Governo Electrónico - Universidade do Minho

Capítulo 2: Governo Electrónico e Interoperabilidade entre SI na AP – Contextos e Conceitos 73
[EPAN 2004a]. Refira-se, ainda, que a condução de iniciativas de interoperabilidade, sem que
existam mecanismos de governação globais, pode acabar por suscitar a criação de ―novos silos‖
[EPAN 2004a]. De facto, como defende Vidigal, pensar e desenvolver soluções semânticas e
tecnológicas em função de cada processo é continuar a tradição dos silos [Vidigal 2005].
Dados os efeitos nefastos que parecem estar associados à falta de governação, este tópico
tem vindo a posicionar-se como um dos aspectos críticos da agenda da interoperabilidade no
governo electrónico, cujo reconhecimento e ponderação nos estudos e nas iniciativas de
interoperabilidade parece ser fundamental.
Na Figura 2.11 resumem-se os aspectos basilares associados à forma como o conceito de
interoperabilidade tem vindo a ser perspectivado no domínio do governo electrónico.
Duas ou mais entidades
Heterogéneas e Autónomas
Operando conjuntamente
Com objectivo comum
Sem esforço Significativo
Figura 2.11 – Aspectos basilares do conceito de interoperabilidade no domínio do governo electrónico
2.3.2.3 Esforços para a Promoção da Interoperabilidade no Domínio do
Governo Electrónico
Conforme foi referido na Subsecção 2.3.2.1, um pouco por todo o globo os países têm vindo
a lançar e a desenvolver esforços com vista à promoção e criação da interoperabilidade entre os SI
que suportam o funcionamento das suas Administrações Públicas, por forma a que os seus
organismos consigam operar de forma mais colaborativa, tornando assim possível a concretização
das estratégias de governo electrónico por aqueles estabelecidas e perseguidas.