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Governo Electrónico - Universidade do Minho

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54 Capítulo 2: <strong>Governo</strong> <strong>Electrónico</strong> e Interoperabilidade entre SI na AP – Contexto e Conceitos<br />

partilha<strong>do</strong>; operação sem esforço; operação com um objectivo comum; autonomia; heterogeneidade<br />

— define-se interoperabilidade, no âmbito deste trabalho de investigação, como a capacidade de<br />

que, sem um esforço significativo, duas ou mais entidades independentes, e que operam de forma<br />

autónoma, consigam trocar informação e utilizar correcta e convenientemente essa informação,<br />

com vista a contribuir para o alcance de um propósito específico comum. De acor<strong>do</strong> com estas<br />

ideias, a utilização <strong>do</strong> termo interoperabilidade está associada a situações em que se pretende que<br />

entidades desenvolvidas de forma isolada, que operam de mo<strong>do</strong> autónomo e que exibem<br />

características heterogéneas, passem a ser capazes de — manten<strong>do</strong> tanto quanto possível a sua<br />

autonomia e heterogeneidade — operar de forma conjunta com vista a alcançar um objectivo global<br />

comum. Tal deve ser consegui<strong>do</strong> sem que uma qualquer entidade tenha necessidade de conhecer<br />

as características específicas das restantes entidades com que interopera.<br />

Apesar de, historicamente, o conceito de interoperabilidade estar muito associa<strong>do</strong> à<br />

engenharia de software, deve notar-se que o termo ―entidades‖ utiliza<strong>do</strong> nos parágrafos anteriores<br />

não se refere apenas a sistemas de software, mas também, por exemplo, a unidades, organizações,<br />

processos e serviços. Refira-se também que, embora seja mais frequente associar as questões de<br />

interoperabilidade à interligação de sistemas lega<strong>do</strong>s, este tipo de preocupações se manifestam não<br />

só quan<strong>do</strong> se pretende interligar duas ou mais entidades que tenham si<strong>do</strong> previamente<br />

desenvolvidas, mas também quan<strong>do</strong> se estão a desenvolver novos sistemas com a expectativa de<br />

que estes possam futuramente interoperar com outros sistemas [Kasunic e Anderson 2004].<br />

2.3.1.2 Níveis de Interoperabilidade<br />

O segun<strong>do</strong> facto que pode contribuir para a ambiguidade existente em torno <strong>do</strong> conceito de<br />

interoperabilidade está relaciona<strong>do</strong> com a diversidade de perspectivas ou níveis que podem ser<br />

associa<strong>do</strong>s ao conceito de interoperabilidade.<br />

Com efeito, os primeiros esforços desenvolvi<strong>do</strong>s visan<strong>do</strong> a promoção e a criação de<br />

interoperabilidade concentraram a sua atenção, fundamentalmente, nos aspectos técnicos da<br />

interligação de sistemas de computação [EC 2003a]. Garantir a interoperabilidade era, assim,<br />

sinónimo de garantir a conectividade e a compatibilidade <strong>do</strong> equipamento físico e lógico, com vista<br />

a permitir a comunicação (envio e recepção de da<strong>do</strong>s) entre os sistemas envolvi<strong>do</strong>s [Kasunic e<br />

Anderson 2004]. Nesse contexto, a resolução <strong>do</strong>s problemas de falta de interoperabilidade cingia-se

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