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Após ser proibida os praticantes foram mortos ou mandados para
prisões. Uma das mais famosas se localizava no Arquipélago de Fernando de
Noronha. Essa prática agora marginal passou a ser praticada às escondidas e
levada para o interior das cidades.
A fama da capoeira corria o Brasil, mas especialmente no Rio de
Janeiro, Recife e Salvador alguns capoeiristas escreveram seus nomes na
história. Devido às incríveis façanhas realizadas nem sempre com caráter
positivo a capoeira se espalha como rastilho de pólvora dando assim sua
ploriferação e desvirtuamento. No Brasil, não é apenas praticada pela camada
mais baixa da população, mas também por classes mais elevadas.
De acordo com Silva (1995) no inicio do século XX a capoeira passa a
ter algumas regalias devido a interesses políticos. Muitos dos bons capoeiristas
eram contratados para serem cabos eleitorais, capangas e secretários de
grandes figurões. Nas próprias unidades militares a prática da capoeira era
utilizada. Muitos capoeiristas se alistaram na Marinha e foram repassando seus
ensinamentos.
Muitos capoeiristas mantiveram sua prática tradicional como o caso de
Vicente Ferreira Pastinha, mais conhecido como Mestre Pastinha. Através de
seus ensinamentos muitos outros se formaram mestres, mas sempre com a
intenção de que não se deturpasse a sua prática e se mantivesse as tradições
dos antepassados. Tradições essas vindas dos ex-escravos majoritariamente
vindos de Angola. Por isso esse estilo de capoeira ensinada por Mestre
Pastinha era chamada de Capoeira Angola.
6 Decreto Lei nº 487 do C.P.B. de 11/10/1890:
Art. 402 - Fazer nas ruas e praças públicas exercícios de agilidade e destreza corporal conhecido pela
denominação de capoeiragem, andar em correrias, com armas ou instrumentos capazes de produzir
uma lesão corporal, provocando tumulto ou desordens, ameaçando pessoa certa ou incerta, ou
incutindo temor ou algum mal:
Pena de dois a seis meses de reclusão.
Parágrafo Único - É considerado circunstância agravante pertencer a capoeira, alguma Banda ou Malta.
Aos chefes, ou cabeças, impor-se-á pena em dobro.
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