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Governo Electrónico - Universidade do Minho

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378 Capítulo 6: Entrevistas<br />

Como fez notar o perito P3 (veja-se o Extracto 6.61), este facto acaba, em certa medida, por<br />

constituir uma desmotivação para que se invista na formação <strong>do</strong>s quadros da Administração<br />

Pública, particularmente em determinadas áreas muito específicas, já que, como testemunhou o<br />

mesmo perito, assim que os quadros estejam forma<strong>do</strong>s e detenham esse conhecimento, e dada a<br />

incapacidade evidenciada pela Administração em concorrer em termos financeiros com o merca<strong>do</strong>,<br />

rapidamente serão ―leva<strong>do</strong>s‖ pelas empresas.<br />

**P3**<br />

Hm ora bem (.6) a::: a realidade Administração Pública (.2) tecnologias de informação (.2)<br />

genericamente (.) se eu proporcionar (.) um nível de qualificação (.) eleva<strong>do</strong> (.2) que é aquilo<br />

que nós hoje precisamos porque cada vez tamos a ficar mais sofistica<strong>do</strong>s (.) a pessoas da<br />

Administração Pública (.) elas vão-se embora da Administração Pública (.) ou seja (.) a::: tou a<br />

falar naqueles nichos de técnicos muito especializa<strong>do</strong>s (.) se eu formar e qualificar gente<br />

Microsoft Cisco seja lá o que for (.) comunicação na área de comunicações e e e de sistemas<br />

é o pior se eu qualificar quan<strong>do</strong> eu preciso (.) dessas pessoas elas vão-se embora (.) vou<br />

perdê-los rapidamente perdi o investimento e perdi o know-how ( )<br />

Como salientou o perito P37, há de facto uma grande disparidade entre as condições<br />

oferecidas pelo merca<strong>do</strong> e pela Administração. Para este perito, o principal factor de atractividade<br />

que motiva alguns <strong>do</strong>s bons profissionais a permanecerem nos organismos públicos é a dimensão e<br />

complexidade consideráveis que alguns <strong>do</strong>s projectos assumem. Como referiu o perito, só muito<br />

―dificilmente em entidades privadas conseguíamos fazer este tipo de projectos (.) tínhamos uma<br />

coisa deste nível‖, em termos de desafio coloca<strong>do</strong>.<br />

Conforme foi avança<strong>do</strong> pelos peritos P2, P3, P5, P6, P9, P18, P19, P21, P33 e P37, a<br />

estratégia que tem si<strong>do</strong> seguida com vista a tentar suprir as carências de competências<br />

tecnológicas sentidas pelos organismos públicos tem assenta<strong>do</strong> fortemente no recurso ao<br />

outsourcing. Como sublinhou o perito P5, o outsourcing é ―( ) uma necessidade absoluta ( )‖,<br />

sen<strong>do</strong> praticamente a única alternativa que resta aos organismos para fazerem face aos<br />

constrangimentos de recursos humanos impostos pelo mo<strong>do</strong> como estes recursos são geri<strong>do</strong>s na<br />

Administração Pública, apesar de, como alertaram os peritos P10, P18, P21 e P37 (vejam-se a<br />

título de exemplo os extractos 6.62 e 6.63), não constituir a solução ideal, não só pelos custos que<br />

tem associa<strong>do</strong>s, mas também pela dependência que pode criar da Administração face às<br />

empresas.<br />

Extracto 6.61

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