10.01.2013 Views

Governo Electrónico - Universidade do Minho

Governo Electrónico - Universidade do Minho

Governo Electrónico - Universidade do Minho

SHOW MORE
SHOW LESS

Create successful ePaper yourself

Turn your PDF publications into a flip-book with our unique Google optimized e-Paper software.

Capítulo 6: Entrevistas 457<br />

necessário fazer que elas não querem fazer (.) imediatamente a primeira coisa que tende a fazer é<br />

(.) a lei não permite (.4) e por isso não vou fazer ( ) esta é verdadeiramente a grande dificuldade<br />

da Administração Pública‖.<br />

Se a atitude e a mentalidade <strong>do</strong>s profissionais fossem diferentes, certamente que, como<br />

argumentou o perito P12, mesmo existin<strong>do</strong> leis orgânicas, mesmo estan<strong>do</strong> definidas as atribuições<br />

e o âmbito de actuação <strong>do</strong>s organismos, se conseguiriam concertar soluções que permitiriam<br />

ultrapassar todas estas questões e ter uma Administração a funcionar de forma mais transversal e<br />

mais orientada ao cidadão. Para os peritos, enquanto esta nova mentalidade e cultura não existir, as<br />

dificuldades impostas por esta força continuarão a manifestar-se e a perturbar o desenvolvimento<br />

das iniciativas de interoperabilidade.<br />

Na perspectiva <strong>do</strong>s peritos, particularmente de P2 e P17, a melhor forma de lutar contra<br />

estes problemas passa não só pela presença e acção da esfera política, mas também pela criação<br />

de modelos e mecanismos de governação que permitam gerir da melhor forma os problemas<br />

provoca<strong>do</strong>s pela compartimentação e verticalização que caracterizam a organização e<br />

funcionamento da Administração. Como referiu o perito P2, este poderia ser, com certeza, um <strong>do</strong>s<br />

papéis e uma das preocupações associadas à entidade que neste trabalho foi designada por<br />

Estrutura Nacional de Governação da Interoperabilidade.<br />

Súmula da Análise – Autoridade e Responsabilidade Estatutárias <strong>do</strong>s Organismos<br />

Percepções sobre a força<br />

É um facto que as atribuições e o âmbito de actuação de cada organismo se encontram<br />

determina<strong>do</strong>s na lei orgânica e nos regulamentos que o regem<br />

– O organismo fica legalmente impedi<strong>do</strong> de actuar fora <strong>do</strong> poder que lhe é instituí<strong>do</strong> nos<br />

referi<strong>do</strong>s diplomas, bem como de confiar as suas responsabilidades a outros<br />

organismos<br />

� Dirigentes <strong>do</strong>s organismos têm responsabilidade moral e civil pelo cumprimento<br />

de tu<strong>do</strong> aquilo, e apenas daquilo, que está defini<strong>do</strong> nos referi<strong>do</strong>s diplomas<br />

A ocorrência desse facto pode efectivamente colocar limitações e dificuldades para a criação de<br />

maiores níveis de interoperabilidade entre SI na AP<br />

– As limitações e dificuldades não são, na verdade, devidas há existência da lei orgânica e<br />

restantes diplomas<br />

– As limitações e dificuldades são devidas ao facto dessas leis e atribuições não se<br />

coadunarem com aquilo que são as necessidades e o paradigma funcional que<br />

caracterizam a prestação de serviços transversais e a interoperabilidade <strong>do</strong>s sistemas<br />

que os suportam<br />

� Não é fácil conseguir mudar este cenário<br />

– As limitações e dificuldades são também devidas ao facto dessas leis serem<br />

prontamente utilizadas por alguns profissionais da Administração como refúgio e<br />

desculpa quan<strong>do</strong> muitas vezes, por interesses próprios, não desejam aderir e participar<br />

em algumas iniciativas<br />

(continua)

Hooray! Your file is uploaded and ready to be published.

Saved successfully!

Ooh no, something went wrong!