Governo Electrónico - Universidade do Minho

Capítulo 2: Governo Electrónico e Interoperabilidade entre SI na AP – Contextos e Conceitos 57
como uma componente fundamental [Carney e Oberndorf 2004], seja actualmente considerada
como a área menos problemática, dado que as principais dificuldades a ela associadas já são de
algum modo ultrapassáveis, havendo todo um conjunto de mecanismos, nomeadamente
enquadramentos, recomendações e standards que facilitam a sua obtenção. A adopção de
abordagens baseadas em XML (eXtensible Markup Language), a utilização de serviços Web, a
criação de repositórios de serviços, a proposta e amadurecimento de arquitecturas orientadas aos
serviços (SOA — Service Oriented Architectures), ou de arquitecturas P2P (Peer-to-Peer) entre
outras, constituem alguns exemplos de tecnologias que têm vindo a ser propostas e desenvolvidas
para alcançar a interoperabilidade de sistemas [Benamou et al. 2004b; BFC 2005].
Figura 2.8 – Níveis de interoperabilidade
Também ao nível semântico têm vindo a ser conduzidos esforços, nomeadamente no que
concerne à criação de ferramentas que possibilitem e facilitem a troca de informação [Pollock
2001], quer no sentido de permitir a representação dos dados (por exemplo, através de esquemas
XML), quer no sentido de permitir a sua interpretação e a representação de conhecimento acerca
do domínio em causa (por exemplo, por intermédio de ontologias e agentes) [Cava e Guijarro 2003].
A criação de ontologias que permitam representações formais dos conceitos do domínio e das
relações entre estes conceitos [Orain 2005a], a procura de novas abordagens que permitam
enriquecer os serviços Web com metadados de forma a criar descrições desses serviços passíveis
de serem alvo de pesquisas semânticas [Benamou et al. 2004b; Orain 2005a] e a criação de