

per.); cuando solamente uno de los autores, merece el crédito<br />

por la observación inédita o cualquier otro aspecto descrito en<br />

el texto, debe ser indicado por las iniciales de su nombre: “... en<br />

1989 A. S. regreso a la región...”. Manuscritos no publicados (por<br />

ej. relatorios técnicos, monografias de graduación) y resúmenes<br />

de congresos podrán ser citados sólo en casos excepcionales,<br />

cuando imprescindibles y no halla otra fuente de información.<br />

La lista de referencias al final del texto, deberá relacionar<br />

únicamente los trabajos citados, en orden alfabético de los<br />

apellidos de los autores. Las citaciones sucesivas deben ser<br />

substitui<strong>da</strong>s por un trazo horizontal segui<strong>da</strong>s por el año de<br />

publicación entre paréntesis, como en los ejemplos siguientes:<br />

Ihering, H. von e Ihering, R. von. (1907). As aves do Brazil.<br />

São Paulo: Museu Paulista (Catálogos <strong>da</strong> Fauna Brasileira<br />

v. 1). 74<br />

IUCN. (1987). A posição <strong>da</strong> IUCN sobre a migração de<br />

organismos vivos: introduções, reintroduções e reforços.<br />

http://iucn.org/themes/ssc/pubs/policy/index (acesso em<br />

25/08/2005).<br />

Novaes, F. C. (1970). Estudo ecológico <strong>da</strong>s aves em uma área de<br />

vegetação secundária no Baixo Amazonas, Estado do Pará.<br />

Tese de doutorado. Rio Claro: Facul<strong>da</strong>de de Filosofia,<br />

Ciências e Letras de Rio Claro.<br />

Remsen, J. V. e Robinson, S. K. (1990). A classification scheme<br />

for foraging behavior of birds in terrestrial habitats,<br />

p. 144-160. Em: M. L. Morrison, C. J. Ralph, J. Verner e<br />

J. R. Jehl Jr. (eds.). Avian foraging: theory, methodology,<br />

and applications. Lawrence: Cooper Ornithological<br />

Society (Studies in Avian Biology 13).<br />

Ribeiro, A. de M. (1920a). A fauna vertebra<strong>da</strong> <strong>da</strong> ilha <strong>da</strong><br />

Trin<strong>da</strong>de. Arq. Mus. Nac. 22:169-194.<br />

Ribeiro, A. de M. (1920b). Revisão dos psittacídeos brasileiros.<br />

Rev. Mus. Paul. 12 (parte 2):1-82.<br />

Sick, H. (1985). Ornitologia brasileira, uma introdução, v. 1.<br />

Brasília: Editora Universi<strong>da</strong>de de Brasília.<br />

Notas de pie de página no se aceptarán; notas adicionales<br />

cuando sean absolutamente relevantes podrán ser inclui<strong>da</strong>s<br />

después de las referencias, con numeración correspondiente a<br />

las respectivas llama<strong>da</strong>s en el texto, debajo del subtítulo notas.<br />

Ilustraciones y tablas. Las ilustraciones (fotografías,<br />

dibujos, gráficos y mapas) que serán llamados figuras, deberán<br />

ser numera<strong>da</strong>s con guarismos arábigos en el orden que son<br />

citados y serán introducidos en el texto.<br />

Las tablas y las figuras recibirán enumeración independiente<br />

y deben aparecer al final del texto, así como to<strong>da</strong>s las leyen<strong>da</strong>s a<br />

las figuras, que se deben presentar en hojas separa<strong>da</strong>s.<br />

Las llama<strong>da</strong>s en el texto para figuras y tablas deben seguir<br />

el modelo: “(Figura 2)” o “… en la figura 2”.<br />

Revista Brasileira de Ornitologia, 16(1), 2008<br />

Las tablas deben ser encabeza<strong>da</strong>s por un título completo,<br />

ser autos explicativas y no necesitar consultar el texto.<br />

To<strong>da</strong>s las leyen<strong>da</strong>s de las figuras deben ser reuni<strong>da</strong>s en una<br />

hoja separa<strong>da</strong>.<br />

Para trabajos en español, los autores deberán proveer<br />

versiones en inglés de las leyen<strong>da</strong>s de las figuras y títulos de<br />

tablas.<br />

El texto dentro de las figuras debe ser legible cuando<br />

reducido por 60%.<br />

Las fotografías deben estar en blanco y negro y presentar<br />

la clari<strong>da</strong>d máxima.<br />

En caso de existir solamente las fotografias del color, éstos<br />

se pueden convertir a blanco y negro.<br />

To<strong>da</strong>s deben ser digitaliza<strong>da</strong>s en 300 dpi, con tamaño<br />

mínimo de 12 x 18 centímetros, en escala de cinza, de 8 bits y<br />

grava<strong>da</strong>s en tif o en jpeg.<br />

En los dibujos, los gráficos y los mapas, las escalas de<br />

tamaños o las distancias deben ser representa<strong>da</strong>s por barras, no<br />

por cocientes numéricos.<br />

Los dibujos y las letras deben tener dimensiones de<br />

modo que sigan siendo legibles cuando estén reducidos para<br />

la publicación.<br />

Los dibujos, los gráficos y los mapas deben ser enviar en<br />

los archivos originales, en el programa donde han sido creados,<br />

además de aquellos en el texto. En caso de enviar archive<br />

por correo electrónico con más de 2 MB, éstos deben ser<br />

condensados. Si el trabajo es enviado en CD, no es necesario<br />

comprimir el archivo.<br />

Todo el material debe ser enviar al re<strong>da</strong>ctor de la Revista<br />

Brasileira de Ornitologia:<br />

Prof. Dr. Luís Fábio Silveira<br />

Departamento de Zoologia, Universi<strong>da</strong>de de São Paulo<br />

Caixa Postal 11.461, CEP 05422-970<br />

São Paulo, SP, Brasil<br />

Tel./Fax: (# 11) 3091-7575<br />

E-mail: lfsilvei@usp.br<br />

La carta de presentación del artículo deberá mencionar<br />

el título del trabajo, nombre de los autores, dirección e email<br />

de aquel con el cual el editor mantendrá contacto para<br />

su colaboración. Un aviso de recibimiento de los originales<br />

será inmediatamente remitido al autor responsable por los<br />

contactos con la <strong>revista</strong>. Una vez que el trabajo esté aceptado,<br />

un archivo en <strong>PDF</strong> deberá ser enviado por el e-mail a este<br />

autor, para la revisión. La corrección de la versión final<br />

envia<strong>da</strong> para publicación es de entera responsabili<strong>da</strong>d de los<br />

autores. El primer autor de ca<strong>da</strong> trabajo recibirá, por correo<br />

electrónico y sin ningún costo, una copia <strong>PDF</strong> de su trabajo<br />

publicado. A correção <strong>da</strong> versão final envia<strong>da</strong> para publicação<br />

é de inteira responsabili<strong>da</strong>de dos autores. Los autores que<br />

disponen de correo electrónico receberán, sin onus y por correo<br />

electrónico, una copia en formato <strong>PDF</strong> del trabajo publicado.<br />

Separatas poderán ser adquiri<strong>da</strong>s por el(los) autor(es) mediante<br />

pagamiento. Con du<strong>da</strong>s sobre las reglas, entre en contacto con<br />

el editor antes de la sumisión.


The Revista Brasileira de Ornitologia will accept original<br />

contributions related to any aspect of the biology of birds, with<br />

emphasis on the documentation, analysis and interpretation of<br />

field and laboratory studies, presentation of new methodologies,<br />

theories or reviews of ideas or previously known information.<br />

The Revista Brasileira de Ornitologia is interested in publishing<br />

studies of reproductive biology, geographic distribution,<br />

ecology, ethology, evolution, migration and orientation,<br />

morphology, paleontology, taxonomy and nomenclature.<br />

Regional studies are also acceptable, but not mere lists of the<br />

avifauna of a specific locality. Monographs may be considered<br />

for publication.<br />

Manuscripts submitted to The Revista Brasileira de<br />

Ornitologia must not have been published previously or be<br />

under consideration for publication, in whole or in part, in<br />

another journal or book. Manuscripts may be written in<br />

Portuguese, Spanish or English and must be typed in Microsoft<br />

Word, using Times New Roman 12, double spaced and left<br />

justified. Scientific names must be shown in italic, and authors<br />

are encouraged to follow the systematic sequence of the<br />

Brazilian (http://www.cbro.org.br) or South American (http://<br />

www.museum.lsu.edu/~Remsen/SACCBaseline) bird lists,<br />

when pertinent.<br />

Submission:<br />

INSTRUCTIONS TO AUTHORS<br />

Originals must be submitted to the editor preferably<br />

by email, recorded in compact disc (CD, that will not be<br />

returned), or by printed copies (in this in case, three copies of<br />

the complete manuscript must be sent).<br />

The title (in the same language as the text) must be<br />

concise and clearly define the topic of the manuscript. Generic<br />

expressions such as “contribution to the knowledge...” or<br />

“notes about...” must be avoided. The name of each author<br />

must be written fully, followed by the full mailing address,<br />

and author for communication in the case of multiple<br />

authors.<br />

Abstract and Resumo (= Portuguese abstract) must state<br />

the objective and the results of the study, and not only mention<br />

the topics discussed. They must be placed below the author(s)<br />

name(s), as follows:<br />

• Portuguese: abstract in English with title and with keywords;<br />

resumo in Portuguese without title and with<br />

palavras-chave (= key-words in Portuguese);<br />

• English: resumo in Portuguese with title and palavras-chave;<br />

abstract in English without title and with key-words;<br />

• Spanish: resumo in Portuguese with title and palavraschave;<br />

abstract in English with title and key-words.<br />

For short notes, only an abstract must be included (for a<br />

Portuguese manuscript) or a resumo (manuscripts in English or<br />

Spanish), followed by palavras-chave and key-words.<br />

The text must provide a brief introduction, description of<br />

methods and of the study area, presentation and discussion of<br />

the results, acknowledgments and references. Conclusions may<br />

Revista Brasileira de Ornitologia, 16(1), 2008<br />

be provided after the discussion or within it. The parts of the<br />

manuscript must be organized as follows:<br />

• Title (of the manuscript, with names and addresses of all<br />

the authors)<br />

• Resumo / Abstract / Key-words<br />

• Introduction (starting on a new page)<br />

• Methods (this and subsequent parts continue without<br />

page breaks)<br />

• Results (only the results, succinctly)<br />

• Discussion<br />

• Acknowledgments<br />

• References<br />

• Tables<br />

• Figure Legends<br />

• Figures<br />

Each Table should be on a separate page, numbered in<br />

Arabic numerals, with its own legend. The legend should be<br />

part of the table, and occupy the space made by inserting an<br />

extra line at the beginning of the table, in which the cells are<br />

merged. Figure legends occupying one or more pages following<br />

the tables, should be numbered successively, also in Arabic<br />

numerals. Figures will follow, one to each page, and clearly<br />

numbered in agreement with the legends.<br />

As necessary, subsections may be identified and labeled as<br />

such. All pages should be numbered in the upper, right hand<br />

comer.<br />

The following abbreviations should be used: h (hour),<br />

min (minute), s (second), km (kilometer), m (meter), cm<br />

(centimeter), mm (millimeter), ha (hectare), kg (kilogram), g<br />

(gram), mg (miligram), all of them in non capitals and with no<br />

“periods” (“.”). Use the following statistical notations: P, n, t, r,<br />

F, G, U, x 2 , df (degrees of freedom), ns (non significant), CV<br />

(coefficient of variation), SD (stan<strong>da</strong>rd deviation), SE (stan<strong>da</strong>rd<br />

error). With the exception of temperature and percentage<br />

symbols (e.g., 15°C, 45%), leave a space between the number<br />

and the unit or symbol (e.g., n = 12, P < 0,05, 25 min). Latin<br />

words or expressions should be written in italics (e.g., et al., in<br />

vitro, in vivo, sensu). Numbers one to nine should be written<br />

out unless a measurement (e.g., four birds, 6 mm, 2 min); from<br />

10 onwards use numbers.<br />

Author citations in the text must follow the pattern:<br />

(Pinto 1964) or Pinto (1964); two publications of the same<br />

author must be cited as (Sick 1985, 1993) or (Ribeiro 1920a,<br />

b); several authors must be presented in chronological order:<br />

(Pinto 1938, Aguirre 1976b); for two-author publications both<br />

authors must be cited: (Ihering and Ihering 1907), but for more<br />

than two authors, only the first one should be cited: (Schubart<br />

et al. 1965); authors’ names cited together are linked by “e”,<br />

“y” or “and” (never “&”), in accor<strong>da</strong>nce with the text language.<br />

Unpublished information by third parties must be credited<br />

to the source by citing the initials and the last name of the<br />

informer followed by the appropriate abbreviation of the form<br />

of communication, followed by the <strong>da</strong>te: (H. Sick pers. comm.,<br />

1989) or V. Loskot (in litt. 1990); unpublished observations by<br />

V


VI<br />

the authors can be indicated by the abbreviation: (pers. obs.);<br />

when only one of the authors deserves credit for the unpublished<br />

observation or another aspect cited or pointed out in the text,<br />

this must be indicated by the name initials: “... in 1989 A. S.<br />

returned to the area...”. Unpublished manuscripts (e.g., technical<br />

reports, undergraduate monographs) and meeting abstracts<br />

should be cited only exceptionally in cases they are absolutely<br />

essential and no alternative sources exist.<br />

The reference list must include all and only the cited<br />

publications, in alphabetical order by the authors’ last name,<br />

which must be replaced by a horizontal bar in subsequent<br />

citations, and followed by the year of publication in parenthesis,<br />

as below:<br />

Ihering, H. von e Ihering, R. von. (1907). As aves do Brazil.<br />

São Paulo: Museu Paulista (Catálogos <strong>da</strong> Fauna Brasileira<br />

v. 1). 74<br />

IUCN. (1987). A posição <strong>da</strong> IUCN sobre a migração de<br />

organismos vivos: introduções, reintroduções e reforços.<br />

http://iucn.org/themes/ssc/pubs/policy/index (acesso em<br />

25/08/2005).<br />

Novaes, F. C. (1970). Estudo ecológico <strong>da</strong>s aves em uma área de<br />

vegetação secundária no Baixo Amazonas, Estado do Pará.<br />

Tese de doutorado. Rio Claro: Facul<strong>da</strong>de de Filosofia,<br />

Ciências e Letras de Rio Claro.<br />

Remsen, J. V. e Robinson, S. K. (1990). A classification scheme<br />

for foraging behavior of birds in terrestrial habitats,<br />

p. 144-160. Em: M. L. Morrison, C. J. Ralph, J. Verner e<br />

J. R. Jehl Jr. (eds.). Avian foraging: theory, methodology,<br />

and applications. Lawrence: Cooper Ornithological<br />

Society (Studies in Avian Biology 13).<br />

Ribeiro, A. de M. (1920a). A fauna vertebra<strong>da</strong> <strong>da</strong> ilha <strong>da</strong><br />

Trin<strong>da</strong>de. Arq. Mus. Nac. 22:169-194.<br />

Ribeiro, A. de M. (1920b). Revisão dos psittacídeos brasileiros.<br />

Rev. Mus. Paul. 12 (parte 2):1-82.<br />

Sick, H. (1985). Ornitologia brasileira, uma introdução, v. 1.<br />

Brasília: Editora Universi<strong>da</strong>de de Brasília.<br />

Footnotes will not be accepted; additional notes, when<br />

absolutely essential, may be included after the references, with<br />

the corresponding number in the text, below the subtitle notes.<br />

Illustrations and tables. The illustrations (photographs,<br />

drawings, graphics and maps), which will be called figures,<br />

must be numbered with Arabic numerals in the order in which<br />

they are cited and will be inserted into the text.<br />

Tables and figures will receive independent numbering<br />

and must appear at the end of the text, as well as all legends to<br />

the figures that must be presented on separate sheets.<br />

Revista Brasileira de Ornitologia, 16(1), 2008<br />

In the text, mentioning figures and tables must follow the<br />

pattern: “(Figure 2)” or “... in figure 2.”.<br />

Table headings must provide a complete title, and be selfexplanatory,<br />

without needing to refer to the text.<br />

All figure legends must be grouped in numerical order on<br />

a separate sheet from the figures.<br />

Photographs must be in black-and-white and present the<br />

maximum clearness.<br />

In case of existing only color photographs, these could be<br />

converted to black-and-white.<br />

All of them must be scanned with 300 dpi, with minimum<br />

size of 12 x 18 cm, in grayscale, 8 bits and saved on tif or jpeg.<br />

In the drawings, graphs and maps, scales of sizes or<br />

distances must be represented by bars, not by numerical ratios.<br />

Drawings and text in figures must be large enough in<br />

the originals so that they remain legible when reduced for<br />

publication.<br />

Drawings, graphs and maps must be sent in the original<br />

files, in the program where they had been created, besides those<br />

attached to the text. In case of sending files by email with more<br />

than 2 MB, these must be compacted. If the manuscript is sent<br />

on compact disc, file compression is unnecessary.<br />

All material must be sent to the editor of the Revista<br />

Brasileira de Ornitologia:<br />

Prof. Dr. Luís Fábio Silveira<br />

Departamento de Zoologia, Universi<strong>da</strong>de de São Paulo<br />

Caixa Postal 11.461, CEP 05422-970<br />

São Paulo, SP, Brasil<br />

Tel./Fax: (# 11) 3091-7575<br />

E-mail: lfsilvei@usp.br<br />

A letter of submission must accompany the manuscript<br />

and mention the manuscript title, authors’ names, address and<br />

e-mail address of the author with whom the editor will maintain<br />

contact concerning the manuscript. Notification of receipt of<br />

the originals will be sent to the corresponding author. Once<br />

the manuscript is accepted, a <strong>PDF</strong> file will be sent by email to<br />

this author for revision. The correction of the final version sent<br />

for publication is entirely the authors’ responsibility. The first<br />

author of each published paper will receive via e-mail, free of<br />

charge, a <strong>PDF</strong> file of the published paper. Hard copy reprints<br />

may be obtained by the authors at a nominal fee. In the case of<br />

doubts as to the rules of format, please contact the editor prior<br />

to submission.


Continuação do Sumário...<br />

Ocorrência e sazonali<strong>da</strong>de do guarapirá Fregata magnificens (Fregati<strong>da</strong>e) no litoral de Pernambuco, Brasil<br />

Occurrence and seasonality of Magnificent Frigatebird (Fregati<strong>da</strong>e) along the coast of Pernambuco, Brazil<br />

Glauco Alves Pereira, Galileu Coelho, Manoel Toscano de Brito, Gustavo Luíz Pacheco, Gilmar Beserra de Farias, Sidnei de Melo<br />

Dantas, Elisângela Guimarães, Maurício Cabral Periquito e Narciso de Melo Lins Filho ........................................................................ 54<br />

Novos registros de aves raras e/ou ameaça<strong>da</strong>s de extinção na Campanha do sudoeste do Rio Grande do Sul, Brasil<br />

New records of rare and/or threatened birds of Campanha of southwestern Rio Grande do Sul, Brazil<br />

Márcio Repenning e Carla Suertegaray Fontana ................................................................................................................................... 58<br />

Primeiro registro de Puffinus tenuirostris (Temminck, 1835) para o Oceano Atlântico<br />

First record of the Pacific short-tailed Shearwater Puffinus tenuirostris (Temminck, 1835) for the Atlantic Ocean<br />

Luciano R. Alardo Souto, Rodrigo Maia-Nogueira, Daniel C. Bressan ................................................................................................... 64<br />

Registros recentes de Platyrinchus leucoryphus (Wied, 1831) no Estado de Santa Catarina, Sul do Brasil<br />

Recent records of Platyrinchus leucoryphus (Wied, 1831) in Santa Catarina State, southern Brazil<br />

Cláudia Sabrine Brandt, Cristiane Crieck, Adrian Eisen Rupp, Daniela Fink, Gregory Thom e Silva e Carlos Eduardo Zimmermann ..... 67<br />

Ataques de Passeriformes a humanos na Ilha <strong>da</strong> Marambaia, RJ, Brasil: um registro de ‘mobbing’<br />

Passerine birds attacking humans at the Marambaia Island, Rio de Janeiro State, Brazil: a record of ‘mobbing’<br />

Carlos Eduardo <strong>da</strong> Silva Garske e Ildemar Ferreira .............................................................................................................................. 70<br />

Record of a leucistic Rufous-bellied Thrush Turdus rufiventris (Passeriformes, Turdi<strong>da</strong>e) in São Paulo city, Southeastern Brazil<br />

Registro de sabiá-laranjeira Turdus rufiventris leucístico (Passeriformes, Turdi<strong>da</strong>e) na ci<strong>da</strong>de de São Paulo, Sudeste do Brasil<br />

Carlos Campos Gonçalves Junior, Edson Aparecido <strong>da</strong> Silva, André Cordeiro De Luca, Tatiana Pongiluppi and Flavio de Barros Molina .. 72<br />

Cavity roosting in the Slaty Bristlefront Merulaxis ater (Rhinocrypti<strong>da</strong>e)<br />

O Entufado Merulaxis ater (Rhinocrypti<strong>da</strong>e) abrigando-se em cavi<strong>da</strong>de<br />

Fábio Olmos and Robson Silva e Silva ................................................................................................................................................. 76<br />

COMENTÁRIOS<br />

The Brazilian species complex Scytalopus speluncae: how many times can a holotype be overlooked?<br />

Marcos A. Raposo and Guy M. Kirwan ............................................................................................................................................... 78<br />

Bibliografia ornitológica do Brasil – dissertações e teses no período de 1970 à 2005<br />

Sérgio Henrique Borges ....................................................................................................................................................................... 82<br />

SEçãO CBRO<br />

A critical look at the alleged Brazilian records of the Indian Yellow-nosed Albatross Thalassarche carteri, with comments on mollymawk<br />

identification in Brazil (Procellariiformes: Diomedei<strong>da</strong>e)<br />

Caio J. Carlos .................................................................................................................................................................................... 99<br />

Instruções aos Autores<br />

Instrucciones a los Autores<br />

Instructions to Authors


ARTIGOS<br />

Comportamento reprodutivo de Aratinga aurea (Psittaci<strong>da</strong>e) no sudoeste de Minas Gerais, Brasil<br />

Breeding behavior of Aratinga aurea (Psittaci<strong>da</strong>e) in southwestern Minas Gerais, Brazil<br />

Sandra Jammal Paranhos, Carlos Barros de Araújo e Luiz Octavio Marcondes Machado ........................................................................ 1<br />

Molecular sexing: an efficient method to identify individual sex and its implication to differentiate Semipalmated Sandpiper Calidris<br />

pusilla populations<br />

Sexagem molecular: Um eficiente método para identificar o sexo de indivíduos e suas implicações para diferenciar populações do<br />

maçariquinho Calidris pusilla<br />

Antonio Augusto Ferreira Rodrigues, Evonnildo C. Gonçalves, Artur Silva, Ana Tereza Lyra Lopes, Stephen Francis Ferrari and Maria<br />

Paula Cruz Schneider ......................................................................................................................................................................... 8<br />

Migración del Zorzal común Turdus amaurochalinus (Turdi<strong>da</strong>e) en Argentina<br />

Migratory patterns of the Creamy-bellied Thrush Turdus amaurochalinus in Argentina<br />

Patricia Capllonch, Diego Ortiz y Karina Soria ................................................................................................................................... 12<br />

Periquitos (Aratinga aurea e Brotogeris chiriri, Psittaci<strong>da</strong>e) como potenciais polinizadores de Mabea fistulifera Mart. (Euphorbiaceae)<br />

Parakeets (Aratinga aurea and Brotogeris chiriri, Psittaci<strong>da</strong>e) as potentials pollinators of Mabea fistulifera Mart. (Euphorbiaceae)<br />

Paulo Antonio <strong>da</strong> Silva ....................................................................................................................................................................... 23<br />

Influence of temperature on Greater Rhea Rhea americana activity in restinga habitat, southern Brazil<br />

Influência <strong>da</strong> temperatura sobre a ativi<strong>da</strong>de de emas Rhea americana numa restinga do sul do Brasil<br />

Luiz Gustavo Rodrigues Oliveira-Santos and Fernando Augusto Tambelini Tizianel............................................................................... 29<br />

Columba livia e Pitangus sulphuratus como indicadoras de quali<strong>da</strong>de ambiental em área urbana<br />

Columba livia and Pitangus sulphuratus as environmental indicators in urban areas<br />

Suélen Amâncio, Valéria Barbosa de Souza e Celine Melo ..................................................................................................................... 32<br />

NOTAS<br />

Revista Brasileira de Ornitologia<br />

Volume 16 – Número 1 – Março 2008<br />

SUMÁRIO<br />

Primeira descrição do ninho do mineirinho (Charitospiza eucosma) no cerrado do Brasil Central<br />

First description of the nest of the Coal-crested Finch (Charitospiza eucosma) in the Central Brazilian Cerrado<br />

Fábio Júlio Alves Borges e Miguel Ângelo Marini ................................................................................................................................. 38<br />

Novas ocorrências e registros relevantes de aves no Distrito Federal, Brasil, com comentários sobre distribuição local<br />

New occurrences and relevant bird records in the Distrito Federal, Brazil, with comments on local distribution<br />

Iubatã Paula de Faria ........................................................................................................................................................................ 40<br />

Primeiros registros de Xiphorhynchus chunchotambo (Tschudi, 1844) (Dendrocolapti<strong>da</strong>e) no Brasil<br />

On the first records of Xiphorhynchus chunchotambo (Tschudi, 1844) (Dendrocolapti<strong>da</strong>e) for Brazil<br />

Edson Guilherme e Alexandre Aleixo ................................................................................................................................................... 44<br />

Novos registros de aves para Pernambuco, Brasil, com notas sobre algumas espécies pouco conheci<strong>da</strong>s no Estado<br />

Noteworthy records of birds from Pernambuco, northeast Brazil, including first state records<br />

Glauco Alves Pereira; Andrew Whittaker; Bret M. Whitney; Kevin J. Zimmer; Sidnei de Melo Dantas; Sônia Aline Ro<strong>da</strong>; Louis R.<br />

Bevier; Galileu Coelho; Richard C. Hoyer e Ciro Albano ...................................................................................................................... 47<br />

ISSN 0103-5657 9 7 7 0 1 0 3 5 6 5 0 0 3<br />

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