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CASO CLÍNICO 1 – PRÁTICA EM SAÚDE DO ADULTO E ... - pucrs

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<strong>CASO</strong> <strong>CLÍNICO</strong> 1 <strong>–</strong> <strong>PRÁTICA</strong> <strong>EM</strong> <strong>SAÚDE</strong> <strong>DO</strong> <strong>ADULTO</strong> E <strong>DO</strong> I<strong>DO</strong>SO II<br />

TUMORES DERMATOLÓGICOS<br />

IDENTIFICAÇÃO: feminina, branca, 74 anos, casada, trabalhadora rural, natural e procedente<br />

de Santo Antônio.<br />

HISTÓRIA DA <strong>DO</strong>ENÇA ATUAL: mancha em tronco posterior de crescimento lento no último<br />

ano.<br />

REVISÃO <strong>DO</strong>S SIST<strong>EM</strong>AS: paciente na revisão dos sistemas não relatou nada digno de nota,<br />

além do problema cutâneo.<br />

HISTÓRIA MÉDICA PREGRESSA: hospitalizações prévias para 2 partos normais, demais OK.<br />

HISTÓRIA FAMILIAR: marido e dois filhos saudáveis.<br />

HISTÓRIA PSICOSOCIAL: moradora da zona rural refere exposição solar prolongada e sem<br />

proteção.<br />

EXAME FÍSICO: bom estado geral, lúcida, orientada e coerente.<br />

T 36,6°C P 48 kg A 158 cm T 120/80 mm Hg.<br />

Apresenta placa eritematosa com bordo ligeiramente elevado em tronco posterior, assintomático<br />

e com 3,5 cm de diâmetro.<br />

Demais OK.<br />

EXAMES COMPL<strong>EM</strong>ENTARES: realizada biopsia cutânea com punch N° 2.<br />

Resultado AP. carcinoma basocelular superficial.<br />

Demais: sem alterações<br />

EVOLUÇÃO: tratamento proposto: curetagem da lesão e após crioterapia com nitrogênio liquido.<br />

Uso contínuo de filtro solar.<br />

Paciente com boa evolução e alta por cura.


<strong>CASO</strong> <strong>CLÍNICO</strong> 2 <strong>–</strong> <strong>PRÁTICA</strong> <strong>EM</strong> <strong>SAÚDE</strong> <strong>DO</strong> <strong>ADULTO</strong> E <strong>DO</strong> I<strong>DO</strong>SO II<br />

TUMORES DERMATOLÓGICOS<br />

IDENTIFICAÇÃO: masculino, branco, 47 anos, agricultor, casado, natural e procedente de Dois<br />

Irmãos.<br />

QUEIXA PRINCIPAL: lesões em face, tronco e membros superiores com vários anos de<br />

evolução. Refere lesão em braço esquerdo com crescimento rápido nos últimos 2 meses.<br />

HISTÓRIA DA <strong>DO</strong>ENÇA ATUAL: paciente refere que há vários anos notou desenvolvimento de<br />

lesões descamativas em face, tronco superior e membros superiores. Nos últimos 2 meses notou<br />

crescimento rápido de lesão em braço esquerdo com sangramentos esporádicos.<br />

REVISÃO <strong>DO</strong>S SIST<strong>EM</strong>AS: nenhuma queixa em outros sistemas ou órgãos, referindo somente o<br />

problema cutâneo.<br />

HISTÓRIA MÉDICA PREGRESSA: além das doenças de infância, nada mais foi encontrado.<br />

HISTÓRIA FAMILIAR: pais, esposa e 3 filhos saudáveis.<br />

HISTÓRIA PSICOSOCIAL: mora e trabalha em pequeno sítio em Dois Irmãos, na atividade<br />

rural com muita exposição solar e sem nenhuma proteção.<br />

EXAME FÍSICO: bom estado geral, lúcido, orientado e coerente.<br />

T 36,5° C P 68 Kg A 172 cm TA 120/85 mm Hg.<br />

Apresenta ao exame físico em áreas de exposição à luz solar, localizada em tronco superior, face<br />

e dorso das mãos lesões eritematosas recoberta por escamas secas, duras, superfície áspera e<br />

coloração amarelada formando placas. Em braço esquerdo com lesão nodular queratótica<br />

infiltrada e endurecida com sangramentos esporádicos.<br />

EXAMES COMPL<strong>EM</strong>ENTARES: biópsia cutânea com punch N 4 da lesão do braço esquerdo. AP.<br />

Carcinoma epidermóide. Demais exames de rotina normais.<br />

EVOLUÇÃO: paciente com diagnóstico clínico de ceratose actínica em áreas fotoexpostas e<br />

laboratorial de carcinoma epidermóide em braço esquerdo. Tratamento proposto: crioterapia com<br />

nitrogênio liquido na ceratose actínica e excisão cirúrgica com AP para o carcinoma epidermóide.<br />

Uso continuo de filtro solar FPS 30 com aplicações a cada 2 horas.<br />

Boa evolução e alta por cura.


<strong>CASO</strong> <strong>CLÍNICO</strong> 1 <strong>–</strong> <strong>PRÁTICA</strong> <strong>EM</strong> <strong>SAÚDE</strong> <strong>DO</strong> <strong>ADULTO</strong> E <strong>DO</strong> I<strong>DO</strong>SO II<br />

TUMORES DERMATOLÓGICOS<br />

Paciente com pele clara, 78 anos, história de longa exposição ao sol durante o período em<br />

trabalhava na lavoura. Apresenta diversas lesões na face, sendo que a mais extensa está<br />

localizada na região malar e pálpebra inferior apresentando área ulcerada.<br />

<strong>CASO</strong> <strong>CLÍNICO</strong> <strong>–</strong> 2<br />

Pescador de 46 anos, fumante, apresenta lesão ulcerada no lábio inferior, com 1 ano de evolução<br />

com episódios de sangramento que não cicatrizou com tratamento conservador.


<strong>CASO</strong> <strong>CLÍNICO</strong> <strong>–</strong> <strong>PRÁTICA</strong> <strong>EM</strong> <strong>SAÚDE</strong> <strong>DO</strong> <strong>ADULTO</strong> E <strong>DO</strong> I<strong>DO</strong>SO II<br />

HANSENÍASE<br />

IDENTIFICAÇÃO: masculino, 57 anos, pescador, pardo, casado, natural e procedente de Itaqui.<br />

QUEIXA PRINCIPAL: lesões cutâneas de lenta evolução.<br />

HISTÓRIA DA <strong>DO</strong>ENÇA ATUAL: paciente refere que iniciou com lesões de pele há 10 anos, em<br />

forma de ulcerações, dor em queimação evolução para hipoestesia em MsIs. Também notou nos<br />

últimos anos aumento de volume do pavilhão auditivo esquerdo, do nariz e escurecimento geral<br />

da pele. Relata dificuldade de deambulação devido às lesões em pés.<br />

REVISÃO SIST<strong>EM</strong>AS:<br />

Geral: emagrecimento<br />

Cabeça: sp.<br />

Boca: lesões em cavidade oral, rouquidão<br />

Olhos: sp.<br />

Nariz: aumento de volume<br />

Cardiovascular: sp.<br />

Respiratório: tosse, dispnéia aos pequenos esforços, DBPOC, tabagista desde os 15 anos, média<br />

1 carteira / dia.<br />

Gastrointestinal: sp.<br />

Endócrino: sp.<br />

Pele: ver HDA.<br />

Demais sistemas: sp.<br />

HISTÓRIA MÉDICA PREGRESSA: Doenças comuns da infância.<br />

Imunizações: não lembra.<br />

Cirurgias: nega.<br />

Traumatismo: nega.<br />

Hospitalizações prévias: duas vezes por infecção respiratória<br />

Medicações em uso: nenhuma fixa.<br />

Alergias: nega<br />

Hábitos alimentares: três refeições por dia, uso de álcool esporádico.<br />

HISTÓRIA FAMILIAR: Pai falecido aos 65 anos por problema cardíaco, Mãe, irmãos, filhos e<br />

esposa sadios.<br />

HISTÓRIA PSICOSOCIAL: Mora na cidade com esposa e três filhos em casa com água, luz e<br />

sanitários.<br />

EXAME FÍSICO: Regular estado geral, emagrecido, desidratado, lúcido, orientado, coerente, voz<br />

rouca.<br />

T=36,5°C; P=98bpm; R=25 mpm; P=62Kg; A=176cm; TA=130/85 mmHg<br />

Pele e anexos: seca, apergaminhada, descamativa e escurecida. Madarose caudal e ciliar total,<br />

espessamento de pavilhões auditivos e fronte. Lesões papulo-nodulares, delimitadas, simétricas,<br />

esparsas e anestésicas em MsIs e tronco, hipoestésicas em MsSs. Espessamento dos nervos<br />

ulnar, tibial e fibular bilateralmente. Baqueteamento digital, onicomicose extensa em mãos e pés<br />

com infecção secundária.<br />

Cavidade oral: Lesões ulceradas em dorso da língua e palato, dentes sépticos.<br />

Gânglios linfáticos móveis, indolores com cerca de 1 cm em cadeia cervical.<br />

Olhos: sp.<br />

Cabeça: sp.<br />

Ausculta pulmonar: Estertores creptante de base.<br />

Ausculta cardíaca: ritmo regular, sem sopros.


Abdômen: Sem dor à palpação, fígado e baço impalpáveis. Ruídos hidroaéreos normais.<br />

Neurológico: sp.<br />

EXAMES COMPL<strong>EM</strong>ENTARES<br />

Ht. 36 Hg. 11,5 Leucócitos: 16.000<br />

Laringoscopia indireta: Ulcerações no bordo superior da epiglote e base da língua. Lesões<br />

leucoplásicas e hiperemia em pregas vocais, sugestivas de lesões fúngicas.<br />

Endoscopia digestiva alta: normal<br />

Raio X de tórax: sinais de DBPOC.<br />

Anti-HIV: não reagente.<br />

Pesquisa de BAAR: lóbulo e cotovelo <strong>–</strong> positiva IB 2<br />

Lesões tronco <strong>–</strong> positiva IB 4 com globias<br />

Reação de Mitsuda: negativa<br />

Rinoscopia: Ulcerações em mucosa septal<br />

Outros exames: sp.<br />

EVOLUÇÃO: Tratamento com antióticos e antifúngicos tópicos e sistêmicos para infecção<br />

respiratória, lesões cutâneas impetiginizadas e fúngicas com boa resposta. Notificação<br />

compulsória da hanseníase virchoviana e tratamento com poliquimioterapia multibacilar por 12<br />

meses.<br />

Prevenção de incapacidades.<br />

CONTEÚ<strong>DO</strong> PROPOSTO:<br />

1. Discutir em pequenos grupos as questões relativas à hanseníase.<br />

2. Etiologia<br />

3. Transmissão<br />

4. Manifestações clínicas<br />

5. Diagnóstico<br />

6. Diagnóstico diferencial<br />

7. Tratamento<br />

8. Epidemiologia


<strong>CASO</strong> <strong>CLÍNICO</strong> <strong>–</strong> <strong>PRÁTICA</strong> <strong>EM</strong> <strong>SAÚDE</strong> <strong>DO</strong> <strong>ADULTO</strong> E <strong>DO</strong> I<strong>DO</strong>SO II<br />

MORTE E MORRER<br />

IDENTIFICAÇÃO: feminina, 53 anos, branca, casada, natural e procedente de Porto Alegre.<br />

QUEIXA PRINCIPAL: dispnéia e dor torácica<br />

HISTÓRIA DA <strong>DO</strong>ENÇA ATUAL: paciente refere que há três anos foi submetida a uma cirurgia<br />

para retirada de um “cisto de ovário”. Após a cirurgia realizou “umas aplicações” com injeções<br />

que lhe provocaram muito mal estar: náusea, diarréia e queda de cabelo. Informa que tal<br />

tratamento foi indicado para prevenir que sua doença se transformasse em “doença ruim”.<br />

Ficou relativamente bem até 3 meses atrás quando começou a sentir um dolorimento no baixo<br />

ventre e um certo “endurecimento” na região.<br />

Na última semana começou a sentir falta de ar e dor localizada em hemitórax esquerdo. Esta dor<br />

piora quando tosse e quando inspira muito fundo. Desde ontem sente respiração “mais curta” que<br />

é percebida como dispnéia a médios e longos esforços sem ortopnéia. Refere que a dispnéia piora<br />

quando deita em decúbito lateral esquerdo.<br />

Informa ter emagrecido 3 Kg nos último mês por ter diminuído o seu apetite.<br />

REVISÃO SIST<strong>EM</strong>AS<br />

Geral: emagrecimento e sensação de fadiga.<br />

Cabeça: nega sintomas.<br />

Boca: refere apresentar problemas na gengiva e dentes.<br />

Olhos: sem queixas.<br />

Nariz e seios paranasais: sem queixas.<br />

Pescoço: sem queixas.<br />

Cardiovascular: ver HDA.<br />

Respiratório: nega tosse ou expectoração.<br />

Gastrointestinal: constipada crônica que se tornou mais importante nos últimos 30 dias.<br />

Geniturinário: nega sintomas urinários. Amenorréia desde a sua cirurgia. Multípara: 4 filhos de<br />

parto natural. Nega abortamentos.<br />

Endócrino: nega intolerância ao frio ou ao calor, tremores, agitação, sudorese, polidipsia, poliúria,<br />

polifagia.<br />

Demais sistemas: sp.<br />

HISTÓRIA MÉDICA PREGRESSA: Doenças da infância: somente lembra catapora.<br />

Imunizações: não sabe informar.<br />

Cirurgias: apendicectomia aos 15 anos; retirada de “cisto de ovário” há 3 anos.<br />

Traumatismo: nenhum.<br />

Hospitalizações prévias: somente para suas cirurgias e partos. Nega transfusões de sangue.<br />

Medicações em uso: óleo mineral e “produtos naturais” para controlar sua constipação.<br />

Alergias: nega.<br />

Hábitos alimentares: três refeições por dia (café, almoço e janta). Sem intolerâncias alimentares.<br />

Sono normal.<br />

HISTÓRIA FAMILIAR: Pais vivos e sadios. Irmã mais velha sadia. Filhos vivos e sadios.<br />

HISTÓRIA PSICOSOCIAL<br />

Mora com o marido e 3 filhas. Marido informa que a paciente não foi informada de seu<br />

diagnóstico que na realidade se trata de um tumor de útero com invasão de estruturas vizinhas<br />

segundo o médico teria informado. Acha que mulher não deve saber a verdade, porque como se<br />

trata de “uma doença ruim” ela não se beneficiaria em saber a verdade e poderia ficar muito<br />

nervosa. Refere que no início foi várias vezes questionado por ela para saber do diagnóstico e que<br />

ele sempre lhe falou em cisto de ovário seguindo a combinação com seu médico. Paciente está


animada e acha que com tratamento clínico ela ficará curada para acompanhar a formatura de<br />

sua filha em engenharia dentro de 2 meses.<br />

EXAME FÍSICO: Alerta, lúcida, orientada e coerente. Mucosas úmidas, pouco descoradas e<br />

anictéricas. Sinais de emagrecimento, mas em bom estado geral.<br />

Tax: 36,5° C Pulso: 95 bpm Respiração: 24 mpm.<br />

Peso: 55 Kg Altura: 1,68 m TA: 100/80 mmHg<br />

Pele e anexos: sp.<br />

Gânglios linfáticos: micropoliadenopatia cervical bilateral com gânglios macios e móveis.<br />

Cabeça: sp<br />

Olhos: visão normal. Pupilas isocóricas e normorreagentes. Fundo de olho normal.<br />

Ouvidos e nariz: sp.<br />

Boca e faringe: Dentes em bom estado de conservação com falta de algumas peças dentárias.<br />

Gengiva normal.<br />

Pescoço: sp<br />

Ausculta pulmonar: pulmão direito com som claro à ausculta. Ausência de murmúrio vesicular à<br />

esquerda. Percussão torácica normal a D e macicez à E. Ausência de ruídos adventícios.<br />

Ausculta cardíaca: ritmo regular, dois tempos, sem sopros.<br />

Abdômen: dor à palpação superficial e profunda em hipogástrio. Palpa-se massa dura nesta<br />

região. Ausência de dor a descompressão súbita. Fígado e baço impalpáveis. Ruídos hidroaéreos<br />

normais.<br />

Músculo-esquelético: normal<br />

Neurológico: pares cranianos, função motora e reflexos tendinosos profundos sp.<br />

EXAMES COMPL<strong>EM</strong>ENTARES<br />

Hematócrito: 30 % Hemoglobina: 10 g %<br />

Creatinina: 2,5 mg% Glicose: 85 mg%<br />

Na: 135 mEq % K: 3,9 mEq % CO2: 20 mEq%<br />

Estudo radiológico de campos pulmonares: extenso derrame pleural à esquerda comprometendo<br />

todo hemitórax.<br />

Exame parasitológico de fezes (6 amostras): negativo.<br />

Ecografia abdominal: massa que ocupa espaço na pelve. Dilatação ureteral e hidronefrose<br />

bilateral. Cinco nódulos hiperecogênicos difusos no fígado. Ausência de outros achados<br />

significativos.<br />

Revisão ginecológica: massa pélvica ocupando todo o fundo de saco de Douglas compatível com<br />

recorrência de neoplasia maligna uterina.<br />

Ecografia transvaginal confirma estes achados.<br />

CONTEÚ<strong>DO</strong> PROPOSTO<br />

Pequenos grupos deverão discutir as seguintes questões, tentando elaborar uma justificativa<br />

moral para suas respostas. Redigir estas respostas para posterior leitura em público frente ao<br />

grande grupo.<br />

1- Está correto omitir a verdade para a paciente?<br />

2- Quais os cuidados em se transmitir uma má notícia para um paciente?<br />

3- Considerando que a família mudou de opinião e deseja que a equipe “fale a verdade” para<br />

a paciente, como encaminhar tal tipo de conversa?<br />

4- A equipe da ginecologia consulta o Comitê de Bioética para saber se deve ou não<br />

descomprimir os ureteres da paciente. Qual o parecer do grupo?<br />

5- Caso a paciente desenvolva insuficiência respiratória aguda ou outra intercorrência clínica<br />

grave, deverá ser ela encaminhada para a CTI?<br />

6- Considerando a possibilidade da paciente ter sido informada de seu diagnóstico e ter<br />

solicitado à equipe a mantivesse viva por pelos menos 2 meses para que possa<br />

acompanhar a formatura de seu filho, deve este fato ser levado em consideração ao se<br />

cogitar das estratégias de tratamento da paciente ou devem os médicos definir o que é<br />

melhor para a paciente?


7- Caso a dispnéia não melhore (disseminação linfática do tumor) e a dor se torne<br />

insuportável e a paciente venha a solicitar que seu médico lhe dê um remédio para “<br />

acabar com o sofrimento”, está seu médico autorizado a atendê-la?<br />

8- O preceptor orienta o residente a colocar no prontuário da paciente a orientação de SPP<br />

(“se parar parou”), sem ter compartilhado essa decisão nem com a paciente nem com a<br />

família, tampouco com os demais membros da equipe. É correta essa decisão? Comente<br />

todas as variáveis implicadas nesta decisão.<br />

Sugestão Bibliográfica: http://www.bioetica.ufrgs.br<br />

ACTA MÉDICA 1999, 383-395.<br />

<strong>CASO</strong> <strong>CLÍNICO</strong> <strong>–</strong> <strong>PRÁTICA</strong> <strong>EM</strong> SAUDE <strong>DO</strong> <strong>ADULTO</strong> E <strong>DO</strong> I<strong>DO</strong>SO II<br />

<strong>DO</strong>ENÇAS SEXUALMENTE TRANSMISSÍVEIS<br />

IDENTIFICAÇÃO: masculino, 37anos, auxiliar de pedreiro, pardo, natural e procedente de<br />

Viamão.<br />

QUEIXA PRINCIPAL: lesões eritematosas disseminadas.<br />

HISTÓRIA DA <strong>DO</strong>ENÇA ATUAL: lesões eritematosas disseminadas, de surgimento recente,<br />

acompanhadas de papulas vegetantes na região perianal.<br />

HISTORIA MEDICA PREGRESSA: doenças comuns da infância.<br />

Imunizações: não lembra<br />

Cirurgias: nega<br />

Traumatismos: nega<br />

Hospitalizações prévias: nega<br />

Medicações em uso: nenhuma fixa<br />

Alergias: nega<br />

Hábitos alimentares: três refeições diárias,uso eventual de álcool<br />

HISTORIA FAMILIAR: Pai. mãe e irmãos (3 saudáveis).<br />

EXAME FÍSICO: Regular estado geral, lúcido, coerente, orientado.<br />

T=36,5ºC, P=60kg, A=168CM, TA=120/80mmHG. Apresenta exantema morbiliforme, não<br />

pruriginoso, bem como pápulas nas regiões palmo-plantares. Adenopatia generalizada. Paulas<br />

vegetantes perianais. Apresenta alopecia em clareira e madarose.<br />

EXAMES COMPL<strong>EM</strong>ENTARES:<br />

VDRL quantitativo 1/32<br />

FTABS reagente<br />

EVOLUÇÃO: face ao diagnóstico de Sífilis secundária foi tratado com penicilina benzatina e<br />

orientado a retornar ao serviço em três meses para repetir exames.<br />

CONTEÚ<strong>DO</strong> PROPOSTO:<br />

1. Discutir em pequenos grupos as questões relativas sífilis em particular e as demais DST<br />

em geral.<br />

2. Etiologia.<br />

3. Transmissão e orientações de prevenção.<br />

4. Diagnóstico, exames complementares.<br />

5. Diagnóstico diferencial.<br />

6. Tratamento.<br />

7. Epidemiologia.


<strong>CASO</strong> <strong>CLÍNICO</strong> <strong>–</strong> <strong>PRÁTICA</strong> <strong>EM</strong> <strong>SAÚDE</strong> <strong>DO</strong> <strong>ADULTO</strong> E <strong>DO</strong> I<strong>DO</strong>SO II<br />

NEOPLASIA DE ESTÔMAGO<br />

IDENTIFICAÇÃO: Homem, branco, 65 anos, casado, agricultor.<br />

QUEIXA PRINCIPAL: Dor abdominal.<br />

HISTÓRIA DA <strong>DO</strong>ENÇA ATUAL: Paciente relata dor abdominal em aperto em região epigástrica<br />

há +- 7 meses, sem irradiação. Refere melhora da dor com uso de antiácidos. Veio à consulta por<br />

apresentar piora dos sintomas, com episódios de vômitos alimentares nos últimos 10 dias. Refere<br />

emagrecimento de 8 kg no último mês. Nega disfagia ou alterações no hábito intestinal.<br />

REVISÃO <strong>DO</strong>S SIST<strong>EM</strong>AS:<br />

Orofaringe: pigarro matinal<br />

Pele: normal<br />

Ap. C-Vasc: HAS em uso de bloqueador de canal de cálcio há 12 anos<br />

Ap. Resp: sem alterações<br />

Ap. Digest: Ver HDA<br />

Ap. Neurol: sem queixas<br />

MMII: Sem alterações.<br />

Fumante crônico de 1 carteira de cigarros ao dia desde os 16 anos.<br />

Ingere +- 300 ml bebida destilada / dia.<br />

Nega alergias.<br />

Antecedentes Médicos Pessoais: Nega cirurgias, transfusão sanguínea.<br />

Antecedentes Familiares: Pai falecido por cardiopatia isquêmica (72 anos) e mãe falecida por Ca<br />

colo de útero (62 anos). Irmãos hígidos.<br />

EXAME FÍSICO:<br />

Bom estado geral, mucosas coradas e hidratadas.<br />

TA 130/90<br />

FC 88 bpm<br />

Peso: 62Kg Altura: 1,80m<br />

Cabeça e pescoço:<br />

Corado, conjuntivas anictéricas, sem lesões orais, pupilas fotoreagentes, fundoscopia sem<br />

anormalidades. Sem linfadenopatias cervicais ou supraclaviculares. Tireóide sem nódulos.<br />

Pulmão:<br />

Aumento do diâmetro anteroposterior do tórax.<br />

Diminuição difusa do murmúrio vesicular bilateralmente.<br />

Sem frêmito, roncos ou estertores. Percussão timpânica.<br />

Cardiovascular:<br />

Não se palpa ictus<br />

Bulhas hipofonéticas. Ritmo regular em 2 tempos, sem sopros.<br />

Pulsos periféricos simétricos.<br />

Abdômen:<br />

Flácido, indolor à palpação.<br />

Punho percussão lombar e percussão dos processos espinhosos sem dor.<br />

Toque retal:<br />

Esfíncter com tônus preservado. Próstata levemente aumentada de tamanho sem nódulos.<br />

Extremidades:<br />

Sem baqueteamento digital, sem edema<br />

Neurológico:<br />

Alerta, orientado, sem sinais focais. Motricidade e sensibilidade preservadas.<br />

PROPOSTA PARA DISCUSSÃO:<br />

1. Qual o seu diagnóstico diferencial neste caso?<br />

2. Quais exames iniciais você pediria para investigar este paciente?<br />

3. Qual a sua conduta após estes exames?<br />

4. Qual sua conduta após estabelecido o diagnóstico?<br />

5. Qual o tratamento mais adequado?


<strong>CASO</strong> <strong>CLÍNICO</strong> <strong>–</strong> <strong>PRÁTICA</strong> <strong>EM</strong> <strong>SAÚDE</strong> <strong>DO</strong> <strong>ADULTO</strong> E <strong>DO</strong> I<strong>DO</strong>SO II<br />

AN<strong>EM</strong>IA FERROPRIVA<br />

IDENTIFICAÇÃO: masculino, 67 anos, branco, casado, natural e procedente de Livramento, RS.<br />

QUEIXA PRINCIPAL: cansaço e palidez.<br />

HISTÓRIA DA <strong>DO</strong>ENÇA ATUAL: Refere fraqueza progressiva há 2-3 meses não conseguindo<br />

realizar suas caminhadas diárias devido ao cansaço. Em algumas situações refere falta de ar.<br />

Familiares comentaram sobre sua palidez. Refere alimentar-se normalmente, sem perda do<br />

apetite. Tem notado predileção por alimentos que não tinha antes,como alface, por exemplo.<br />

Notou discreta ardência na língua, motivo pelo qual tem mastigado gelo com alguma freqüência.<br />

Consultou seu médico do posto de saúde que lhe solicitou exames laboratoriais, encaminhando-o<br />

para este hospital após ver os resultados.<br />

REVISÃO SIST<strong>EM</strong>AS<br />

Geral: sensação de fadiga e palidez cutânea e mucosa.<br />

Cabeça: nega sintomas.<br />

Boca: refere apresentar problemas na língua, com algumas pequenas úlceras.<br />

Olhos: sem queixas.<br />

Nariz e seios paranasais: refere anosmia leve.<br />

Pescoço: sem queixas.<br />

Cardiovascular: ver HDA.<br />

Respiratório: nega tosse ou expectoração.<br />

Gastrintestinal: constipado crônico, sem alteração do hábito intestinal nos últimos 60 dias. Nega<br />

dor abdominal, hematêmese, enterorragia, melena, história de hemorróidas, de icterícia ou de<br />

hepatite.<br />

Geniturinário: refere freqüência miccional aumentada com noctúria, sem alterações do aspecto da<br />

urina.<br />

Endócrino: nega intolerância ao frio ou ao calor, tremores, agitação, sudorese, polidipsia, poliúria,<br />

polifagia.<br />

Hematológico: sem história de anemia ou sangramentos anormais, sem passado de transfusões.<br />

Demais sistemas: sp.<br />

HISTÓRIA MÉDICA PREGRESSA:<br />

Doenças da infância: catapora.<br />

Imunizações: não sabe informar.<br />

Cirurgias: há três anos foi submetido a uma cirurgia de próstata, por hiperplasia benigna.<br />

Traumatismo: nenhum.<br />

Hospitalizações prévias: somente para cirurgia de próstata. Nega transfusões de sangue.<br />

Medicações em uso: “produtos naturais” para controlar a constipação. Usa cloridrato de<br />

oxibutinina (incontinência urinária) e sinvastatina.<br />

Alergias: nega.<br />

Hábitos alimentares: três refeições por dia (café, almoço e janta), sem intolerâncias alimentares.<br />

Sono normal.<br />

HISTÓRIA FAMILIAR: Pais mortos (pai por IAM aos 80 anos e mãe por AVC aos 76 anos). Um<br />

irmão mais novo sadio. Filhos vivos e sadios.<br />

HISTÓRIA PSICOSSOCIAL<br />

Mora com a esposa. Filhos moram em outra cidade, mas os visitam periodicamente. Está<br />

preocupado com a mudança de cidade para investigar sua anemia e o que poderia estar<br />

provocando seu problema.


EXAME FÍSICO: Alerta, lúcido, orientado e coerente. Mucosas úmidas, pouco coradas e<br />

anictéricas. Sem sinais de emagrecimento e em bom estado geral. Tax: 36,5°C; Pulso: 90bpm;<br />

Respiração: 24 mpm; Peso: 72 Kg; Altura: 172cm; TA=130/80 mmHg; Pele e anexos: sp.<br />

Gânglios linfáticos: sp. Cabeça: SP Olhos: visão normal. Pupilas isocóricas e normorreagentes.<br />

Fundo de olho normal.<br />

Ouvidos e nariz: sp.<br />

Boca e faringe: Dentes em bom estado de conservação com falta de algumas peças dentárias.<br />

Gengiva normal.<br />

Pescoço: sp<br />

Ausculta pulmonar: pulmões com murmúrio vesicular normal. Percussão torácica normal e<br />

ausência de ruídos adventícios.<br />

Ausculta cardíaca: ritmo regular, dois tempos, sem sopros.<br />

Abdômen: Sem dor à palpação superficial e profunda. Ausência de dor a descompressão súbita.<br />

Fígado e baço impalpáveis. Ruídos hidroaéreos normais.<br />

Músculo-esquelético: normal<br />

Neurológico: pares cranianos, função motora e reflexos tendinosos profundos sp.<br />

EXAMES COMPL<strong>EM</strong>ENTARES<br />

Hemácias 3.5 6 /µl Hematócrito: 27 % Hemoglobina: 9 g % VCM: 77 fl<br />

Reticulócitos: 1.1 (corrigido 0.6%) Ferritina: 8 ng/ml Ferro: 25 µg/dL<br />

Capacidade ferropéxica: 400 µg/dL Saturação da transferrina: 6.25%<br />

Creatinina: 1,5 mg% Glicose: 85 mg% Na: 135 mEq/L K: 3,9 mEq/L<br />

Estudo radiológico de campos pulmonares: sp.<br />

Exame parasitológico de fezes (6 amostras): negativo.<br />

Ecografia abdominal: Ausência de achados significativos.<br />

CONTEÚ<strong>DO</strong> PROPOSTO<br />

Pequenos grupos deverão discutir as seguintes questões, tentando elaborar uma justificativa para<br />

suas respostas. Redigir estas respostas para posterior leitura frente ao grande grupo.<br />

1- Como a queixa do paciente pode ajudar no diagnóstico diferencial de anemia?<br />

2- Qual a relação do tempo de manifestação dos sintomas com a intensidade e o tipo de anemia?<br />

3- Há possibilidade de haver anemia hemolítica? Quais os dados para não ser pensar em anemia<br />

hemolítica ou sangramento agudo?<br />

4- Qual a classificação da anemia?<br />

5- Qual o diagnóstico diferencial desta anemia?<br />

6- Qual a conduta a ser seguida após esta constatação, no presente caso? Necessita exames<br />

complementares? Quais?


<strong>CASO</strong> <strong>CLÍNICO</strong> <strong>–</strong> <strong>PRÁTICA</strong> <strong>EM</strong> <strong>SAÚDE</strong> <strong>DO</strong> <strong>ADULTO</strong> E <strong>DO</strong> I<strong>DO</strong>SO II<br />

NEOPLASIA DE ESÔFAGO<br />

IDENTIFICAÇÃO: masculino, 53 anos, branco, procedente de Tramandaí.<br />

QUEIXA PRINCIPAL: Disfagia.<br />

HMAP: Paciente refere que, há 4 meses, começou com tosse, engasgos e regurgitação. Há 2<br />

meses, vem apresentando disfagia e odinofagia para sólidos, aceitando somente líquidos por via<br />

oral. Emagrecimento 6 kg em 2 meses.<br />

REVISÃO DE SIST<strong>EM</strong>AS: Nega HAS e DM2.<br />

HISTÓRIA MÉDICA PREGRESSA:<br />

Nega alergias<br />

Tabagismo 20 cigarros/dia há 20 anos.<br />

Etilismo 1.000mL de cachaça/dia nos últimos dias.<br />

Nega internações ou cirurgias prévias.<br />

EXAME FÍSICO<br />

Bom estado geral, lúcido, orientado, coerente, hidratado.<br />

FC: 88bpm TA: 130/90mmHg FR: 22mrpm<br />

AP: MVUD, sem ruídos adventícios<br />

ACV: BNF, 2T, RR, Sem sopro<br />

Abdome: Ruídos hidroaéreos presentes, flácido, depressível, indolor, sem massas palpáveis<br />

Ausência de linfadenomegalias periféricas.<br />

Laboratório<br />

Htc 42% Hb 14,6 VCM 81fL L 9600 (N47,4%) Bilirrubina total(BT) 0,2 KTTP 24/25s<br />

TP 92% RNI 1,06 Albumina 3,8 ASO 22 (14-36 UI/L) AST 18 (9-52 UI/L)<br />

DISCUSSÃO<br />

1- Hipótese diagnóstica 3- Abordagem diagnóstica<br />

2- Diagnóstico diferencial 4- Abordagem terapêutica<br />

CONTEÚ<strong>DO</strong> PARA DISCUSSÃO<br />

1- Diagnóstico diferencial de disfagia<br />

- Doenças benignas<br />

- Doenças malignas<br />

2 <strong>–</strong> Carcinoma epidermóide de esôfago<br />

- Estadiamento<br />

- Tratamento<br />

- Intenção curativa<br />

- Paliação (cirúrgica / endoscópica)<br />

- Papel Qumio/Radioterapia


<strong>CASO</strong> <strong>CLÍNICO</strong> <strong>–</strong> <strong>PRÁTICA</strong> <strong>EM</strong> <strong>SAÚDE</strong> <strong>DO</strong> <strong>ADULTO</strong> E <strong>DO</strong> I<strong>DO</strong>SO II<br />

LEUC<strong>EM</strong>IA / LINFOMA<br />

IDENTIFICAÇÃO: feminina, 23 anos, branca, solteira, universitária, procedente de Porto Alegre.<br />

QUEIXA PRINCIPAL: cansaço, adenomegalias e hemograma com anemia e leucocitose.<br />

HISTÓRIA DA <strong>DO</strong>ENÇA ATUAL: a paciente refere que há três semanas iniciou com dificuldade<br />

progressiva em executar exercícios usuais na academia de ginástica. Familiares comentaram que<br />

ela estaria mais pálida nas últimas semanas. Notou febre (37.5 C° a 38.5° C), algumas vezes<br />

com sudorese no fim da tarde e início da noite há duas semanas. Refere sangramento gengival<br />

incomum com o uso de fio dental na última semana. Notou algumas equimoses nos membros<br />

inferiores há dois dias. Sua última menstruação apresentou sangramento mais intenso e<br />

consultou seu ginecologista três dias atrás que, ao observar alterações no hemograma solicitado,<br />

encaminhou-a ao clínico geral.<br />

REVISÃO DE SIST<strong>EM</strong>AS<br />

Geral: perda de 4kg no último mês.<br />

Pele: algumas manchas violáceas (equimoses) nos membros inferiores.<br />

Pescoço: aparecimento de gânglios, indolores, há duas semanas em ambos os lados do pescoço.<br />

Nariz, boca e garganta : refere leve “irritação” na garganta há uma semana<br />

Ginecológico: menstruação a cada 28 dias, durando 4 dias; a última teve sangramento mais<br />

intenso usando 3 pacotes de 10 absorventes.<br />

Respiratório: nega asma ou bronquite; apresentando falta de ar de leve intensidade após<br />

atividade física moderada (caminhadas em aclive, subir escadas, etc.)<br />

HISTÓRIA MÉDICA PREGRESSA: Fuma 10 cigarros/dia desde os 15 anos. Não usa drogas.<br />

Nega cirurgias ou uso de medicamentos. Nega exposição a agrotóxicos ou radiação.<br />

HISTÓRIA FAMILIAR: Pai falecido de câncer de estômago aos 40 anos. Avô paterno falecido de<br />

câncer de próstata com mais de 70 anos. Avó materna falecida de derrame cerebral aos 60 anos.<br />

Tia materna de 42 anos está em tratamento para câncer de mama.<br />

EXAME FÍSICO: Bom estado geral. Sistema neurológico: lúcida e orientada. Mucosas descoradas<br />

e anictéricas. Pele: algumas equimoses e raras petéquias nas pernas. Cavidade oral: hiperemia<br />

de orofaringe; uma bolha de sangue na gengiva na região do primeiro molar. Região cervical:<br />

dois linfonodos palpáveis na região supraclavicular esquerda e três na região supraclavicular<br />

direita, todos com diâmetro em torno de 2.5 cm, de consistência elástica,indolores e móveis.<br />

Sinais vitais com PA 130/70mm/Hg, FC 112 bpm, temperatura axilar 37.5 C, FR 18 mpm. Pulsos<br />

palpáveis e simétricos. Ausculta cardíaca com RR 2T, sopro sistólico em foco mitral (2/4).<br />

Aparelho respiratório mostrando murmúrio vesicular uniformemente distribuído em ambos<br />

campos pulmonares, sem ruídos adventícios. Abdômen: fígado palpável a 3 cm RCD; baço<br />

palpável a 4 cm do RCE, na linha hemiclavicular.<br />

EXAMES COMPL<strong>EM</strong>ENTARES: Hemograma: Ht 25%; Hb 7.7 g%; hemácias 2,99 x 106 mm3;<br />

VCM 83 fl; reticulócitos corrigidos 1,1%; leucócitos 42.200 (Bastões 5%, neutrófilos 10%,<br />

Monócitos 15%, Linfócitos 30%, células mononucleares imaturas (células atípicas ou blastos)<br />

40%; plaquetas 10.000/mm³, ácido úrico 11 mg%, LDH 1.000 UI/L).<br />

DISCUSSÃO:<br />

1. Quais as hipóteses formuladas somente com a anamnese e exame físico?<br />

2. Qual o diagnóstico diferencial de adenomegalias e esplenomegalia?<br />

3. Quais as características que sugerem neoplasia na avaliação de adenomegalia?<br />

4. Qual é o mecanismo da anemia e da plaquetopenia neste caso?<br />

5. Qual a importância da avaliação do sangue periférico (esfregaço)?


6. Qual o diagnóstico diferencial da leucocitose neste caso?<br />

7. Como costuma ser a apresentação clínica de linfoma?<br />

8. Qual o diagnóstico mais provável ?<br />

9. Mais exames laboratoriais são necessários para confirmação diagnóstica? Quais?<br />

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS<br />

• L. Goldman et al. Cecil. Textbook of Medicine. 21th ed.<br />

• A Fauci et al. Harrison’s Principles of Internal Medicine. 14th ed.

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