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Departamento de Ciências Prenda ou Arte? - Repositório Aberto da ...

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Metodologia<br />

No propósito <strong>de</strong> objectivarmos uma reali<strong>da</strong><strong>de</strong> concreta não ignorámos estar em<br />

presença <strong>de</strong> múltiplas variáveis. O nosso objecto – as obras do sexo feminino, <strong>da</strong> esfera<br />

particular, admiti<strong>da</strong>s na esfera pública do ensino académico – constitui uma faceta do<br />

“século <strong>da</strong> instrução pública” e do “microcosmo portuense” 14 estruturado pela<br />

Educação e pela conformi<strong>da</strong><strong>de</strong> dos géneros.<br />

Ultrapassando o nível formal, <strong>de</strong>scritivo e quantitativo assente na análise dos 12<br />

Catálogos <strong>da</strong>s Exposições Trienais <strong>de</strong> 1851 a 1887, <strong>de</strong>finimos uma arquitectura<br />

metodológica compatível com a apreensão <strong>de</strong> práticas e mo<strong>de</strong>los sociais.<br />

No sentido <strong>de</strong> padronizar, colmatámos a ausência <strong>de</strong> Catálogos nas três<br />

primeiras Exposições Trienais com a consulta <strong>de</strong> periódicos, nos quais recolhemos os<br />

nomes <strong>da</strong>s participantes e as informações referentes à 1.ª Exposição <strong>de</strong> 1842, à 2.ª<br />

Exposição Trienal <strong>de</strong> 1845 e à 3.ª Exposição Trienal <strong>de</strong> 1848. Deste modo unimos duas<br />

fases complementares (1842 - 1848 e 1851 - 1887) e alargámos a base cronológica do<br />

estudo (<strong>de</strong> 1842 a 1887) verificando que se mantinha o mesmo número <strong>de</strong> 75 nomes <strong>de</strong><br />

senhoras. Procurámos conduzir e <strong>de</strong>senvolver esta análise <strong>de</strong> uma forma integra<strong>da</strong> <strong>de</strong><br />

modo a não isolar <strong>ou</strong> negligenciar aspectos que apenas no seu conjunto tomariam<br />

significado. Volume II [Tabela 3] [Gráficos 1 e 2] [Tabela 5]<br />

Para a i<strong>de</strong>ntificação <strong>da</strong> amostra <strong>de</strong> 75 nomes elegemos os Assentos Paroquiais<br />

por constituírem uma fonte legal e objectiva, e possibilitar a reconstituição <strong>de</strong> uni<strong>da</strong><strong>de</strong>s<br />

familiares e re<strong>de</strong>s relacionais <strong>da</strong>s participantes 15 . Volume II [As Famílias].<br />

Na impossibili<strong>da</strong><strong>de</strong> <strong>de</strong> uma pesquisa sistemática 16 tomámos o processo<br />

retrógrado <strong>de</strong> pesquisar os Assentos <strong>de</strong> Baptismo 17 que ampliámos para os <strong>de</strong><br />

cultivar, animar e aperfeiçoar as bellas artes”. Cf. – RODRIGUES, Francisco <strong>de</strong> Assis – Diccionario<br />

Technico e Histórico <strong>de</strong> pintura, esculptura, architectura e gravura. Lisboa: Imprensa Nacional, 1876, p.<br />

78.<br />

14 Por oposição à vi<strong>da</strong> na capital, em o “Porto, microcosmo romântico”, o Professor José-Augusto França<br />

<strong>de</strong>staca as particulari<strong>da</strong><strong>de</strong>s <strong>da</strong> socie<strong>da</strong><strong>de</strong> portuense “ (…) provinciana e patriarcal, <strong>de</strong> ritmo imutável”. –<br />

cf. FRANÇA, José- Augusto – O Romantismo em Portugal. Estudos <strong>de</strong> factos socioculturais. 3.ª Edição.<br />

Lisboa: Livros Horizonte 1999, pp. 307-316.<br />

15 Foram auxiliares úteis os sites <strong>de</strong> genealogia geral – e A Nossa Família em<br />

[para as famílias Bessa,<br />

Ribas, Burmester, Gilbert, Alão, Ken<strong>da</strong>ll, Alves, Castro]. Fazemos notar que estes sites, <strong>de</strong> um modo<br />

geral, seguem as linhas varonis <strong>da</strong>s famílias <strong>de</strong>ixando omissos os elementos do sexo feminino.<br />

16 A pesquisa sistemática incidiria sobre as 7 freguesias existentes até 1836 – Sé, Vitória, São Nicolau,<br />

Santo Il<strong>de</strong>fonso, Miragaia, Massarelos e Cedofeita, mais as 4 anexa<strong>da</strong>s pelo Decreto <strong>de</strong> 26 <strong>de</strong> Novembro<br />

<strong>de</strong> 1836 – São João <strong>da</strong> Foz do D<strong>ou</strong>ro, Lor<strong>de</strong>lo do Ouro e Campanhã, e ain<strong>da</strong> Paranhos e Bonfim.<br />

Composição do Concelho com estatuto urbano. – cf. CRUZ, Maria Antonieta – Os Burgueses do Porto<br />

na segun<strong>da</strong> meta<strong>de</strong> do século XIX. Porto: Fun<strong>da</strong>ção Eng. António <strong>de</strong> Almei<strong>da</strong>, 1999, pp. 42-43.<br />

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