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Governo Electrónico - Universidade do Minho

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Capítulo 6: Entrevistas 315<br />

Uma das constatações mais interessantes que resultou das percepções expressas pelos<br />

peritos no decorrer das entrevistas esteve relacionada com a existência ou não existência de<br />

envolvimento e empenhamento por parte <strong>do</strong>s organismos. Embora a maior parte <strong>do</strong>s peritos (85%)<br />

tivesse respondi<strong>do</strong> no Delphi que existe envolvimento e empenhamento por parte <strong>do</strong>s organismos,<br />

nas entrevistas a convicção manifestada pelos peritos acerca dessa opinião não foi muito veemente.<br />

Com efeito, quan<strong>do</strong> questiona<strong>do</strong>s acerca da existência ou inexistência de envolvimento e<br />

empenhamento por parte <strong>do</strong>s organismos, alguns peritos responderam utilizan<strong>do</strong> expressões como<br />

―acho que existe‖ (P12, P19 e P32) ou ―( ) a maior parte das das instituições hm:: e das pessoas<br />

que as lideram (.) estão receptivas a maior integração a a avançar nestes nestes campos ( )‖<br />

(P35), ou ainda com respostas como, por exemplo, a dada pelo perito P4 que afirmou que ―( ) eu<br />

já participei em muitas reuniões sobre estes sistemas (.2) e: a a boa vontade e disponibilidade é<br />

completa (.2) mas depois é como aquele episódio <strong>do</strong> sim senhor sim senhor primeiro sim senhor<br />

ministro que há sempre um que está a dizer (.) sim senhor ministro isso é uma atitude muito<br />

corajosa (.) vai despedir não sei quantos e não sei quê (.) e e de repente (.) pessoas ( ) vão sen<strong>do</strong><br />

influenciadas e vão sen<strong>do</strong> bloqueadas por um aparelho que elas não controlam verdadeiramente<br />

não é (.) e e as iniciativas que são boas (.) podem-se perder facilmente ( )‖ ou ainda a dada pelo<br />

perito P19 que referiu achar que o envolvimento e empenhamento existe já que ―( ) alguns<br />

projectos vão-se fazen<strong>do</strong> ( )‖, porém realçan<strong>do</strong>, logo de seguida, que estes projectos apenas se<br />

vão concretizan<strong>do</strong> porque se criam redes de interlocutores, ―( ) se:: não crio essa rede de<br />

interlocutores aí já já descamba mais um bocadinho (.) porque vai ### aí perde-se completamente<br />

a::: (.) quer dizer não vale a pena (.6) quan<strong>do</strong> quan<strong>do</strong> se opta por fazer tu<strong>do</strong> por via formal é para<br />

esquecer ### primeiro que se resolva::‖. Estas respostas, e outras similares proferidas por outros<br />

peritos, bem como os comentários que se lhes seguiram, denotam uma certa falta de convicção<br />

quanto à existência de um envolvimento e empenhamento efectivos e intensos por parte <strong>do</strong>s<br />

organismos.<br />

Também o perito P6, por exemplo, manifestou explicitamente ter algumas reticências sobre a<br />

questão <strong>do</strong> envolvimento e empenhamento <strong>do</strong>s organismos relativamente à interoperabilidade.<br />

Como referiu o perito ―( ) eu tenho dúvidas dessa questão <strong>do</strong> <strong>do</strong> envolvimento de haver<br />

envolvimento e empenhamento <strong>do</strong>s organismos (.) a::: relativamente à interoperabilidade (1.0) não<br />

quer dizer que num (2.0) pf::: (.8) não quero dizer que não haja de alguns percebe (.6) a::::: agora<br />

tamos a falar de quê (.2) <strong>do</strong> <strong>do</strong> de em termos globais da Administração Pública (.8) nem lhe sei<br />

dizer esse (.) é que a interoperabilidade tem que ser considerada (.) na minha opinião (.) a

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