Instituto Federal de Educação Ciência e Tecnologia do - ifsuldeminas
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Outro fato ocorri<strong>do</strong> <strong>de</strong>ntro das aulas, mas por parte <strong>do</strong>s professores que<br />
ministravam as aulas <strong>de</strong>ntro <strong>do</strong> estágio supervisiona<strong>do</strong>. Os alunos estavam<br />
representan<strong>do</strong> os quilombos, com <strong>do</strong>is alunos em pé, um <strong>de</strong> cada la<strong>do</strong> com as<br />
mãos representan<strong>do</strong> um telha<strong>do</strong>, e um aluno protegi<strong>do</strong> <strong>de</strong>ntro <strong>de</strong>ste quilombo.<br />
Com o passar <strong>do</strong>s minutos esses alunos foram per<strong>de</strong>n<strong>do</strong> a vonta<strong>de</strong> <strong>de</strong> ficar<br />
com os braços para cima, e fican<strong>do</strong> apenas em pé, prejudican<strong>do</strong> o andamento<br />
da ativida<strong>de</strong>. O professor Curintia perceben<strong>do</strong> isso alterou a ativida<strong>de</strong>,<br />
<strong>de</strong>senhan<strong>do</strong> alguns círculos no chão, representan<strong>do</strong> os quilombos. Dan<strong>do</strong> mais<br />
dinâmica a essa ativida<strong>de</strong>, portanto todas as crianças que representavam<br />
quilombos não precisavam mais ficar ali paradas dan<strong>do</strong> suporte para os outros<br />
se divertirem. Mostran<strong>do</strong> a apreensão <strong>do</strong> méto<strong>do</strong>, pois, ele recriou em cima <strong>de</strong><br />
uma ativida<strong>de</strong> que ele mesmo <strong>de</strong>senvolveu. Através disso reafirma que o<br />
conhecimento não é estanque e sim po<strong>de</strong> ser modifica<strong>do</strong> <strong>de</strong> acor<strong>do</strong> com as<br />
necessida<strong>de</strong>s <strong>do</strong> dia a dia.<br />
Também <strong>de</strong>ntro das aulas os questionamentos <strong>do</strong>s alunos:<br />
31<br />
Por que esses africanos não se juntavam<br />
e fossem falar com os <strong>do</strong>nos das fazendas, que<br />
eles não queriam ser escravos, e se eles não<br />
concordassem que não iriam mais trabalhar para<br />
eles e iriam embora.<br />
Os alunos compreen<strong>de</strong>ram que a vida na senzala era sofrida e que<br />
aquilo não estava certo e precisaria ser muda<strong>do</strong>. Não levan<strong>do</strong> em<br />
consi<strong>de</strong>ração que estavam bem longe <strong>de</strong> suas casas, e para voltar a África<br />
seria impossível, e teriam que se arrumar por ali mesmo.<br />
A professora pretinha usa <strong>de</strong> figuras para comparar alguns animais da<br />
África com os existentes aqui no Brasil, as pessoas que lá habitavam e as que<br />
existiam aqui no Brasil e os Portugueses. Nessa aula o diagnóstico da<strong>do</strong> pelos<br />
alunos:<br />
Só porque eles eram negros eles teriam que ser<br />
escravos? Por que pessoas <strong>de</strong> outros lugares tinham que se<br />
mudar para conseguir mais riquezas? Que <strong>de</strong>ntro da escola<br />
existiam crianças que ficavam chaman<strong>do</strong> outros <strong>de</strong> negro <strong>do</strong>