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Governo Electrónico - Universidade do Minho

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Capítulo 2: <strong>Governo</strong> <strong>Electrónico</strong> e Interoperabilidade entre SI na AP – Contextos e Conceitos 53<br />

B se a entidade A for capaz de enviar o seu pedi<strong>do</strong> à entidade B e se a entidade B for capaz de<br />

receber esse pedi<strong>do</strong>, entendê-lo e executar algo que corresponda efectivamente à acção que a<br />

entidade A desejava ver executada pela entidade B em resposta ao pedi<strong>do</strong> que lhe formulou.<br />

Um outro requisito primordial de um cenário de interoperabilidade é, conforme evidenciam,<br />

por exemplo, as definições 21, 26, 28 e 31 apresentadas no Anexo A, o facto de que a capacidade<br />

de interoperação entre as entidades envolvidas deve ser alcançada sem que essas entidades<br />

tenham que conhecer de forma detalhada o mo<strong>do</strong> de funcionamento das entidades com que<br />

interoperam e sem que o esforço que cada entidade tem que desenvolver para concretizar a<br />

interoperação seja significativo.<br />

Duas outras ideias caracteriza<strong>do</strong>ras de um cenário de interoperabilidade foram ainda<br />

identificadas no decorrer da revisão da literatura.<br />

Uma dessas ideias emergiu, por exemplo, das definições 4, 20, 24 e 30 e refere-se ao facto<br />

de que num cenário de interoperabilidade as entidades envolvidas actuarem com vista a alcançar<br />

um objectivo ou meta comum. Como refere Chen [2005], embora cada entidade tenha o seu<br />

objectivo e propósito específico, é fundamental, para que exista efectivamente interoperabilidade,<br />

que a forma como são combinadas e como operam em conjunto as várias entidades envolvidas<br />

permita alcançar uma meta comum, que constitui o fim último pretendi<strong>do</strong> com o processo de<br />

interoperação delinea<strong>do</strong>.<br />

A última das ideias está implícita nas definições 3, 9, 11, 12, 13, 14, 15, 16, 17, 19, 20, 22,<br />

23 e 30 e refere-se ao facto de num cenário de interoperabilidade as entidades interoperantes<br />

serem geralmente entidades heterogéneas que foram criadas ou desenvolvidas de forma isolada e<br />

independente e que operam de forma autónoma, autonomia esta cuja preservação é fundamental,<br />

ou seja, a criação de capacidade de interoperabilidade entre as entidades deve ser alcançada com<br />

um mínimo de interferência na autonomia de cada uma delas. Esta ideia reflecte a natureza<br />

federalista 25 que tem vin<strong>do</strong> a ser associada à interoperabilidade [Chen e Doumeingts 2003].<br />

O conjunto de ideias aponta<strong>do</strong> nos parágrafos anteriores realça aqueles que se evidenciaram<br />

como sen<strong>do</strong> os aspectos fundamentais inerentes ao conceito de interoperabilidade. Consideran<strong>do</strong><br />

esse conjunto de ideias-chave — duas ou mais entidades; operação em conjunto; entendimento<br />

25 O federalismo é descrito por Schwarzenbacher e Wagner [2005] como o princípio estrutural e organizacional pelo qual entidades<br />

independentes e autónomas conjugam esforços com vista a alcançar um funcionamento global, mas preservan<strong>do</strong>, tanto quanto possível, a<br />

sua individualidade, autonomia e independência.

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