10.01.2013 Views

Governo Electrónico - Universidade do Minho

Governo Electrónico - Universidade do Minho

Governo Electrónico - Universidade do Minho

SHOW MORE
SHOW LESS

Create successful ePaper yourself

Turn your PDF publications into a flip-book with our unique Google optimized e-Paper software.

472 Capítulo 6: Entrevistas<br />

Extracto 6.103<br />

**P2**<br />

( ) a visibilidade que cada um destes organismos tem (.) na linha da frente destes projectos<br />

(.4) ajuda-os (.4) a evidenciar valor (.2) e evidencian<strong>do</strong> valor (.) aparentemente (.6)<br />

consegue-se de alguma forma contrariar ou combater alguma da incerteza orçamental (.2)<br />

porque na altura (.4) da atribuição ou da distribuição de verbas pelos organismos (.) a::: se<br />

houver uma noção muito clara de que aquilo que faz representa valor (.) diz é pá (.) é melhor<br />

se calhar um corte aqui não pode ser tão violento porque::: há necessidade de continuar a<br />

produzir (.) e e está prova<strong>do</strong> que esta gente produz (1.0) é capaz de realizar coisas ( )<br />

Mas se, por um la<strong>do</strong>, como reconheceram os peritos, a participação em iniciativas de<br />

interoperabilidade pode ser vista pelos organismos como um mecanismo indutor de prestígio, por<br />

outro la<strong>do</strong>, eles também reconheceram que em determina<strong>do</strong>s casos pode suceder precisamente o<br />

contrário, poden<strong>do</strong> os organismos achar que o seu prestígio pode sair ―belisca<strong>do</strong>‖ <strong>do</strong> seu<br />

envolvimento neste tipo de iniciativas.<br />

Com efeito, como apontou o perito P41 ―a interoperabilidade é uma espécie de praça pública<br />

( ) onde são expostas as:: as competências e incompetências <strong>do</strong>s organismos ( )‖. Como fez<br />

notar o perito P33, nestes contextos ―( ) os:: os organismos vão poder (.) nem que seja a nível<br />

tecnológico ter um termo de comparação (1.8) a:: dizer olha aquele trabalha assim nós trabalhamos<br />

assa<strong>do</strong> aqueles fazem melhor nós fazemos melhor::: coisas assim (.) portanto nem que seja por aí<br />

têm um termo de comparação ( )‖.<br />

Se isto, como referiram os peritos P18 e P24, não constitui um problema nem um factor de<br />

resistência para os organismos mais desenvolvi<strong>do</strong>s — que foram capazes de evoluir e de atingir<br />

níveis de maturidade que lhes permitem responder mais facilmente às exigências colocadas por<br />

este tipo de iniciativas — nos organismos que não têm os seus sistemas tão bem prepara<strong>do</strong>s e que<br />

ainda não detêm tanta experiência nestas novas tecnologias, isto poderá gerar receios e constituir<br />

uma fonte de resistência, já que, como aludiu o perito P33, ―to<strong>do</strong>s querem ficar bem na foto (.2)<br />

ninguém quer que lhes seja aponta<strong>do</strong> o de<strong>do</strong>‖.<br />

Mesmo para os organismos mais prepara<strong>do</strong>s, como sublinhou o perito P24, a complexidade<br />

e o eleva<strong>do</strong> risco que está normalmente associa<strong>do</strong> a projectos desta envergadura e com esta<br />

configuração, pode levar estes organismos a recear pela depreciação <strong>do</strong> seu prestígio.<br />

Note-se que, como alertou o perito P33 ―( ) quem está à frente desses organismos ( )<br />

normalmente tem uma carreira politica (.2) e o objectivo é::: progredir na carreira política (.6)<br />

portanto se está à frente desse organismos (.) mais tarde vai querer estar à frente de um organismo

Hooray! Your file is uploaded and ready to be published.

Saved successfully!

Ooh no, something went wrong!