Departamento de Ciências Prenda ou Arte? - Repositório Aberto da ...
Departamento de Ciências Prenda ou Arte? - Repositório Aberto da ...
Departamento de Ciências Prenda ou Arte? - Repositório Aberto da ...
You also want an ePaper? Increase the reach of your titles
YUMPU automatically turns print PDFs into web optimized ePapers that Google loves.
Deix<strong>ou</strong> obras no domínio <strong>da</strong> escultura, litografia, retrato, miniatura, “tinha muita<br />
imaginação e facili<strong>da</strong><strong>de</strong>” 538 .<br />
Seu irmão, Eduardo <strong>da</strong> Fonseca Pinto (1835 – 1913), frequent<strong>ou</strong> <strong>de</strong>s<strong>de</strong> 1848 os<br />
diversos cursos <strong>da</strong> Aca<strong>de</strong>mia 539 . Fez parte <strong>de</strong> algumas <strong>da</strong>s Socie<strong>da</strong><strong>de</strong>s Dramáticas <strong>de</strong><br />
Amadores como caracterizador 540 . Nos anos 60 no Teatro Minerva dos Barões <strong>de</strong><br />
Nevogil<strong>de</strong> 541 , e nos anos 70, na Luz e Cari<strong>da</strong><strong>de</strong>, <strong>da</strong> qual fez o emblema 542 (Fig.145)<br />
Profissionalmente foi Desenhador na Direcção <strong>de</strong> Obras Públicas do Distrito do<br />
Porto e colaborador na revista O Tripeiro, com ilustrações <strong>de</strong> tipos populares do Porto,<br />
tipos <strong>de</strong> ruas, <strong>de</strong>saparecidos 543 . Foi recor<strong>da</strong>do como “uma figura d<strong>ou</strong>tros tempos” 544 .<br />
Sua mãe, D. Cândi<strong>da</strong> Peregrina Pereira <strong>de</strong> Vasconcelos era “filha única do muito<br />
conhecido retratista, na altura, António Simões Pereira <strong>de</strong> Vasconcelos” 545 . “Notável<br />
pintor portuense do fim do século 17º e princípios do século 18º” e “apreciável pintor<br />
<strong>de</strong> flores” 546 . Realiz<strong>ou</strong> para a Santa Casa <strong>da</strong> Misericórdia, <strong>de</strong> que era Irmão 547 , diversos<br />
retratos para a Galeria <strong>de</strong> Benfeitores e trabalhos oficinais 548 . Realiz<strong>ou</strong> alguns registos<br />
iconográficos sobre o <strong>de</strong>sastre <strong>da</strong> Ponte <strong>da</strong>s Barcas, aquando <strong>da</strong>s invasões francesas.<br />
D. Maria <strong>da</strong> Glória <strong>da</strong> Fonseca Vasconcelos tem pois um ascen<strong>de</strong>nte familiar<br />
propício ao seu precoce contacto com as práticas artísticas.<br />
538 FURTADO, ob. cit., p. 76.<br />
539 A.F.B.A.U.P. – Processo <strong>de</strong> Aluno: Eduardo <strong>da</strong> Fonseca Vasconcelos<br />
540 “Est<strong>ou</strong> a ve-lo no meu camarim, <strong>de</strong> pé, tracejando-me a cara, fallando mansamente na sua voz<br />
mellíflua, recuando até ao extremo do recinto para ver o effeito do seu trabalho e, uma vez concluído,<br />
<strong>de</strong>ixar-me sem mais preâmbulos, para ir, n´um passo miudinho e bamboleado, applicar as suas artes na<br />
cara <strong>de</strong> <strong>ou</strong>tro senhor”. – cf. MOUTINHO, Júlio – As Socie<strong>da</strong><strong>de</strong>s Dramáticas d´ Amadores. O Tripeiro.<br />
Porto. 2º Ano, n.º 49 (1 <strong>de</strong> Novembro <strong>de</strong> 1909), pp. 201-203.<br />
541 MOUTINHO, Júlio – As Socie<strong>da</strong><strong>de</strong> Dramáticas d´ Amadores. O Tripeiro. Porto. 1.º Ano, n.º 25 (1 <strong>de</strong><br />
Março <strong>de</strong> 1909), pp. 109-111.<br />
542 MOUTINHO, Júlio – As Socie<strong>da</strong><strong>de</strong> Dramáticas d´ Amadores. O Tripeiro. Porto. 2.º Ano, n.º 45 (20 <strong>de</strong><br />
Setembro <strong>de</strong> 1909), pp. 132-134.<br />
543 O Tripeiro. Porto. 1.º Ano, n.º 7 (30 <strong>de</strong> Agosto <strong>de</strong> 1908), p. 98.<br />
544 “Afastado do bulício <strong>da</strong> socie<strong>da</strong><strong>de</strong> que <strong>ou</strong>tr´ora tanto frequent<strong>ou</strong>, era hoje quasi um <strong>de</strong>sconhecido,<br />
vivendo isola<strong>da</strong>mento. Nos seus tempos áureos, Fonseca Vasconcellos conviveu com artistas e com a<br />
mais alta socie<strong>da</strong><strong>de</strong>”, apresentando os últimos realizados e recor<strong>da</strong>ndo as suas “palestras sobre pintores,<br />
architectos e esculptores”. – cf. O Tripeiro. Porto. 3.º Ano, n.º 104 (1 <strong>de</strong> Março <strong>de</strong> 1913), p. 501.<br />
545 FURTADO, ob. cit., p. 76.<br />
546 O Tripeiro. Porto. 1º Ano, n.º 14 (10 <strong>de</strong> Novembro <strong>de</strong> 1908), p 221<br />
547 Registo N.º 129 – António Simões Pereira <strong>de</strong> Vasconcelos. Ourives ao Paraíso, <strong>ou</strong> Retratista morador<br />
na Rua Chã, casado com Ana Albina Januária <strong>de</strong> S<strong>ou</strong>sa Vasconcelos. S.d.. [Nota direita – Faleceu];<br />
[Nota esquer<strong>da</strong> – Pediu em Agosto <strong>de</strong> 1804 e em Setembro <strong>de</strong> 1807]. – cf. A.S.C.M.P. – Livro do Tombo<br />
dos Irmãos <strong>da</strong> Santa Casa <strong>da</strong> Misericórdia do Porto (1799 – Mai. 1856). Série D / Banco 5 / N.º 14, fl.<br />
11v.<br />
548 MORAIS, Maria Antonieta Lopes Vilão Vaz <strong>de</strong> – Pintura nos séculos XVIII e XIX na Galeria dos<br />
Benfeitores <strong>da</strong> Santa Casa <strong>da</strong> Misericórdia do Porto. Dissertação <strong>de</strong> Mestrado em História <strong>da</strong> <strong>Arte</strong> em<br />
Portugal (sob orientação <strong>de</strong> Agostinho Araújo) apresenta<strong>da</strong> à Facul<strong>da</strong><strong>de</strong> <strong>de</strong> Letras <strong>da</strong> Universi<strong>da</strong><strong>de</strong> do<br />
Porto. Porto: Facul<strong>da</strong><strong>de</strong> <strong>de</strong> Letras <strong>da</strong> Universi<strong>da</strong><strong>de</strong> do Porto, 2001, Volume I, p. 123.<br />
88