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CASO CLÍNICO – PRÁTICA EM SAÚDE DO ADULTO E DO ... - pucrs

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<strong>CASO</strong> <strong>CLÍNICO</strong> <strong>–</strong> <strong>PRÁTICA</strong> <strong>EM</strong> <strong>SAÚDE</strong> <strong>DO</strong> <strong>ADULTO</strong> E <strong>DO</strong> I<strong>DO</strong>SO I<br />

EPIGASTRALGIA<br />

IDENTIFICAÇÃO: masculino, 42 anos, branco, casado, motorista de táxi, natural de Canguçu,<br />

procedente de Porto Alegre.<br />

QUEIXA PRINCIPAL: dor no estômago.<br />

HISTÓRIA DA <strong>DO</strong>ENÇA ATUAL<br />

Paciente vem a mais uma consulta dizendo ser portador de “gastrite” há muitos anos. O quadro<br />

iniciara há cerca de 20 anos. Apresentava dor epigástrica em ardência sem irradiação que costumava<br />

ocorrer algum tempo antes das refeições aliviando quase sempre após; algumas vezes acordava de<br />

madrugada pela dor que era bastante intensa, sentia-se nauseado e com bastante produção de<br />

saliva. Nestas ocasiões um copo de leite morno aliviava-lhe os sintomas. Os períodos de dor<br />

duravam de 8 a 15 dias passando após vários meses com poucos ou sem sintomas. Algum tempo<br />

atrás teve episódio de fezes pretas moles, com cheiro intenso após ter tomado por alguns dias<br />

remédio para a coluna. Desta vez, consulta referindo que os sintomas estão com características<br />

diferentes das outras vezes. A dor tem aspecto de cólica na área do estômago, a ingesta de<br />

alimentos aumentava os sintomas e em conseqüência começou a comer menos o que lhe dava<br />

sensação de fraqueza e dificuldade em manter o mesmo número de horas de trabalho. Algumas<br />

vezes acordou de manhã com náuseas e vomitou restos de alimentos junto a grande quantidade de<br />

líquido azedo. Diz ter feito algumas consultas na Rede Pública e quase sempre recebia o diagnóstico<br />

de “gastrite nervosa”; era medicado com antiácido ou cimetidina com alívio temporário dos<br />

sintomas. Em uma ocasião realizou um Rx que “não deu nada”.<br />

Vem à consulta tendo ingerido apenas líquido, cerca de 4 horas antes, pois achava que poderia fazer<br />

um exame mais aprofundado do estômago na consulta.<br />

REVISÃO <strong>DO</strong>S SIST<strong>EM</strong>AS<br />

Dores nas costas que era atribuída a atividade profissional, para isso usava remédios sob orientação<br />

do balconista da farmácia ou de colegas de profissão. Dor de cabeça que era atribuída a pressão<br />

alta. Foi aconselhado a diminuir de peso e manter atividade física regular. Nervosismo: consideravase<br />

muito tenso, preocupado com a baixa remuneração e riscos da profissão. Trabalha 12 horas por<br />

dia. Receia não mais poder trabalhar pela doença e manter suas responsabilidades familiares.<br />

HISTÓRIA MÉDICA PREGRESSA: doenças próprias da infância, herniorrafia inguinal há 20 anos.<br />

HÁBITOS: tabagismo <strong>–</strong> 20 cigarros por dia; álcool <strong>–</strong> nos finais de semana, por vezes em grande<br />

quantidade; chimarrão e café com freqüência.<br />

HISTÓRIA FAMILIAR: mãe obesa e hipertensa; pai faleceu aos 72 anos por problema de<br />

estômago; irmão hipertenso, obeso, sofre de pirose; esposa e 3 filhos sem problemas clínicos ou<br />

psicológicos significativos.<br />

EXAME FÍSICO<br />

Bom estado geral, 86kg, 174cm, lúcido, mucosas coradas. Fc 84bpm,<br />

PA 170/90mmHg, FR 16 mpm. Tax. 36,6ºC<br />

Gânglios: palpáveis na região inguinal, pequenos elásticos e móveis.<br />

Não apresenta gânglios cervicais ou supra claviculares.<br />

Tórax: ausculta cardíaca e pulmonar sem alterações.<br />

Abdômen: globoso, cicatriz de herniorrafia, timpanismo aumentado no epigástrio e hip.D. Fígado<br />

palpável a nível do rebordo costal, bordo fino, liso. Baço não palpável. Ruídos hidro-aéreos normais.<br />

À asculta do epigástrio ruído de vasculejo quando o paciente se movimenta ou ao se comprimir<br />

rapidamente o epigástrio.<br />

CONTEÚ<strong>DO</strong> PROPOSTO<br />

1. Quais as hipóteses diagnósticas que podem ser formuladas somente pela anamnese?<br />

2. Existem dados na história clínica que podem indicar diferenças entre lesão orgânica e<br />

distúrbio funcional? Quais?

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