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Governo Electrónico - Universidade do Minho

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442 Capítulo 6: Entrevistas<br />

―( ) os organismos provavelmente irão acabar por chegar lá (.) porque:: ( ) haven<strong>do</strong> todas estas<br />

pressões de: (1.2) merca<strong>do</strong> (.) público ou priva<strong>do</strong> (.) no senti<strong>do</strong> de que as coisas sejam auditáveis<br />

(.) cumpram standards que:: (.) ora (.6) tu<strong>do</strong> isso implica que a: os sistemas sejam transparentes<br />

que haja transparência (.6) portanto eles necessariamente:: vão ser leva<strong>do</strong>s a (.4) a ter esta<br />

transparência ( )‖. Também o perito P12 considerou que já começam a notar indícios da<br />

emergência de mais transparência. Como argumentou o perito ―eu acho que:: que com as novas<br />

mentalidades (.) com o crescente desenvolvimento da consciência de cidadania, com com a<br />

evolução que tu<strong>do</strong> isto está a ter (.) acho que cada vez existe mais esta noção de serviço e de<br />

transparência acho que isso (.2) começa cada vez mais a surgir ( )‖.<br />

Por fim, importa ainda referir uma última observação que foi partilhada pelos peritos P22,<br />

P28 e P33 sobre esta questão. Para estes peritos, aquilo que mais pode perturbar e obstaculizar a<br />

criação de maiores níveis de transparência é a exposição que isso acarreta para os organismos.<br />

Como explicou o perito P22, o maior problema é que ―( ) ao criar essa transparência os<br />

organismos estão a expor-se obviamente (.) porque estão a expor a sua eficiência ou ineficiência<br />

( )‖. De acor<strong>do</strong> com o perito P28 ―( ) a transparência pode ser vista pelos organismos como<br />

uma intromissão (.2) agora eu vou mostrar para fora tu<strong>do</strong> aquilo que eu tenho cá dentro (.2) e se<br />

isso acontece as pessoas fecham-se um bocadinho ( ) acho que as pessoas podem ser::: um<br />

bocadinho ciosas daquilo que têm‖ e, como tal, não verem com tão bons olhos a questão da<br />

transparência <strong>do</strong>s seus organismos.<br />

Com efeito, como salientaram os peritos P17 e P28, a transparência constitui uma ―faca de<br />

<strong>do</strong>is gumes‖: se por um la<strong>do</strong> dá credibilidade ao organismo, por outro la<strong>do</strong> provoca a sua exposição<br />

e consequentemente, se houver algo que não esteja ou que não seja bem feito, a deterioração da<br />

sua imagem.<br />

Súmula da Análise – Transparência <strong>do</strong>s Organismos Públicos<br />

Percepções sobre a força<br />

Força importante<br />

– A existência de maiores níveis de transparência nos organismos poderia ser benéfica<br />

para as iniciativas de interoperabilidade<br />

� Obrigava os organismos a conhecerem-se melhor<br />

Há uma evidente falta de transparência nos organismos públicos<br />

– Não está disponível informação relativa à sua arquitectura organizacional (o que é<br />

compreensível da<strong>do</strong> já ter si<strong>do</strong> referi<strong>do</strong> na Subsecção 6.2.15 que por regra os<br />

organismos não dispõem dessa arquitectura)<br />

(continua)

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