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Governo Electrónico - Universidade do Minho

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Capítulo 6: Entrevistas 307<br />

Conselho de Ministros define como uma política uma iniciativa (.) em que obrigue to<strong>do</strong>s a participar<br />

(.) aí conseguem (.) eu acho que aí consegue-se tá a ver (.4) a::: mas tem tem que partir de lá (.) o<br />

esforço de cada ministério sozinho n::: não funciona‖.<br />

Para além de reafirmarem a importância assumida pelo item, a generalidade <strong>do</strong>s peritos (P2,<br />

P3, P4, P5, P6, P9, P11, P12, P14, P18, P21, P22, P28, P29, P32, P33, P35, P36, P37, P40,<br />

P41, P45) também confirmou, no decorrer da entrevista, a sua convicção de que existe actualmente<br />

uma vontade política que é favorável para a promoção e desenvolvimento das questões da<br />

interoperabilidade.<br />

Na perspectiva de alguns peritos (P9, P35, P41), esta vontade já se faz, aliás, notar há alguns<br />

anos, ten<strong>do</strong> si<strong>do</strong>, nas palavras de P35, ―favorável nos últimos três governos pelo menos (.6) se<br />

quisermos ir um pouco atrás‖ e é partilhada por toda a classe política, como sugerem P6, P9 e, em<br />

particular, P41 quan<strong>do</strong> refere que ―em termos de discurso colhe sempre o apoio qualquer que seja<br />

o parti<strong>do</strong> que esteja na governação‖, não haven<strong>do</strong>, segun<strong>do</strong> P9, ―nenhuma força política contra a<br />

interoperabilidade‖.<br />

De acor<strong>do</strong> com os peritos, alguns <strong>do</strong>s movimentos que mais indiciam a existência de uma<br />

vontade política favorável para a interoperabilidade são, por exemplo, a criação da AMA – Agência<br />

para a Modernização Administrativa (P17), o lançamento <strong>do</strong> SIMPLEX – Programa de Simplificação<br />

Administrativa e Legislativa (P14 e P33), o PRACE – Programa de Reestruturação da Administração<br />

Central <strong>do</strong> Esta<strong>do</strong> (P14), a publicação de planos de acção para o governo electrónico, onde a<br />

questão da interoperabilidade é profusamente mencionada (P35), a maior disponibilidade<br />

evidenciada pelo governo para introduzir modificações legais que se têm revela<strong>do</strong> necessárias (P9)<br />

e mesmo a forma como ―o próprio primeiro-ministro tem participa<strong>do</strong> activamente nalgumas das<br />

cerimónias em que se dá conhecimento público <strong>do</strong>s resulta<strong>do</strong>s obti<strong>do</strong>s‖ (P2).<br />

Embora esta ideia de que existe uma vontade política favorável para a interoperabilidade<br />

entre SI na AP tenha si<strong>do</strong> prontamente avançada pela generalidade <strong>do</strong>s peritos, foi muito<br />

interessante notar que, com a continuidade da reflexão, alguns desses peritos, nomeadamente P14,<br />

P17, P22, P24, P28, P29 e P41, acabaram por precisar um pouco mais a sua resposta defenden<strong>do</strong><br />

que, na verdade, mais <strong>do</strong> que uma vontade política genuína, aquilo que efectivamente existe é antes<br />

um forte discurso político em relação à interoperabilidade. Ou seja, o que parece ser inegável, para<br />

estes peritos, é a existência de um discurso político claro e intenso em torno destas questões,<br />

sen<strong>do</strong> que a vontade genuína, consubstanciada num patrocínio político activo e sério, não parece

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