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Governo Electrónico - Universidade do Minho

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24 Capítulo 2: <strong>Governo</strong> <strong>Electrónico</strong> e Interoperabilidade entre SI na AP – Contexto e Conceitos<br />

Adicionalmente, é também frequente encontrarem-se designações como governação electrónica,<br />

governo electrónico, governo em linha, governo digital, democracia electrónica, cidadania<br />

electrónica, administração pública electrónica, entre outros, que são utilizadas por alguns autores<br />

como sinónimos, enquanto que outros autores estabelecem diferenças entre elas.<br />

Por exemplo, Saarenpää [2003] considera o termo governação electrónica como um conceito<br />

diferente e mais amplo que o de governo electrónico. A mesma opinião é partilhada por Pablo e Pan<br />

[2003], para quem governação electrónica inclui, para além <strong>do</strong> governo electrónico, que é defini<strong>do</strong><br />

por estes autores como a transformação, através da utilização das TI, <strong>do</strong> negócio <strong>do</strong> governo<br />

(processos, operações e transacções), três níveis adicionais de transformação: um nível refere-se à<br />

transformação das definições operacionais <strong>do</strong>s princípios em que a governação se baseia, no<br />

senti<strong>do</strong>, não de alterar esses princípios, mas sim de os reforçar, conduzin<strong>do</strong> a uma maior<br />

participação, abertura, transparência e comunicação <strong>do</strong> sistema; outro nível refere-se à<br />

transformação das interacções entre o governo e os seus clientes internos e externos; e por fim, a<br />

transformação da própria sociedade, através da emergência das chamadas e-sociedades, baseadas<br />

em redes de relacionamentos construídas e suportadas por meios electrónicos. No mesmo<br />

alinhamento, também nos trabalhos de Evangelidis et al. [2002] e Flak et al. [2003], o termo<br />

governação electrónica é defini<strong>do</strong> como incluin<strong>do</strong>, dentro <strong>do</strong> seu perímetro de actuação, aquilo que<br />

os autores designam por governo electrónico e por democracia electrónica.<br />

Apesar da incoerência e diversidade encontradas, é possível constatar que, de entre os<br />

diversos termos, o utiliza<strong>do</strong> com maior frequência na literatura é o termo governo electrónico e que,<br />

embora não haja consenso em relação à sua definição e abrangência, este é apresenta<strong>do</strong>, por<br />

grande parte <strong>do</strong>s autores, como estan<strong>do</strong> directamente relaciona<strong>do</strong> com a utilização de TI para a<br />

prestação de serviços públicos aos cidadãos e empresas [Perri 2001; Reynolds e Regio 2001]. Ou<br />

seja, o termo governo electrónico é, na maior parte das vezes, sinónimo de prestação de serviços<br />

públicos electrónicos [Grönlund 2003]. Tal facto não é de to<strong>do</strong> surpreendente, na medida em que<br />

reflecte a forte ênfase que tem vin<strong>do</strong> a ser colocada na a<strong>do</strong>pção de uma nova filosofia de governo<br />

centra<strong>do</strong> no cidadão [Pérez-Villaplana 2003; Reynolds e Regio 2001].<br />

Lenk e Traunmüller [2002] são críticos quanto à a<strong>do</strong>pção de definições essencialmente<br />

concentradas na prestação de serviços electrónicos, referin<strong>do</strong> que essa perspectiva tem contribuí<strong>do</strong><br />

para uma visão um tanto distorcida de toda a máquina de governação pública.<br />

Definições mais amplas são apresentadas por outros autores, os quais, embora ainda<br />

coloquem a ênfase <strong>do</strong> governo electrónico na prestação de serviços, já contemplam as perspectivas

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