Governo Electrónico - Universidade do Minho

Capítulo 5: Estudo Delphi 289
À semelhança do que se efectuou para as proposições enunciadas na secção anterior acerca
da configuração assumida pelos itens, apresenta-se também nesta secção, a título ilustrativo, e com
vista a clarificar o modo como foram redigidas as 24 proposições que descrevem influências
limitadoras, o raciocínio que esteve subjacente à redacção da proposição PL1, referente ao item
Envolvimento e Empenhamento dos Organismos.
Como se pode constatar da Tabela 5.13, todos os peritos que classificaram como falsa a
afirmação efectuada no questionário acerca da configuração assumida pelo item Envolvimento e
Empenhamento dos Organismos de que ―os organismos intervenientes em iniciativas que visam a
interoperabilidade entre SI na AP manifestam predisposição para participar e colaborar de forma
interessada e genuína nessas iniciativas‖ — ou seja, todos os peritos que consideraram que não
existe Envolvimento e Empenhamento dos Organismos nas iniciativas de interoperabilidade entre SI
na AP — consideraram que tal facto tem uma influência limitadora sobre estas iniciativas. Dado que
o valor de teste binomial associado a estas percentagens foi de p < 0,05 (veja-se na Tabela 5.14 o
valor de p para Envolvimento e Empenhamento dos Organismos (falsa)), então é possível afirmar
que a inexistência de envolvimento e empenhamento por parte dos organismos intervenientes nas
iniciativas que visam a interoperabilidade entre sistemas de informação na Administração Pública
constitui um aspecto limitador para a condução deste tipo de iniciativas, o que corresponde à
proposição PL1 incluída na Tabela 5.23. Todas as outras proposições (PL2 a PL24) assentaram
num raciocínio semelhante ao anteriormente descrito.
Tabela 5.23 – Proposições que descrevem influências limitadoras para as iniciativas de interoperabilidade
PL1 – A inexistência de Envolvimento e Empenhamento dos Organismos intervenientes em iniciativas que
visam a interoperabilidade entre sistemas de informação na Administração Pública constitui um
aspecto limitador para a condução deste tipo de iniciativas
PL2 – A inexistência de uma Estrutura Nacional de Governação da Interoperabilidade constitui um aspecto
limitador para a condução de iniciativas que envolvam a interoperabilidade entre SI na AP
PL3 – A inexistência de Standards para a Interoperabilidade constitui um aspecto limitador para a
condução de iniciativas que envolvam a interoperabilidade entre SI na AP
PL4 – A inexistência de Liderança quer ao nível interno de cada organismo (Liderança Intra-Organismo)
quer ao nível global da iniciativa (Liderança Interorganismo) constitui um aspecto limitador para a
condução de iniciativas que envolvam a interoperabilidade entre SI na AP
PL5 – A inexistência de mecanismos de Monitorização e Reconstrução de Processos Transversais constitui
um aspecto limitador para a condução de iniciativas que envolvam a interoperabilidade entre SI na
AP
PL6 – A inexistência de mecanismos de Controlo para as Iniciativas de Interoperabilidade constitui um
aspecto limitador para a condução deste tipo de iniciativas na AP
(continua)