10.01.2013 Views

Governo Electrónico - Universidade do Minho

Governo Electrónico - Universidade do Minho

Governo Electrónico - Universidade do Minho

SHOW MORE
SHOW LESS

Create successful ePaper yourself

Turn your PDF publications into a flip-book with our unique Google optimized e-Paper software.

Capítulo 6: Entrevistas 473<br />

maior (.8) a::: e e se houver alguma coisa que os pode pôr em comparação com os outros que seja<br />

desfavorável para eles (.2) acaba por::::: acaba (.) se eles não tiverem a atitude certa ( ) acaba por<br />

poder:: ter algum (.) por poder gerar algum algum::::: ( ) me<strong>do</strong> irracional de que as coisas<br />

corram mal‖.<br />

Nesta perspectiva, o facto <strong>do</strong> prestígio <strong>do</strong>s organismos poder acabar por ser diminuí<strong>do</strong> pode<br />

acabar por causar resistências e funcionar como um aspecto pernicioso para o desenrolar deste<br />

tipo de iniciativas.<br />

A acrescentar ao que acabou de ser referi<strong>do</strong>, os peritos P2, P32 e P35 destacaram ainda um<br />

outro aspecto muito relevante em relação à questão <strong>do</strong> prestígio. Embora a procura de prestígio<br />

seja um fenómeno natural e, como referiu o perito P32, ―( ) a atitude tradicional <strong>do</strong> ser humano<br />

seja sempre a de querer ficar com os louros ( )‖, a ânsia excessiva <strong>do</strong>s organismos em conseguir<br />

isso, como alertou o perito P2, pode levar a que ―alguns projectos se transformem num campo de<br />

batalha de protagonismos‖. Como complementou o perito ―( ) alguns destes projectos a:: tendem<br />

(.) ou correm o risco de se transformar numa feira de vaidades (.8) e portanto quan<strong>do</strong> tem várias<br />

entidades a porem-se em bicos de pés a reivindicarem a autoria de uma ideia ou disto ou daquilo (.)<br />

cria aí um factor de atrito (.2) que é (.) <strong>do</strong> meu ponto de vista (.) um factor inibi<strong>do</strong>r às vezes da<br />

qualidade <strong>do</strong>s projectos (1.0) porque aquilo que está em causa não é a racionalidade <strong>do</strong> projecto<br />

(.4) é alguém querer deitar os foguetes e:: apanhar as canas (.2) que acontece muito (.6)<br />

infelizmente (.2) é uma questão de vaidade humana não é digamos assim (.) a::: e desse ponto de<br />

vista é um factor de bloqueamento ( )‖.<br />

Por tu<strong>do</strong> o referi<strong>do</strong>, o receio de perda de autonomia e de perda de poder, que ainda tende a<br />

assolar os organismos, bem como o dilema com que os organismos se deparam no que concerne<br />

ao efeito que a sua participação neste tipo de iniciativas pode ter para o seu prestígio, podem de<br />

facto constituir elementos relevantes e com influência no desenrolar de iniciativas de<br />

interoperabilidade, deven<strong>do</strong> por isso merecer uma atenção por parte de to<strong>do</strong>s aqueles que<br />

pretendam contribuir para o seu sucesso.<br />

De acor<strong>do</strong> com as opiniões <strong>do</strong>s peritos não é fácil conseguir intervir no senti<strong>do</strong> de minimizar<br />

os efeitos negativos que estes elementos possam ter. Um <strong>do</strong>s esforços que poderá, contu<strong>do</strong>,<br />

produzir algum efeito a este nível é, como argumentaram os peritos P18, P33 e P35 tentar, de<br />

alguma forma, esclarecer um pouco melhor o conceito de interoperabilidade junto <strong>do</strong>s organismos,<br />

libertan<strong>do</strong>-o da conotação à imagem das iniciativas de integração passadas que lhe é ainda

Hooray! Your file is uploaded and ready to be published.

Saved successfully!

Ooh no, something went wrong!