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Governo Electrónico - Universidade do Minho

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Capítulo 2: <strong>Governo</strong> <strong>Electrónico</strong> e Interoperabilidade entre SI na AP – Contextos e Conceitos 45<br />

Durante muito tempo estas relações limitavam-se, quase exclusivamente, aos perío<strong>do</strong>s<br />

eleitorais, durante os quais os candidatos ao poder comunicavam aos cidadãos as suas<br />

perspectivas e estratégias para a governação <strong>do</strong> país, ao que se seguia, no dia oficial de eleição, um<br />

acto participativo <strong>do</strong> cidadão exprimin<strong>do</strong>, através <strong>do</strong> seu voto, a sua preferência e a selecção <strong>do</strong>s<br />

seus representantes.<br />

Nos últimos anos esta realidade tem vin<strong>do</strong> a alterar-se. Provavelmente como consequência<br />

<strong>do</strong> recente desenvolvimento educacional, cultural, social e económico, tem-se assisti<strong>do</strong> a um<br />

crescimento acentua<strong>do</strong> na frequência e tipo de interacções que ocorrem entre os cidadãos e os<br />

actores políticos.<br />

Embora a vontade de intensificar estas relações seja também evidenciada pelos políticos,<br />

através de apelos constantes à participação e envolvimento <strong>do</strong>s cidadãos nesta realidade, a grande<br />

força motriz para esse fortalecimento parece residir nos próprios cidadãos. De facto, são cada vez<br />

maiores as pressões que os cidadãos têm vin<strong>do</strong> a exercer sobre o Esta<strong>do</strong>, no senti<strong>do</strong> de que este<br />

seja capaz de manifestar uma maior abertura nas suas interacções com a sociedade civil. Os<br />

cidadãos desejam não só ter acesso a mais informação e mais conhecimento acerca <strong>do</strong> processo<br />

político, como também poder expressar as suas visões, propor ideias, explorar diferenças ou<br />

participar mais directamente no processo decisório [Reynolds e Regio 2001].<br />

Parece ser hoje perfeitamente aceite a ideia de que o estreitamento pretendi<strong>do</strong> para as<br />

interacções cidadãos-políticos poderá ser mais facilmente alcança<strong>do</strong> através <strong>do</strong> uso de TI. De facto,<br />

há to<strong>do</strong> um conjunto de facilidades oferecidas pelas novas tecnologias que permitirão suportar e<br />

renovar a forma como os cidadãos contactam com os seus representantes políticos. As TI podem,<br />

assim, ser vistas como um instrumento que permite estender o espaço público e melhorar a<br />

eficácia e eficiência <strong>do</strong> processo democrático [Evangelidis et al. 2002].<br />

O termo Democracia Electrónica (e-Democracia) é normalmente utiliza<strong>do</strong> para designar as<br />

realidades em que as interacções existentes entre cidadãos e políticos são suportadas por TI [CCG<br />

2002].<br />

Refira-se que a utilização das TI, para estabelecer a comunicação electrónica entre eleitora<strong>do</strong><br />

e eleitos, pode focar-se em duas perspectivas distintas.

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