10.01.2013 Views

Governo Electrónico - Universidade do Minho

Governo Electrónico - Universidade do Minho

Governo Electrónico - Universidade do Minho

SHOW MORE
SHOW LESS

You also want an ePaper? Increase the reach of your titles

YUMPU automatically turns print PDFs into web optimized ePapers that Google loves.

Capítulo 6: Entrevistas 347<br />

Como foi sublinha<strong>do</strong> na entrevista efectuada ao perito P29, muito dificilmente irá suceder que<br />

to<strong>do</strong>s os organismos envolvi<strong>do</strong>s numa determinada iniciativa reconheçam, por si próprios, que uma<br />

determinada pessoa ou entidade reúne as capacidades e as competências necessárias e que tem<br />

―( ) a visão e a inteligência e a capacidade de fazer algo acontecer (2.8) nestas áreas ( )‖<br />

suficientes para liderar convenientemente uma determinada iniciativa.<br />

Mesmo que, como foi ainda referi<strong>do</strong> na entrevista realizada ao perito P29, a liderança para<br />

uma determinada iniciativa seja atribuída por um poder governamental — que afirme que uma<br />

determinada pessoa ou entidade está nomeada para ter essa liderança — e que, como tal, se<br />

esperaria que essa pessoa ou entidade fosse, portanto, mais respeitada pelos restantes<br />

intervenientes, muitas vezes a sua aceitação por parte destes não é tão genuína como o previsto.<br />

De facto, independentemente de quaisquer que possam ser os seus motivos — seja por questões de<br />

autoridade, de autonomia de actuação, de dificuldade financeira, de incapacidade tecnológica, de<br />

receios de perda de poder ou de protagonismo, ou de qualquer outra questão — a realidade é que,<br />

como referiu o perito P29, há sempre alguém nestes processos que resiste e que se opõe, de forma<br />

mais activa ou mais passiva, quer à concretização destas iniciativas, quer, nalguns casos, a que<br />

seja aquela pessoa, entidade ou organismo a desempenhar o papel de liderança, o que poderá<br />

muito facilmente, como referiu o perito P36, acabar por comprometer e pôr em risco toda a<br />

iniciativa. Há de facto aqui, como referiu o perito P28, to<strong>do</strong> um conjunto fundamental de questões<br />

muitas das quais ―( ) não são técnicas (.) há aqui muitas questões daquilo a que eu chamo de<br />

engenharia social ( )‖ que tornam o esforço de liderança interorganismo especialmente complexo.<br />

Um último aspecto destaca<strong>do</strong> nas entrevistas por alguns peritos foi que, para além da<br />

liderança ao nível interno de cada organismo (liderança intra-organismo) e ao nível global das<br />

iniciativas ou projectos específicos lança<strong>do</strong>s (liderança interorganismo), era ainda extremamente<br />

importante, para que se consiga avançar de forma estruturada e sustentada para a criação de uma<br />

Administração Pública mais interoperável, mais transparente e mais focada no cidadão, que<br />

existisse também uma liderança a nível nacional de to<strong>do</strong> este processo. De facto, como notaram os<br />

peritos P3, P4, P8 e P41, um <strong>do</strong>s pontos mais negativos para que se consiga caminhar neste<br />

senti<strong>do</strong> reside precisamente na falta de liderança a nível nacional de to<strong>do</strong> este fenómeno. Como<br />

comentou o perito P4, ―( ) acho que pontualmente (.) entre vários organismos já nasceu essa<br />

vontade de fazer essa troca de informação fazer processos e não sei quê (.) agora a::: (.2) se as<br />

coisas não não andam mais para a frente é porque falta ali uma:: uma liderança acho que falta

Hooray! Your file is uploaded and ready to be published.

Saved successfully!

Ooh no, something went wrong!