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Governo Electrónico - Universidade do Minho

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Capítulo 6: Entrevistas 363<br />

Na perspectiva <strong>do</strong>s peritos P33, P36 e P42 muitas das resistências manifestadas pelas<br />

pessoas devem-se ao facto destas não perceberem verdadeiramente os benefícios que podem<br />

emergir, quer para si, quer os próprios organismos. Como argumentou o perito P33 ―( ) se<br />

souberem que a mudança é para benefício delas (.) não só em termos de trabalharem menos mas<br />

em termos de fazerem coisas mais interessantes no trabalho ( ) as pessoas não resistem à<br />

mudança‖.<br />

Se os benefícios lhes forem explica<strong>do</strong>s e se as pessoas forem envolvidas, ouvidas e<br />

valorizadas em to<strong>do</strong> este processo, a sua tendência para resistir à mudança será consideravelmente<br />

menor. Sobretu<strong>do</strong>, como chamou a atenção o perito P33, ―( ) nos níveis hierárquicos mais baixos<br />

(.4) porque os níveis hierárquicos mais acima normalmente pensam é na carreira e o que é que<br />

podem perder com com isso (.6) sobretu<strong>do</strong> nos níveis mais baixos se os deixarem se os<br />

incorporarem e os deixarem dizer aquilo que eles acham que está mal e que está bem e que é que<br />

tem que ser muda<strong>do</strong> (.) e às vezes de certeza que daí surgem ideias muito boas (.) acho que a<br />

resistência à mudança que não é assim tão tão grande (.2) e a mudança em vez de ser limita<strong>do</strong>ra<br />

pode ser bastante facilita<strong>do</strong>ra‖.<br />

Neste senti<strong>do</strong>, os peritos consideram ser possível fazer algo por forma a tentar criar uma<br />

cultura mais favorável à mudança, que contrarie a tendência quase ―natural‖ que as pessoas têm<br />

para resistir a estes fenómenos. Se houver, como referiram os peritos P12, P17, P18, P28, P31,<br />

P32, P33, P36 e P42 uma maior preocupação <strong>do</strong>s responsáveis em preparar, acompanhar e gerir<br />

cuida<strong>do</strong>samente to<strong>do</strong> o processo de mudança, procuran<strong>do</strong> trabalhar com as pessoas e não contra<br />

elas, informan<strong>do</strong>-as acerca da necessidade que subjaz à realização <strong>do</strong> projecto ou iniciativa, de<br />

forma a conseguir tornar essa mudança algo necessário e não obrigatório, envolven<strong>do</strong>-as no próprio<br />

processo, ouvin<strong>do</strong> e respeitan<strong>do</strong> as suas opiniões e críticas, certamente que a atitude e a postura<br />

das pessoas face às mudanças que tenham que ser operadas não tenderão a ser tão negativas e<br />

prejudiciais. To<strong>do</strong> este envolvimento, formação e informação das pessoas acabará por fazer<br />

enfraquecer as renitências que as pessoas possam sentir. Como observou o perito P17, isto ―( ) é<br />

como começar a saber andar de bicicleta (.) a: é difícil mas hm::: as pessoas depois gostam (.)<br />

portanto se forem um bocadinho acompanhadas de início (.) as pessoas depois ganham asas ( )‖<br />

e tornam-se elas próprias pólos indutores de mudança.<br />

Para além <strong>do</strong> cuida<strong>do</strong> com a gestão <strong>do</strong> processo de mudança, aquilo que poderia constituir<br />

uma grande ajuda na criação de uma atitude mais favorável face à mudança era, como referiram os<br />

peritos P10 e P36, a existência de mecanismos de gestão de recursos humanos e de gestão de

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