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Governo Electrónico - Universidade do Minho

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470 Capítulo 6: Entrevistas<br />

Na perspectiva <strong>do</strong>s peritos P18 e P35, muitos <strong>do</strong>s receios de perda de autonomia e de poder<br />

ainda persistentes entre os organismos decorrem, em grande parte, de uma compreensão pouco<br />

correcta <strong>do</strong> significa<strong>do</strong> <strong>do</strong> próprio conceito de interoperabilidade, haven<strong>do</strong> ainda, como é exposto no<br />

Extracto 6.102, uma forte conotação deste conceito com as iniciativas de integração de da<strong>do</strong>s e<br />

sistemas realizadas há alguns anos atrás em que, como observou o perito P18, ―( ) se começou<br />

aí com essas ideias a criar organismos novos a toda: (.) que só tratam disto (.) e pronto e os<br />

organismos ficavam esvazia<strong>do</strong>s (.6) duma parte substancial de trabalho.‖<br />

Extracto 6.102<br />

**P18**<br />

Faz senti<strong>do</strong> aquilo que eu estou a dizer repare (.2) quan<strong>do</strong> a:: se assistiu aqui há uns anos<br />

atrás a: (.) quan<strong>do</strong> havia estes silos to<strong>do</strong>s e era preciso juntar (.) e as soluções de de de<br />

interoperabilidade não estavam ainda bem desenvolvidas (.) o que é que se assistiu (.4)<br />

assistiu-se a::: à tal discussão (.) e a gente agora precisa pra pra aquele e pra aqueloutro (.2)<br />

eram como galos de capoeira a negociar (.) e diziam (.) agora tu ficas sem isto (.) vai pra li<br />

pra outro la<strong>do</strong> ou abre-se outra coisa nova que permita juntar a informação de toda a gente<br />

( ) e podia correr o risco de dizer meus amigos vocês ficam sem isto ou não sei quê ( )<br />

aconteceu (.) isso aconteceu a:: com:: bases de da<strong>do</strong>s que se criaram aí assim em sítios que<br />

acabaram até por nem resultar muito bem (.) outras quase que foram aban<strong>do</strong>nadas e tu<strong>do</strong><br />

mais (.4) era escusa<strong>do</strong> criar outra super-estrutura ao la<strong>do</strong> para fazer o que o A e o B fazia<br />

mas que não conseguia comunicar (.) e e ter resulta<strong>do</strong>s (.8) as pessoas hm:::<br />

Para estes peritos, quan<strong>do</strong> os organismos, e as pessoas que os constituem, perceberem,<br />

como explicou o perito P35, que com os desenvolvimentos tecnológicos mais recentes, ―( ) o facto<br />

de eu poder interoperar significa que eu posso continuar a fazer a minha (.) responsabilidade a:::<br />

(.4) sem abdicar dela para terceiros ( ) e que isso lhes permite (.) eu preocupo-me com o meu<br />

negócio (.) tu preocupas-te com o teu negócio (.) e a gente aqui pelo meio vai falar a::: por xml ou:::<br />

ou o que seja ( ) tu dizes-me o que é que queres (.) eu respon<strong>do</strong>-te desta maneira standard e<br />

portanto eu trato da minha parte (.) tu tratas da tua (.) portanto (.4) não te metes na minha casa<br />

não me meto na tua e a gente fala aqui num patamar comum ( )‖, então a percepção de<br />

ocorrência de perda de autonomia e de poder irá deixar de estar tão presente nos organismos e,<br />

consequentemente, as resistências motivadas por essas perdas serão menores.<br />

Na opinião <strong>do</strong>s peritos P18 e P35 alguns organismos, e particularmente alguns <strong>do</strong>s<br />

colabora<strong>do</strong>res desses organismos, já perceberam este facto. Como testemunhou o perito P35 ―( )<br />

estou a pensar em <strong>do</strong>is ou três casos deste deste género que a gente acompanhou nestes:: nestes<br />

últimos tempos (.) em que a::: (.) a posição típica <strong>do</strong>s organismos já é (.) eu tenho aqui um interface<br />

standard xml ou falo por via deste protocolo (.) Web Services (.) e portanto (.) tu dizes-me o que é

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