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Governo Electrónico - Universidade do Minho

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Capítulo 6: Entrevistas 415<br />

Esta aproximação bottom-up, constitui, segun<strong>do</strong> os peritos, um processo muito mais natural,<br />

e menos gera<strong>do</strong>r de resistências por parte <strong>do</strong>s organismos (como prontamente realçaram os peritos<br />

P5 e P14), de caminhar para uma ontologia, <strong>do</strong> que uma aproximação top-<strong>do</strong>wn mais ―massiva‖,<br />

assente na realização de um grande projecto com o fim específico de criar toda a ontologia para o<br />

<strong>do</strong>mínio da Administração Pública.<br />

Sublinhe-se, porém, que aquilo que os peritos defendem constituir a melhor solução para se<br />

conseguir convergir para uma ontologia não é uma aproximação bottom-up ―pura‖, mas uma<br />

aproximação ―mista ou híbrida‖ que, embora faça assentar o processo de emergência da ontologia<br />

nas discussões, nas harmonizações e nos acor<strong>do</strong>s alcança<strong>do</strong>s iniciativa a iniciativa, considera<br />

fundamental a existência de uma estrutura de coordenação capaz de acompanhar essas discussões<br />

semânticas que decorrem no âmbito de cada iniciativa e capitalizar devidamente os resulta<strong>do</strong>s<br />

obti<strong>do</strong>s desses esforços, agregan<strong>do</strong>-os e promoven<strong>do</strong>-os no contexto de outras iniciativas.<br />

Como argumentou o perito P41 ―( ) em termos de descoberta <strong>do</strong>s atributos relevantes e<br />

outras coisas (.) a::: quer dizer (.) eu diria que isso é um exercício (.) aí nessa perspectiva tem que<br />

ser bottom-up (.) ou seja deixar que as coisas (.) a:: isto não se pode fazer tu<strong>do</strong> ao mesmo tempo (.)<br />

portanto tem que se deixar que as coisas apareçam aos diversos ritmos (.) mas é preciso ir gerin<strong>do</strong><br />

to<strong>do</strong> este processo que é um processo sempre:: (.) eternamente aberto e em contínuo não é ( ) é<br />

um processo::: vivo continua<strong>do</strong> ( )‖.<br />

De facto, como observou o perito P36 ―( ) isto é um barco muito grande não é ( ) se não<br />

houver (.) alguém a liderar isto digamos assim (.2) eu acho que essa harmonização natural nunca<br />

vai acontecer (.) aliás prova-se hoje em dia que isso não existe não é ( )‖, ou pelo menos, como<br />

salientou, por exemplo, o perito P3, sem essa coordenação ―( ) vamos demorar mais tempo ( )‖<br />

a convergir.<br />

Aquilo que pode acelerar e optimizar este processo de convergência para uma ontologia<br />

seria, como defenderam os peritos P2, P3, P12, P14, P17, P19, P21, P22, P32, P33, P35, P36 e<br />

P37, a existência de uma entidade, que a generalidade <strong>do</strong>s peritos associou imediatamente àquilo<br />

que foi neste trabalho denomina<strong>do</strong> Estrutura Nacional de Governação da Interoperabilidade, que<br />

acompanhasse e facilitasse as discussões e harmonizações terminológicas, semânticas e até de<br />

formatos, efectuadas no âmbito de iniciativas concretas (nomeadamente pelo fornecimento de<br />

competências técnicas nestas matérias que, como referiu o perito P2, os organismos não detêm),<br />

que agregasse num repositório as principais contribuições daí resultantes (actuan<strong>do</strong>, como referiu o

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