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Governo Electrónico - Universidade do Minho

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484 Capítulo 6: Entrevistas<br />

antagónico às vezes querer fazer parcerias (.) e estas parcerias priva<strong>do</strong>-público nem sempre<br />

funcionam muito bem por causa disso ( )‖.<br />

Como transpareceu das conversas, a opinião <strong>do</strong>s peritos é que, mesmo que, em<br />

determinadas circunstâncias, possa não ser difícil conseguir que as empresas privadas aceitem<br />

envolver-se em iniciativas e esforços de parceria menos formais, estas tenderão sempre a fazê-lo<br />

com alguma parcialidade, valorizan<strong>do</strong> e apoian<strong>do</strong> as decisões e soluções que mais favoreçam os<br />

seus interesses particulares. Como observou o perito P22, ―( ) acho que poderia perfeitamente<br />

haver a promoção de um de um projecto ou de um de um programa de definição de normas de<br />

interoperabilidade aberto (1.6) aberto à colaboração de empresas privadas por exemplo (.) eu acho<br />

que fazia to<strong>do</strong> o senti<strong>do</strong> e que não era difícil ter envolvimento das empresas privadas (.8) embora<br />

talvez fosse difícil era ter envolvimento de qualidade (.6) porque aí haveria uma tendência imediata<br />

das empresas de::: de pegar nos seus calhamaços das tecnologias e dizer (.) aqui está o nosso<br />

contributo ( )‖. Também o perito P6 referiu que, por vezes, o envolvimento de priva<strong>do</strong>s poderá<br />

mesmo acabar por ―( ) ser:: contraproducente (.2) porque os vende<strong>do</strong>res tendem n::: não (.4)<br />

embora pronto OK hm:: ajudem na interoperabilidade (.2) eles estão muito ciosos <strong>do</strong> seu próprio<br />

produto ( )‖. Como exemplificou o perito ―( ) nós temos o caso neste nosso projecto da<br />

EMPRESAx (por questões de preservação <strong>do</strong> anonimato <strong>do</strong> perito que proferiu este extracto o nome<br />

da empresa foi substituí<strong>do</strong> pelos caracteres EMPRESAx) (.4) que::: que teve por trás de to<strong>do</strong> esse<br />

processo (.4) e que:: reagiu contra alguns elementos de interoperabilidade porque achava que o<br />

sistema deles é que fazia (.) portanto:: e nós tivemos que dar para trás porque se não não podia ser<br />

(.) n::: não é possível (.8) mas podem servir como agente destabiliza<strong>do</strong>r eu acho que que os os os<br />

vende<strong>do</strong>res os desenvolve<strong>do</strong>res de software são um boca<strong>do</strong> suspeitos (.) se quer que lhe diga ( )<br />

porque ten tendem (.) naturalmente (.) a vender o seu próprio produto ( )‖.<br />

Uma segunda constatação decorrente das entrevistas tem que ver com a forma como os<br />

peritos percepcionam e interpretam aquilo que para si constitui actualmente a forma de parceria<br />

pre<strong>do</strong>minante com o sector priva<strong>do</strong>, ou seja, o fenómeno <strong>do</strong> outsourcing.<br />

A constatação mais relevante a este nível foi de que o outsourcing, e o recurso ao<br />

outsourcing, constitui para os organismos uma obrigatoriedade e não uma opção.<br />

Mais <strong>do</strong> que a procura de algum tipo de benefício particular, aquilo que constitui geralmente<br />

a grande motivação para que os organismos façam o outsourcing <strong>do</strong>s seus sistemas ou serviços é a<br />

carência de recursos humanos com que estes se deparam na sua actividade. Como unanimemente

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