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Governo Electrónico - Universidade do Minho

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Capítulo 6: Entrevistas 469<br />

Segun<strong>do</strong> o perito P36, a verdade é que, ―( ) a força limita<strong>do</strong>ra para haver interoperabilidade<br />

( ) é nós termos pessoas em diferentes organismos (.) que nós sabemos (.4) que nós<br />

conhecemos (.) que não falam entre si porque::: (.) porque é a minha quinta (.) porque são os meus<br />

sistemas (.) porque se eles entram por aqui depois eu já não controlo isto ( )‖. Há, de facto, como<br />

também avançaram os peritos P28 e P29, uma tentativa constante por parte <strong>do</strong>s organismos em<br />

defender assertivamente o seu quinhão, o seu negócio e as suas soluções.<br />

Como argumentou o perito P41 ―( ) os os grandes bloqueios não são de razão tecnológica<br />

não são de razão orçamental não são de razão hm::: de tar em causa a bondade <strong>do</strong> potencial que a<br />

interoperabilidade tem para acelerar a qualidade de serviços ou outra qualquer faceta nunca são<br />

dessa natureza (.4) a:::: as questões fundamentais que se levantam (.) são da partilha e e<br />

permissividade (.) das das capelas das pequenas quintas e <strong>do</strong>s poderes instala<strong>do</strong>s ( )‖. De facto,<br />

como foi claramente assumi<strong>do</strong> pelo perito P19, ―é sempre a capelinha (.) é sempre ali o o raio <strong>do</strong><br />

meu grupinho ( ) não somos capazes de dar o salto:: (.8) da nossa capelinha (.) da nossa<br />

caixinha‖.<br />

De acor<strong>do</strong> com o perito P3, é, de facto, ainda notório que ―( ) as pessoas têm muito me<strong>do</strong><br />

de perder (.2) a::: poder capacidade de influência importância chamem-lhe o que quiserem ( ) e<br />

isto (.) a::::: provoca receios a toda a gente ( )‖. Como realçou o perito P24 (veja-se o detalhe <strong>do</strong><br />

diálogo apresenta<strong>do</strong> no Extracto 6.101), é visível que existe uma preocupação latente nos<br />

organismos de que as iniciativas de interoperabilidade possam colocar em causa e afectar a própria<br />

sobrevivência de determina<strong>do</strong>s serviços.<br />

Extracto 6.101<br />

**P24**<br />

Até porque isso também tem outras implicações que é (.) a sobrevivência de serviços (1.0)<br />

em que o facilitar determinadas coisas (.) tira pertinência à existência de determinadas<br />

pessoas (.) determina<strong>do</strong>s serviços (.) determinadas direcções<br />

**Inv**<br />

Pois é a tal questão das perturbações no na autonomia e no poder e no [prestígio que deixo<br />

de ser necessário<br />

**P24**<br />

[E portanto uma<br />

forma de defender a sua Direcção não é (.) é evitar que ela se esvazie por [via tecnológica (.)<br />

não é (.) e portanto quan<strong>do</strong> a tecnologia tem potencial suficiente não é (.) para isso (.) a::<br />

obviamente que vai hm:: criar resistências por quem se sentir nessa situação (.) não é

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