Governo Electrónico - Universidade do Minho

458 Capítulo 6: Entrevistas
(continuação)
� É premente a existência de uma mudança de atitude e de mentalidade a este nível
� Enquanto esta mudança não se operar esta força continuará a manifestar-se e a
perturbar o desenvolvimento das iniciativas de interoperabilidade
� Já começa a haver indícios pontuais acerca de mudanças a este nível
A criação de modelos e mecanismos de governação que permitam gerir da melhor forma os
problemas provocados pela compartimentação e verticalização que caracterizam a organização
e funcionamento da Administração assume uma importância muito grande neste contexto
Intervenções sobre a força
A tabela seguinte reúne duas formas de tentar mitigar os efeitos negativos associados à força
autoridade e responsabilidade estatutária dos organismos
# Forma da Intervenção Circuito de Intervenção
24.1 Pela criação de modelos e mecanismos de governação que
permitam gerir melhor os problemas provocados pela
verticalização e compartimentação da AP
24.2 Pela publicação de directrizes, por parte do poder político, que
criem ―obrigatoriedade‖ nos organismos para participar nas
iniciativas
ENGI �
Vontade Política �
6.2.25 Condição de Estado Membro da União Europeia
A Condição de Estado Membro da União Europeia foi outra das forças abordadas no decorrer
de grande parte das entrevistas conduzidas no âmbito deste projecto de doutoramento.
As percepções e comentários transmitidos pelos peritos em relação a esta força não
apresentaram revelações surpreendentes, tendo os peritos fundamentalmente reafirmado a
convicção que já haviam demonstrado no estudo Delphi, de que o facto de Portugal ser estado
membro da União Europeia constitui um aspecto instigador e facilitador para a promoção e
estabelecimento de um ambiente adequado à criação de interoperabilidade entre os sistemas de
informação na Administração Pública. Como referiu o perito P2, sem dúvida que este facto ―( ) vai
alertando e vai criando awareness e sensibilidade para a questão da interoperabilidade‖.
O simples facto, como salientaram os peritos P33, P35 e P45, de Portugal, como estado
membro que é, ser periodicamente avaliado e comparado com os restantes países da União
Europeia, nomeadamente no que concerne à publicação de rankings de desenvolvimento e de
desempenho em áreas como a sociedade da informação, o governo electrónico e a modernização
administrativa, constitui, em si mesmo, um estímulo à promoção e desenvolvimento destas
matérias. Como aludiu o perito P33, a publicação de estudos comparativos aliada à ―( ) vontade