10.01.2013 Views

Governo Electrónico - Universidade do Minho

Governo Electrónico - Universidade do Minho

Governo Electrónico - Universidade do Minho

SHOW MORE
SHOW LESS

Create successful ePaper yourself

Turn your PDF publications into a flip-book with our unique Google optimized e-Paper software.

Capítulo 6: Entrevistas 387<br />

Para além de ser mais pertinente, os peritos consideraram que também a complexidade e o<br />

esforço necessário para zelar pela segurança é superior em contextos de interoperabilidade. Com<br />

efeito, nestes contextos, para além da preocupação em garantir que os sistemas de cada uma das<br />

entidades envolvidas têm implementa<strong>do</strong>s e garanti<strong>do</strong>s internamente os níveis de segurança<br />

adequa<strong>do</strong>s, é ainda necessário garantir a segurança ao nível das próprias interligações<br />

estabelecidas entre os sistemas interoperantes, bem como garantir que os diferentes níveis de<br />

segurança de cada uma das entidades são convenientemente harmoniza<strong>do</strong>s e compatibiliza<strong>do</strong>s, de<br />

forma a não colocar em risco nem a segurança <strong>do</strong> processo como um to<strong>do</strong>, nem a segurança de<br />

nenhuma das entidades envolvidas. De facto, como explicaram os peritos P10 e P12, ―( ) a<br />

interoperabilidade é uma cadeia (.) é uma cadeia tão forte quanto o elo mais fraco ( )‖, o que<br />

significa, como notou o perito P12, que ―( ) se existe um organismo que não tem o mesmo nível<br />

de segurança que eu tenho esse está a pôr em causa a a minha segurança (.) ou o meu nível de<br />

privacidade ( )‖.<br />

Apesar de reconhecerem que a segurança em sistemas interoperáveis constitui uma questão<br />

complexa, os peritos (P5, P10, P11, P12, P17, P22, P28, P32 e P35) consideram que esta questão<br />

é perfeitamente tratável, já que existe actualmente uma panóplia de tecnologias que, se<br />

devidamente utilizadas, permitem garantir um nível de segurança adequa<strong>do</strong>.<br />

Embora a tecnologia não constitua um problema — ela existe e está disponível para ser<br />

utilizada — há <strong>do</strong>is aspectos adicionais que, na opinião <strong>do</strong>s peritos, tende a debilitar a forma como a<br />

questão da segurança é gerida e garantida na AP. O primeiro aspecto é a falta de recursos<br />

humanos com o nível necessário de competências específicas nesta matéria. O segun<strong>do</strong> aspecto,<br />

que de acor<strong>do</strong> com os peritos P12, P22, P36 e P45 constitui a questão mais preocupante, é que os<br />

responsáveis e profissionais da AP não dêem a devida atenção às questões de segurança, ou seja,<br />

que não tenham percepção e consciência da necessidade e da prioridade que estas questões<br />

devem assumir, e que, consequentemente, não invistam tempo e dinheiro suficientes na gestão<br />

destas questões, na formação <strong>do</strong>s seus colabora<strong>do</strong>res e na aquisição das tecnologias necessárias<br />

para a sua implementação.<br />

Na opinião <strong>do</strong>s peritos P22, P36, P38, P40 e P45, isto parece ser, de facto, o que sucede<br />

em muitos organismos. Como referiu o perito P22 ―( ) não vejo muitas pessoas na Administração<br />

a pensar sobre isso‖ e a tratar e a abordar estas questões com a seriedade e profissionalismo que

Hooray! Your file is uploaded and ready to be published.

Saved successfully!

Ooh no, something went wrong!