10.01.2013 Views

Governo Electrónico - Universidade do Minho

Governo Electrónico - Universidade do Minho

Governo Electrónico - Universidade do Minho

SHOW MORE
SHOW LESS

You also want an ePaper? Increase the reach of your titles

YUMPU automatically turns print PDFs into web optimized ePapers that Google loves.

Capítulo 2: <strong>Governo</strong> <strong>Electrónico</strong> e Interoperabilidade entre SI na AP – Contextos e Conceitos 63<br />

2.3.2.1 Interoperabilidade como Preocupação Emergente no Domínio <strong>do</strong><br />

<strong>Governo</strong> <strong>Electrónico</strong><br />

A necessidade de unir esforços e de cooperar na realização de actividades que visem<br />

alcançar um determina<strong>do</strong> objectivo, constitui uma forma de actuação natural e fundamental da vida<br />

em sociedade. Tal necessidade tem vin<strong>do</strong> a ser reconhecida não apenas a nível individual mas<br />

também no contexto organizacional. Já no final da década de 80, Drucker [1988] alertou para a<br />

necessidade que as organizações tinham de, num futuro próximo, transformarem o seu paradigma<br />

organizacional, deven<strong>do</strong> aban<strong>do</strong>nar as estruturas hierárquicas e o funcionamento auto-conti<strong>do</strong>, e<br />

passar a operar em rede, numa sociedade cujo funcionamento assentaria fortemente na utilização<br />

das TI e onde a capacidade de cooperação e colaboração assumiria um papel fulcral.<br />

Apesar de já há muito se vir a reconhecer a importância da cooperação a nível intra e<br />

interorganizacional, a necessidade de ―operar em conjunto‖ tem assumi<strong>do</strong> uma relevância ainda<br />

mais acentuada nos últimos anos, como consequência da convergência de factores económicos,<br />

tecnológicos e sociais, tais como a crescente abertura de merca<strong>do</strong>s, a globalização da economia, a<br />

diversidade tecnológica e o eleva<strong>do</strong> nível de exigência da sociedade [OECD 2003b]. Face a esta<br />

conjuntura, as organizações vêem-se confrontadas com a inevitabilidade de terem de se tornar<br />

elementos constituintes e participantes activos na rede global de cooperação que tem vin<strong>do</strong> a<br />

emergir.<br />

O termo ―interoperabilidade‖ assume, neste contexto, um papel de destaque, que se faz<br />

notar não só pela centralidade que conquistou nos planos e <strong>do</strong>cumentos estratégicos das<br />

organizações, mas também pelos esforços de investigação e de debate que tem origina<strong>do</strong>, quer na<br />

comunidade académica quer na comunidade de prática.<br />

Refira-se que, embora só recentemente tenha conquista<strong>do</strong> uma maior notoriedade, a<br />

interoperabilidade não constitui um termo novo, sen<strong>do</strong> já utiliza<strong>do</strong> há algumas décadas,<br />

nomeadamente no meio militar [Criscimagna 2003]. É difícil, contu<strong>do</strong>, determinar quan<strong>do</strong> é que<br />

este termo foi utiliza<strong>do</strong> pela primeira vez, bem como quan<strong>do</strong> é que as preocupações a ele<br />

associadas começaram a manifestar-se.<br />

Dois factores parecem, contu<strong>do</strong>, justificar a maior notoriedade que o termo assumiu nos<br />

últimos anos [Criscimagna 2003].

Hooray! Your file is uploaded and ready to be published.

Saved successfully!

Ooh no, something went wrong!