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Governo Electrónico - Universidade do Minho

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Capítulo 2: <strong>Governo</strong> <strong>Electrónico</strong> e Interoperabilidade entre SI na AP – Contextos e Conceitos 61<br />

Dodd et al. 2003], perden<strong>do</strong> funcionalidade significativa se o fluxo de serviços for interrompi<strong>do</strong><br />

[Busson e Keravel 2005c]. Neste senti<strong>do</strong>, pode afirmar-se que uma família de sistemas integra<strong>do</strong>s<br />

tem que ser interoperável, mas sistemas interoperáveis não têm que estar necessariamente<br />

integra<strong>do</strong>s [Chen e Doumeingts 2003].<br />

integração.<br />

A Tabela 2.2 realça três das diferenças normalmente apontadas entre interoperabilidade e<br />

Tabela 2.2 – Características <strong>do</strong>s conceitos de interoperabilidade e de integração<br />

Interoperabilidade Integração<br />

Co-existência Unificação<br />

Autonomia Assimilação<br />

Fraca interdependência Forte dependência<br />

Ao contrário <strong>do</strong> que sucede na integração, em que as conexões estabelecidas entre os<br />

sistemas são rígidas e fixas, as conexões entre sistemas interoperáveis são mais flexíveis, sen<strong>do</strong><br />

fáceis de estabelecer e alterar [Aubert et al. 2003]. Esta característica confere à interoperabilidade<br />

uma vantagem significativa na conjuntura actual, em que a incerteza das parcerias é enorme e, por<br />

conseguinte, o realinhamento <strong>do</strong> conjunto de actores com que as organizações se relacionam pode<br />

ocorrer a qualquer momento. Na verdade, é cada vez mais difícil antecipar completamente o<br />

conjunto de interligações em que se espera que um determina<strong>do</strong> sistema hoje desenvolvi<strong>do</strong> vá<br />

futuramente participar [Carney e Obern<strong>do</strong>rf 2004].<br />

Como referem Sasovova et al. [2001], a existência de eleva<strong>do</strong>s níveis de integração entre os<br />

sistemas de uma organização pode mesmo condicionar um conjunto de decisões de eleva<strong>do</strong> nível<br />

estratégico, tais como a decisão de venda/alienação de uma unidade organizacional ou a decisão<br />

de fazer o outsourcing de determinadas actividades <strong>do</strong> negócio previamente existentes na<br />

organização. De facto, em qualquer uma dessas situações, se o sistema de informação da unidade<br />

envolvida estiver fortemente integra<strong>do</strong> com os restantes sistemas da organização, tornar-se-á<br />

necessário efectuar um esforço significativo de desintegração, o qual, segun<strong>do</strong> os autores, pode ser<br />

ainda mais árduo e ter maiores riscos associa<strong>do</strong>s <strong>do</strong> que os próprios esforços de integração.

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