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Governo Electrónico - Universidade do Minho

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468 Capítulo 6: Entrevistas<br />

frequente, como notou o perito P36, os organismos reagirem a este tipo de iniciativas com uma<br />

atitude <strong>do</strong> género ―( ) quem é que manda:::: afinal quem é que manda na informática (.4) sou eu<br />

ou é o organismo ZZZ (por questões de preservação <strong>do</strong> anonimato <strong>do</strong> perito que proferiu este<br />

extracto o nome <strong>do</strong> organismo foi substituí<strong>do</strong> pelos caracteres ZZZ) que me está a dizer que eu<br />

tenho que fazer assim (.4) porque na lei orgânica não me diz que o organismo ZZZ tem que impor<br />

este sistema de:: de::: de informação (.2) eu sou autónomo para decidir (.) porque razão é que vou<br />

seguir o que o organismo ZZZ diz (.2) até porque o organismo ZZZ (.2) são cem pessoas e nós<br />

somos cinco mil (.) quem são eles para::: ( )‖.<br />

Para além de muitos organismos ainda manifestarem uma sensação de perda de autonomia,<br />

também é frequente, como realçou o perito P22, ―( ) uma entidade sentir que ao abrir (.) entre<br />

aspas (.) os seus sistemas de informação ao exterior está (.6) a a correr o risco de perder o controlo<br />

sobre eles (.) a:: de dar acesso a conhecimento sobre::: como é que algumas coisas são feitas<br />

( )‖.<br />

Esta sensação de perda de poder foi sublinhada por exemplo pelo perito P19. Como referiu<br />

este perito ―é difícil conseguir as partilhas ( ) a informação é minha (.) então agora eu vou<br />

perder::: vou perder:: (.) não é a:: ( )‖. Como testemunhou ainda o mesmo perito ―lembro-me de<br />

nuns projectos que foi (.) a::: para mim foi foi aquele que mais me (.) foi <strong>do</strong>s que mais me custou<br />

perder a::: (.2) e deveu-se a essa luta de poder (.4) a:: ideia era ter um sistema XXX (por questões<br />

de preservação <strong>do</strong> anonimato <strong>do</strong> perito que proferiu este extracto o nome <strong>do</strong> sistema foi substituí<strong>do</strong><br />

pelos caracteres XXX) aqui neste organismo (.) nós a liderar esse processo hm:: (2.8) hm::: e houve<br />

vários ministros que foram dizen<strong>do</strong> que sim ### a::: mas a partir de determinada altura a:::: (.6) os<br />

outros (.) os organismos envolvi<strong>do</strong>s que tinham grande poder (.8) começam a puxar cada um para o<br />

seu la<strong>do</strong> e cada um queria ter o seu (1.4) e porque é que há-de ser organismo YYY (por questões de<br />

preservação <strong>do</strong> anonimato <strong>do</strong> perito que proferiu este extracto o nome <strong>do</strong> organismo foi substituí<strong>do</strong><br />

pelos caracteres YYY) a liderar (.4) então::: nós é que temos a informação nós é que somos::: ( )<br />

a::: (.4) e o projecto caiu (.2) e agora cada um está a fazer o seu‖.<br />

De acor<strong>do</strong> com a opinião evidenciada pela generalidade <strong>do</strong>s peritos, os organismos ainda<br />

comungam e actuam muito numa perspectiva de, como proferiu o perito P3, ―( ) aquele ficheiro é<br />

meu (.) meu ou <strong>do</strong> meu chefe ( )‖, ou, nas palavras <strong>do</strong> perito P11, ―( ) então mas eu já tenho<br />

tu<strong>do</strong> e agora vou dar esta informação a outra pessoa ( )‖.

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