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mesmo que para isso fosse preciso entrar em guerra. Diante disso o Brasil foi
obrigado a ceder e em 4 de setembro de 1850 surgiu a lei Eusébio de Queirós,
que proibia o trafico de escravos e autorizava a expulsão dos traficantes do
pais. Essa medida reprimiu definitivamente a importação de escravos para o
Brasil (COTRIN, 1995).
Após a proibição do trafico de escravos, foram criadas algumas leis a
favor da causa abolicionista:
� Lei do ventre livre (1871): declarava livre todos os filhos de
escravos nascidos no Brasil.
� Lei dos sexagenários (1885): declarava livres os escravos com
mais de 65 anos.
Em 13 de maio de 1888 foi promulgada a Lei Áurea pela princesa Isabel,
lei essa que declarava extinta a escravidão no Brasil.
Apesar de libertos a situação dos escravos não estava resolvida, pois
após quase 4 séculos de escravidão, os ex-escravos não possuíam recursos
financeiros, e a sua maioria voltara a desenvolver as mesmas atividades
exercidas no tempo da escravidão, ou seja, continuavam sendo escravos,
sofrendo abusos e castigos dos senhores dos engenhos. Em busca da
sobrevivência, sujeitavam-se às mesmas atrocidades, pois precisavam se
alimentar. Diante disso fica a incógnita: Será que ocorreu a abolição na
verdade, ou apenas o negro foi despejado nas ruas?
Um ano após a abolição da escravatura, foi proclamada a República, em
1889. O novo sistema político, entretanto, não assegurou profícuos ganhos
materiais ou simbólicos para a população negra (DOMINGUES, 2007, p. 102).
Ao contrário, esta foi marginalizada. Segundo Andrews:
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Seja politicamente em decorrência das limitações da republica
no que se refere ao sufrágio e as outras formas de participação
política; seja social e psicologicamente, em face das doutrinas
do racismo científico e da “teoria do branqueamento”; seja