Instituto Federal de Educação Ciência e Tecnologia do - ifsuldeminas
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CAPITULO 1- Revisão <strong>de</strong> literatura<br />
1.1- HISTÓRIA DA CAPOEIRA<br />
Antes <strong>de</strong> <strong>de</strong>screvermos essa história sobre os fatos aconteci<strong>do</strong>s no<br />
tempo <strong>do</strong> Brasil colonial, queremos esclarer que foi elaborada uma síntese da<br />
História exclusivamente para o <strong>de</strong>senvolvimento <strong>do</strong> méto<strong>do</strong> <strong>de</strong> ensino da<br />
capoeira <strong>de</strong>ntro da perspectiva da cultura corporal. Para escrever essa versão<br />
da história da capoeira utilizamos como referência as obras <strong>de</strong> Gilberto Cotrin 3<br />
e Divalte Garcia Figueira 4 . Temos que retroce<strong>de</strong>r ao século XV, a partir da<br />
chegada <strong>do</strong>s portugueses no Brasil. Assim que os primeiros coloniza<strong>do</strong>res aqui<br />
chegaram se <strong>de</strong>pararam com os habitantes nativos. Homens e mulheres <strong>de</strong><br />
pele parda e sem vestimentas. Foi um espanto tanto para os europeus quanto<br />
para os nativos <strong>de</strong>vi<strong>do</strong> à discrepância <strong>de</strong> mo<strong>do</strong>s e costumes. A intenção <strong>do</strong>s<br />
coloniza<strong>do</strong>res não foi <strong>de</strong>senvolver a política <strong>de</strong> boa vizinhança, mas sim <strong>de</strong><br />
explorar as riquezas aqui encontradas e mandá-las a Portugal para serem<br />
comercializadas na Europa. Seus objetivos <strong>de</strong> exploração no início eram <strong>de</strong><br />
encontrar minerais valiosos em específico ouro, mas como no início das<br />
explorações tal mineral não foi encontra<strong>do</strong> e a costa litorânea brasileira eram<br />
repletas <strong>de</strong> ma<strong>de</strong>ira nobres (Pau-Brasil), muito usadas para o tingimento <strong>de</strong><br />
teci<strong>do</strong>s, <strong>de</strong>cidiram então explorá-la. Contu<strong>do</strong>, para explorar a ma<strong>de</strong>ira foi<br />
preciso a mão <strong>de</strong> obra <strong>do</strong>s nativos. Utilizaram da curiosida<strong>de</strong> e da ingenuida<strong>de</strong><br />
<strong>do</strong>s mora<strong>do</strong>res para fazerem amiza<strong>de</strong> e foram presentean<strong>do</strong> os mesmos por<br />
algum tempo com objetos <strong>de</strong> pouco valor comercial para os europeus. Em<br />
troca os ajudariam com a retirada da ma<strong>de</strong>ira e seu beneficiamento. Com o<br />
tempo as coisas mudaram. Os índios eram obriga<strong>do</strong>s a realizar tais tarefas,<br />
estabelecen<strong>do</strong>-se sua escravidão. A partir disto começaram os confrontos,<br />
massacres <strong>do</strong>s indígenas, aprisionamento, entre outras atrocida<strong>de</strong>s cometidas<br />
pelos coloniza<strong>do</strong>res.<br />
3 História e consciência <strong>do</strong> Brasil, 2ª EDIÇÃO, 1995.<br />
4 História: volume único: livro <strong>do</strong> professor, editora Ática, 2000.<br />
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