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Governo Electrónico - Universidade do Minho

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Capítulo 6: Entrevistas 401<br />

(continuação)<br />

**P12**<br />

Isto sucedia dentro <strong>do</strong> mesmo organismo (.) portanto estamos a falar da mesma entidade a<br />

(.6) e porque juntaram os <strong>do</strong>is ninguém deu por ela que estavam a mandar faxes para o<br />

mesmo edifício <br />

**Inv**<br />

Exactamente (.) quer dizer e ninguém deu por isso (.) porque de facto se calhar não existe<br />

esta [visão global <strong>do</strong> que se passa lá dentro<br />

**P12**<br />

[Claro (.8) mas nem sequer dentro <strong>do</strong> mesmo organismo<br />

Na verdade, para os peritos P14 e P33 a única representação que os organismos têm é a<br />

referente à sua estrutura orgânica e hierárquica, ―( ) isso aí to<strong>do</strong>s os organismos têm ( )‖, mas<br />

no que concerne às restantes vertentes apontadas, nomeadamente à processual, à informacional e<br />

à aplicacional, tal já não se verifica. Nota-se, contu<strong>do</strong>, que, segun<strong>do</strong> os peritos P12 e P33, já<br />

começa a haver nalguns organismos uma maior noção de processo e uma maior tendência para<br />

fazer uma gestão mais orientada aos processos. Com efeito, como salientou o perito P33 ―( ) já<br />

há muitos organismos da da Administração Pública que estão pelo menos neste momento a tentar<br />

definir os processos (.) a tentar utilizar ferramentas de workflow etc. etc. (.2) mas::: acho que ( )<br />

na maior parte deles continua sem haver (.) uma::: uma ideia exacta de quais é que são os<br />

processos e que informação é que flui entre eles etc. etc.‖.<br />

O que acontece, na perspectiva <strong>do</strong>s peritos P4 e P8, é que muitos profissionais da<br />

Administração ainda não perceberam verdadeiramente a importância que este tipo de<br />

representações pode ter. Como referiu o perito P8, ―( ) acho que a Administração Pública (.) ainda<br />

não tá lá ( ) embora possa haver interlocutores váli<strong>do</strong>s (.) esses interlocutores váli<strong>do</strong>s muitas<br />

vezes não têm o poder de decisão ou não têm poder de influenciar a decisão ( )‖. Adicionalmente,<br />

como realçou o perito P4, os organismos públicos também não têm, em muitos casos, pessoas<br />

com as competências necessárias para conceber e desenhar estas arquitecturas. Nas palavras<br />

deste perito, ―( ) as pessoas ouvem falar (.2) em desenhar processos e acham que é uma ciência<br />

oculta uma coisa estranha (.) e não têm a competência não têm às vezes a diligência para para<br />

para entrar por esse caminho ( )‖.<br />

Para além da inexistência de arquitecturas, a generalidade <strong>do</strong>s peritos confirmou também<br />

nas entrevistas a opinião expressa no estu<strong>do</strong> Delphi de que a existência deste tipo de arquitecturas,

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