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Governo Electrónico - Universidade do Minho

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440 Capítulo 6: Entrevistas<br />

comparativamente com as restantes 30 forças avaliadas, a questão da transparência não assume<br />

uma pertinência muito significativa para a implementação de iniciativas de interoperabilidade. Nesse<br />

estu<strong>do</strong>, os peritos afirmaram ainda que os níveis de transparência evidencia<strong>do</strong>s pelos organismos<br />

são muito baixos ou praticamente inexistentes e que esse facto não é favorável para a promoção e<br />

desenvolvimento da interoperabilidade entre SI na Administração Pública.<br />

Em conformidade com a opinião que tinha si<strong>do</strong> manifestada no estu<strong>do</strong> Delphi, a generalidade<br />

<strong>do</strong>s peritos que nas entrevistas se manifestou sobre esta força, nomeadamente os peritos P12,<br />

P17, P22, P28, P32, P33, P38 e P40, reafirmou a existência de uma evidente falta de<br />

transparência nos organismos públicos, consideran<strong>do</strong> que, por norma, não estão disponíveis<br />

publicamente informações acerca <strong>do</strong>s organismos, quer no que respeita à sua arquitectura<br />

organizacional, quer no que respeita a indica<strong>do</strong>res ou medidas que traduzam a qualidade e os<br />

níveis de serviço presta<strong>do</strong>s pelos organismos aos cidadãos e aos outros organismos da<br />

Administração. A verdade, como reconheceu o perito P17, é que na Administração Pública ―( )<br />

ainda temos muitos (.6) hm:: secretismos ( )‖. Com efeito, como referiu o perito P22<br />

―( ) a:: a maior parte <strong>do</strong>s organismos públicos (.) são ainda autênticas caixas pretas ( )‖.<br />

Mesmo no que concerne à disponibilização de informação acerca <strong>do</strong> esta<strong>do</strong> de execução <strong>do</strong>s<br />

serviços solicita<strong>do</strong>s pelo cidadão, o nível de transparência existente é muito limita<strong>do</strong>. Como<br />

argumentou o perito P22, era interessante, por exemplo, ―( ) eu poder saber em que esta<strong>do</strong> está<br />

o meu processo ( ) onde é que está pendente (.) o que é que se passa ( ) e isso não está<br />

disponível ( ) regra geral isso não está disponível (.) a::: nós vamos saben<strong>do</strong> aos bocadinhos o que<br />

é que é preciso fazer:: e e:: e muitas vezes opiniões diferentes são obtidas junto de pessoas<br />

diferentes <strong>do</strong> mesmo organismo (.) portanto não há essa transparência ( ) não há nem sequer ao<br />

nível operacional e processual ( )‖.<br />

Porém, como defenderam os peritos P12, P22 e P40 era importante, e poderia ser benéfico,<br />

que essa transparência existisse, desde logo porque tal transparência obrigaria os organismos a<br />

conhecerem-se melhor. Com efeito, para que os organismos sejam capazes de se ―mostrar‖ — ou<br />

seja, sejam capazes de disponibilizar e publicar determina<strong>do</strong>s elementos informacionais como a sua<br />

arquitectura, os seus níveis de serviço deseja<strong>do</strong>s, os seus níveis de serviço efectivos, os seus níveis<br />

de desempenho, entre outros — eles têm, antes de mais, que dispor desses elementos<br />

informacionais, ten<strong>do</strong> por isso que começar precisamente por proceder à sua definição.<br />

Adicionalmente, a existência de transparência, como referiu o perito P22, também ―torna os

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