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Governo Electrónico - Universidade do Minho

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346 Capítulo 6: Entrevistas<br />

Com efeito, não só é fundamental, como defendeu o perito P12, ―( ) que existam lideranças<br />

genuínas que puxem globalmente a carroça e que não tenham me<strong>do</strong> de beliscar as coisas ( )‖,<br />

como é igualmente fundamental que haja, como referiu o perito P36, ―( ) de um la<strong>do</strong> e <strong>do</strong> outro<br />

(o perito estava a referir-se aos vários organismos intervenientes) ( ) aquela pessoa ( ) que tem<br />

essa capacidade de liderança ( )―, de forma a que seja capaz de mobilizar os profissionais <strong>do</strong> seu<br />

organismo, com vista a operar as mudanças e ajustes necessários para a concretização da iniciativa<br />

global, pois, se tal não suceder, como continuou o perito P36, ―( ) as coisas não funcionam ( )‖.<br />

Na opinião de alguns peritos, nomeadamente de P2, P3, P4, P8, P9, P11, P14, P19 e P41,<br />

tem si<strong>do</strong> a nível da liderança global da iniciativa, ou seja a nível da liderança interorganismo, que<br />

mais se tem nota<strong>do</strong> carência ou falta de liderança, sen<strong>do</strong> muitas vezes este tipo de iniciativas<br />

lançadas e implementadas sem que haja uma coordenação global clara, sem que se olhe para a<br />

iniciativa como um to<strong>do</strong> e sem que se ponderem, se explicitem detalhadamente e se articulem<br />

devidamente os benefícios, os custos e as responsabilidades de cada um <strong>do</strong>s organismos<br />

intervenientes na iniciativa. Como testemunhou o perito P9, ―( ) não tem existi<strong>do</strong> (.) no nos casos<br />

em que nós hm:: e isso talvez tenha si<strong>do</strong> uma questão limita<strong>do</strong>ra (.) não tem existi<strong>do</strong> uma figura (.)<br />

nos casos em que nós temos participa<strong>do</strong> (.) uma figura de liderança <strong>do</strong> <strong>do</strong> processo (.2) portanto há<br />

há (.) nos casos em que temos participa<strong>do</strong> (.) tu fazes a tua parte eu faço a minha parte tu<strong>do</strong> bem<br />

(.) tu és o responsável pelo teu la<strong>do</strong> eu sou responsável pelo meu la<strong>do</strong> (.) a gente estamos de<br />

acor<strong>do</strong> óptimo (.) então vamos lá pôr os nossos técnicos a trabalhar nesta coisa e (.) pontualmente<br />

(.) fazemos a: a::: (.) no âmbito <strong>do</strong> projecto (.) fazemos a a reuniões de avaliação <strong>do</strong> projecto ( )‖.<br />

Esta falta de liderança e coordenação global das iniciativas tem geralmente consequências pouco<br />

convenientes levan<strong>do</strong>, por exemplo, como acrescentou o perito P9 a que, como as prioridades <strong>do</strong>s<br />

organismos são diferentes e isso não é devidamente pondera<strong>do</strong> e analisa<strong>do</strong>, ―( ) uns organismos<br />

depois estejam à espera <strong>do</strong>s outros ( )‖, o que, conjuntamente com outros aspectos, contribui<br />

para a depreciação <strong>do</strong>s níveis de motivação e de envolvimento <strong>do</strong>s organismos nas iniciativas.<br />

Para além de muito importante, a liderança interorganismo foi também considerada pelos<br />

peritos como algo muito difícil de realizar. Não é fácil, de facto, para uma pessoa ou para um<br />

organismo ou entidade conseguir conquistar legitimidade para desempenhar este papel perante os<br />

seus pares, de forma a conseguir orientar, influenciar, motivar, envolver e coordenar devidamente<br />

os vários organismos que possam estar envolvi<strong>do</strong>s nestes esforços.

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