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Governo Electrónico - Universidade do Minho

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Capítulo 6: Entrevistas 311<br />

tenta abordar e envolver o cidadão nesta causa já que ―é bom nós termos presente que hm:: (.4) a::<br />

sociedade portuguesa não é hm hm (.) nenhuma delas é (.) hm hm completamente homogénea e<br />

portanto há sectores que são mais avança<strong>do</strong>s nesta questão <strong>do</strong> da exigência de maior qualidade de<br />

serviços (.) há outros que preferem as coisas como sempre foram e portanto hm hm:::‖, pelo que<br />

as tentativas de publicitar e transmitir ao cidadão a importância e necessidade <strong>do</strong> desenvolvimento<br />

de esforços que visem proporcionar maiores níveis de interoperabilidade entre os SI na AP podem<br />

não ser bem interpretadas, até porque como salientou o perito P12 ―é preciso também ter ter<br />

atenção a uma coisa (.4) a questão da interoperabilidade (.) e é disso que estamos a falar (.) em<br />

relação a questões como (.) saúde (.) habitação hm:: será algo que está muito a atrás nas<br />

prioridades das pessoas (.) mesmo com vontade política (.) mesmo que haja uma questão de<br />

cidadania é preciso perceber isto não é (.) qual é a noção que as pessoas têm destas questões (.) e<br />

digamos que na grande maioria será muito pouca‖.<br />

Para além das pressões que possam ser exercidas pelos cidadãos no que concerne à criação<br />

de vontade política para as questões da interoperabilidade, outros <strong>do</strong>is tipos de pressões foram<br />

ainda mencionadas pelos peritos, nomeadamente as pressões exercidas pela própria esfera<br />

administrativa e as pressões que decorrem <strong>do</strong> contexto europeu em que o país se insere. Na<br />

opinião <strong>do</strong>s peritos P17, P19, P29, P33 e P42, é muito importante que os responsáveis<br />

administrativos tenham a capacidade de fazer chegar à classe política a mensagem de que as<br />

coisas não estão a funcionar bem e que sejam capazes de lhes mostrar as vantagens e benefícios<br />

que a aposta em esforços estruturais e sustenta<strong>do</strong>s de interoperabilidade podem proporcionar. Para<br />

P29 ―só existe vontade política se claramente na camada da Administração Pública que tem que<br />

levar estes projectos para a frente se souber traduzi-la (o perito referia-se à interoperabilidade) em<br />

benefícios políticos‖. De forma similar também P42 referiu que ―a::: a vontade política só se se se<br />

é::: preciso que alguém explique hm:: quais são claramente os benefícios (.) quais os os os os a:: os<br />

eventuais custos (.) a:::: e quais são as implicações (.) que tem (.) e depois:: (.) porque (.) sem isso<br />

os políticos também não devem ter vontade política não é‖. De acor<strong>do</strong> com P40, o grande desafio<br />

coloca-se em conseguir efectivamente passar a mensagem para os políticos. Como refere o perito<br />

―consigamos nós (.6) expressar isso em termos de instrumentos (.) li<strong>do</strong>s pelos políticos de uma<br />

forma que eles compreendam‖.<br />

As redes de influências podem, de acor<strong>do</strong> com P19 e P29, ter uma importância primordial a<br />

este nível, como se depreende <strong>do</strong> Extracto 6.7 retira<strong>do</strong> da entrevista <strong>do</strong> perito P29.

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