Governo Electrónico - Universidade do Minho

516 Capítulo 7: Síntese
de tal vontade por parte organismos, o que nem sempre sucede, tornando-se por isso preciosa a
execução em paralelo de outro tipos de acções de intervenção, nomeadamente as já referidas
acções de sensibilização.
O terceiro tipo de intervenções que podem ser executadas pelo agente Organismos diz
respeito à operacionalização de um conjunto de acções que estão relacionadas quer com a
condução de projectos transversais específicos — como, por exemplo, a identificação de custos e
benefícios envolvidos na implementação do projecto, a criação de bons planos de projecto, a
definição e atribuição de responsabilidades às entidades envolvidas no projecto, bem como outras
mencionadas na Figura 7.3 — quer com determinados aspectos do funcionamento interno dos
próprios organismos, nomeadamente a criação de uma arquitectura organizacional do organismo, o
desenvolvimento de competências internas de gestão de outsourcing e a gestão cuidada dos
processos de mudança. A maior parte das intervenções classificadas na categoria operacionalização
tem associado um circuito de intervenção da forma Organismos �, o que significa que o agente
Organismos é o único responsável pela concretização dos resultados esperados, em termos de
alteração da força, em consequência da execução destas acções de intervenção.
A realização de um exercício de análise similar aos anteriores para o agente Classe Política
permitiu tipificar as suas acções de intervenção nas quatro categorias ilustradas na Figura 7.4.
Como se depreende da figura, para além de intervenções relativas à alteração e adequação
de diplomas legais — nomeadamente dos relacionados com a contratação, gestão de carreiras e
sistemas de incentivos e penalizações na AP e com as questões de trocas informacionais e de
privacidade e protecção de dados pessoais — e à alocação de recursos financeiros para o
desenvolvimento de esforços que visem a promoção da interoperabilidade entre SI na AP, o agente
Classe Política pode ainda desempenhar outros dois tipos de acções de intervenção muito
importantes.
Um desses tipos refere-se à publicação de directivas políticas que criem ―obrigatoriedade‖
nos organismos da AP para que estes participem em iniciativas transversais que sejam
consideradas importantes, e nas quais a sua presença seja imprescindível; produzam e publiquem
um conjunto de ―instrumentos‖ próprios, nomeadamente a sua arquitectura organizacional e outros
elementos informacionais que permitam aumentar o seu nível de transparência; e adoptem e
utilizem os vários ―instrumentos‖ estruturais que possam ser criados e disponibilizados com o
intuito de facilitar e promover a implementação da interoperabilidade, mormente os que foram