10.01.2013 Views

Governo Electrónico - Universidade do Minho

Governo Electrónico - Universidade do Minho

Governo Electrónico - Universidade do Minho

SHOW MORE
SHOW LESS

Create successful ePaper yourself

Turn your PDF publications into a flip-book with our unique Google optimized e-Paper software.

Capítulo 6: Entrevistas 451<br />

A incompatibilidade semântica, como referiu o perito P3, ―a:: é é é uma realidade (.) sem<br />

dúvida nenhuma (.) acho que ninguém é capaz de dizer a: o contrário (.) é uma realidade a:: (.) não<br />

existe (.) não existe essa harmonização essa normalização (.) existe uma dispersão (.) <strong>do</strong> arco da<br />

velha como se costuma dizer ( )‖. Não há, de facto, como concor<strong>do</strong>u o perito P19 ―( )<br />

dicionários únicos não é (.) cada um tem o seu ( )‖. Como reconheceu o perito P17 ―( )<br />

andamos to<strong>do</strong>s a dizer cada coisa de sua maneira‖. Aquilo a que se assiste ainda é que as pessoas,<br />

como comentou o perito P4, ―( ) chamam à mesma coisa coisas diferentes (.2) o significa<strong>do</strong> que<br />

dão num organismo (.) num determina<strong>do</strong> contexto (.) na segurança social (.) a um a um a um<br />

conceito qualquer provavelmente nas finanças darão outro ( )‖.<br />

Na verdade, esta questão da incompatibilidade semântica é ainda mais complexa já que,<br />

como realçou o perito P37, o que sucede é que cada organismo ―( ) tem ele próprio as suas<br />

várias interpretações ( )‖. Com efeito, como alertou o perito ―( ) a questão é que (.2) n:: n:: não<br />

há uma uniformização também ao nível <strong>do</strong> organismo (.) a:: há uma:: (1.2) como não houve<br />

controlo sobre isso (.) as coisas são feitas e::: e:: ficaram como ficaram cada um <strong>do</strong>s seus sistemas<br />

(.) portanto se for (.) se for à Justiça por exemplo (.) e se começar a olhar para os vários sistemas<br />

não há uma uniformização de da<strong>do</strong>s ali também (.2) este problema reflecte-se a to<strong>do</strong>s os níveis (.2)<br />

eu acho que isto acontece provavelmente com to<strong>do</strong>s os organismos‖.<br />

Um exemplo muito comum destas diferenças semânticas ocorre, segun<strong>do</strong> o perito P2, ―( )<br />

nas a:: ligações entre a administração fiscal e outros organismo ( ) quan<strong>do</strong> se tem que manipular<br />

o rendimento de um la<strong>do</strong> para o outro (.4) o rendimento em termos fiscais é uma coisa ultra<br />

complicada ( ) porque aquilo que se classifica como rendimento (.) na perspectiva fiscal (.) tem<br />

um conjunto de definições (.) e portanto tem que se perceber <strong>do</strong> que é que se está a falar (.) <strong>do</strong><br />

bruto (.) <strong>do</strong> líqui<strong>do</strong> (.) per capita (.) <strong>do</strong> não sei quê (.) com isto com aquilo ( ) tem que se lhe diga<br />

(.) a:: a mesma coisa quan<strong>do</strong> se fala em dívida não é ( ) isso::: (.) bom isso é dívida depende<br />

daquilo que estamos a falar (.2) se está impugnada (.) se está garantida (.) se a pessoa foi<br />

notificada mas::: ainda não respondeu (.) se não sei ( ) quan<strong>do</strong> a::: não existe a:: possibilidade de<br />

clarificar isto nas relações entre organismos (.8) para um organismo é uma coisa muito simples (.)<br />

diga lá se tem dívidas ou não (.8) e eu digo-lhe (.) é pá tá bem então e tamos a falar de quê (.) o<br />

que é isso dívida‖.<br />

Outro exemplo concreto, avança<strong>do</strong> pelo perito P9, é ―( ) a: leitura que a a: Caixa Geral de<br />

de de Aposentações faz (.) <strong>do</strong>s campos e aquilo que a Segurança Social faz ( ) e portanto há aqui

Hooray! Your file is uploaded and ready to be published.

Saved successfully!

Ooh no, something went wrong!