Governo Electrónico - Universidade do Minho

Capítulo 5: Estudo Delphi 249
Deste processo de análise resultou um conjunto mais reduzido de aspectos, tendo sido
seleccionados, para passar a incluir a lista de itens já existente, aqueles aspectos que foram
indicados, simultaneamente, por pelo menos dois peritos. Os três novos itens que verificavam esta
condição foram designados por Arquitectura Organizacional da Administração Pública, Controlo de
Iniciativas de Interoperabilidade e Transparência dos Organismos Públicos. As descrições que foram
associadas a cada um destes novos itens são apresentadas na Tabela 5.5.
Tabela 5.5 – Ronda 1: Novos itens emergentes
Arquitectura Organizacional da Administração Pública
Refere-se à existência de um conjunto de representações, quer ao nível global da AP quer ao nível dos seus Organismos e
departamentos, focando componentes distintos, tais como processos, informação, aplicações, estrutura orgânica e hierárquica,
pessoas, legislação e meios financeiros e tecnológicos, que no seu todo permitem ter uma visão geral da AP
Controlo de Iniciativas de Interoperabilidade
Refere-se à existência de estruturas e mecanismos que permitam acompanhar, supervisionar e avaliar, de acordo com
determinados parâmetros de desempenho claramente definidos e conhecidos, a execução de iniciativas que visam a
interoperabilidade entre os sistemas de informação na Administração Pública
Transparência dos Organismos Públicos
Refere-se à publicação, em canais de acesso público, de um conjunto de informações acerca dos organismos, quer no que
respeita à sua arquitectura organizacional, quer no que respeita a indicadores ou medidas que traduzam a qualidade e os níveis
dos serviços prestados pelos organismos aos cidadãos e a outros organismos da Administração
5.2.1.2 Avaliação do Nível de Consenso
Para além da síntese das respostas dadas pelos peritos em relação às questões abordadas
em cada um dos momentos principais do questionário, a análise de dados efectuada no final da
Ronda 1 incluiu ainda uma reflexão acerca do nível de consenso manifestado pelo painel nesta
ronda.
No caso da Ronda 1, dado ser a primeira, a avaliação efectuada focou-se apenas no nível de
concordância existente entre as opiniões manifestadas pelos peritos, quer no que se refere ao nível
de importância assumido por cada item, avaliado com base no valor do coeficiente de concordância
W de Kendall, quer no que se refere ao tipo de influência exercido por cada item nas iniciativas de
interoperabilidade, avaliado com base nos resultados dos testes binomiais efectuados para cada
item.
O coeficiente de concordância W de Kendall obtido foi de 0,202 (p < 0,001) o que traduz um
nível de concordância não suficientemente satisfatório entre os rankings de importância dos vários