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Governo Electrónico - Universidade do Minho

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Capítulo 6: Entrevistas 409<br />

O perito P9 realçou ainda o facto de que, na sua perspectiva, as desconfianças que existem<br />

são fundamentalmente de natureza técnica. Como observou o perito ―daquilo que tenho visto essas<br />

resistências não se prendem com desconfiança a a a:: de perda de prestígio a:: perda de de poder<br />

(.) não me parece que seja isso a a a (.4) a desconfiança é talvez <strong>do</strong> ponto de vista técnico (.6) eu<br />

eu punha isto mais na perspectiva não na perspectiva de da da posição pessoal mas mais na<br />

perspectiva de a capacidade técnica <strong>do</strong> outro (.4) como é que eu vou conseguir que isto hm hm<br />

depois hm: hm:: (.4) interaja (.) que implicações é que isto tem depois para o meu la<strong>do</strong> o que é que<br />

eu tenho de reformular aqui <strong>do</strong> meu la<strong>do</strong> <strong>do</strong> ponto de vista operativo para que estas coisas<br />

funcionem (.) e portanto aí tenho:: visto algumas:: situações ( )‖. Uma opinião algo diferente foi,<br />

porém, evidenciada pelo perito P12, para quem a questão da confiança não se confina às questões<br />

técnicas, compreenden<strong>do</strong> também questões de comportamento, sen<strong>do</strong> frequente, por exemplo,<br />

como referiu o perito, o surgimento de dúvidas <strong>do</strong> género ―e quan<strong>do</strong> eu solicitar o contrário (.) vão<br />

ter a mesma atitude que eu vou ter‖.<br />

Independentemente <strong>do</strong> momento, da forma e <strong>do</strong> nível a que se manifestem as desconfianças<br />

a verdade é que, como realçaram os peritos, particularmente P6, P35 e P42, a falta de confiança<br />

constitui algo gravíssimo quan<strong>do</strong> se está a falar de interoperabilidade, sen<strong>do</strong> profundamente<br />

limita<strong>do</strong>r da sua concretização.<br />

Tão preocupante como a não existência de confiança é também a grande dificuldade em<br />

conseguir criar maiores níveis de confiança. Não é fácil, como deixaram transparecer os peritos,<br />

intervir no senti<strong>do</strong> de melhorar estes níveis.<br />

Como referiram os peritos P28 e P35, veja-se a título ilustrativo o Extracto 6.71, a confiança<br />

não se consegue instaurar por decreto. A confiança vai-se construin<strong>do</strong>, como apontou o perito P22.<br />

Só à medida que os organismos forem acumulan<strong>do</strong> provas reais, quer pelo seu envolvimento e<br />

participação em iniciativas concretas, quer pela tomada de conhecimento de iniciativas de outros<br />

organismo que tenham si<strong>do</strong> bem sucedidas, é que a mentalidade e a percepção existente tenderão<br />

a libertar-se paulatinamente de algumas desconfianças.<br />

Extracto 6.71<br />

**P35**<br />

( ) a::: co como é que se pode diminuir (1.0) a:: (1.8) eu acho que é fazen<strong>do</strong> (.8) ou seja eu<br />

acho que não há re receitas mágicas (.6) também não há::: soluções daquele género (.) vem<br />

uma ordem [política para (.) entendam-se to<strong>do</strong>s<br />

**Inv**<br />

[Exactamente (.) é dessas coisas que a ordem política não [não resolve nada<br />

(continua)

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